Buscar

Trabalho de Teologia

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Trabalho de teologia
Alunos: André Kiyoshi, Catarina Merz, Giovanni Nunho, Larissa Nicoletti e Rogério Golenia
Professor: Eduardo Cruz
Cristão, Consciência e Lei
Michael Lyons, um integrante da Marinha Inglesa foi chamado para uma missão no Afeganistão e ele tentou ser dispensado da missão devido suas crenças, ele tentou apelar de todos os jeitos e não conseguiu ser dispensado,
A Convenção Europeia dos Direitos Humanos, no art. 9, afirma: todos possuem o direito de livre expressão, pensamento e religião; e isso inclui também a liberdade de mudar de religião ou crença e liberdade, sozinho ou em comunidade com outros, em público ou privadamente, de manifestar sua religião ou crença, seja adorando, ensinando, praticando ou observando.
O artigo 9 não ajudou Michael Lyons porque o inciso II afirma: A liberdade de manifestar a religião ou crença individual é sujeita a limitações, como descrito pela lei e esta é considerada necessária em uma sociedade democrática, com o intuito de garantir a proteção da nação, saúde e moral, ou ainda garantia dos direitos e liberdade de outros. E isso fez com que a comissão interpretasse que ele aplicou o artigo 9 de má-fé, visando apenas ser dispensado do serviço militar.
O que o exemplo do texto mostra?
A) A lei algumas vezes reconhece a objeção feita a ela.
B) Que a alegação de determinado direito da lei, deve ser satisfeita, e que ela é de fato baseada em fortes princípios.
C) Que os efeitos do direito são limitados, caso não fosse, as pessoas simplesmente decidiriam quais leis deveriam ou não serem aplicadas. Como o juiz Alistair McGrigor afirma, no caso de Michael Lyons, o serviço pessoal não pode escolher quais normas militares vai seguir, desobediência enfraquece o comando, fazendo com que esse perca a força. Em minha sugestão isso se aplica a todos nós.
John Duddington
Vamos começar pela palavra consciência, ela é derivada do latim, “conscientia”, e significa conhecimento em si mesmo.
As alegações da consciência não podem e não devem ser assertivas crenças individuais, mas devem ser baseadas em algo mais profundo, e só quando isso ocorre pode ser considerado crença da consciência. 
Segundo Livro de Macabeus: há um mito onde um religioso, deve, por lei, comer uma carne considerada impura para sua religião, então ele diz que prefere morrer a comer a carne, o anfitrião da festa sugeriu que ele comesse a carne sagrada em segredo, mas o religioso falou que mesmo que as autoridades não vissem Deus estaria vendo. Esse provérbio da Bíblia mostra como algumas leis são ilegítimas quando colocadas em prática, como a que é exposta na parábola.
Conclusões de John Duddington
Independentemente do termo é usado, há preceitos morais fundamentais consagrados no cristianismo e no pressuposto de que uma lei ofende esses preceitos que têm o direito de recusar obediência a ela por razões de consciência.
Esses preceitos morais fundamentais são, como São Paulo aponta devem ser acessíveis a todos, não apenas aos cristãos.
 Os cristãos devem apoiar todas as reivindicações justificadas com base na objeção de consciência para uma lei que não apenas se baseie na crença cristã, mas em outras também.
Quando podem as alegações baseadas em uma crença ligada a consciência justificar desobediência de uma lei?
The British Humanist Association (BHA) disse que o conceito de objeção de consciência adquire seu caráter problemático do conflito entre duas exigências morais, poderosas, mas diametralmente opostas. Uma delas é a obrigação de obedecer à lei; a outra, a exigência de seguir os ditames da própria consciência.
Em certo sentido, a resposta a esta pergunta já foi dada: desobediência a uma lei se justifica quando ela entra em conflito com princípios cristãos fundamentais. 
Tipos de Casos de Cristãos não seguindo as leis:
Um cristão sente que todo o sistema de leis em que o Estado se baseia é tão fundamentalmente anticristão que ele ou ela não pode dar qualquer lealdade a seu sistema jurídico, mas sim ao que ele acredita, nas leis de Deus.
Outro é, onde o cristão parece favorável para as leis de um Estado, mas recusa-se a fazê-lo em circunstâncias particulares. Pode-se dizer que, se um governo respeita os princípios da democracia e os direitos humanos, então, tais alegações serão raras.
O autor sugere que o ensinamento cristão exige que o nosso sistema legal seja sustentado por dois princípios fundamentais, e que estes forneçam um marco contra as quais, uma lei pode ser julgada. Estes são de que, é função de todos os governos promoverem o bem comum, e de que a dignidade de cada pessoa, como um feito à imagem de Deus, deve ser respeitada e nunca tirada.
 
