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* * Administração Financeira Prof. Dr. Eduardo Pozzi 2° Semestre – 2015 Parte 1 PUC-SP * * PUC-SP Fundamentos 1 Administração Financeira Introdução O Capital e o Juro Relações Básicas Regimes de Capitalização Fluxo de Caixa de uma Operação * * Administração Financeira PUC-SP Introdução A Matemática Financeira visa estudar o valor do dinheiro no tempo e fornece instrumentos para o estudo e a avaliação das formas de aplicação de dinheiro, bem como de pagamento de empréstimos (Hazzan e Pompeo, 2007). Duas óticas: Empresas Instituições financeiras * * Administração Financeira PUC-SP Introdução Ativos e Passivos de Empresas BALANÇO PATRIMONIAL DE UMA EMPRESA Ativos Instalados Investimentos existentes geram fluxos de caixa hoje. Ativo Passivo Investimentos para o crescimento Valor previsto que será gerado pelos investimentos futuros Dívida Patrimônio Líquido Empréstimos Capital Social (Ações) Reseva de Lucros * * Administração Financeira PUC-SP Introdução Ativos e Passivos de Instituições Financeiras BALANÇO PATRIMONIAL DE UM BANCO COMERCIAL Ativo Passivo Depósitos à vista Depósitos de Poupança Depósitos a Prazo (CDB) Repasses de Recursos Outros Patrimônio Líquido São recursos de 3ºs, captados junto aos clientes ou outras instituições São recursos próprios, obtidos junto aos acionistas ou pelo reinvestimento do lucro Representam as aplicações de recursos da instituição. Variam em grau de risco, retorno e liquidez São as aplicações fixas em agências, sistemas, etc... Reservas Títulos Públicos Operações de Crédito Títulos e Valores Mobiliários Outros Imobilizado Intangível * * Administração Financeira PUC-SP Introdução O conceito de spread bancário Banco Poupador Tomador $ $ i1 i2 i2 – i1 = SPREAD taxa de aplicação = = taxa de captação * * Administração Financeira PUC-SP O Capital e o Juro Capital = qualquer valor monetário que uma pessoa (física ou jurídica) empresta para outra durante certo tempo; Juro = é o custo do empréstimo (para o tomador) ou a remuneração pelo uso do capital (para o emprestador); Taxa de juros = valor do juro em uma certa unidade de tempo, expresso como uma porcentagem do capital; Montante = soma do capital com o juro. * * Administração Financeira PUC-SP Relações Básicas Chamando de C o capital, M o montante, J o juro e i a taxa (do inglês interest rate), temos as seguintes relações: * * Administração Financeira PUC-SP Regimes de Capitalização Quando um capital é aplicado por vários períodos, a uma certa taxa por período, o montante poderá aumentar de acordo com duas convenções, denominadas regimes de capitalização. Regime de capitalização simples (ou juros simples) Regime de capitalização composta (ou juros compostos). * * Administração Financeira PUC-SP Regimes de Capitalização Regime de capitalização simples Nesse regime, o juro gerado em cada período é constante e igual ao produto do capital pela taxa; Além disso, os juros são pagos somente no final da operação. * * Administração Financeira PUC-SP Regimes de Capitalização Regime de capitalização composta Neste caso, o juro do 1° período (capital vezes a taxa) agrega-se ao capital, resultando no montante M1. O juro do 2° período, que é igual ao produto de M1 pela taxa, agrega-se a M1, resultando no montante M2. O juro do 3° período, que é igual ao produto de M2 pela taxa, agrega-se a M2, resultando em um montante M3, e assim por diante. Portanto, o juro que é gerado em cada período (montante do início do período vezes a taxa) agrega-se ao montante do início do período e esta soma passa a render juros no período seguinte. * * Administração Financeira PUC-SP Fluxos de Caixa de uma Operação O fluxo de caixa de uma operação é uma representação esquemática muito útil na resolução de problemas. Basicamente, consta de um eixo horizontal em que é marcado o tempo, a partir de um instante inicial (origem) e a unidade de tempo (ano, mês, dia etc). As entradas de caixa em um determinado instante são indicadas por setas perpendiculares ao eixo horizontal, no instante considerado, e orientadas para cima. As saídas de caixa são indicadas da mesma forma, só que a orientação das setas é para baixo. * * PUC-SP Juros Simples 2 Administração Financeira Fórmula dos juros simples e do montante Taxas proporcionais Juro exato e juro comercial Valor nominal e valor atual * * Administração Financeira PUC-SP Fórmula dos juros simples e do montante Na capitalização simples, os juros são iguais em todos os períodos, valendo o produto do capital pela taxa naquele período. Consideremos um capital C, aplicado a juros simples, à taxa i por período, durante n períodos de tempo. Juros após 1 período: Juros após 2 períodos: Juros após 3 períodos: ... Juros após n períodos: * * Administração Financeira PUC-SP Fórmula dos juros simples e do montante Portanto, eliminando o índice n teremos a fórmula dos juros simples: E a fórmula do montante é: OBS: Na fórmula dos juros e do montante é necessário que i e n sejam expressos na mesma unidade (por exemplo, se i for taxa mensal, n deve ser expresso em meses). * * Administração Financeira PUC-SP Fórmula dos juros simples e do montante Variações da fórmula básica dos juros simples * * Administração Financeira PUC-SP Fórmula dos juros simples e do montante Variações da fórmula básica do montante * * Administração Financeira PUC-SP Fórmula dos juros simples e do montante Portanto, eliminando o índice n teremos a fórmula dos juros simples: E a fórmula do montante é: OBS: Na fórmula dos juros e do montante é necessário que i e n sejam expressos na mesma unidade (por exemplo, se i for taxa mensal, n deve ser expresso em meses). * * Administração Financeira PUC-SP Taxas proporcionais Pelo critério de proporcionalidade de taxas de juros diz-se que duas taxas de juros ia e ib, referidas a períodos diferentes no regime de juros simples, são proporcionais quando resultam no mesmo montante, ou juro, no fim do prazo da operação, tendo incidido sobre o mesmo capital. Assim: * * Administração Financeira PUC-SP Juro exato e juro comercial É muito comum certas operações ocorrerem por um ou alguns dias apenas. Nesses casos, é conveniente utilizarmos a taxa diária proporcional. O cálculo pode ser feito segundo duas convenções: 1ª) Considerando o ano civil, que tem 365 (ou 366) dias, e cada mês com seu número real de dias → juro exato. 2ª) Considerando o ano comercial, que tem 360 dias, e o mês comercial com 30 dias → juro comercial. Em geral, a convenção adotada é de juro comercial. * * Administração Financeira PUC-SP Valor nominal e valor atual Valor nominal = valor futuro ou montante. Valor atual = valor presente ou capital. Valor nominal Valor atual * * PUC-SP Desconto Simples 3 Administração Financeira Desconto comercial ou bancário Relação entre taxa de desconto e taxa de juros simples Prazo médio de um conjunto de títulos * * Administração Financeira PUC-SP Desconto simples A idéia de desconto está associada com o abatimento dado a um valor monetário em determinadas condições. Exemplos: Quando uma compra é feita em grande quantidade, é comum o vendedor conceder algum desconto no preço por unidade; No comércio, também é bastante comum o vendedor conceder um prazo para pagamento e, caso o comprador queira pagar à vista, geralmente é proporcionado um desconto sobre o preço oferecido. Nestas situações, o desconto costuma ser expresso por um percentual aplicado sobre o preço. * * Administração Financeira PUC-SP Desconto comercial ou bancário Outra situação envolvendo o conceito de desconto ocorre quando uma empresa vende um produto a prazo; nesse caso, o vendedor emite uma duplicata que lhe dará o direito de receber do comprador o valor combinado na data futura. Caso o vendedor precise de dinheiro, ele poderá