Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 1 DIREITO ELEITORAL Pressupostos constitucionais do Direito Eleitoral Em um regime democrático o Direito Eleitoral precede o próprio Direito Constitucional, pois antes de se elaborar a própria Constituição o Direito Eleitoral seleciona aqueles que a elaboraram. No regime democrático: Estado de Direito = Estado da lei O artigo 1º da Constituição de 1988 foi inspirado em Aristóteles. Já a inspiração do artigo 2º veio de Montesquieu no tocante a divisão dos poderes em: Legislativo Executivo Judiciário Art.2º São poderes da União independentes e harmônicos entre si o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Art.1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I – a soberania; II – a cidadania; III – a dignidade da pessoa humana; IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V – o pluralismo político. Parágrafo único. Todo poder emana do povo que o exerce por meio de seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. São representantes do povo: Presidente da República e Vice Senadores e suplentes Deputados Federais e suplentes Deputados Distritais e suplentes Governadores e Vice Deputados Estaduais e suplentes Prefeito e Vice Vereadores e suplentes www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 2 Os cargos do executivo representam o governo, na verdade o governante não é governo é autoridade, é o povo quem na realidade é o governo, o governante apenas o representa, ou resumindo: GOVERNANTE AUTORIDADE GOVERNO POVO Nos cargos do legislativo: Deputado Federal, Distrital, Estadual e Vereador ocorrem a representabilidade do povo (eles são representantes do povo). Já no cargo de Senador não representa o povo, mas o Estado (ao qual é filiado), mas embora o senador represente o Estado este tem suplente e não vice, pois o cargo pertence ao legislativo onde não há vice, só suplentes. O constituinte de 1988, na redação do parágrafo único, do artigo 14, ao dizer que o povo exerce o poder diretamente nos “termos desta Constituição”, especificou as formas direta do exercício da soberania popular, in verbis: “Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para todos, e, nos termos da lei, mediante: I – plebiscito; II – referendo; III – iniciativa popular.” Saliente-se que por se tratar de exercício da soberania, somente àqueles que detiverem capacidade eleitoral plena (ativa e passiva) será permitido participar de plebiscito ou referendo. Faz-se necessário aqui o acréscimo de outra categoria de participação direta do cidadão no negócios do Estado, a Ação Popular, que tem natureza jurídico-constitucional, inserida no art. 5º, LXXIII, com a seguinte redação: “qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”. A ação popular busca defender diretamente a legalidade por ser via de proteção do patrimônio público, otimizando o interesse coletivo e a probidade da gestão do patrimônio público. Tem duplo sentido: o corretivo por buscar a reparação do ato administrativo que fira o patrimônio público, e o supletivo, por suprir a inércia do administrador público, que decorra da exação no dever administrativo, dirigindo-se ela às pessoas jurídicas de direito público, sejam federais estaduais ou municipais, alcançando, ainda, as empresas públicas e fundações públicas de economia mista, desde que manipulem o dinheiro público, um centavo que seja, incluindo, como previsto no art.6º da Lei nº 4.717/65, as autoridades, funcionários ou www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 3 administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que por omissas tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo. Seu beneficiário direto não é o cidadão-autor, mas toda a coletividade (o povo) em nome de quem o cidadão a promove, no uso da prerrogativa constitucional, daí sua catalogação no elenco dos soberanos direitos políticos, expendidos no art. 14 da CFRF/88. Para se propor ação popular não há preparo (gastos do com custas processuais), mas cumpre salientar, novamente, que cidadão é o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado, ou seja, cidadão é aquele que esta no gozo de seus direitos políticos, que possui capacidade eleitoral ativa e passiva. Tendo como base o art. 14 CRFB/88 e a legislação extravagante(Lei nº 9.709 de 18/11/1986, Lei nº 4.717/65 de 29/06/1965, alterada pelas Leis nº 6.014 de 27/12/1973 e nº 6.513 de 20/12/1977) a soberania popular será exercida indiretamente pelo: Sufrágio Universal – que é a potência do cidadão de participar da vida política de seu país, ou em outras palavras a potencialidade de governar, o poder de votar. Voto direto e secreto – é o exercício da potencialidade de governar, o exercício do poder. E diretamente, por: Plebiscito - Resolução submetida à apreciação do povo. Voto do povo, por sim ou não, sobre uma proposta que lhe seja apresentada. É uma consulta prévia. Referendo - Direito que têm os cidadãos de se pronunciar diretamente a respeito das