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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 123 inferências quanto ao comportamento da atmosfera, a partir da análise da disposição das isó- baras, já que o vento (e portanto, o transporte de calor e de vapor d'água) está fortemente con- dicionado pela distribuição espacial da pressão. Posteriormente serão abordados aspectos inerentes à influência do campo da pressão sobre o movimento do ar. Fig. III.13 - Concepção de uma isóbara (linha branca) correspondente à interseção da superfície isóbárica com a superfície terrestre. Quando se pensa na atmosfera em três dimensões, facilmente concebem-se superfícies que unem pontos de igual valor da pressão: são chamadas superfícies isobáricas. As isóbaras representam, de fato, interseções das superfícies isobáricas com um plano de referência, em geral o nível médio do mar. 7.3 - Cartas isobáricas. Além da carta de superfície, são confeccionadas outras, correspondentes a níveis ele- vados da atmosfera, contendo informações procedentes de estações de sondagem aerológica (Capítulo IV) e, eventualmente, aquelas fornecidas por aeronaves em vôo. Tais cartas são ela- boradas para níveis de pressão constante (850 hPa, 500 hPa etc.), e se destinam a averiguar a situação reinante nas camadas superiores da troposfera. Nas cartas desse tipo procura-se inicialmente caracterizar a topografia da superfície isobárica considerada. Essa topografia é obtida determinando-se, para cada ponto em que se dispõe de informações, o geopotencial correspondente à superfície isobárica que se considera.
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