ir a um banco e efetuar um desconto de duplicata. Resumidamente, ocorre o seguinte: a empresa cede ao banco o direito do recebimento da duplicata em troca de dinheiro recebido antecipadamente. As operações de desconto de duplicatas são bastante comuns no sistema financeiro e possuem uma sistemática de cálculo chamada de desconto comercial ou bancário. * * Administração Financeira PUC-SP Desconto comercial ou bancário Terminologia N = é o valor do título a ser descontado (também conhecido como é o valor nominal ou valor de face); n = é o prazo de vencimento do título; d = é a taxa de desconto utilizada na operação (em porcentagem por período); D = desconto comercial ou bancário. * * Administração Financeira PUC-SP Fórmula do desconto comercial ou bancário O desconto comercial ou bancário (D) é dado por: A diferença N – D é chamada de valor descontado ou valor líquido do título e é indicada por Vd * * Administração Financeira PUC-SP Relação entre taxa de desconto e taxa de juros simples É importante notar que a taxa de juros simples é diferente da taxa de desconto. Isso porque a taxa de juros incide no valor inicial ao passo que a taxa de desconto incide no valor final. Nesse sentido, a fórmula que fornece a relação entre a taxa de desconto e a taxa de juros simples é: * * Administração Financeira PUC-SP Operações com um conjunto de títulos Foi visto anteriormente como proceder para descontar um único título. Caso tenhamos um conjunto de títulos (chamado borderô, no caso de duplicatas), o seu valor atual (ou valor líquido) é a soma dos valores atuais de cada título. Exemplo: Uma empresa apresenta o borderô de duplicatas a seguir, para serem descontadas em um banco à taxa de desconto comercial de 1,8% ao mês. Qual é o valor líquido recebido pela empresa? * * Administração Financeira PUC-SP Prazo médio de um conjunto de títulos Chama-se de prazo médio de um conjunto de títulos o prazo em que se deve descontar o valor total do conjunto, a uma certa taxa de desconto comercial, para obter o mesmo resultado que a soma dos descontos de cada título, à mesma taxa de desconto. * * PUC-SP Juros Compostos 4 Administração Financeira Fórmula dos juros compostos e do montante Períodos não inteiros Taxas equivalentes Aplicações dos juros compostos * * Administração Financeira PUC-SP Fórmula dos juros compostos e do montante No regime de capitalização composta, os juros gerados em cada período agregam-se ao montante do período anterior, passando esse novo montante a produzir juros no período seguinte. Consideremos um capital C, aplicado a juros simples, à taxa i por período, durante n períodos de tempo. Montante após 1 período: Montante após 2 períodos: Montante após 3 períodos: Montante após n períodos: * * Administração Financeira PUC-SP Fórmula dos juros compostos e do montante Variações da fórmula básica do montante * * Administração Financeira PUC-SP Fórmula dos juros compostos e do montante As calculadoras financeiras permitem calcular diretamente qualquer valor das quatro variáveis da fórmula, dados os valores das outras três. Exemplo HP 12c C = PV M = FV n i * * Administração Financeira PUC-SP Fórmula dos juros compostos e do montante Exemplo HP 17bII C = PV M = FV n i * * Administração Financeira PUC-SP Fórmula dos juros compostos e do montante Observações: (a) O valor de “n” deve ser expresso sempre na unidade de tempo estipulada pela taxa; (b) Na maioria das calculadoras, os valores de PV (present value) e FV (future value) aparecem um com sinal positivo e outro com sinal negativo. PV FV Tomador do empréstimo PV FV Emprestador * * Administração Financeira PUC-SP Períodos não inteiros Duas convenções: (a) Convenção exponencial: → utilizada para valores inteiros e não inteiros. (b) Convenção linear: consiste em calcular o montante a juros compostos durante a parte inteira do período e, sobre o montante assim obtido, aplicar