questões de interesse geral, referendar uma decisão. É uma consulta realizada após a edição da lei. Iniciativa Popular – Consiste na apresentação de projeto de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. Ação Popular – Ação através da qual qualquer cidadão, no gozo de seus direitos políticos, pode provocar o pronunciamento do órgão do judiciário sobre atos ilegais ou inconstitucionais, comissivos ou omissivos, lesivos ao patrimônio público, histórico ou cultural, buscando a declaração de inviabilidade daqueles atos nulificando-os ou anulando-os, com a condenação dos eventuais beneficiários /ou responsáveis à indenização por perdas e danos. A lei a que se refere o predito “caput” do artigo 14 da Constituição Federal é a de nº. 9.709 de 18/11/1998, que, regulamentando-o, dispôs: www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 4 Art. 1º A soberania popular é exercia por sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, nos termos desta Lei e das normas constitucionais pertinentes, mediante: I – plebiscito; II – referendo; III – iniciativa popular. Art.2º Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa. §1º O plebiscito é convocado com posterioridade a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido. § 2º O referendo é convocado com posterioridade a ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição. Art.3º Nas questões de relevância nacional, de competência do Poder Legislativo ou do Poder Executivo, e no caso do §3º do art. 18 da Constituição Federal, o plebiscito e o referendo são convocados mediante decreto legislativo, por proposta de um terço, no mínimo, dos membros que compõem quaisquer dasCasas do Congresso Nacional, de conformidade com esta lei. Art.4º A incorporação de Estados entre si, subdivisão ou desmembramento para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, dependem da aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito realizado na mesma data e horário em cada um dos Estados, e do Congresso Nacional, por lei complementar, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas. §1º Proclamado o resulta da consulta plebiscitária, sendo favorável à alteração territorial prevista no caput, o projeto de lei complementar respectivo será proposto perante qualquer das Casas do Congresso Nacional. §2º A Casa perante a qual tenha sido apresentado o projeto de lei complementar referido no parágrafo anterior compete proceder à audiência das respectivas Assembléias Legislativas. §3º Na oportunidade prevista no parágrafo anterior, as respectivas Assembléias Legislativas opinarão, sem caráter vinculativo, sobre a matéria, e fornecerão ao Congresso Nacional os detalhamentos técnicos concernentes aos aspectos administrativos, financeiros, sociais e econômicos da área geopolítica afetada. §4º O Congresso Nacional, ao aprovar a lei complementar; tomará em conta as informações técnicas a que se refere o parágrafo anterior. www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 5 Art.5º O plebiscito destinado à criação, à incorporação, à fusão e ao desmembramento de Municípios, será convocado pela Assembléia Legislativa, de conformidade com a legislação federal e estadual. Art. 6º Nas demais questões, de competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o plebiscito e o referendo serão convocados de conformidade, respectivamente, com a Constituição Estadual e a Lei Orgânica. Art.7º Nas consultas plebiscitárias previstas nos arts. 4º e 5º entende-se por população diretamente interessada tanto a do território que se pretende desmembrar, quanto à do que sofrerá desmembramento; em caso de fusão ou anexação, tanto a população da área que se quer anexar quanto à da que receberá o acréscimo; e a vontade popular se aferirá pelo percentual que se manifestar em relação ao total da população consultada. Art.8º Aprovado o ato convocatório, o Presidente do Congresso Nacional dará ciência à Justiça Eleitoral, a quem incumbirá, nos limites da circunscrição: I – fixar a data da consulta popular; II – tornar pública a cédula respectiva; III – expedir instruções para realização do plebiscito ou referendo; IV – assegurar a gratuidade dos meios de comunicação de massa concessionária de serviço público, aos partidos políticos e às frentes suprapartidárias organizadas pela sociedade civil em torno da matéria em questão, para a divulgação de seus postulados referentes ao tema sob consulta. Art.9º Convocado o plebiscito, o projeto legislativo ou medida administrativa não efetivada, cujas matérias constituam objeto da consulta popular terá sustado sua tramitação, até que o resultado das urnas seja proclamado. Art.10º O plebiscito ou referendo, convocado nos termos da presente Lei, será considerado aprovado ou rejeitado por maioria simples, de acordo com o resultado homologado pelo TSE. Art.11º O referendo pode ser convocado no prazo de 30 dias, a contar da promulgação de lei ou adoção de medida administrativa, que se relacione de maneira