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Plano Cruzado

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ASSOCIAÇÃO CULTURAL EDUCACIONAL DE ITAPEVA
FACULDADES DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRÁRIAS DE ITAPEVA
CRUZADO
Beatriz Rocha da Silva RA: 21324
Carina Mattos Cervelin RA: 21357
Leonardo Barbosa Rodrigues RA: 21415
Mauricio Beckedorff Colombini RA: 21330
Michel Rudá de Castro Melo RA: 21440
Itapeva – São Paulo – Brasil
ASSOCIAÇÃO CULTURAL EDUCACIONAL DE ITAPEVA
FACULDADES DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRÁRIAS DE ITAPEVA
CRUZADO
Beatriz Rocha da Silva RA: 21324
Carina Mattos Cervelin RA: 21357
Leonardo Barbosa Rodrigues RA: 21415
Mauricio Beckedorff Colombini RA: 21330
Michel Rudá de Castro Melo RA: 21440
Profº Esp. Laercio Lopes
 “Trabalho apresentado à disciplina de Estudos Econômicos e Desafio de Mercado como avaliação parcial do 1º bimestre do 4º período de Administração”
Junho / 2013
Itapeva / SP
INTRODUÇÃO 
Segundo Gremaud et al (1996) em 1930 a economia da velha república dependia das boas produções das commodities agrícolas e consequentemente das exportações desses produtos. Porém o Brasil era influenciado por outros países como os Estados Unidos e Inglaterra e com as crises no exterior a economia brasileira também se desestabilizava. Isso lembrava aos brasileiros que a falta de industrialização era um grande agravante para desestabilizar a economia nacional. A situação econômica só começou a mudar com a implantação do Plano de Metas do governo de Juscelino Kubitschek dos anos de 1956 e 1960: “O principal objetivo do plano era estabelecer as bases de uma economia industrial madura no país, introduzindo de ímpeto o setor produtor de bens de consumo duráveis.” (GREMAUD, 1996, pág. 180). Apesar das metas estabelecidas no plano de industrialização ter sido alcançada, o setor da agricultura e da questão social foram totalmente esquecidas.
Segundo os mesmos autores foi no início dos anos 1960 que aconteceu a primeira grande crise econômica do Brasil em sua fase industrial, pois faltavam mecanismos de financiamento para as empresas particulares e para os consumidores, pois tinham poucos recursos para comprar, assim havia pouca demanda dos produtos, o que levou a diminuição da taxa de crescimento da economia a um aumento da inflação. Nos anos seguintes durante o governo de Jânio Quadros e João Goulart a situação econômica continuou a mesma. Foi com o projeto PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo) de Castelo Branco que a economia melhorou a inflação reduziu de cerca de 90% para 20%. O PAEG teve muito sucesso e permitiu o crescimento do Brasil.
Na década de 1970, segundo Gremaud et al (1996), o grande e rápido crescimento levou á alguns certos desequilíbrios no país, como o endividamento externo brasileiro. Na tentativa de acelerar a economia, empréstimos e investimentos no exterior foram facilitados, fazendo com que a dívida externa crescesse muito. Isso se agravou com a primeira crise internacional do petróleo que aconteceu no ano de 1973, que fez a inflação disparar novamente. Para conter essa crise, em 1974 foi criado o II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) com a intenção de mudar o objetivo de crescimento brasileiro, a economia deveria passar a crescer com base no setor de meios de produção de insumos básicos e manter o crescimento econômico do país em torno de 10% ao ano. Porém essas metas não conseguiram ser cumpridas e nos anos seguintes a dívida externa cresceu rapidamente chegando a US$ 10 bilhões de dólares nos anos de 1978 e 1979. Com a grande dívida externa aconteceu uma grande recessão nos anos de 1981, 1982 e 1983, a inflação nesse período chegou a 100%. Foi no ano de 1984 que a população foi as ruas lutando pelo movimento das “Diretas Já”, querendo a mudança na condução política econômica do governo, que resultou no fim do regime militar e deu início a Nova República, que tinha como principal objetivo combater a inflação. Em 1984 Tancredo Neves ganhou as eleições, mas na véspera de tomar posso foi internado com fortes dores abdominais, assim toma posse o vice-presidente José Sarney. Comandado pelo ministro da Fazenda, Dílson Furano, em 28 de fevereiro de 1986 foi instituído o “Plano Cruzado” através do Decreto-Lei nº 2283. O plano substituiu o cruzeiro e passava a ter três zeros a menos.