Os princípios na prática:
A dificuldade com os princípios é que eles são muito amplos.
Muitas leis não são compatíveis com os pensamentos cristãos, por isso eles muitas vezes se sentem na obrigação de mudar a lei, por não a acharem correta em comparação as leis de Deus.
Mesmo com essa obrigação moral que eles sentem, muitas vezes não é possível reivindicar contra o Estado, então para os católicos romanos os ensinamentos da Igreja expressa no seu magistério será um guia seguro, mas outros cristãos vão procurar diferentes formas de identificar tais leis.
Cristianismo nas leis brasileiras:
No Brasil há um grande número de vereadores, deputados, senadores, etc; que são abertamente conservadores cristãos, resultando na formação de um ordenamento jurídico inclinado a atender os desejos da população cristã/evangélica.
Como consequência, há constantes choques entre projetos de leis baseados em ideais cristãos e a adesão dos mesmos pela população
No texto de John Duddington, “Christians, Conscience and the Law”, o autor reconhece e exemplifica a existência de conflitos entre a lei e os ideais/morais cristãos, e disserta sobre como então deve se dar a relação entre essas duas forças. 
Soluções do Autor do Capítulo:
Submissão dos cristãos a toda e qualquer lei, tendo de flexibilizar seus ideais de forma que esses respeitem o ordenamento jurídico vigente
Outra forma dessa relação é o povo/indivíduo cristão exigir o direito de não seguir uma norma do Estado, no caso de a mesma ser, como diz o autor, “de contradição inaceitável” a uma norma ou ideal cristão
Os cristãos devem exigir que as leis sejam razoavelmente alteradas, de forma a atenderem suas necessidades religiosas. 
Os cristãos não vejam a submissão as normas como algo negativo, que deveriam promover uma abordagem as leis com uma mente aberta, procurando entender o porquê devem segui-la e aceitando o fato que isso é para o bem maior da sociedade, uma esfera que supera o cristianismo. 
Proposta da PEC 99
A proposta inclui as entidades religiosas de âmbito nacional entre aquelas que podem propor ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal. Ou seja, religiosos poderão questionar decisões judiciais como a legalidade da união estável para casais de mesmo sexo, aprovada no Supremo em maio de 2011.
Proposta da PEC 254 
Essa alínea proíbe a União, estados, Distrito Federal e municípios que façam cobranças sobre a arrecadação de “templos de qualquer culto”. Na prática, se o projeto for aprovado nas comissões do Senado, e posteriormente, no plenário, teria que conseguir a mesma aprovação, em dois turnos, na Câmara dos Deputados e ainda ser sancionado pela presidência da República.
O argumento é que dessa maneira, se criaria um mecanismo para impedir que os templos religiosos fossem usados para lavagem de dinheiro proveniente de atividades criminosas e/ou desvio de verbas públicas, assim como dificultar a aquisição de concessões de canais de rádio e TV pelas igrejas.
Proposta da PL 6583
Deputados apresentaram nesta segunda-feira (26) recursos para levar o projeto do Estatuto da Família (PL 6583/13) à votação no Plenário da Câmara. A proposta foi aprovada em comissão especial no último dia 8 e, por tramitar em caráter conclusivo,
seguiria diretamente para o Senado
 texto causa polêmica por definir família como o núcleo formado a partir da união entre um homem e uma mulher. Erika Kokay argumenta que o estatuto deixa de contemplar vários arranjos familiares presentes no Brasil, como a união entre pessoas do mesmo sexo, já reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
"Esse estatuto define uma lógica de família que exclui as demais e as joga no limbo do processo de discriminação. Com o recurso, é suspenso o poder conclusivo e, enquanto ele não for apreciado, o projeto não caminha para o Senado. Penso que a Câmara, na sua maioria, não vai concordar com um projeto que é obscurantista e inconstitucional, porque o Supremo já decidiu sobre isso", afirmou a deputada.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando