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U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E L O T A S F A C U L D A D E D E O D O N T O L O G I A SINONÍMIA Os Molares são também chamados de dentes do queixal, multicuspidados. Os superiores (MS) são conhecidos como molares maxilares e os inferiores como molares mandibulares. A denominação de molares deriva da função que lhes é peculiar, qual seja de moer ou triturar os alimentos. SITUAÇÃO E NÚMERO Os Molares são em número de 12, sendo 3 para cada hemi-arco. Estão situados ao lado distal dos Pré-Molares ou na parte distal dos processos alveolares. NOMENCLATURA São designados, segundo o lugar que ocupam no arco em sentido M-D, de primeiro, segundo, e terceiro molar representando respectivamente o sexto, sétimo e o oitavo dente. VOLUME Dentre os grupos dentários, é o mais volumoso. Dentro do grupo, o volume dos molares diminui no sentido M-D, constituindo-se assim uma série decrescente, onde o 1ºM é o mais volumoso e o terceiro o menor. POSIÇÃO DE OCLUSÃO No sentido M-D, os superiores estão distalizados de meia cúspide em relação aos inferiores (ou os inferiores estão mesializados de meia cúspide). No sentido V-L, os superiores ultrapassam os inferiores de uma cúspide para o lado vestibular (ou os inferiores ultrapassam os superiores de uma cúspide para o lado lingual). FUNÇÕES Possui as mesmas funções de todos os grupos (mastigação, estética fonética, proteção dos tecidos vizinhos), porém a sua função específica é a de completar a trituração dos alimentos. ESTUDO DA COROA DOS MOLARES Forma Irregularmente cúbica. Nos superiores a maior dimensão é no sentido V-L; a coroa destes, vista pela face oclusal, pode ser inscrita num trapézio. Nos inferiores, a maior dimensão é no sentido M-D e a coroa destes pode ser inscrita num retângulo. Constituição O número de lóbulos nos Molares é igual ao número de cúspides de cada dente. Assim, eles podem apresentar 3, 4 ou 5 lóbulos, com 3 lóbulos o 3ºMS e o 2ºMS quando tricuspidado; apresentam 4 lóbulos o 1ºMS, o 2ºMI, o 3ºMI e o 2ºMS quando tetracuspidado. Com 5 lóbulos, temos o 1ºMI. G U S T A V O T I M M C A V A L H E I R O . . . . . . . . Face Vestibular Forma Forma trapezoidal de grande lado oclusal. Convexidade Nos dois sentidos, apresentando maior convexidade no terço cervical. Convergência Para a oclusal e para a distal. Diâmetro No sentido M-D é maior ao nível do terço oclusal. Acidentes Nos MS e no 2ºMI, há um sulco ocluso-vestibular terminando em fóssula. No 1ºMI aparecem 2 sulcos: o M-V, que termina em fóssula, e o D-V sem fóssula. Estes sulcos dividem a face em cúspides de acordo com o dente, sempre as mesiais maiores. Limites A face vestibular é limitada por 4 bordas: Cervical – linha com duas concavidades para a raiz; Mesial e Distal – duas linhas que convergem para cervical; Oclusal – é uma linha quebrada, com a presença de duas cúspides se torna um W de lados desiguais, o mesial maior. No 1ºMI, devido à existência de 3 cúspides [vestibulares] é diferente, apresenta uma linha quebrada em forma de VVV. Face Lingual Semelhante à vestibular, porém com as dimensões menores. Forma Forma trapezoidal de grande lado oclusal. Convexidade Nos dois sentidos, apresentando maior convexidade no terço cervical. Convergência Para a oclusal e para a distal. Diâmetro No sentido M-D é maior ao nível do terço oclusal. Acidentes Esta face apresenta um sulco D-L sem fóssula, que divide a face em duas cúspides sendo a mesial maior. Nos inferiores, o sulco é O-L sem fóssula. No 1ºMS aparece ainda o tubérculo de Carabelli, situado na cúspide M-L. Limites Cervical – nos superiores que só tem uma raiz palatina, apresenta-se convexa para a raiz, nos inferiores duas concavidades para o lado radicular; Mesial e Distal – são arredondadas e convergentes para a raiz; Oclusal – apresenta a forma de um W de lados desiguais, sendo o mesial maior. No caso do 2ºMS tricuspidado, terá o aspecto de um V. G U S T A V O T I M M C A V A L H E I R O . . . . . . . . G U S T A V O T I M M C A V A L H E I R O . . . . . . . . Faces Proximais Forma Trapezoidal de grande lado cervical. Convexidade Nos dois sentidos, sendo mais acentuada no terço oclusal. Nos terços médio e cervical apresenta-se plana ou até escavada. Convergência Para a cervical e para a lingual. [As faces livres convergem para a oclusal] Diâmetro No sentido V-L, o maior diâmetro localiza-se no terço cervical. Acidentes Não existem. Limites A face vestibular é limitada por 4 bordas: Cervical – apresenta duas concavidades para a raiz; Vestibular e Lingual – duas linhas côncavas para o eixo do dente; Oclusal – é uma linha quebrada