juros simples durante a parte não inteira do período considerado (obs: esta última convenção é raramente utilizada na prática). * * Administração Financeira PUC-SP Taxas equivalentes Pelo critério da equivalência de taxas de juros diz-se que duas taxas de juros i1 e i2, referidas a períodos diferentes no regime de juros compostos, são equivalentes quando resultam no mesmo montante, ou juro, no fim do prazo da operação, tendo incidido sobre o mesmo capital. * * Administração Financeira PUC-SP Taxas equivalentes A fórmula das taxas equivalentes pode ainda ser expressa de uma outra maneira, em função dos prazos (em dias) de cada taxa. Seja iq a taxa que queremos e it a taxa que temos; seja Q o prazo (em dias) da taxa que queremos e T o prazo (em dias) da taxa que temos decorre: * * PUC-SP Seqüência de Capitais 5 Administração Financeira Seqüência uniforme Seqüência uniforme postecipada Seqüência uniforme antecipada Seqüência uniforme diferida * * Administração Financeira PUC-SP Seqüência de Capitais Uma Seqüência de Capitais corresponde a toda e qualquer série de entradas e saídas de caixa com um dos seguintes objetivos: (1) amortização de uma dívida ou (2) capitalização de um montante. Uma Seqüência de Capitais pode ser classificada de diferentes formas, especialmente no que diz respeito ao número de prestações, à periodicidade dos pagamentos, ao prazo dos pagamentos ou ao primeiro pagamento. * * Administração Financeira PUC-SP Seqüência de Capitais Em relação ao número de prestações, as seqüências podem ser: Finitas: quando ocorrem durante um período predeterminado de tempo; Infinitas: quando os pagamentos ou recebimentos duram infinitamente. Em relação à periodicidade das prestações, as seqüências podem ser: Periódicas: os pagamentos ou recebimentos ocorrem em intervalos constantes; Não Periódicas: os pagamentos ou recebimentos ocorrem em intervalos irregulares de tempo. * * Administração Financeira PUC-SP Seqüência de Capitais Em relação ao valor nominal, as seqüências podem ser: Uniformes: os pagamentos ou recebimentos são iguais; Não Uniformes: os pagamentos ou recebimentos apresentam valores distintos. Em relação ao prazo, as seqüências podem ser: Postecipadas: os pagamentos ou recebimentos iniciam após o final do primeiro período; Antecipadas: o primeiro pagamento ou recebimento ocorre na entrada ou no início da seqüência. * * Administração Financeira PUC-SP Seqüência de Capitais Em relação ao primeiro pagamento, as seqüências podem ser: Diferidas: ou com carência, quando houver um prazo maior que um período entre a data do recebimento do financiamento e a data de pagamento da primeira prestação; Não Diferidas: quando não existir prazo superior a um período entre o início da operação e o primeiro pagamento ou recebimento. * * Administração Financeira PUC-SP Seqüência Uniforme Postecipada As Seqüências de Capitais Uniformes são bastante comuns em operações comerciais como financiamentos de eletrodomésticos, financiamento imobiliário etc. PMT PMT PMT PMT Valor Presente PMT PMT PMT PMT Valor Presente Ponto de vista do Cliente Ponto de vista do Banco * * Administração Financeira PUC-SP Seqüência Uniforme Postecipada Cálculos: PMT PMT PMT PMT Valor Presente Fator de Valor Atual Fator de Recuperação do Capital * * Administração Financeira PUC-SP Seqüência Uniforme Postecipada As Seqüências de Capitais Uniformes também são comuns em operações de investimento (aplicação de recursos). PMT PMT PMT Valor Futuro PMT PMT PMT Ponto de vista do Tomador Ponto de vista do Aplicador Valor Futuro PMT PMT * * Administração Financeira PUC-SP Seqüência Uniforme Postecipada Cálculos: PMT PMT PMT Valor Futuro Fator de Acumulação do Capital Fator de Formação do Capital PMT * * Administração Financeira PUC-SP Seqüência Uniforme Postecipada versus Antecipada BEG END * * * * *
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