CARACTERÍSTICAS
 O Plano Cruzado teve como característica várias medidas, que visavam resgatar a credibilidade da moeda brasileira e principalmente combater as altas taxas de inflação de marcaram vários anos anteriores, assim 1 cruzado equivalia a 1000 cruzeiros. Outra medida tomada foi quanto ao salário o “gatilho salarial” que seria acionado toda vez que a inflação tivesse atingido ou ultrapassado 20%; também houve outra medida esta para diminuir a inflação que foi o congelamento de preços; e os aluguéis também tiveram seus valores estabilizados. 
Os primeiros meses foram de controle da inflação, principalmente pela medida de congelamento de preços. A população acreditava que a realidade brasileira estava mudando, que a inflação estava diminuindo, mas já nos primeiros meses do plano o governo percebia que o plano não ia tão bem como a sociedade pensava.
 Existiram outras medidas que foram tomadas com soluções de longo prazo, para manter o sucesso dos primeiros meses de plano, algumas dessas medidas foram: o congelamento da taxa de câmbio, pois na época um dólar valia cerca de 13,84 cruzados; a criação de uma tabela de conversão para transformar valores de dívidas do antigo plano para o novo, dar uma quantia mensal de dinheiro para pessoas desempregadas, desde que, fosse causado por uma demissão sem justa causa ou por fechamento de alguma empresa e outras medidas econômicas. Apesar do sucesso inicial do Cruzado, o plano acabou não dando certo, sendo mais um fracasso nas seguidas tentativas da época de controlar a inflação. O que aconteceu foi que, com o decorrer do tempo, começou a faltar mercadoria. Isso porque alguns produtos, na data do congelamento, estavam com um preço desproporcional ao de mercado. Baseado nisso, muitos produtores e empresários deixaram de vender seus produtos. Isso junto ao fato do aumento do salário (o que estimularia o consumo) acarretou numa grande falta de abastecimento no país. Outro possível fator que tenha levado o Cruzado ao fracasso foi o fato de, por ter sido numa época pré-eleições (veja mais informações sobre título eleitoral), era um plano com um forte apelo popular, mas sem consistência. O resultado foi que, no final de 1986, a inflação já voltava a ser um problema na vida dos brasileiros. O plano Cruzado tinha fracassado. O fruto dessa falida tentativa de passar pela inflação, resultou em muitos processos, por parte de cidadãos, contra bancos e o governo, buscando ter um pagamento pela perda sofrida nessa época. 
Tentando reverter a situação de fiasco do Cruzado, foi feito o Cruzado Novo. A moeda fazia parte do “Plano Verão”, que teve início em 16 de janeiro de 1989. O presidente do Brasil dessa época ainda era José Sarney e o Ministro da Fazenda era Maílson Ferreira da Nóbrega. O plano trazia, basicamente, três medidas, buscando frear a crise inflacionária: mudava o rendimento das cadernetas, insistia no congelamento dos preços e criação da moeda: Cruzeiro Novo. A medida de conversão seguiu o padrão das outras moedas: 1000 Cruzados equivaliam a 1 Cruzado Novo. As notas de Cruzado Novo tinham os valores de 50-100-500 sendo que, em uma edição comemorativa, havia uma cédula de valor de 200 Cruzados Novos. As notas de menor valor (1-5-10) eram as aproveitadas do Plano Cruzado. As moedas já eram de valor: 0,01 – 0,05 – 0,10 – 0,50 – 1,00. O Plano, assim como seu antecessor, foi um fracasso. Além de não conseguir lidar com a inflação, foi o responsável por grandes alterações em valores de cadernetas da época. 