direta com a consulta popular. Art.12º A tramitação de projetos de plebiscito e referendo obedecerá às normas do Regimento Comum do Congresso Nacional. Art.13º A iniciativa popular consiste na apresentação de projeto de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por centos dos eleitores de cada um deles. www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 6 §1º O projeto de lei de iniciativa popular deverá circunscrever-se a um só assunto. §2º O projeto de lei de iniciativa popular não poderá ser rejeitado por vício de forma, cabendo à Câmara dos Deputados, por seu órgão competente, providenciar a correção de eventuais impropriedades de técnica legislativa ou de redação. Art.14º A Câmara dos Deputados, verificando o cumprimento das exigências estabelecidas no art. 13 e respectivos parágrafos, dará seguimento à iniciativa popular, consoante as normas do Regimento Interno. Art.15º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. ELEGIBILIDADES E INEGIBILIDADES Introdução Democracia, segundo Francisco B.Venezuela, “é uma concepção de convivência racional sob uma ordem jurídica, caracterizada pela igualdade, liberdade e solidariedade, emergindo como resultado do consentimento e participação do povo, que, por meio de procedimentos idôneos, confirma a identidade de fins entre governantes e governados”. O ideal pleno é que todos tivessem acesso ao sufrágio universal, pois nacionais não são somente os votantes. A participação do cidadão na democracia é exercida pelo voto. Antonio Carlos Mendes assevera que “a existência de partidos políticos implica o reconhecimento de dois aspectos da realidade social e sua organização jurídica”: a) O grau de liberdade política; b) Os meios e formas de participação dos cidadãos na vida pública. Desta maneira a concretização dos postulados democráticos não se obtém através da marginalização do povo, mas sim mediante a intensificação de sua participação crítica. Por outro lado, essa participação, naturalmente, inspira a formação de grupos sociais, pois os interesses da sociedade não são homogêneos. Tem-se assim um pluralismo de opiniões expresso por diferentes facções sociais. Assim a garantia de liberdade política leva, inevitavelmente, ao pluralismo de opinião e, em conseqüência à liberdade de associação e ao multipartidarismo. Tais ensinamentos foram recepcionados pela CRFB/88, visto que, a liberdade de associação está garantida no inciso XVII, art. 5º, in verbis: “é plena a www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 7 liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar:” e o pluralismo político no inciso V do art.1º: “... o pluralismo político”. Não se deve entender pluralismo político somente como a multiplicidade de partidos, há de se inferir igualmente o pluralismo dos sindicatos, das organizações culturais das igrejas, das escolas e das universidades e de todas aquelas organizações que podem ser sempre de interesses específicos dentro do Estado e, conseqüentemente, vir a fazer-lhe oposição, ambicionando desta forma, um maior controle do Estado. O pluripartidarismo está disposto no art. 17, caput da CRFB/88, in verbis: “É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos. Resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:...”. Entende-se, portanto, pluripartidarismo como sendo o regime político que permite a formação legal de vários partidos. O sistema pluripartidário inicia-se a rigor com a presença de três ou mais partidos políticos envolvidos na disputa do poder estatal. A Constituição Federal busca respeitar cada segmento, filosoficamente falando. Afirma-se que o sistema pluripartidário é de cunho profundamente democrático, pois confere autenticidade ao governo, estando nele representados diversos segmentos da sociedade. A legislação brasileira instituiu um limitador perquirindo assim evitar a proliferação indiscriminada de partidos, depurando e mantendo os de ideologia consistente. Tal limitação pode ser observada na lei 9.096/95, art. 13 transcriptu: “Tem direito a funcionamento parlamentar, em todas asCasas Legislativas para as quais tenha elegido representante, o partido que, em cada eleição para a Câmara dos Deputado obtenha o apoio de, no mínimo, cinco por cento dos votos apurados, não computados os brancos e os nulos, distribuídos em, pelo menos, um terço dos Estados, com um mínimo de dois por cento do total de cada um deles”. Já por pluralismo político vem translado na CRFB/88 em seu art. 1º, inciso V; “A Republica Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: V - o pluralismo político”. Admite-se, portanto, a coexistência de uma pluralidade de partidos políticos, com iguais direitos ao exercício do poder público, segundo procedimentos de eleição juridicamente estabelecidos, como pessoa jurídica de direito privado. Eis, pois, a diferença entre pluralismo político e pluripartidarismo, enquanto naquele há multiplicidade de partidos ideologicamente e filosoficamente falando e não