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1 COLETA DE SANGUE Profª. Wanessa Lordêlo Pedreira Vivas Page 2 1. Causas Pré-analíticas de Variações dos Resultados de Exames Laboratoriais 70% dos erros dos Laboratórios de Análises Clínicas; Inclui a indicação do exame, redação da solicitação, transmissão de eventuais instruções de preparo do paciente, avaliação do atendimento às condições prévias, procedimentos de coleta, acondicionamento, preservação e transporte da amostra biológica até o momento em que o exame, ou seja, efetivamente, realizado. Variação cronobiológica Gênero e Idade Posição Atividade Física Jejum e Dieta Uso de fármacos e drogas de abuso Page 3 1.1 Variáveis na fase pré-analítica amostra insuficiente; amostra incorreta; amostra inadequada; identificação incorreta; problemas no acondicionamento e transporte da amostra. Page 4 2. Procedimentos de Coleta de Sangue INTRUÇÕES GERAIS O jejum recomendado de acordo com o exame. É livre a ingestão de água. As amostras para análise devem ser coletadas na primeira parte da manhã. Convém que o paciente ao chegar ao laboratório seja acalmado e que descanse por alguns minutos. Exercícios físicos devem ser evitados antes da coleta. Page 5 • GENERALIDADES SOBRE A VENOPUNÇÃO: • Requisição médica e cadastro do paciente • Apresentar-se ao paciente • Explicar o procedimento a ser realizado • Fazer assepsia das mãos entre os atendimentos • Realizar a identificação dos pacientes • Verificar condições de preparo e jejum • Indagar sobre eventual alergia ao látex Page 6 2 Page 7 2.1. Formas de coleta – Agulha e seringa estéreis e descartáveis. – Lanceta estéril e descartável. – Coleta a vácuo. Page 8 2.2. Procedimento para Boa Coleta Rapidez Eficiência Qualidade de atendimento Menor sofrimento ao paciente Profissionalismo Page 9 2.3. Obtenção do sangue Punção Venosa Punção Arterial Punção Capilar Page 10 2.4. Procedimento de coleta de sangue venoso segundo SBPC Locais de escolha para punção: Page 11 2.5. Punção Venosa Sangue venoso que circula da periferia para o centro do sistema circulatório, o coração, é o mais usado em exames laboratoriais. A coleta é feita com agulhas e seringas descartáveis ou por meio de tubos com vácuo adaptados a agulhas estéreis, com ou sem anticoagulantes. Page 12 2.5. Punção Venosa Veias do Dorso da Mão – Em pacientes obesos, cujo acesso às veias do cotovelo é mais difícil, essas veias da mão são por vezes mais calibrosas. – São extremamente móveis em relação aos tecidos , o que dificulta a penetração da agulha em seu interior. – A perfuração é mais dolorosa e a hemostasia mais demorada, geralmente formando hematomas. 3 Page 13 2.6. Coleta de sangue à vácuo 1. Verificar se a cabine da coleta está limpa e guarnecida para iniciar as coletas. Page 14 2. Solicitar ao paciente que diga seu nome completo para confirmação do pedido médico e etiquetas. 3. Conferir e ordenar todo material a ser usado no paciente, de acordo com o pedido médico(tubos, gaze, torniquete, etc). Esta identificação dos tubos deve ser feita na frente do paciente. 4. Informá-lo sobre o procedimento. 5. Abrir o lacre da agulha de coleta múltipla de sangue a vácuo em frente ao paciente. Page 15 6. Calçar as luvas 7. Posicionar o braço do paciente, inclinado-o para baixo na altura do ombro. 8. Se o torniquete for usado para seleção preliminar da veia, pedir para que o paciente abra e feche a mão Page 16 9. Garrotear o braço do paciente 10. Fazer a anti-sepsia Page 17 Page 18 4 Page 19 11. Orientar o paciente para que não dobre o braço, não carregue peso ou bolsa a tiracolo no mesmo lado da punção 12. Verificar se há alguma pendência. 13. Certificar-se das condições gerais do paciente. 14. Colocar as amostras em local adequado ou encaminhá-las imediatamente para processamento Page 20 Recomendações para uso de agulha com dispositivo de segurança (NR32) Page 21 2.7. Procedimento de Coleta de Sangue com Seringa e Agulha: Do 1º ao 14º item, igual ao da coleta à vácuo. Page 22 2.7.1. Contraindicado perfurar a rolha do tubo Pode causar a punção acidental, além da possibilidade de hemólise Page 23 Dispositivo de transferência de amostra (coletas com seringas e agulhas) Page 24 Benefícios do sistema a Vácuo Facilidade no manuseio de coleta e ausência de distribuição de sangue • A quantidade de anticoagulante/ativador de coágulo é proporcional ao volume de sangue a ser coletado Conforto ao paciente por acontecer uma única venopunção para coleta de vários tubo de sangue • Garantia da qualidade nos resultados dos exames Segurança do profissional de saúde e do paciente 5 Page 25 ATENÇÃO • Não aplicar, no momento de seleção venosa, o procedimento de “bater na veia com dois dedos”. • O garrote não deverá ser usado em alguns testes como lactato ou cálcio, para evitar alteração no resultado. • Não usar o garrote continuamente por mais de 1 minuto. • Não apertar intensamente o garrote, pois o fluxo arterial não deve ser interrompido. • Fazer antissepsia com solução de álcool isopropílico ou etílico 70%, limpando o local com um movimento circular do centro para fora. Page 26 ATENÇÃO • Permitir a secagem da área naturalmente, ou seja, não assoprar, não abanar e não colocar nada no local. • Não tocar novamente na região após a antissepsia. • Se a venopunção for difícil de ser obtida e a veia precisar ser palpada novamente para efetuar a coleta, o local escolhido deve ser limpo novamente. • Nota: Quando houver solicitação de dosagem de álcool no sangue, um antisséptico sem álcool deve ser usado no local da punção, conforme recomenda o documento doCLSI. Page 27 Técnicas para evidenciação da veia • Observação de veias calibrosas. • Movimentação: abaixar o braço e fazer movimentos de abrir e fechar a mão. • Massagear suavemente o braço do paciente • Palpação: realizada com o dedo indicador do flebotomista • Fixação das veias com os dedos, nos casos de flacidez • Transiluminação Page 28 2.8. Cuidados para uma Punção Bem Sucedida Sempre puncionar a veia do paciente com o bisel voltado para cima. Respeitar a proporção sangue/aditivo no tubo. Introduzir a agulha mais ou menos 1 cm no braço. Respeitar a angulação de 30o (ângulo oblíquo), em relação ao braço do paciente. Page 29 2.9. Punção venosa adequada O ângulo oblíquo de 30° da agulha em relação ao braço e o bisel da agulha foi inserido voltado para cima. Deve-se tomar cuidado quando o sangue não for obtido logo na primeira punção, para evitar complicações Page 30 2.10. Erros durante a coleta de sangue venoso Interrupção do fluxo sangüíneo Interrupção do fluxo sangüíneo 6 Page 31 Processo de estenose venosa A agulha transfixou a veia O bisel da agulha penetrou parcialmente Processo de estenose venosa Page 32 DIFICULDADES SOLUÇÃO Punção profunda e transfixou a veia Retirar a agulha Agulha se localizou ao lado da veia sem atingir a luz do vaso Apalpar a veia, localizar sua trajetória e corrigir o posicionamento Aderência de bisel na parede da veia Desconectar o tubo, girar suavemente o adaptador, liberando o bisel e reiniciar a coleta Colabamento da veia Diminuir a pressão do garrote Agulha de calibre incompatível Trocar de agulha Estase venosa devido a garroteamento prolongado Liberar o garrote Bisel voltado para baixo Remover a agulha e puncionar novamente Page 33 3. Formação de Hematoma Veia frágil ou muito pequena, em relação ao calibre da agulha. A agulha ultrapassa a parede posterior da veia puncionada. A agulha perfura parcialmente a veia, não penetrando por completo. Diversas tentativas de punção sem sucesso. A agulha é removida sem antes remover o torniquete. Pressão inadequada aplicada no local da punção. Não são recomendados os movimentos de busca aleatória da veia; Tempo de garroteamento deve ser respeitado Não é recomendável que o mesmo flebotomista tente mais de duas vezes uma venopunção. FOTOS DE HEMATOMAS Page 34 4. Áreas para se evitar coletas Áreas com terapia ou hidratação intravenosa de qualquer espécie. Locais com cicatrizes de queimadura. Membro superior próximo ao local onde foi realizada mastectomia, cateterismo ou qualquer outro procedimento cirúrgico. Áreas com hematomas. Fístulas artério-venosas. Veias que já sofreram trombose Page 35 HÉMÓLISE LIPEMIA Page 36 5. Coleta de Sangue Arterial Sangue arterial é o sangue oxigenado pelos pulmões e bombeado do coração para todos os tecidos. É essencialmente uniforme em sua composição São utilizadas a artéria femoral, a artéria radial ou a artéria braquial. Estudo da gasometria sanguínea. Através da amostra de sangue arterial, o laboratório pode determinar as concentrações de oxigênio e de dióxido de carbono, assim como a acidez do sangue, que não pode ser mensurada em uma amostra de sangue venoso. 