correspondendo às cristas marginais e às arestas transversais das cúspides vestibular e lingual. Face Oclusal Forma Nos superiores apresenta-se trapezoidal de maior lado vestibular, com exceção do 1ºMS (forma rombóide), que possui a face lingual maior. Nos inferiores apresenta-se retangular com maior lado vestibular. Limites Limitada pelas cristas marginais e as arestas transversais das cúspides vestibular e lingual. Acidentes Neste aspecto, é a face mais rica. Apresenta: sulcos principais, além de sulcos secundários, fóssulas, cúspides, fissuras e cicatrículas. Por ser diferente em cada dente vamos descrevê-los separadamente. Primeiro Molar Superior Cúspides. Em número de 4, sendo em ordem decrescente, M-L, M-V, D-V e D-L. Sulco principal. Apresenta 3 sulcos: O mesio-central, que vai da fóssula mesial a fóssula central; O ocluso-vestibular, que vai da fóssula central que se dirige para a face vestibular terminando em fóssula próximo a cervical; E o disto-lingual, saindo da fóssula distal se dirigindo obliquamente para a face lingual onde termina SEM fóssula. Os dois primeiros poderão ser considerados como um único sulco, sendo denominado sulco mesio- ocluso-vestibular. Ponte de Esmalte. União das aresta longitudinais das cúspides M-L e D-V, freqüentemente presente. Fóssulas. Também em número de 3: mesial, central e distal. G U S T A V O T I M M C A V A L H E I R O . . . . . . . . Segundo Molar Superior Pode se apresentar semelhante ao 1ºMS, porém o lado maior é o vestibular. Raramente apresenta ponte de esmalte. Mais comumente se apresenta tricuspidado. A face oclusal do 2ºMS pode apresentar quatro formas diferentes: rombóide, trapezoidal, triangular ou em forma de compressão. Cúspides. Em número de 3, denominadas, em ordem decrescente: lingual, M-V e D-V. Sulco principal. Em forma de T invertido, formado pelo sulco M-D, que se estende da fóssula mesial até a fóssula distal, e pelo sulco ocluso-vestibular, que, saindo da fóssula central, se dirige à face vestibular terminando em fóssula. Fóssulas. Também em número de 3: mesial, central e distal. Primeiro Molar Inferior Cúspides. Quase sempre com 5 cúspides, assim denominadas, em ordem decrescente: M-L, M-V, D-L, média- vestibular e D-V. Sulco principal. Em número de 4: Mesio-distal, em linha quebrada semelhante a um W invertido, indo da fóssula mesial até a fóssula distal; Ocluso-mesio-vestibular, partindo da fóssula mesio-central dirigindo-se para a face vestibular onde termina em uma fóssula; Ocluso-disto-vestibular, iniciando na fóssula disto-central terminandona face vestibular sem fóssula; Ocluso-lingual, que nasce na fóssula central indo para a face lingual onde termina sem fóssula. Fóssulas. Encontramos na face oclusal deste dente 5 fóssulas sendo: a mesial, mesio-central, central, disto- central e a distal. Segundo Molar Inferior Cúspides. Este dente é composto por 4 cúspides, sendo denominadas, em ordem decrescente: M-V, M-L, D-V e D-L. Sulco principal. Em forma de + (cruz); em número de 2: Mesio-distal, que vai da fóssula mesial até a fóssula distal; Vestíbulo-lingual, que vai da fóssula vestibular para a face lingual terminando sem fóssula. Fóssulas. Em número de 3, sendo: a mesial, central e a distal. MORFOLOGIA DO COLO O colo é representado por uma linha sinuosa conforme o dente. MORFOLOGIA DA RAIZ Os superiores apresentam 3 (trirradiculares), sendo duas vestibulares – a mesio-vestibular (maior desta face) e a disto- vestibular – e uma lingual/palatina – a maior de todas. Normalmente, cada raiz apresenta um canal, porém a mesio-vestibular pode apresentar dois canais. No 1ºMS, as raízes geralmente são bem divergentes, ao passo que no 2ºMS freqüentemente são fusionadas. Os inferiores apresentam 2 raízes: a mesial com dois canais, e a distal com um apenas. G U S T A V O T I M M C A V A L H E I R O . . . . . . . . DIFERENÇAS ENTRE OS MOLARES SUPERIORES 1ºMS 2ºMS Maior volume Menor volume Face lingual maior Face vestibular maior Ponte de esmalte freqüente Ponte de esmalte rara Raízes mais divergentes Raízes mais fusionadas DIFERENÇAS ENTRE OS MOLARES INFERIORES 1ºMI 2ºMI Maior volume Menor volume Pentacuspidado Tetracuspidado Sulco principal em W Sulco principal em cruciforme Cinco fóssulas na oclusal Três fóssulas na oclusal DIFERENÇAS ENTRE MOLARES SUPERIORES E INFERIORES Superiores Inferiores Face vestibular vertical Face vestibular inclinada para lingual Coroa com maior dimensão V-L Coroa com maior dimensão M-D Ponte de esmalte presente Ponte de esmalte ausente Trirradicular Birradicular Face oclusal trapezoidal Face oclusal retangular
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