se refere somente a partido político, mas também a sindicatos, igrejas, www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 8 escolas e faculdades, etc, neste temos uma referência explícita aos partidos políticos juridicamente estabelecidos como pessoa jurídica de direito privado, que nascem no cartório de registro civil de pessoas jurídicas, atendidos os pressupostos da LOPP (Lei Orgânica do Partido Político) e têm completo a sua existência com o registro no TSE. Nos dizeres de Burdeau; “Normalmente os partidos são formados a partir de uma proposta ou um ideário político, que atrai pessoas dispostas a lutar por sua implantação. Assim os partidos são produto tanto de motivação ideológica quanto de ambição pelo poder, as duas coisas se combinam e, na verdade são contraditórias”. A finalidade do partido político é, pois, alcançar o poder e fazer o povo mais feliz. ELEGIBILIDADES Conceito Elegibilidade é a capacidade eleitoral passiva consistente na possibilidade de o cidadão pleitear determinados mandatos políticos, mediante eleição popular, desde que preenchidos certos requisitos.1 Condições de elegibilidade O artigo 14 artigo, §3º da Constituição Federal, traz-nos as hipóteses de inelegibilidades: § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; Comentários_______________________________________________________ Ou portuguesa equiparada a brasileira, pois, o nacional e o português equiparado têm acesso ao alistamento, que é pressuposto necessário para a capacidade eleitoral ativa, observada as exceções previstas no artigo 12, §3º da Constituição da República, que considera privativo de brasileiro nato os seguintes cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa 1 Definição de Alexandre de Morais, no livro Direito Constitucional, p. 216. www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 9 II - o pleno exercício dos direitos políticos; Comentários_______________________________________________________ Estar em pleno gozo de direitos políticos e ter total capacidade eleitoral ativa, consubstanciada no direito de votar, e passiva, atributo daquele que preenche as condições para ser votado. A Constituição Federal prevê hipóteses de inelegibilidades, mas, também reserva à lei complementar a possibilidade de estabelecimento de outros casos de inelegibilidade, bem como os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício de mandato eletivo considerando-se, para tal, a vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra influência do poder econômico ou abuso do exercício de função cargo ou emprego público na administração direta ou indireta. Consoante o artigo 14 da Constituição Federal, são inelegíveis: Os inalistáveis e os analfabetos. Para os mesmos cargos, no período subseqüente, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído nos seis meses anteriores ao pleito. O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. Durante o serviço militar obrigatório os conscritos. Entretanto, o militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. O estrangeiro. III - o alistamento eleitoral; Comentários_______________________________________________________ O alistamento eleitoral é comprovado pela inscrição eleitoral obtida no juízo eleitoral do domicílio do alistando, e por parte do candidato, com o seu título de eleitoral. Assim, o eleitor adquire os direitos de cidadania. O alistamento é obrigatório pra os maiores de 18 anos e menores de 70 anos e facultativo para aqueles entre 18 e 16 anos e para os maiores de 70 anos (CF, art. 14, §1º, I e II). IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 10 Comentários_______________________________________________________ O eleitor deve ser domiciliado no local pelo qual se candidata, por período que será estabelecido pela legislação infraconstitucional. V - a filiação partidária; Comentários_______________________________________________________ Para concorrer a cargo eletivo é obrigatória a filiação partidária, ninguém pode concorrer avulso, sem partido político (CR, art. 17). A capacidade eleitoral passiva exige prévia filiação partidária. Saliente-se que, em face da exigibilidad3e de filiação partidária para o exercício da elegibilidade, há de ser assegurado a todos o direito de livre acesso aos partidos, sem possibilidade de existência de requisitos discriminatórios ou arbitrários. Em relação aos partidos políticos o art. 17 da Constituição da República prescreve que é livre a criação, fusão, incorporação ou extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa e observado os seguintes preceitos: caráter nacional; proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; prestação de contas à Justiça Eleitoral; funcionamento parlamentar de acordo com a lei. A lei ordinária fixara o prazo de filiação partidária antes do pleito eleitoral, a fim de que o cidadão se torne elegível. Hodiernamente, de acordo com a lei e a jurisprudência do TSE, deve ser observado o prazo mínimo de um ano de filiação ao partido pelo qual se pretendeconcorrer a cargo eletivo.2 Também decidiu o TSE que “Magistrados e membros dos Tribunais de Contas, por estarem submetidos à vedação constitucional de filiação partidária, estão dispensados de cumprir o prazo de filiação fixada em lei ordinária, devendo satisfazer tal condição de elegibilidade até seis meses antes das eleições, prazo de desincompatibilização estabelecido pela Lei Complementar nº. 64/90”.3 VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. 