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Direito Constitucional – Aula escrita – Art. 5º caput e incisos I ao VIII Aluna: Thais Cristina 4º Período – Direito UVA Professor: Décio Pimentel • Objetivo de assegurar uma vida digna, livre e igualitária a todos os cidadãos de nosso País. • Descreve como devem ser garantidos os direitos fundamentais dos indivíduos no Brasil, os meios pelos quais eles vão alcançar seus objetivos que estão previstos no art. 3º, que são: “construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. • Princípio da igualdade: visa assegurar o inciso IV do artigo 3º, é que também é indispensável pra que se atinja o que propõe o inciso III, embora a pobreza, a marginalização e as desigualdades estejam muito longe de serem erradicados. • De acordo com Pnad - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios -, são 19,3 milhões de brasileiros em situação de extrema pobreza (19,3% da população) e 61,1 milhões em situação de pobreza (28,9% da população). Antes da pandemia, esse número era de 13,9 milhões e 51,9 milhões, respectivamente. • Residentes no Brasil: a Carta Federal só pode assegurar a validade e o gozo dos direitos fundamentais dentro do território brasileiro, não excluindo, pois, o estrangeiro em trânsito pelo território nacional, que possui igualmente acesso às ações, como o mandado de segurança e demais remédios constitucionais. • Enumera cinco direitos fundamentais básicos, dos quais os demais direitos enunciados nos seus incisos constituem desdobramentos. 1. Vida • Direito de estar e permanecer vivo de forma digna, tanto sob o aspecto espiritual quanto material (garantia do mínimo necessário a uma existência digna). •Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Art. 5º Caput: • Isso leva para várias discussões, como a criminalização da eutanásia. Uma pessoa acometida por uma doença grave, passando por grande sofrimento e sem prognóstico de cura. Isso claramente não é uma vida digna. Nesse caso, vida vem colocada como um dever (você é obrigado a continuar vivo), não como um direito. 2. Liberdade • Se trata da própria essência dos direitos fundamentais de primeira geração, aqueles que exigiam uma abstenção do Estado, criando obrigações de não fazer, de não intervir sobre aspectos da vida pessoal de cada indivíduo. Existem ainda duas acepções de liberdade: a negativa e a positiva. • A liberdade negativa seria a interferência do Estado; e a positiva só se efetiva se, além da ausência de interferência (ou seja, além de o sujeito ser deixado em paz pelos outros), o agente tomar parte ativa no domínio de si próprio, é ter poder e recursos para cumprir suas potencialidades e determinar suas próprias ações e destino. • Philip Pettit vai trazer uma nova visão pra acabar com essa dicotomia, uma concepção republicana, em que a liberdade consiste numa ausência, assim como a concepção negativa, mas numa ausência de domínio por outros, não numa ausência de interferência. • Aqui, toma-se o conceito de liberdade na sua forma mais ampla. Compreende não só a liberdade física, de locomoção, mas também a liberdade de crença, de convicções, de expressão de pensamento, de reunião, de associação etc. 3. Igualdade • O caput vai refere-se à igualdade em sua acepção no ponto de partida, isto é, a igualdade formal, não levando em conta as desigualdades existentes. • Obriga tanto o legislador (exigindo igualdade na lei, abstração e generalidade) quanto o aplicador da lei (igualdade perante a lei). • Isso literalmente não acontece no Brasil, onde 60% da população carcerária é negra. Em contrapartida, 84,5% dos juízes, desembargadores e ministros do Judiciário são brancos, 15,4% negros e 0,1% indígenas (MIRANDA, 2021). 4. Segurança • A segurança é uma necessidade e um direito humano, além de ser uma das mais importantes funções das leis e do sistema jurídico de um Estado. • Pode ser definida como: ausência de impressão de perigo e agressões a bens e direitos. Nesse caso, temos um clássico direito negativo (de defesa), sendo a segurança dos titulares do direito garantida contra possíveis intervenções do Estado que possam ameaçá-la (LUNARDI, [2010?]). • O Estado pode garantir a segurança, mas também pode ameaçá-la. Essa ameaça pode ser econômica (não haverá privação da propriedade e da liberdade sem um devido processo legal) ou mesmo uma violação ao direito à liberdade, entre outros. 