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30/05/2014 1 Resumo da última aula O que estudamos na última aula? Unidade 3 – Solidificação 3.7. Controle da Macroestrutura Uso de inoculantes Refino dinâmico: agitação e a vibração ultra-sônica 3.8. Segregação Impurezas que se agregam (heterogeneidade química) ao metal líquido 3.9. Crescimento de grão Efeito da curvatura dos contornos de grão UNIDADE 3 Solidificação (continuação) Prof. Valmir Dias Luiz Curso Técnico de Metalurgia CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO DE TECNOLÓGICA DE MINAS FUNDIÇÃO E SOLIDIFICAÇÃO AULA 04 30/05/2014 2 3.10. Nucleação homogênea Na solidificação, o fator responsável pela nucleação é o superresfriamento térmico (T ou T). O metal líquido é levado a uma temperatura abaixo da sua temperatura de fusão. Dessa maneira, as condições termodinâmicas (diminuição da energia livre) favorecem o aparecimento de núcleos da fase sólida. 3.10. Nucleação homogênea Quando um metal líquido é superresfriado, núcleos sólidos surgem no interior da fase líquida aleatoriamente. Quando estes núcleos são formados, há uma diminuição da energia livre volumétrica (Gv0) e um aumento da energia livre superficial (Gs0). Como a natureza tende a gastar a menor energia possível, uma das melhores formas que um núcleo poderia assumir seria a forma esférica, já que essa forma geométrica é a que possui a maior razão volume por área superficial. sv GGG 30/05/2014 3 3.10. Nucleação homogênea De fato, os núcleos sólidos apresentam a forma aproximada de uma esfera. Dessa forma, podemos atribuir aos núcleos um certo raio ou diâmetro médio. Nem todos os núcleos que surgem em meio a fase líquida possuem condições termodinâmicas para sobreviver. É necessário que a diminuição da energia livre volumétrica seja maior que o aumento da energia livre superficial. 3.10. Nucleação homogênea sv GGG vG sG cG G 30/05/2014 4 Existe um determinado raio médio abaixo do qual todos os núcleos não possuem condições termodinâmicas para sobreviver. Este raio é chamado de raio crítico (rc) e a energia do seu núcleo é a energia crítica. Os núcleos que possuírem raios menores que o raio crítico (rrc), serão denominados embriões e irão se diluir em meio a fase líquida. Já os núcleos que possuírem raios iguais ou maiores que o raio crítico (rrc) crescerão. 3.10. Nucleação homogênea sv GGG vG slf f rL T TrG 23 4 3 4 sG cG G sv GGG A expressão para o raio crítico é dado pela seguinte expressão: O valor da energia livre crítica pode ser obtido pela seguinte expressão: Ou em função do raio crítico: 22 f 2 f 3 sl c T L T 3 16G 2 c sl c r3 4G Lf = é o calor latente de fusão (energia por unidade de volume). sl = é a tensão superficial entre as fases sólida e líquida (energia por unidade de superfície). r = é o raio do núcleo esférico. Tf = é a temperatura de fusão. T = é o superresfriamento. T L T2 r f fsl c 3.10. Nucleação homogênea 30/05/2014 5 A análise desenvolvida permite concluir que tanto o raio crítico quanto a energia livre crítica diminuem de valor com o aumento do super-resfriamento térmico. Portanto, o aumento do super- resfriamento é um fator estimulante da nucleação homogênea. Quanto menor o rc omais chance do embrião desenvolver. 3.10. Nucleação homogênea 3.10. Nucleação homogênea Substância Tf(oC) Tmáx. (oC) sl (10-7 cal.cm-2) Lf (cal.cm-3) Estanho 233 76 14.0 106 Bismuto 271 90 13.0 123 Chumbo 328 80 7.9 71 Alumínio 660 130 28.8 257 Prata 961 227 30.0 262 Ouro 1.063 230 31.4 311 Cobre 1.084 236 42.1 459 Manganês 1.220 308 49.0 474 Níquel 1.452 319 60.7 657 Cobalto 1.490 330 55.7 509 Ferro 1.530 295 48.6 475 Super - resfriamento máximo de alguns elementos 30/05/2014 6 A quantidade de núcleos sólidos que surgem em meio a fase líquida é uma conseqüência importante do fenômeno da nucleação homogênea. Essa informação pode ser dada pela freqüência ou intensidade de nucleação (I), dada em núcleos/cm3/s pela fórmula: 3.10. Nucleação homogênea N é o número de átomos por núcleo. k é a constante de Boltzmann (3,3 x 1024 cal/ K). h é a constante de Plank (1,6 x 10-34 cal.s). T é a temperatura de nucleação (= Tf - T). Q é a energia de ativação do processo (cal) kT Q e h NkTI 3.10. Nucleação homogênea Para o caso dos metais, a freqüência da nucleação pode ser medida com aproximação pela equação simplificada : 22 f 2 f 3 sl40 T.T.k.L.3 T...16 exp.10I 30/05/2014 7 No caso da nucleação, a energia de ativação pode ser assimilada como a energia livre crítica que corresponde ao raio crítico do núcleo, isto é: A freqüência de nucleação pode ser representada graficamente em função do superresfriamento térmico. Esta equação revela a existência de um superresfriamento característico, que corresponde a cerca de 20% da temperatura de fusão no caso dos metais. 3.10. Nucleação homogênea 22 23 3 16 TL T GQ f fsl c
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