2 TSE – Pleno – CT nº 1.197/DF – Rel. Min. César Asfor Rocha, Diário da Justiça, Seção I, 22 jun. 2006, p. 52. 3 TSE – Pleno – Consulta nº 353 / DF – Rel. Min. Costa Leite, Diário da Justiça, Seção, I, 21 de out. 1997, p. 53.430 www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 11 Comentários_______________________________________________________ Quanto a idade mínima para candidatura eleitoral a Resolução do TSE nº.16.468 de 10/05/90, que teve por relator o Min. Bueno de Souza, cujo v. acórdão que restou ementado, verbis: Entendemos ser inconstitucional a norma prevista no §2º, do art. 11, da Lei 9.504/97, que estabelece como prazo fatal para completar a idade mínima a data de posse, e não o momento da eleição, uma vez que as condições de elegibilidade devem ser verificados no dia do pleito eleitoral, quando o eleitor escolherá seu candidato. A Constituição estabelece, claramente, o requisito da idade mínima como condição para que o candidato possa ser escolhido pelo eleitorado – fato esse que ocorre na data do pleito eleitoral – e não como condição de posse. No mesmo sentido a Resolução do TSE nº. 14.371, transcriptu: Relativamente à elegibilidade, os precedentes desta Corte assentam que a idade mínima há que estar atendida na data do certame eleitoral e não do alistamento ou mesmo na do registro. Inelegibilidades Conceito: Inelegibilidade revela a ausência de capacidade eleitoral passiva (direito de ser votado), constituindo-se, portanto, em condição obstativa ao exercício passivo da cidadania. Objeto e fundamento: tem por objeto proteger a probidade administrativa, a normalidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e a legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta (art. 14, § 9º); possuem um fundamento ético evidente, tornando-se ilegítimas quando estabelecidas com fundamento político ou para assegurarem o domínio do poder por um grupo que o venha detendo. Eficácia das normas sobre inelegibilidades: as normas contidas nos §§ 4º a 7º, do art. 14, são de eficácia plena e aplicabilidade imediata; para incidirem, independem de lei complementar referida no § 9º do mesmo artigo. Inelegibilidades absolutas e relativas: as absolutas implicam impedimento eleitoral para qualquer cargo eletivo; as relativas constituem restrições à elegibilidade para determinados mandatos em razão de situações especiais em que, no momento da eleição se encontre o cidadão; podem ser por motivos funcionais, de parentesco ou de domicílio. www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 12 Desincompatibilização: dá-se também o nome de desincompatibilização ao ato pelo qual o candidato se desvencilha da inelegibilidade a tempo de concorrer à eleição cogitada; o mesmo termo, tanto serve para designar o ato, mediante o qual o eleito sai de uma situação de incompatibilidade para o exercício do mandato, como para o candidato desembaraçar-se da inelegibilidade. Quadro de inelegibilidades Estrangeiros Inalistáveis Absoluta Conscritos Analfabetos Para o mesmo cargo (reeleição) Motivos para outros cargos (desincompatibilização) Cônjuge/Parentesco/ inelegibilidade Relativa afinidade reflexa Menos de 10 anos de serviço Militares Mais de 10 anos de serviço Legais Lei Complementar nº. 64/90 Quadro cálculo eleições A B C D E F G Cd Vot Cd Vot Cd Vot Cd Vot Cd Vot Cd Vot Cd Vot 01 012 08 115 15 151 22 202 29 401 36 320 43 431 02 091 09 112 16 299 23 102 30 150 37 240 44 533 03 010 10 313 17 400 24 306 31 450 38 420 45 352 04 040 11 314 18 297 25 500 32 250 39 490 46 233 05 631 12 115 19 300 26 260 33 350 40 520 47 134 06 012 13 312 20 150 27 212 34 400 41 320 48 335 07 050 14 617 21 501 28 514 35 350 42 129 49 236 VL 153 VL 02 VL 100 VL 235 VL 100 VL 159 VL 269 Soma 999 1900 2198 2331 2451 2598 2523 15000 Inelegibilidade www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 13 a) São 15 cadeiras de edilidade, nesse hipotético município. b) VL significa Votos de Legenda c) Apurar o CE e o CP, identificando e classificando, em ordem cronológica de acesso os eleitos d) Nessa eleição foram apurados 2000 votos em branco, que não mais são computados. e) Em caso de dúvida, orientar-se nos arts. 105/112 do Código Eleitoral. f) CE significa cociente eleitoral e CP significa cociente partidário. g) Neste exemplo o candidato 33 é o mais velho. CE = Nº DE ELEITORES % Nº DE VEREADORES CP = SOMA TOTAL DOS VOTOS DO PARTIDO % COCIENTE ELEITORAL OBS.: Valores inferiores a 1000 (CE) serão desconsiderados, ou seja, partido cuja a somatória dos votos de seus candidatos mais os votos dado ao partido forem inferiores a 1000 (CE) não elegerá nenhum candidato, mesmo que um de seus candidatos tenha expressiva votação, como no exemplo acima onde o candidato A – 05 teve a maior votação da eleição com 631 votos, ainda assim não elegerá nenhum candidato se o CE eleitoral mínimo não for atingido, pois a realidade da nossa democracia é partidária art. 17 CRFB/88. FÓRMULAS CE = Nº DE ELEITORES % Nº DE VEREADORES CE = 15000 % 15 =1000 CP = SOMA TOTAL DOS VOTOS DO PARTIDO % COCIENTE ELEITORAL ELEITOS COM A SOBRA = TOTAL DOS VOTOS OBTIDOS (PARTIDO + CANDIDATO) % Nº DE CANDIDATOS ELEITOS + 1 (= 1 CADEIRA) COCIENTE PARTIDÁRIO CP = SOMA TOTAL DOS VOTOS DO PARTIDO % COCIENTE ELEITORAL A 999 1000 0,99 B 1900 1000 1,9 C 2198 1000 2,1 D 2331 1000 2,3 E 2451 1000 2,4 F 2598 1000 2,5 G 2523 1000 2,5 COCIENTE PARTIDÁRIO SOMA DOS VALORES INTEIROS A 0,99 B 1,9 www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 14 C 2,1 D 2,3 E 2,4 F 2,5 G 2,5 SOMA 11 Serão eleitos 11 deputados dentre os mais votados, nos partidos que atingiram o cociente eleitoral mínimo exigido, que no exemplo supra e de 1000 votos por partido. ELEITOS NA SOMA DOS INTEIROS IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO EM ORDEM CRONOLÓGICA 1 B 14 617 2 G 44 533 3 F 40 520 4 D 28 514 5 C 21 501 6 D 25 500 7 F 39 490 8 E 31 450 9 G 43 431 10 E 29 401 11 C 17 400 ELEITOS NA SOMA DAS SOBRAS IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO EM ORDEM CRONOLÓGICA A - - - - - B 1900 1 1 2 950 C 2198 2 1 3 732 D 2311 2 1 3 777 E 2451 2 1 3 817 F 2598 2 1 3 866 G 2523 2 1 3 841 ELEITOS NA SOMA DAS SOBRAS PARTIDO CANDIDATO SOMA SOBRAS QTDE VOTOS 12 B 11 950 314 13 F 38 866 420 www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 15 14 G 45 841 352 15 E 34 817 400 Note-se que do 11º ao 15º não é o número de votos conquistadospelos candidatos que determina a ordem de classificação, mas o resultado obtido da divisão do número de votos obtidos (legenda + candidato) % pelo número de candidatos eleitos + 1 (= 1 cadeira de edilidade). Por isso é possível ao candidato B11 com 314 votos estar à frente do candidato F38 com 420 votos. Também, não há falar em empate entre os candidatos C17 e E34, visto que, enquanto aquele foi eleito na primeira apuração (aquela que leva em conta a soma dos inteiros) este foi eleito na segunda apuração (aquela que leva em conta o resultado alcançado pela divisão total dos votos obtidos pelo número de candidatos eleitos + 1). CONTROVÉRSIAS: 1. A lei de redução do número de vereadores fere o art. 16 da Constituição Federal? Observemos o art. 16 da Constituição Federal, in verbis: “A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 1(um) ano da data de sua vigência”. Podemos observar que a lei que altera o número de vereadores NÃO fere a Constituição Federal, pois na realidade ela altera o sistema eleitoral e não o processo eleitoral, em face do disposto, não há que se falar em inconstitucionalidade da referida lei. 2. Pode um poder interceder em outro sem ofender o art. 2º da Constituição? Analisemos o referido artigo: “São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. Os poderes não são três, mas um só, e seu titular é o povo, soberanamente. Tipicamente o Poder Legislativo elabora comandos normativos genéricos e abstratos (cria leis); a função típica do Poder Executivo é a aplicação das leis a situações concretas; enquanto o judiciário tem por função típica a aplicação da lei a situações concretas e litigiosas, e, também, a de proteção da autoridade das Constituições Federal e Estaduais e da Lei Orgânica do Distrito Federal no julgamento dos processos objetivos de controle de constitucionalidade de tese. Mas excepcionalmente há funções atípicas destes poderes: O poder Legislativo, de forma atípica, administra o seu quadro de pessoal (art. 51, IV E 52, www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 16 XIII) e julga determinadas autoridades nos crimes de responsabilidade (art. 52, I, II). O Poder Judiciário administra seu quadro de pessoal e elabora regimentos internos dos Tribunais, que são leis em sentido material (art. 96). O Poder Executivo julga os processos administrativo-disciplinares e os litígios do contencioso tributário e legisla na elaboração de medidas provisórias e leis delegadas, nos termos dos arts. 62 e 68. 