5. Propriedade • É o direito de uma pessoa, dentro dos limites da lei, de dispor e usufruir de um bem, e também de determinar o que é feito com ele. Garante que qualquer cidadão tem direito de possuir (ou seja, ser dono de) bens. • “É o poder jurídico atribuído a uma pessoa de usar, gozar e dispor de um bem, corpóreo ou incorpóreo, em sua plenitude e dentro dos limites estabelecidos na lei, bem como de reivindicá-lo de quem injustamente o detenha” (GONÇALVES, 2020). • O referido inciso trata da igualdade de gênero. No que se refere ao exercício de direitos e cumprimento de obrigações é válida para todos os âmbitos da esfera privada e da esfera pública. • Isso fundamentou o surgimento de normas jurídicas que sem a existência dessa igualdade não seriam possíveis, como a lei de guarda compartilhada (Lei 13.058/2014), que estabelece direitos e obrigações análogos no que tange à guarda dos filhos, e a substituição da expressão “crimes contra os costumes” pelos “crimes contra a dignidade sexual” no código penal, tornando homens e mulheres vítimas em potencial do crime de estupro. • Não se ignora a existência de diferenças entre homens e mulheres, mas afirma que o gênero não deve ser um critério de discriminação negativa, não pode ser a causa para que se reconheça a uma pessoa menos direitos ou mais obrigações. • Observa-se o aspecto material do princípio da igualdade, onde as desigualdades vão ser consideradas, abraçando a ideia de que os indivíduos são diferentes e que essas particularidades devem ser levadas em consideração a fim de garantir que, independentemente de seu gênero, todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades para se desenvolver, com suas ações e vozes sendo valorizadas igualmente. • Dispositivo "que resume décadas de lutas das mulheres contra discriminações. Mais relevante ainda é que não se trata, aí, de mera • Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; Inciso I - Igualdade de Gênero isonomia formal. Não é igualdade perante a lei, mas igualdade em direitos e obrigações" (SILVA, 2005). • O tratamento constitucional destinado a homens e mulheres não é absolutamente equânime, já que há exceções necessárias que visam promover a igualdade real, aquela que só se concretiza na diferença. Um exemplo disso é a Lei Maria da Penha, que estabelece mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. • Em ordenamentos jurídicos anteriores, a mulher apresentava um status jurídico inferior em relação ao homem. Exemplo disso é o artigo 6º, inciso II, do Código Civil (1916), que determinava a incapacidade relativa “das mulheres casadas, enquanto subsistir a sociedade conjugal”. A mulher não era sujeito de direitos. • Hoje, em tese, o ordenamento jurídico pátrio proíbe qualquer tipo de discriminação em razão do gênero, entretanto, mulheres representam apenas 15% na Câmara dos Deputados, 16% no Senado Federal. • De acordo com uma pesquisa feita pelo IBGE, em 2019, 55,2% dos assalariados eramhomens e 44,8%, mulheres. E enquanto o salário mensal médio deles chegou a R$ 3.188,03, o delas somou R$ 2.713,92, o que representa uma diferença de 17,5%. As mulheres receberam, em média, 85,1% do salário médio mensal dos homens (IBGE, 2021). Ainda, 64% dos magistrados são homens, 36% das magistradas são mulheres. • Trata- se do princípio da legalidade, base direta da própria noção de Estado de Direito, em sua acepção genérica. No que tange aos particulares, esse princípio tem como corolário a afirmação de que somente a lei pode criar obrigações e, por outro lado, a asserção de que a inexistência de lei proibitiva de determinada conduta implica ser ela permitida. Ou seja, só a lei pode proibir de algo, se ela não está proibindo isso, é porque é permitido. • O cidadão é livre se agir conforme a legislação e o Estado pode apenas adotar condutas previstas em lei. Já no que concerne ao Poder Público ele é a consagração da ideia de que o Estado se sujeita às leis e, ao mesmo tempo, de que governar é atividade cuja realização exige a edição de leis, tem como corolário a confirmação de que o Poder Público não pode atuar, nem contrariamente às leis, nem na ausência de lei. • Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; Inciso II - Princípio da Legalidade • Impedimento da tortura e de tratamento que viole a condição física da pessoa humana. Na verdade, o respeito à integridade física, a busca da paz, da ordem e do bem comum são pressupostos para qualquer sociedade civilizada. A ausência dessas garantias significaria um Estado de terror, onde tudo seria possível sem qualquer compromisso dos governantes e governados com o bem da comunidade política. • O totalitarismo pode ser considerado um exemplo de sociedade que vive à base de um regime de terror e de medo, que leva à atomização da pessoa humana e à destruição do espaço privado e da intimidade. A presença do medo é a característica principal das sociedades que não possuem esta condição: a proibição à tortura e ao tratamento desumano, é, por assim dizer, preponderante para um Estado justo. • A Constituição coloca a prática