O FRACASSO DO PLANO CRUZADO
 Segundo Gremaud et al (1996) a decomposição da taxa de inflação, já nos meses subsequentes a implantação do plano, mostrava alguns excessos de demanda, como por exemplo, os setores de vestuários e carros usados que são de difícil controle e cresciam á frente dos demais. Em outroscasos, fazia-se sentir a escassez de produtos, como é o caso do leite, da carne e dos automóveis, que levavam ao aumento no volume de subsídios, das importações e ao aparecimento do ágio, bem como á maquilagem de produtos para escapar ao controle. A expansão exagerada de moeda levou a taxas de juros reais negativas, colaborando para aumentar a demanda e provocar a fuga dos ativos financeiros para a Bolsa de Valores, dólar-paralelo e outros ativos reais que apresentaram grande valorização no período. Com tudo isso, conforme o governo tentava defender o congelamento, piorava-se o lado fiscal e a situação externa. O principal motivo de fracasso do plano foi o congelamento de preços, que fez a rentabilidade dos produtores caírem para perto de zero, quando não faziam os mesmos ter prejuízo, a falta de mobilidade de preços fez os produtos ficarem ausentes dos mercados e até o leite não era mais encontrado para se comprar, foi a época dos consumidores fazerem “estoque” de produtos em casa.
Para Gremaud et al (1996) o governo não era responsável o suficiente para controlar seus gastos, além de fazer o país perder grandes quantias de reserva internacional. As alternativas que se colocavam era romper o congelamento ou desacelerar a economia. O “cruzadinho” implantado em 24 de junho era um tímido pacote fiscal que tentava desaquecer o consumo através da imposição de empréstimos compulsórios sobre a gasolina, os automóveis e as passagens aéreas internacionais, sendo que os recursos assim obtidos deveriam financiar o Plano de Metas do governo. A credibilidade destas medidas foi afetada pelo fato do aumento de preços decorrentes terem sido expurgados do índice de inflação para evitar o disparo do ‘gatilho’. Até as eleições, a política econômica foi marcada pelo imobilismo. O clima de fim do cruzado levou a um grande aumento do consumo, devido à expectativa de descongelamento e a piora na expectativa de desvalorização cambial. A inflação oficial permanecia baixa por não captar o efeito do ágio, do desabastecimento e da introdução de novos produtos.
Ainda segundo Gremaud et al (1996) em 21 de novembro, alguns dias após as eleições que deram vitória significativa ao partido do governo, lançou-se o Cruzado II que visava controlar o déficit público através do amento da receita em 4% do PIB, com base no aumento de tarifas e dos impostos indiretos . Apesar de significar um choque inflacionário, o governo queria expurgar esses aumentos do índice. Devido a pressões de vários setores, ocorreu a incorporação dos aumentos de impostos e tarifas, mas com diferentes ponderações. Instituiu-se que o ‘gatilho’ ficaria limitado a 20% e o excedente iria para o gatilho seguinte. Em janeiro de 1987, a inflação atinge 16% ao mês e dispara o gatilho. Em fevereiro romperam-se os controles de preços, corrigiu-se o valor da OTN e a indexação voltou pior do que antes, pois agora os salários passariam a ter reajustes praticamente mensais.
 A partir de então, tem-se o desaquecimento da economia, com queda da demanda e profunda desestruturação das condições de oferta devido à longa permanência do congelamento. Tem-se um movimento de perda de reservas em razão dos saldos negativos na Balança Comercial, o que levou ao anúncio da moratória em fevereiro de 1987 para estancar a perda de reservas e reiniciar as negociações da dívida externa. Em abril de 1987, a inflação superou os 20% ao mês o que levou à queda do ministro Funaro e á posse de Bresser Pereira, como diz Gremaud et al (1996).
REFERÊNCIAS
GREMAUD, Amaury Patrick. Economia brasileira contemporânea: para cursos de economia e administração/ Amaury Patrick Gremaud, Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos, Rudinei Toneto Jr. – São Paulo: Atlas, 1996.
Plano cruzado. Disponível em: http://josesarney.org/o-politico/presidente/plano-. Acesso em: 07/09/2013 ás 00:30. 2011.
 
Plano Cruzado. Disponível em: http://moedas-do-brasil.info/mos/view/Cruzado_/.
Acesso em 07/09/2013 ás 00:20. 2011.

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