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128_METEOROLOGIA_E_CLIMATOLOGIA_VD2_Mar_2006

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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA
Mário Adelmo Varejão-Silva
Versão digital 2 – Recife, 2006
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gravidade de 980,665 cm s-2 (chamadas condições-padrão para fins barométricos). Quando
tais condições ambientais não são satisfeitas, o que é o caso mais freqüente, é necessário
aplicar correções ao valor de h lido na escala (chamado de leitura barométrica), para que se
obtenha a pressão real.
Durante muito tempo costumou-se exprimir a pressão atmosférica em termos da altura
da coluna de mercúrio, adotando-se o milímetro de mercúrio (mmHg) como unidade. As unida-
des recomendadas, para exprimir a pressão são o pascal (Pa) e o milibar (mb), esta inclusive
para intercâmbio internacional de dados (O.M.M., 1971):
1 mb = 10 3 dyn cm - 2 = 10 2 N m -2 = 102 Pa. = 1 hPa (III.4.4)
Considerando as condições-padrão de temperatura (0 oC) e de aceleração da gravidade
(980,665 cm s - 2) e, ainda, que a pressão normal corresponde a 76cm de coluna barométrica,
pode-se aplicar a equação III.4.3 ao barômetro. Lembrando que a densidade do mercúrio
àquela temperatura é de 13,5951 g cm - 3, tem-se:
p = 980,665 x 13,5951 x 76 dyn cm - 2 = 1013,25 mb. (III.4.5)
Então, uma atmosfera (1 at) corresponde a 760 mmHg, a 1013,25 mb ou a 101325 Pa,
ou a 1013,25 hPa. A partir dessa correspondência, as seguintes equivalências ficam estabele-
cidas:
1 mmHg = 1,33322 mb = 1,33322 hPa; (III.4.6)
1 mb = 1 hPa = 0,75006 mmHg. (III.4.7)
4.3 - Barômetros.
Os barômetros dividem-se em dois grandes grupos, de acordo com o princípio de funci-
onamento: os de mercúrio e os aneróides. 
4.3.1 - Barômetros de mercúrio.
Os barômetros de mercúrio são constituídos de um tubo de vidro, com cerca de 90 cm
de comprimento, cuja extremidade aberta está situada no interior de um recipiente (a cuba, ou
cisterna). Quando o instrumento se encontra em perfeitas condições de operação, há vácuo na
parte superior do tubo e o mercúrio ocupa sua porção inferior e grande parte da cuba. O tubo
de vidro é protegido por um cilindro de metal, acoplado à cuba (Fig. III.8) e dotado de um visor,
através do qual pode ser vista a extremidade da coluna de mercúrio, o menisco. Gravadas no
cilindro, junto ao visor, há uma escala graduada em milibares e outra em milímetros (inteiros).
As frações são obtidas com o auxílio de um nônio, ou Vernier, cuja posição pode ser ajustada
(através de uma cremalheira) de modo a tangenciar o menisco, permitindo efetuar leituras com
aproximação de décimos. Finalmente, um termômetro encontra-se acoplado ao corpo do ins-
trumento.

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