da tortura vai de forma absolutamente proibida pela legislação brasileira, tendo a sua proibição considerada cláusula pétrea, o que garante que mesmo nas reformas constitucionais, ela vai permanecer no ordenamento. • A tortura também é considerada violação gravíssima aos Direitos Humanos, sendo um objeto de diversos tratados e convenções internacionais por ser uma ação contrária à proteção à vida e a integridade da pessoa humana. • Relevância da Proibição: Esse inciso é de grande importância porque vai deixar clara que a prática da tortura é expressamente proibida no território brasileiro e que isso vai se aplicar a qualquer pessoa, na sua determinação expressa de que ninguém vai ser submetido a atos violentos e degradantes, e nisso também se incluem, além dos brasileiros, qualquer estrangeiro que esteja no país. É importante salientar esse detalhe porque qualquer pessoa que esteja sofrendo a prática da tortura, estaria sofrendo um ataque perante a sua dignidade da pessoa humana e é dever do Estado Brasileiro reprovar isso e agir contra. Isso reforça que é dever de todas as autoridades não tolerar a tortura por ela ser uma clara ameaça a garantia do direito à vida que é um direito fundamental. TRATAMENTO DESUMANO, TRATAMENTO DEGRADANTE E TORTURA • Apesar desses três conceitos estarem relacionados a um mesmo aspecto e um mesmo tema, eles diferem entre si nas suas ações. É importante classifica-los até mesmo para quem achar que o inciso III é redundante no que fala. • III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; Inciso III - Tortura 1. Tratamento desumano: é um tratamento que provoca grande sofrimento, físico ou mental. Não há razões para que ele aconteça e geralmente as pessoas são submetidas a esforços que passam dos limites humanos. 2. Tratamento degradante: são os casos nos quais os indivíduos são levados a agir contra a sua vontade ou quando são humilhados perante si mesmos ou outras pessoas. O tratamento degradante é um tipo de tratamento desumano. 3. Tortura: é um tratamento desumano aplicado sobre uma pessoa com um objetivo específico como, por exemplo, obter informações sobre a própria vítima ou um terceiro. A tortura seria, então, um tratamento desumano mais grave. A TORTURA NA HISTÓRIA • A tortura, atualmente, é combatida por quase todos os países do mundo e por inúmeras organizações internacionais, mas já foi muito utilizada como instrumento de poder em diversas sociedades passadas. • Servia como punição e também chegaram até a constar em alguns ordenamentos, como no de Roma no século VII a.c. • Era utilizada com o intuito de incriminar alguém. As confissões que eram adquiridas mediante tortura serviam como provas que serviam como verdade absoluta, e isso possibilitava às pessoas que detinham o poder, sempre conseguir as condições de incriminar quem eles desejassem, porque as vítimas das torturas para se livrar da dor acabavam admitindo até mesmo o que não tinham feito. • A Santa Inquisição, que aconteceu na Idade Média, buscava punir as pessoas que eram consideradas hereges. O INÍCIO DA PROIBIÇÃO À TORTURA: • As proibições às torturas começaram a ser reconhecidas com a propagação dos ideais iluministas, no século XVII, que pregavam uma maior liberdade política e econômica. Sendo oficializada apenas em 1948 através da Declaração Universal dos Direitos Humanos, com a assinatura dos Estados membros da Organização das Nações Unidas (ONU), após três anos do fim da Segunda Guerra Mundial, com objetivo de impedir que as barbaridades que aconteceram durante a guerra, pudessem ser cometidas novamente. • O Brasil aderiu, em 15 de fevereiro de 1991, à Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes firmada pela ONU. Nosso país também é signatário da Declaração Universal dos Direitos do Homem, do Pacto Internacional para a Defesa de Direitos Civis e Políticos, da Convenção Interamericana Para Prevenir e Punir a Tortura e da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), o que o condiciona internacionalmente a prevenir e punir a prática da tortura. NORMA DE JUS COGENS: • A proibição à tortura, é norma Jus Cogens para o Direito Internacional, o que significa que mesmo países que não assinaram nenhum tratado ou convenção internacional sobre esse tema, tem que obedecer a esse princípio da proibição à tortura, que é um princípio geral do Direito Internacional. • O Jus Cogens é uma norma imperativa do DI, e sua eficácia independe dos sujeitos de direito internacional. A TORTURA NA HISTÓRIA DO BRASIL: • A história da tortura no Brasil compreende desde o período de Colonização, contra índios, negros, contra a população vulnerável, que desobedecia e não fazia parte da elite de senhores que detinham riquezas à época. • Durante