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Anatomia de aves GMV 140 – ANATOMIA ANIMAL 2015 - 1 João Chrysostomo de Resende Júnior Características externas e tegumento 1 a 3 - Regiões do corpo: a. Crânio; b-face; c.pescoço; d-dorso; e-garupa; f-cauda; g- lado; h-peito; i-barriga; j-subcauda; k-braço; l-antebraço; m-mão; n-coxa; o-perna; p- pé. 4 – Regiões da cabeça: 1-região oral; 2-região nasal; 3-região orbital; 4-região da orelha; 5-testa; 6-coroa; 7-Occipício; 8-queixo; 9-garganta; 10-bochecha; 11-nuca; 12- jugular Pato macho adulto Asa de um pombo adulto Membro pelvino de uma galinha adulta Cabeça de uma perua adulta Esqueleto das aves Comparado com os mamíferos: • mais leve; • tem uma composição de fosfato de cálcio mais alta; • fusão da maioria das vértebras do tronco; • extrema mobilidade da cadeia de vértebras cervicais; • fusão da cintura pélvica à coluna vertebral ; • ausência de sínfise pélvica; • esterno proeminente; • cintura peitoral forte; • simplificação do esqueleto dos membros pela fusão e eliminação de ossos. Região cervical da coluna vertebral de uma galinha adulta Vista lateral esquerda: • Diferentemente dos mamíferos, o número de vértebras cervicais varia com o tamanho do pescoço; • Na galinha existem usualmente 16 vértebras; • O atlas em forma de anel (seta) articula com um único côndilo do occipital, sendo assim a juntura atlanto-occiptal é extremamente móvel; • A maior flexibilidade da coluna vertebral e a mobilidade da articulação atlanto-occipital permite que o bico seja usado para uma grande variedade de tarefas. Vértebras cervicais e torácicas de uma galinha adulta Vista lateral esquerda: a. Vértebras cervicais; b. Notário; c. Quarta vértebra torácica; d. Escápula; e. Úmero. • O notário é formado pela última vértebra cervical e as três primeiras vértebras torácicas; • O notário junto com o sinsacro dá maior rigidez à coluna vertebral; • No pato e ganso estas vértebras se movem livremente. Cranial Caudal Sinsacro e pelve de uma galinha adulta Vista dorsal: a. Ílio; b. Ísquio; c. Pube; d. Sinsacro; e. Vértebra caudal livre. • O sinsacro consiste da fusão de vértebras torácicas, lombares, sacrais e coccígeas; • O sinsacro, por sua vez, é fundido ao ílio; C ra n ia l C a u d a l Parte caudal da coluna vertebral de uma galinha adulta Vista lateral direita: a. Sinsacro; b. Vértebras caudais livres; c. Pigóstilo; d. ílio; e. Ísquio. • Na galinha existem seis vértebras caudais livres as quais permitem movimento da cauda. • O pigóstilo consiste de 4 a 6 vértebras caudais fundidas e é a região onde a maioria das penas internas da cauda estão inseridas. Caudal Cranial Esqueleto do tronco de uma galinha adulta Vista lateral esquerda a. Vértebras cervicais; b. Notário; c. Quarta vértebra torácica; d. Vértebras caudais livres; e. pigóstilo. f. Costelas asternais g. Costelas esternais h. Esterno i. Clavícula j. Osso coracóide k. Escápula l. Úmero m. Pelve n. fêmur. o. Tíbia e fíbula Cranial Caudal Anatomia de um osso longo de ave Secção do úmero de uma ave aquática a. Substância cortical excepcionalmente fina; b. Cavidade medular contem um rede de trabéculas as quais aumentam a resistência do osso; Esqueleto da mão esquerda de uma galinha adulta a. Carpometacarpo - fusão da fileira distal de ossos do carpo com o metacarpo; b. Ossos radial do carpo e ulnar do carpo; c. Dedo II com duas falanges; d. Dedo III com duas falanges; e. Dedo IV com uma falange. Esqueleto do pé de um galo adulto a. Osso tarsometatársico - fusão da fileira distal de ossos do tarso com os metatársicos II, III e IV; Um processo ósseo (seta) que emerge da parte distal da superfície medial do osso tarsometatársico , no macho e em muitas fêmeas, constitui a base óssea da espora. b. Dedo I; c. Dedo II; d. Dedo III; e. Dedo IV. Sistema digestório Bico (ranfoteca) de uma galinha adulta a. Ranfoteca maxilar; b. Ranfoteca mandibular; Base óssea coberta por estojo de queratina Cavidade oral e faringe de uma galinha adulta Como o palato mole e o istmo da orofaringe estão ausentes a cavidade oral e faringe formam uma cavidade comum a qual é denominada orofaringe. a. Palato; b. Língua; c. Eminência laríngea; 1. Coana; 2. Fissura infundibular (óstio faríngico da tuba auditiva); 3. Glote (entrada da laringe); Setas: Papilas queratinizadas distribuídas no teto da orofaringe, na língua e na eminência laríngea. Pescoço de uma galinha de 8 semanas a. Esôfago de paredes finas; b. Traqueia; c. Papo – dilatação do esôfago próximo à entrada do tórax; d. Lobos do timo. Interior do esôfago e papo de uma galinha adulta a. Papo (divertículo ventral do esôfago); b. Esôfago (dividido em parte cervical e torácica); Devido à sua superfície interna pregueada longitudinalmente (setas), o esôfago é relativamente distensível. Papo cheio de uma galinha adulta a. Papo; b. Esôfago; A função do papo é estocar o alimento quando o estômago muscular está cheio. No papo, o alimento sofre umidificação e amaciamento, preparando-o para a digestão no estômago e intestinos. Quando o estômago muscular está vazio, o alimento passa direto e não é estocado no papo. Vista ventral do tórax e abdômen de uma galinha adulta com o esterno e parede abdominal removidos a. Septo pós-hepático; b. Fígado; c. Coração. • O septo pós-hepático é uma prega do peritônio, de membrana dupla, impregnada de gordura, que cobre ventralmente as vísceras abdominais. • Os únicos órgãos que não são cobertos são os lobos direito e esquerdo do fígado e o coração. • Não existe músculo diafragma separando o tórax do abdome – cavidade celômica. C ra n ia l C a u d a l Vista ventral do tórax e abdômen de uma galinha adulta com o esterno, a parede abdominal e o septo pós-hepático removidos a. Moela – estômago muscular; b. Duodeno; c. Fígado. d. Coração. Apesar de coberta pelo septo pós- hepático, a moela pode ser palpada na ave viva, devido à sua posição ventral. Estômago de uma galinha de oito semanas a. Estômago glandular ou proventrículo; (cranial); b. Estômago muscular ou moela (caudal); c. Istmo (constrição entre os dois compartimentos); d. Parte pilórica do estômago (conecta a moela com o duodeno). Caudal Cranial Interior do proventrículo de uma galinha adulta a. Glândulas gástricas formam espessa camada na parede do proventrículo. Seta: Papilas bem desenvolvidas no topo das quais se abrem as glândulas gástricas. Corte histológico da parede do proventrículo da galinha a. Epitélio colunar secretor de muco; b. Lâmina própria; c. Glândulas multilobulares da lâmina própria; d. Muscular da mucosa e. Submucosa; f. Camada muscular interna circular; g. Camada muscular externa longitudinal. Interior do estômago de uma galinha adulta a. Proventrículo; b. Zona intermediária; c. Moela. 1. Corpo;2. Camada muscular espessa; 3. Saco cego cranial; 4. Saco cego caudal; 5. Músculos craniodorsais e caudoventrais; 6. Entrada para a parte pilórica do estômago e o duodeno localiza-se na parte cranial da moela. Duodeno e pâncreas de uma galinha adulta Vista ventral a. Parte descendente do duodeno; b. Parte ascendente do duodeno; c. Pâncreas; Cranial Caudal Fígado de uma galinha de cinco semanas Vista ventral a. Fígado; b. Veia cava caudal; c. Vesícula biliar; 1. Lobo direito do fígado; 2. Lobo esquerdo do fígado; 3. Parte lateral do lobo esquerdo do fígado; 4. Parte medial do lobo esquerdo do fígado; Ductos pancreáticos e biliares de uma galinha adulta a. Parte descendente do duodeno; b. Parte ascendente do duodeno; c. Pâncreas; d. Fígado. 1. Ductos pancreáticos; 2. Ducto hepatoentérico comum – formado pela união dos ductos hepáticos esquerdo e direito; 3. Ducto biliar; Cranial Caudal Jejuno e íleo de uma galinha de seis semanas a. Jejuno e íleo; b. Ramos das artéria e veia mesentéricas cranial; Intestino grosso de um pato adulto a. Reto; b. Íleo; c. Cloaca; d. Cecos esquerdo e direito. 1. Base do ceco; 2. Corpo do ceco; 3. Ápice do ceco; Cranial Caudal Cloaca R. Reto CD. Coprodeu; UD. Urodeu PD. Proctodeu BF. Bolsa de Fabrício u. Ureter v.d. Ducto deferente Cloaca de uma galinha adulta a. Proctodeu; b. Urodeu; c. Coprodeu; d. Reto; 1. Prega coprourodeal; 2. Abertura do oviduto esquerdo; 3. Prega urocroprodeal; 4. Lábios do ânus. Cranial Caudal Ânus de uma galinha de 10 semanas • O ânus é contornado pelos lábios dorsal e ventral os quais se projetam para o proctodeu. • Durante a passagem das fezes ou ovos, os lábios são evertidos. • A aparência do ânus pode ser usada para determinar o sexo de canários, durante a estação de monta, sendo ele mais proeminente no macho. Sistema urogenital Masculino Feminino Não reprodução Em reprodução Testículo Gl. Adrenal Rim Vesícula seminal Ducto deferente Coprodeu Urodeu Proctodeu Ovário Coprodeu Rim