3. Diferenciar Princípio Majoritário e Princípio da Representação Proporcional. Para maior clareza transcrevermos o Título I – DO SISTEMA ELEITORAL - arts. 82 a 84 do Código Eleitoral Brasileiro: Art.82 O sufrágio é universal e direto; o voto, obrigatório e secreto. ? Art. 14 da Constituição Federal de 1988 Art.83 Na eleição direta para o Senado Federal, para Prefeito e Vice-Prefeito, adotar-se-á o princípio majoritário. Art.84 A eleição da Câmara dos Deputados, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais, obedecerão ao princípio da representação proporcional na forma desta lei. Donde podemos concluir que Princípio da Representação Proporcional busca garantir a participação de diversos partidos políticos no Parlamento. Neste sistema o número de representantes de cada circunscrição eleitoral é dividido pelo número de habitantes (e não de eleitores), resultando numa proporção. O que determina quantas cadeiras cada partido terá é a soma da votação de legenda e da votação nominal dos candidatos do partido, excetuados os votos brancos e nulos. Os mais votados do partido ou coligação é que ocupam as vagas. São eleitos por este sistema: Deputados Federais, Deputados Distritais, Deputados Estaduais e Vereadores. Já no Princípio Majoritário o número de habitantes não interfere no número de representantes no Parlamento ou na esfera executiva. Compõem este sistema: Os senadores (representantes do Estado), Presidente e Vice- Presidente, Prefeito e Vice-Prefeito, Governador e Vice-Governador. 4. O que é capacidade eleitoral ativa e capacidade eleitoral ativa e capacidade eleitoral passiva e quem são seus titulares? Capacidade eleitoral ativa é o direito/dever de votar, o titular da capacidade eleitoral é o eleitor. www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 17 Capacidade eleitoral passiva é o direito de ser votado, são titulares da capacidade eleitoral passiva todos os cidadãos brasileiros que estiverem em consonância com o disposto na Magna Carta no art. 14 §§2º ao 9º. Vamos à transcrição do artigo da Constituição Federal que trata sobre o referido assunto. Art.14 A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:... §1º O alistamento eleitoral e o voto são: I – obrigatório para os maiores de dezoito anos II – facultativo para: a) Os analfabetos b) Os maiores de setenta anos; c) Os maiores de dezesseis e menores de dezoito. §2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiro e, durante o período do serviço militar obrigatório os conscritos (=recrutados, alistados). §3º São condições de elegibilidade na forma da lei: I – a nacionalidade brasileira; II – o pleno exercício dos direitos políticos; III – o alistamento eleitoral; IV – o domicilio eleitoral na circunscrição (=região eleitoral); V – a filiação partidária; VI – a idade mínima de: a) Trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) Trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) Vinte e um anos para Deputado Federal ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) Dezoito anos para vereador. §4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. §5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. §6º Para concorrerem a outros cargos o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 18 §7º São inelegíveis no território de jurisdição do titular, o cônjuge (vale também para união estável – acréscimos nossos) e os parentes consangüíneos ou afins, ate o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato a reeleição. §8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I – se contar pelo menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. §9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade administrativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do candidato e a normalidade e legitimidade das eleições contra influencia do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. §10º O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. §11ºA ação de impugnação de mandato tramitara em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifestada má-fé. Ver também lei complementar nº64 de 18 de maio de 1990 5. Como ocorre a eleição para Senador? A eleição para senador ocorre em dois momentos: elegem-se, numa eleição dois senadores, na eleição seguinte (dois anos após a primeira) elege-se um. Cada Estado elege três senadores, para um mandato de oito anos, independente do número de habitantes do Estado, segundo princípio majoritário (art.46, caput CRFB/88). Isto ocorre para que a República nunca fique sem senador, pois durante o curto período de transição onde saem os antigos senadores e são diplomados os novos, poderia haver algum problema que impedisse a diplomação dos novos senadores o que deixaria a República sem senador, o que não é aconselhável, pois no caso de impedimento do Presidente e Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos suceder-lhes-á o presidente da Câmara dos Deputados e na falta deste o Presidente do Senado Federal (art.80 CRFB/88). www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 19 Teste seus conhecimentos 01 - É INCORRETO afirmar que o Requerimento de Alistamento Eleitoral: a) é também identificado pela sigla RAE. b) deve ser preenchido pelo eleitor. c) serve como documento de entrada de dados. d) é processado eletronicamente. 