o Estado Novo, que foi um período ditatorial do Getúlio Vargas também houveram casos de tortura e privação de direitos. E também foi usada fortemente na nossa história, no período do Regime Militar, nos governos militares que estiveram no poder por 21 anos, marcando esse período com autoritarismo, atos institucionais e violação dos direitos humanos. A TORTURA NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA: • Desde a promulgação da Constituição de 88 a tortura passou a ser absolutamente proibida. Mas, o legislador não definiu a prática da tortura. Além do art. 5º, no inciso III, também prevê o inciso XLIII (43), que a tortura compõe o rol dos crimes mais graves no Brasil, sendo por isso inafiançável e insuscetível de graça ou anistia, por ele respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-lo,omitirem-se. • Para que a norma descrita no inciso III do art. 5º fosse cumprida, era necessária uma lei que descrevesse o que é considerado tortura e quais são as penas para quem comete esse tipo de crime, então a Lei nº 9.455 que foi promulgada no Brasil em 1997, definiu a tortura e trouxe providências quanto ao assunto. • A proibição à tortura também está prevista no Código Penal e de Processo Penal, classificando a tortura como crime inafiançável e que possui dificuldades para a liberdade condicional. • Atualmente, os casos de tortura no país diminuíram sensivelmente comparado a períodos anteriores da nossa história, mas, ainda existem situações de desrespeito aos direitos humanos, como nos casos de pessoas vivendo em situação de trabalho análogo a escravidão, no sistema prisional, na violência policial, em situações de cárcere privado, em maus tratos à idosos, crianças e mulheres. • Liberdade de expressão: é o direito de expressar o pensamento sobre qualquer tema e é um pressuposto da vida democrática. Contudo, aquele que exercita esse direito publicamente deve aparecer. A manifestação pública de expressão e pensamento exige transparência, sem a qual a interação se mostraria pobre e desonesta. • A transparência e a informação são requisitos fundamentais para a democracia e para a constituição da sociedade política. • Na esfera pública, o anonimato não pode gerar efeitos pois é incompatível com o sistema democrático. Admitir-se o anonimato seria o mesmo que permitir conduta irresponsável daqueles que desonestamente desferem informação falsa ou assacam injustamente contra outrem. • O inciso IV do Art. 5º assegura a nossa livre difusão de pensamentos, de ideais e atividades. É importante salientar que, a CF também instaurou limitações à essas manifestações de pensamento para que fosse garantido a intimidade, a privacidade, a honra e imagens das pessoas, que estão representadas no inciso X, desse mesmo artigo. Ou seja, o inciso IV e o X, se complementam, e é importante também salientar que o inciso IX também complementa o artigo IV. LIBERDADE DE PENSAMENTO X LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO: • O inciso IV quando fala sobre a livre manifestação de pensamento, defende o direito de pensar e a liberdade de expressá-lo, desde que, ao expressar uma opinião, outras leis sejam respeitadas. • IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; Inciso IV - Liberdade de Pensamento LIMITES À LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO: • Os limites que a Constituição atribui à liberdade de manifestação do pensamento são: o respeito às leis e a vedação ao anonimato. • Respeito às leis: O Brasil, por ser um Estado de Direito, possui um conjunto de regras que precisam ser seguidas para que seja possível viver em sociedade, e nisso, não se pode usar da liberdade para desrespeitar outras leis. Por exemplo, não se pode desrespeitar outra pessoa devido à sua raça, classe social, etc., porque a liberdade de manifestação do pensamento não pode ferir a liberdade das outras pessoas em serem o que elas são. • Vedação do Anonimato: Esse limite, inclusive está expresso no inciso IV. Ele é importante porque quando alguém manifestar as opiniões e ideias, é obrigatória a sua identificação para que se receba as consequências disso. Por exemplo, quando alguém faz uma declaração que prejudique a moral ou imagem de outra pessoa, esta vai ter o direito de indenização e direito de resposta. Exemplo Prático: O professor Décio é professor na UVA. Além do seu trabalho como professor, ele escreve em um blog temas do seu interesse. Um belo dia, o professor não concorda com algumas políticas administrativas da UVA, faz um texto repleto de críticas e publica. Como ele tem a liberdade de manifestação do pensamento, vai poder fazer essas críticas, porém, vai precisar se identificar, deixando claro que ele é o autor desse conteúdo do texto. Essa