Magno Istmo Útero Coprodeu Urodeu Proctodeu Intestino Grosso Oviduto direito vestigial Ânus Ânus Beijo Cloacal Sistema genital masculino Galináceos Galo Codorna Pato Ganso Órgão copulador Tubérculos fálicos Não há penetração, mas somente o beijo cloacal Falos Há penetração Apenas 3% das espécies de aves Folículo vazio Ovócito Maduro Infundíbulo Magno Istmo Útero ou Glândula da casca Fixação do ovário Sistema Genital Feminino Vagina Cloaca Infundíbulo Ovário Ovo sem casca Istmo Vagina Ovário e oviduto de uma galinha em postura- Vista lateral direita a. Ovário; b. Oviduto; c. Ceco direito e esquerdo; d. Reto; e. Baço. 1. Estigma (local onde é liberado o ovócito); 2. Útero, com a presença de um ovo; • No embrião das aves as gônadas e os ovidutos direito e esquerdos estão presentes. • Após a eclosão, na maioria das espécies, apenas o ovário e o oviduto esquerdos se desenvolvem e tornam-se funcionais. Caudal Cranial Ovário de uma galinha em postura a. Folículos maduros; b. Folículos menores - imaturos; Seta. Folículo pós-ovulatório. • Raças modernas de galinha entram em postura por volta de 18-21 semanas de idade. • A cor amarelada dos folículos maduros é devida à presença de gema, composta por proteínas e lipídios sintetizados no fígado e que alcançam o ovócito pela corrente sanguínea. • A ovulação acontece por influência do LH e, na galinha, geralmente ocorre 30 minutos após um ovo ser posto. • O folículo ovulado regride em cerca de 10 dias e não há formação de corpo lúteo. Oviduto de uma galinha em postura a. Infundíbulo; b. Magno; c. Istmo; d. Parte tubular do útero; e. Bolsa do útero; f. Vagina. • Em uma galinha madura e sexualmente ativa, o oviduto pode alcançar cerca de 65 cm. • O infundíbulo é o local da fertilização e da segunda divisão de maturação, a qual forma o ovo. • As glândulas na parede do oviduto são responsáveis pela formação da clara e da casca do ovo. • O ovo permanece no infundíbulo por 15 minutos, no magno por 3 horas, no istmo por 75 minutos, no útero por 20 horas e na vagina por poucos segundos. • Quando a galinha não está em postura o oviduto é reduzido para 15 cm. Ovário e oviduto de uma galinha em postura, com um ovo na bolsa do útero a. Ovário; b. Infundíbulo; c. Magno; d. Istmo; e. Parte tubular do útero; f. Bolsa do útero; g. Vagina. • As glândulas do infundíbulo formam a fina camada calazífera de denso albúmen que envolve a gema. • No magno são acrescentados ao ovo mais albúmen, sódio, magnésio e cálcio. • As glândulas do istmo formam as membranas da casca e 10% da proteína do albúmen. • No útero, também chamado, glândula da casca, é produzida a casca do ovo. • O cálcio para a formação da casca vem da dieta e dos ossos da ave. • A cor avermelhada da bolsa do útero é o resultado da vasta irrigação. Estrutura de um ovo de galinha (casca e membranas da casca foram removidas) a. Gema; b. Disco germinativo (forma o embrião se o ovo for fertilizado; c. Calaza; d. Parte média espessa do albúmen da clara; e. Camada fina, mais externa de albúmen. O ovo é um corpo unicelular, formado no ovário e oviduto. Compõe-se de: 1 - Casca 2 - Membrana externa 3 - Membrana interna 4 - Calaza 5 - clara exterior 6 - clara média 7 - Membrana vitelina 8 - Núcleo Gérmen 9 - Gérmen 10 - Gema amarela 11 - Gema branca 12 - Clara espessa 13 - Calaza 14 - Câmara de ar 15 - casca Sistema respiratório Espaço pneumático no osso Pulmão contendo parabrônquios Sacos aéreos Traquéia Brônquios Inspiração Expiração Brônquio lateral Representação esquemática do sistema respiratório da galinha. A metade cranial dos brônquios dorsais (4) e dos parabrônquios (6) foram removidas. 1 traqueia, 2 Brônquio primário, 3 Brônquio ventral com conexão aos sacos aéreos (A) cervical, (B) interclavicular e (C) torácico cranial, 5 brônquio lateral e o brônquio primário caudal abrindo nos sacos aéreos (D) torácico caudal e (E) abdominal (From: Duncker 2004- adaptado). Esôfago Traqueia Papo Coração Vesícula biliar Baço Fígado Moela Olhos Brônquios Pulmõe s Cecos Ovário Rim Oviduto Cloaca Intestino Grosso Mesentério Intestino delgado Duodeno Pâncreas Vísceras da Galinha Narina Laringe Traqueia Esôfago Papo Coração Proventrículo Vesícula biliar Baço Fígado Moela Pâncreas Duodeno Jejuno Colon-reto Cloaca Oviduto Rim Ovário Cecos Pulmão Encéfalo Olho
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