02 - NÃO se inclui entre as exigências a serem atendidas para transferência do eleitor: a) entrada do requerimento no Cartório Eleitoral do novo domicílio no prazo estabelecido pela legislação vigente. b) residência mínima de 3 meses no novo domicílio, declarada, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor. c) apresentação de certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil. d) transcurso de, pelo menos, 1 ano da inscrição ou da última movimentação. 03- A respeito do alistamento eleitoral, é INCORRETO afirmar que: a) o número de inscrição será composto de até 12 algarismos, por Unidade da Federação. b) o requerimento de alistamento será assinado na presença do servidor da Justiça Eleitoral. c) não incorrerá em multa o brasileiro naturalizado que deixar de se alistar. d) é facultado o alistamento, em ano eleitoral, do menor que completar 16 anos até a data do pleito, inclusive. 04 - A respeito do título eleitoral, é INCORRETO afirmar que: a) é confeccionado em formulário contínuo. b) tem como fundo as Armas da República. c) é confeccionado em papel com marca d’água. d) é impresso nas cores verde e amarelo, em frente e verso. 05 - Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e segunda via, a data da emissão do Título será: a) a de preenchimento do requerimento. b) a da entrega do Título ao eleitor. c) a da confecção do Título. d) a da assinatura do Título pelo Juiz Eleitoral. www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 20 06 - NÃO se inclui entre as ocorrências que ensejam requerimento de segunda via do Título Eleitoral: a) perda do Título. b) extravio do Título. c) cancelamento da inscrição. d) dilaceração do Título. 07 - São órgãos de Justiça Eleitoral: a) o Tribunal Eleitoral b) os Tribunais Regionais c)os Juízes Eleitorais d) as Juntas Eleitorais e) c e d estão corretas 08 - O sufrágio é: a) facultativo b) obrigatório c) universal e direto d) obrigatório e secreto e) voluntário 09 - Assinale a alternativa CORRETA. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de: a) órgão da Administração Pública direta e indireta ou fundação mantida com recursos provenientes do Poder Público; b) pessoas jurídicas concessionárias ou permissionárias de serviço privado; c) entidade de direito público que receba, na condição de beneficiária, contribuição voluntária em virtude de disposição legal; d) pessoa jurídica de utilidade privada; e) pessoa jurídica sem fins lucrativos que receba recursos exclusivamente nacionais exterior. 10 - Assinale a alternativa CORRETA A Junta Eleitoral é composta: a) por um juiz de direito e por três ou cinco cidadãos de notória idoneidade, sendo um dos cidadãos nomeado presidente b) por um juiz de direito que será o presidente e por dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 21 c) por um juiz de direito e por dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade, sendo um dos cidadãos nomeado presidente d) por um juiz de direito que será o presidente e por três cidadãos de notória idoneidade e) pelo juiz eleitoral, mesários e escrutinadores, em número máximo de cinco cidadãos de notória idoneidade, através de nomeação ou designação pelo Tribunal Regional Eleitoral 11 - Exercerá as funções de Procurador-Geral Eleitoral, junto ao TSE: a) O Procurador do Estado b) O Procurador de Justiça do Distrito Federal c) O Procurador-Geral da República d) O Procurador do Município e) O Procurador de Justiça Estadual 12- Assinale a alternativa CORRETA Não podem alistar-se eleitores: a) os analfabetos; b) os conscritos; d) os maiores de 70 anos c) os que presos temporários e) Os militares ou alunos das escolas militares para formação de oficiais. 13 - Assinale a alternativa CORRETA a) A propaganda por outdoors somente é permitida após o sorteio pela Justiça Eleitoral. b) A propaganda por outdoors somente é permitida após a convenção partidária. c) A propaganda por outdoors somente é permitida após o dia 5 de julho do ano eleitoral d) A propaganda por outdoors somente é permitida com autorização do partido ou coligação e) A propaganda eleitoral por outdoor somente é permitida após a autorização do juiz eleitoral na circunscrição 14 - Assinale a alternativa CORRETA A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data: a) do registro do candidato b) da realização da convenção partidária c) da diplomação d) da data em que se realizarem as eleições e) da posse www.direitofacil.com W|Üx|àÉ XÄx|àÉÜtÄ „ `öÜv|t cxÄ|áátÜ| 22 Gabarito BIBLIOGRAFIA Aulas do amigo e Mestre Nepomuceno Silva, Direito Eleitoral, Universidade de Itaúna. Costa, Adriana Soares da. Instituição de Direito Eleitoral. Belo Horizonte: ed. Del Rey. Silva, José Nepomuceno. As Alianças e Coligações Partidárias. Belo Horizonte: ed. Del Rey, 2003. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 9ª edição. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004. BRASIL. Código Eleitoral (Lei 4.737/65). Organização dos textos José Nepomuceno Silva. 10º ed. São Paulo: Rideel, 2004. Legislação Correlata. Exercícios extraídos das provas do TRE e para Estagiário do TRE do Pará. 01 – B 02 – C 03 – C 04 – D 05 – A 06 – C 07 – E 08 – C 09 – A 10 – B 11 – C 12 – A 13 – A 14 – E
Compartilhar