identificação vai ser necessária porque ele vai estar falando sobre a atuação de outros servidores que são responsáveis pela administração da UVA, e há uma possibilidade de que ele se exalte e cometa algum crime de calúnia ou desrespeito àquelas pessoas. Portanto, caso isso aconteça, as vítimas terão o direito de recorrer à justiça e poderão ser indenizadas. • Isso ocorre pelo fato dessas duas limitações existirem e serem tão importantes. Não se pode ferir os direitos de outras pessoas para exercer a nossa liberdade de manifestação do pensamento e é preciso sempre se identificar para que a justiça possa fazer sua parte na garantia desses direitos. LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO NA HISTÓRIA • Ao longo da história, houve muita luta para que as pessoas fossem livres para pensar e expressar suas ideias e opiniões, mas foi apenas no século XVIII, com a Revolução Francesa e a Revolução Americana, que os movimentos em prol das liberdades individuais ganharam força. Buscava- se a liberdade como uma luta pela diminuição do poder dos monarcas sobre a população. • No Brasil, a liberdade de manifestação do pensamento apareceu de diferentes formas ao longo das nossas Constituições: RELEVÂNCIA DE CHICO BUARQUE E A RESISTÊNCIA À CENSURA: • Com a censura, os artistas escreviam com mensagens figuradas para driblar esse sistema que proibia a manifestação do pensamento. Um dos maiores representantes desse movimento de resistência foi Chico Buarque. • Em “Cálice”, sonoramente semelhante à “cale-se”, trazia críticas à censura do regime. O verso “Pai, afasta de mim esse cálice”, repetido insistentemente, mostra como era difícil lidar com a censura. • Em “Apesar de Você”, Buarque mostra como o período era repressivo – “Hoje você é quem manda / Falou, tá falado / Não tem discussão” –, mas apresenta a esperança de um novo amanhã – “Apesar de você / Amanhã há de ser / Outro dia”. • Em “Roda Viva”, canção em que pedia voz para o povo: “A gente quer ter voz ativa / No nosso destino mandar / Mas eis que chega a roda-viva / E carrega o destino pra lá” • já garantia a liberdade de expressão, assim como as seguintes, até a Constituição de 1937; Constituição de 1824: • foi durante o período ditatorial de Getúlio Vargas – o Estado Novo – que a liberdade de manifestação do pensamento foi cerceada e foi admitida a censura; Constituição de 1937: • a livre manifestação do pensamento volta a ser garantida após a redemocratização, durando até 1967, quando foi promulgada uma nova Carta Magna pelos militares, novamente em um período ditatorial; Constituição de 1946: •diferente do Estado Novo, que retirou o direito constitucional à liberdade de manifestação do pensamento, a Constituição de 1967 a manteve, mas condicionou-a à manutenção da ordem e dos bons costumes. Essa definição ampla permitia que o Estado considerasse qualquer manifestação contrária ao regime uma afronta à ordem pública, podendo, então, impedir a liberdade de manifestação do pensamento. Constituição de 1967: • Chico queria de qualquer forma levar à população o que passavam dia a dia com a repressão dos militares, todo o sofrimento de ter que fugir para outro país, não poder falar o que queriam e, principalmente, alertar a população do que estava acontecendo no Brasil. • Previsto na Constituição de 1934, o direito de resposta deve ser proporcional ao agravo. Em verdade, previu o constituinte que todo aquele que sofrer injusto ataque terá a possibilidade de replicar da mesma forma e na mesma condição, sem prejuízo das indenizações materiais, morais ou à imagem. • Por certo, em um Estado Democrático de Direito, a imprensa deve ser livre, mas a liberdade exige responsabilidade e a assunção das consequências. Assim, o direito de resposta, conjugada com a reparação de danos, funciona como um freio, ou limitador consciente da liberdade de imprensae expressão em que o ataque irresponsável e sem fundamento contra outrem demandará a justa reparação pelos danos causados, aí contempladas a resposta e a obrigação de indenizar os prejuízos materiais, morais, à imagem, à honra ou à psique. • O direito de resposta é assegurado pelo Inciso V do artigo 5º, garantindo que, ao sofrer uma ofensa, o indivíduo tenha o direito de se defender publicamente, na mesma proporção em que foi ofendido. EXEMPLO PRÁTICO Uma página de notícias de uma cidade publicou uma matéria citando o nome de João equivocadamente e prejudicando a sua reputação perante a sociedade. Segundo a legislação, João tem o direito de exigir que essa mesma página venha a publicar uma retratação, corrigindo a informação equivocada que fez. Então, é essa possibilidade de exigir, legalmente, esse espaço em que o indivíduo vai poder se defender, contar a sua versão dos fatos, que vai ser o direito de resposta. • V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; Inciso V - Direito de Resposta INFORMAÇÕES IMPORTANTES: COMO DEVE SER FEITO O DIREITO DE RESPOSTA: • O inciso V determina que o direito de resposta deve ser feito de forma proporcional à ofensa, mas como ele não trazia informações suficientes de como seria essa proporcionalidade, a Lei 13.188/2015, veio para complementar e estipular os formatos de como se fazer a resposta ou retificação. • Na mídia impressa ou na internet: deve ter o mesmo “destaque, a publicidade, a periodicidade e a dimensão da matéria” do texto que levou ao seu pedido de resposta. Ou seja, se a matéria em que você foi ofendido ocupava a primeira página do jornal na edição que circulou em um domingo, o seu direito de resposta também deve ser publicado na primeira página da edição de domingo. • Em emissoras de televisão e rádio: neste caso, o pedido de resposta ou retificação deve ser publicado nos mesmos espaços, horários e dias da semana em que veiculou a matéria original, tendo também a mesma duração. • A Lei 13.188/2015 também permite que aquele que for ofendido possa pedir diretamente ao veículo de comunicação seu direito de resposta, sem precisar passar previamente pelo Judiciário. Caso o pedido extrajudicial seja negado, a justiça deve ser acionada, cabendo ao juiz analisar o caso, ouvir as partes envolvidas e decidir se concede ou não o direito de resposta. A INDENIZAÇÃO: • O inciso V mostra que direito de reposta e a indenização vão ser direitos complementares, que não se excluem. Ou seja, mesmo que veículo de comunicação conceda o direito de reposta, a legislação vai determinar que o indivíduo continue a ter direito de buscar ser indenizado por danos morais, materiais ou à imagem, desde que seja 1 O ofendido não vai ser cobrado por isso, essa publicação vai ser de forma gratuita e esse meio de comunicação não vai poder cobrar nada pelo espaço que usado. 2 O direito de resposta deve ser concedido pelo veículo de mídia que veiculou o conteúdo, não pela pessoa que proferiu a ofensa. A responsabilização é feita para com o veículo de mídia que publicou a matéria ofensiva e não pelo autor da ofensa. 3 Caso o indivíduo seja ofendido em comentários feitos por usuários da internet, o direito vai ser regulado pelo Marco Civil da Internet, Lei 12.965/2014. feito por ação própria, ou seja, é preciso que seja feita uma ação diferente da feita pedindo o direito de resposta. DIREITO DE RESPOSTA NAS ELEIÇÕES: • O direito de resposta garantido no inciso V, também assegura eleições justas. Nos debates ou mesmo nas campanhas eleitorais, um candidato vai poder pedir direito de resposta quando se sentir ofendido por outro candidato. • Apesar do ainda existente debate no STF sobre a atual legislação ferir ou não a liberdade de imprensa, o direito de resposta é um direito fundamental que assegura a todos os cidadãos a defesa da sua honra, moral e imagem. Qualquer pessoa que se sinta ofendida pelos veículos de comunicação pode buscar retratação ou direito de resposta de forma gratuita, seja extrajudicialmente ou por meio do Poder Judiciário. • Garante que todos os brasileiros e estrangeiros em território nacional possuam liberdade religiosa. • Praticar, professar, seja em ambiente doméstico ou público. • Governos não podem obrigar ou proibir uma religião. • Liberdade de consciência: direito de escolher uma religião ou de não ter uma. • Liberdade de crença: direito de aderir a qualquer ordem religiosa, desde que respeite os direitos individuais. CONTEXTO HISTÓRICO • Constituição de 1824 (Constituição imperial) garantia a liberdade religiosa e proibia perseguições, desde que os cultos não católicos fossem realizados apenas em locais específicos. • Constituição de 1891 traz pela primeira vez o Estado laico. • Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas – ONU, em 1948, trouxe em seu artigo 18 a garantia da liberdade religiosa. • "É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.” INCISO VI – LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E CRENÇA SERIA O BRASIL UM ESTADO LAICO? 