7 Page 37 Obter seringa para gasometria, heparinizada. O paciente deve repousar por 30 minutos. Realizar anti-sepsia álcool a 70%. Deixar secar. Palpar a artéria com luvas e puncioná- la em ângulo de 30º a 90º. Coletar cerca de 2 ml de sangue. Remover agulha e seringa. Aplicar pressão ao local puncionado com gaze estéril de 5-15minutos. Retirar o ar da seringa e vedá-la com borracha. Agitar a amostra. Imediatamente colocar a amostra imersa em gelo. Page 38 6. Coleta de Sangue Capilar Utilizado na hematologia, em pesquisa de hemoparasitos, na coleta de amostras para execução de microtécnicas e em provas de coagulação. Pequena quantidade de sangue usada em algumas dosagens através da coleta capilar; Especialmente em pacientes pediátricos. Punção da pele: – Superfície póstero-lateral do calcanhar, em crianças até 1 ano de idade. – Na polpa do 3º ou 4º dedo da mão. – Lóbulo da orelha. Page 39 Nunca: – Em local edematoso. – Massagear antes. – Espremer. Pode: – Aquecer previamente com compressas quentes. Sempre: – Limpar com álcool a 70%. – Desprezar a primeira gota. Page 40 Microcoleta de sangue capilar e venoso • Obtenção de sangue venoso ou periférico, especialmente para neonatos e bebês: • amostra capilar com microtubos e funil; • amostra capilar com microtubos e tubo capilar; • amostra venosa com escalpe (butterfly); Page 41 7. Anticoagulantes Quando necessita-se de sangue total ou plasma para algumas análises usam-se anticoagulantes. Em geral, interferem no mecanismo de coagulação in vitro, inibindo a formação da protrombina ou da trombina. Os mais usados são: – EDTA (ácido etileno-diamino-tetra-acético) – determinações bioquímicas e hematológicas – Heparina – provas bioquímicas – Oxalatos – provas de coagulação – Citratos – provas de coagulação – Polianetol-sulfonato de sódio – hemoculturas Page 42 8. Padronizações dos tubos à vácuo segundo a CLSI VERMELHO Sem anticoagulante. Obtenção de soro para bioquímica e sorologia. Exemplo de testes: Creatinina Glicose Uréia Colesterol Pesquisa e identificação de anticorpos e ou antígenos no soro. 8 Page 43 LAVANDA Com anticoagulante EDTA sódico ou potássico EDTA liga-se aos íons cálcio, bloqueando assim a cascata de coagulação Obtém-se assim o sangue total para hematologia Testes: Eritrograma Leucograma Plaquetas Reticulócitos HbA1C Page 44 – AZUL – Contém citrato de sódio – Anticoagulante utilizado para a obtenção de plasma para provas de coagulação: • Tempo Parcial de Tromboplastina • Tempo de Protrombina Page 45 – CINZA – Tubos para glicemia – Contêm um anticoagulante e um estabilizador, em diferentes versões: • EDTA e fluoreto de sódio • oxalato de potássio e fluoreto de sódio • heparina sódica e fluoreto de sódio • heparina lítica e iodoacetato – Ocorre inibição da glicólise para determinação da taxa de glicose sanguínea Page 46 • AMARELO • Tubos para tipagem sangüínea • Com solução de ACD (ácido citrato dextrose) • Utilizados para teste de tipagem sangüínea ou preservação celular • Tubos para soro • Com ou sem ativador de coágulo • Testes Bioquímicos Page 47 – VERDE – Paredes internas revestidas com heparina. – Produção de uma amostra de sangue total. – Estabilização por até 48 horas. – Testes bioquímicos Page 48 • CINZA • Tubos para glicemia • Contêm um anticoagulante e um estabilizador, em diferentes versões: • EDTA e fluoreto de sódio • Oxalato de potássio e fluoreto de sódio • Ocorre inibição da glicólise para determinação da taxa de glicose sanguínea 9 Page 49 – PRETO – Os tubos para VHS – Contêm solução tamponada de citrato trissódico – Utilizados para coleta e transporte de sangue venoso para o teste de sedimentação Page 50 9. Recomendação da Sequência dos Tubos a Vácuo na Coleta de Sangue Venoso de Acordo com o CLSI. Sequência de coleta para tubos de vidro de coleta de sangue: 1. Frascos para hemocultura. 2. Tubos para soro vidro-siliconizados (tampa vermelha). 3. Tubos com citrato (tampa azul-claro). 4. Tubos para soro com ativador de coágulo com gel separador (tampa amarela). 5. Tubos com heparina com ou sem gel separador de plasma (tampa verde). 6. Tubos com EDTA (tampa roxa). 7. Tubos com fluoreto (tampa cinza). Page 51 10. Recomendação da Sequência dos Tubos a Vácuo na Coleta de Sangue Venoso de Acordo com o CLSI. Sequência de coleta para tubos plásticos de coleta de sangue: 1. Frascos para hemocultura. 2. Tubos com citrato (tampa azul-claro). 3. Tubos para soro com ativador de coágulo, com ou sem gel separador (tampa vermelha ou amarela). 4. Tubos com heparina com ou sem gel separador de plasma (tampa verde). 5. Tubos com EDTA (tampa roxa). 6. Tubos com fluoreto (tampa cinza). Page 52 Sequência dos tubos Tubo de plástico (NR32) Tubo de vidro Page 53 Page 54 Novidades
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