1. Processo: 0139-11/000348-0 • Processo 0139-11/000348-0 pleiteava a retirada de crucifixos e quaisquer símbolos religiosos em espaços judiciários destinados ao público, no Rio Grande do Sul. • Desembargador Cláudio Baldino Maciel defende: “o Estado laico protege a liberdade religiosa de qualquer cidadão ou entidade, em igualdade de condições, e não permite a influência religiosa na coisa pública” • O desembargador cita uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, no caso Engel x Vitale, de 1962: “Quando o poder, prestígio ou apoio financeiro do Estado é posto a serviço de uma particular crença religiosa, é clara a pressão coercitiva indireta sobre as minorias religiosas para que se conformem a religião prevalecente oficialmente aprovada.” • CNJ entende que a exibição de símbolos religiosos não fere a laicidade ou liberdade religiosa do Estado: “A presença de Crucifixo ou símbolos religiosos em um tribunal não exclui ou diminui a garantia dos que praticam outras crenças, também não afeta o Estado laico, porque •É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: •I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; •II - recusar fé aos documentos públicos; •III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. O art. 19 da CF/88 afirma: • "Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou em particular." Artigo 18 - Declaração Universal dos Direitos Humanos https://www.conjur.com.br/dl/voto-relator-materia-conselho.pdf não induz nenhum indivíduo a adotar qualquer tipo de religião, como também não fere o direito de quem quer seja”. 2. Preâmbulo da Constituição de 1988 “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus,a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.” • Segundo o então ministro Carlos Velloso, em comentário sobre seu voto na Ação Direta de Inconstitucionalidade 2076 de 2002, por ele relatada, o preâmbulo da Constituição não cria direitos e deveres e, portanto, não tem força normativa. • Partido Social Liberal – PSL entrou com a ADI em 2002, alegando que a constituição estadual do Acre contrariava a constituição do país por omitir de seu preâmbulo a expressão “sob a proteção de Deus” 3. Frase “Deus seja louvado” nas notas do real • Ministério Público Federal de São Paulo – Procuradoria Geral dos Direitos do cidadão pediu a remoção da frase “Deus seja louvado” das notas do real por não existir uma lei autorizando a existência da frase, desrespeitando assim o Estado laico LIBERDADE RELIGIOSA NO BRASIL • Segundo dados do Censo de 2010 do IBGE, a população brasileira é composta por nove crenças principais: budista; católica apostólica romana; espírita; evangélica; hinduísta; islâmica; judaica; sem religião; umbanda; e candomblé. • Segundo o relatório “Liberdade Religiosa no Mundo” de 2016, da ACN, entre 2011 e 2014, foram registradas 543 denúncias de violações de direitos por discriminação religiosa pelo Disque 100 (Disque direitos humanos). • Todo aquele que, por qualquer motivo, estiver internado em entidade civil ou militar, hospitais públicos ou privados, forças armadas e estabelecimentos prisionais, tem direito de receber assistência religiosa segundo sua crença. • A Lei nº 9.982/2000, que regulamenta as visitas para atendimentos religiosos em hospitais da rede pública ou privada e nos estabelecimentos prisionais civis e militares: Art. 1º – “Aos religiosos de todas as confissões assegura-se o acesso aos hospitais da rede pública ou privada, bem como aos estabelecimentos prisionais civis ou militares, para dar atendimento religioso aos internados, desde que em comum acordo com estes, ou com seus familiares no caso de doentes que já não mais estejam no gozo de suas faculdades mentais.” • A Lei nº 6.923/1981 descreve a aplicação do direito de assistência religiosa nas organizações militares: Art . 2º – “O Serviço de Assistência Religiosa tem por finalidade prestar assistência Religiosa e espiritual aos militares, aos civis das organizações militares e às suas famílias, bem como atender a encargos relacionados com as atividades de educação moral realizadas nas Forças Armadas.” • Apesar de ser um direito constitucionalmente garantido, devem ser respeitadas as particularidades e exigências de cada instituição. • Cada instituição pode estabelecer as condições de realização dos cultos de acordo com as regras internas, desde que essas alterações visem a segurança do paciente ou do ambiente hospitalar/prisional A IMPORTÂNCIA SOCIAL DA ASSISTÊNCIA RELIGIOSA • O legislador pensou na relevância de se fornecer apoio à pessoa que está distante da família, amigos e da prática da sua fé, mas que precisa de ajuda/suporte para enfrentar situações difíceis, evitando assim doenças físicas e psicológicas. • “É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva.” INCISO VII – ASSISTÊNCIA RELIGIOSA • Auxiliar na ressocialização do indivíduo, visto que a religião pode ser aliada no processo de educação nas prisões. • Para a pesquisadora penal Fernanda T. Tomé: “A religião pode devolver ao indivíduo o sentido da existência, a importância da solidariedade e de amar o próximo.” • Fernanda T. Tomé revelou ainda em sua pesquisa no presídio regional de Santa Maria – RS que, de 39 detentos que se livraram do álcool e drogas, 17 afirmaram que a religiosidade foi o principal propulsor na superação do vício. A HISTÓRIA DO DIREITO • A assistência religiosa no Brasil foi instituída pela primeira vez por meio do Decreto nº 747 de 24 de dezembro de 1850, que estabelecia assistência às forças armadas. • Na Constituição de 1934 esse direito foi garantido de forma mais consolidada, com continuidade nas constituições posteriores. •“Sempre que solicitada, será permitida a assistência religiosa nas expedições militares, nos hospitais, nas penitenciárias e em outros estabelecimentos oficiais, sem ônus para os cofres públicos, nem constrangimento ou coação dos assistidos. Nas expedições militares a assistência religiosa só poderá ser exercida por sacerdotes brasileiros natos.” Constituição de 1934 •“Sem constrangimento dos favorecidos, será prestada por brasileiro (art. 129, nº s I e II) assistência religiosa às forças armadas e, quando solicitada pelos interessados ou seus representantes legais, também nos estabelecimentos de internação coletiva.” Constituição de 1946 •“Sem constrangimento dos favorecidos, será prestada por brasileiros, nos termos da lei, assistência religiosa às forças armadas e auxiliares e, quando solicitada pelos interessados ou seus representantes legais, também nos estabelecimentos de internação coletiva.” Constituição de 1967 https://bu.ufsc.br/religiao.PDF • O inciso prevê a possibilidade de a pessoa eximir-se do cumprimento de obrigação legal sob alegação de impedimento por motivo de crença, convicção filosófica ou política, como negar-se à prestação do serviço militar obrigatório. • Aquele que invocar o impedimento, no entanto, deverá submeter-se a uma prestação alternativa imposta pela lei. Caso contrário, será privado de algum dos direitos definidos e previstos em lei: exemplificativamente, a perda de direitos políticos, prevista no art. 15, IV. • Segundo a Lei sobre a prestação de Serviço Alternativo ao Serviço Militar Obrigatório, a natureza da nova atividade proposta ao alistado deve ser de caráter administrativo, assistencial, filantrópico ou produtivo e deve atender à proporcionalidade e à razoabilidade. • No Brasil, a escusa de consciência é majoritariamente usada no alistamento obrigatório no serviço militar. • Segundo a Lei do Serviço Militar (Lei 4.375/1964), ao completar 18 anos, todos os cidadãos do sexo masculino do Brasil são obrigados a se alistarem nas Forças Armadas. Já mulheres e eclesiásticos, em tempos de paz, ficam isentos desse dever, mas ficam sujeitos a outros encargos que a lei lhes atribuir – Artigo 143, § 2º, CF). • Filme “Até o Último Homem”, 2016. A HISTÓRIA DA ESCUSA DE CONSCIÊNCIA • A primeira a utilizar o termo foi a Constituição de 1891, porém, proibia- o. • Constituição de 1934 permitiu a possibilidade de não realizar obrigações legais em virtude das crenças políticas, filosóficas ou religiosas, porém, ela estabelecia a perda dos direitos políticos como contrapartida. •“§ 28 – Por motivo de crença ou de função religiosa, nenhum cidadão brasileiro poderá ser privado de seus direitos civis e políticos nem eximir-se do cumprimento de qualquer dever cívico. •§ 29 – Os que alegarem motivo de crença religiosa com o fim de se isentarem de qualquer ônus que as leis da República imponham aos cidadãos, e os que aceitarem condecoração ou títulos nobiliárquicos estrangeiros perderão todos os direitos políticos.” Artigo 72: •“Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei” INCISO VIII – A ESCUSA DE CONSCIÊNCIA • a Constituição de 1946 trouxe a possibilidade de prestação alternativa nos casos de escusa de consciência. • Constituição de 1967, assim como na de 1934, houve a perda de direitos para quem deixasse de cumprir serviços por motivos religiosos ou correntes de pensamento político. PODCAST – ARTIGO 5º REFERÊNCIAS CARVALHO, Talita de. Artigo quinto, liberdadede pensamento. Politize, 2019. Disponível em: https://www.politize.com.br/artigo-5/liberdade-de-pensamento//. Acesso em: 20 de set. de 2021. CARVALHO, Talita de. Artigo quinto, tortura. Politize, 2019. Disponível em: https://www.politize.com.br/artigo-5/tortura/. Acesso em: 20 de set. de 2021. CHICO Buarque e a ditadura retratada em músicas. Globo.com, 2015. Disponível em: http://educacao.globo.com/artigo/chico-buarque-e-ditadura- retratada-em-musicas.html Acesso em 22 de set. de 2021. IBGE: mulher ganha menos que homem e é minoria no mercado de trabalho. UOL. São Paulo, 2021. Disponível em: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2021/06/24/ibge-mulheres- representam-448-dos-assalariados-no-mercado-de-trabalho.htm. Acesso em: 20 jul. 2021. INSTITUTO MATOS FILHO, Politize, 2019. Artigo Quinto. Disponível em:< https://www.politize.com.br/artigo-5/#> Acesso em 20 de set. de 2021. 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