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Transtornos alimentares

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Transtornos Alimentares
Anorexia Nervosa(modelo geral psicopatológico - funcional)
Bulimia nervosa
Cirurgia Bariátrica
DEPRESSÃO
Avaliação negativa de:
 si - mesmo,
 ambiente e
 do futuro.
Anorexia nervosa
Transtorno Depressivo e a Distimia os mais comuns (50% a 75%). Os transtornos ansiosos são igualmente prevalentes nessa população, com índices que variam de 65% em anoréxicas e 36% a 58% em bulímicas, com predomínio de fobia social e transtorno obsessivo-compulsivo, respectivamente
Anorexia nervosa e Bulimia nervosa
Em comum, estas categorias estão relacionadas a respostas
como: 
preocupação excessiva com o estado atual e/
ou um possível aumento da forma e do peso corporal;
desejo de emagrecer; 
alterações na imagem corporal
(discrepância entre a forma do corpo e a maneira como ele é descrito verbalmente);
 utilização de práticas danosas para controle de peso (uso de jejuns e dietas restritivas, vômitos, laxantes, etc.); 
busca exagerada pelo emagrecimento; culpa ao se alimentar, entre outros.
Vale, A. M. O. D., & Elias, L. R. (2011). Transtornos alimentares: uma perspectiva analítico-comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 13(1), 52-70. (disponível online)
Anorexia Nervosa: prevalência
A população feminina jovem, de 15 a 28 anos, é a
mais atingida por este problema, numa proporção que
chega a 20 casos em mulheres para cada caso em homens
 
Início aos 17 anos;
Menor proporção após os 40 anos
http://www.fleury.com.br/saude-em-dia/dicionarios/doencas/pages/anorexia-nervosa.aspx
Anorexia Nervosa: epidemiologia
a incidência de AN é de aproximadamente 8 por 100 mil indivíduos e, em homens, seria de menos de 0,5 por 100 mil indivíduos por ano;
as patologias alimentares parecem ser doenças “ocidentais”;
 
This article appeared in the June 2012 issue of Marie Claire.
Anorexia: características gerais
não se caracteriza necessariamente por uma falta de apetite (anorexia em outros quadros clínicos como tuberculose e verminoses); 
 recusa da alimentação;
busca de um domínio sobre a fome e o corpo 
Vale, A. M. O. D., & Elias, L. R. (2011). Transtornos alimentares: uma perspectiva analítico-comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 13(1), 52-70. (disponível online)
Peso (kg) / (altura)2
Descrição
Valores menores que 18Kg/m2
Consideradas pessoas de baixo peso
Valores entre 18-24 kg/m2
Para mulheres e entre 18-25 kg/m2 para homens - consideradas IMC de pessoas normais
Valores entre 25-30 kg/m2
Consideradas pessoas com sobrepeso
Valores entre 30-35 kg/m2
Pessoas obesas
Valores 35-40 kg/m2
Pessoas com obesidade moderada
Valores > 40 kg/m2
Pessoas com obesidade grave
Valores > 50 Kg/m2
Pessoas com obesidade gravíssima​
Anorexia: complicações decorrentes do baixo peso
gengivite e danos no esmalte dos dentes
amenorréia e perda caracteres sexuais secundários
gastrite 
perda de eletrólitos e potássio no organismo. A falta de tais nutrientes leva à arritmia cardíaca
anemia
hipoglicemia
osteoporose
atrofia muscular
insuficiência renal
Fonte: http://www.anad.org/get-information/about-eating-disorders/eating-disorders-statistics/
Anorexia: complicações decorrentes do baixo peso
As causas de óbitos vão desde inanição a suicídio por depressão.
A anorexia é um transtorno que ainda desafia a medicina. A taxa de mortalidade é a maior entre os transtornos psiquiátricos: em média 8%. 
Com taxa de recaída em torno de 60%, a relação complicada com a comida pode persistir por meses ou até anos. 
O padrão mais comum em pacientes que possuem anorexia por mais de três anos é a manutenção de algum sintoma do comportamento anoréxico, mas muitas vezes sem haver comprometimento importante da saúde
Fonte: http://www.anad.org/get-information/about-eating-disorders/eating-disorders-statistics/
Anorexia: avaliação funcional
Através de um rígido autocontrole o paciente consegue efetivamente perder peso, mesmo que em alguns casos ocorram momentos de hiperfagia; este é um dos componentes centrais da categoria Anorexia Nervosa (AN). 
O repertório restritivo neste quadro pode ser bem diversificado e pouco sensível às consequências danosas decorrentes
Vale, A. M. O. D., & Elias, L. R. (2011). Transtornos alimentares: uma perspectiva analítico-comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 13(1), 52-70. (disponível online)
Anorexia: avaliação funcional
É comum encontrar clientes que investem muito do seu tempo na elaboração e execução de estratégias para controle restritivo do peso, em detrimento de outras atividades que
possibilitariam uma maior diversidade de fontes de reforçamento. 
Com o prosseguimento deste processo,
o sucesso na restrição calórica pode se tornar um dos
poucos reforçadores disponíveis na vida da cliente. A
anoréxica pode se avaliar pela opinião do outro e atribuir os seus fracassos ao seu peso 
Vale, A. M. O. D., & Elias, L. R. (2011). Transtornos alimentares: uma perspectiva analítico-comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 13(1), 52-70. (disponível online)
O começo deste quadro se dá, na maioria das vezes, com uma queda no peso, geralmente resultante de uma doença, tratamento médico ou dieta auto-induzida;
Durante a avaliação clínica é importante tentar identificar possíveis reforçadores (positivos e/ou negativos) desta primeira queda significativa de peso. 
Este processo vem acompanhado frequentemente de uma divergência entre a descrição verbal do tamanho e das formas do seu corpo e possíveis aferições antropométricas. Neste caso, mesmo que a cliente esteja claramente em grave estado de desnutrição, ela qualifica verbalmente sua forma corporal como “gorda”. 
Durante a adolescência a relação com a forma do corpo é um fator crítico, pois as mudanças na puberdade impõem à adolescente uma adaptação de um corpo infantil para um corpo maduro com todas as características sexuais secundárias realçadas
A maneira como ocorreu o preparo da recém adolescente para lidar como o novo corpo pode motivar a busca pelas práticas danosas de controle de peso e do corpo.
Anorexia: avaliação funcional
Vale, A. M. O. D., & Elias, L. R. (2011). Transtornos alimentares: uma perspectiva analítico-comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 13(1), 52-70. (disponível online)
A filogenia e a categoria transtornos
alimentares
O potencial de reforço de certos grupos de
alimentos, promovido durante a seleção natural, participa da explicação de por que dificilmente na clínica alguém irá relatar um episódio de compulsão alimentar com verduras em detrimento de alimentos hipercalóricos
Vale, A. M. O. D., & Elias, L. R. (2011). Transtornos alimentares: uma perspectiva analítico-comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 13(1), 52-70. (disponível online)
A filogenia e a categoria transtornos
alimentares
A ingestão de comida pode eliciar respondentes, considerados “prazerosos”, incompatíveis com aqueles eliciados por eventos aversivos
Assim, a cliente pode utilizar-se da comida como uma estratégia de controle emocional, mais especificamente para fugir do contato com emoções aversivas.
Vale, A. M. O. D., & Elias, L. R. (2011). Transtornos alimentares: uma perspectiva analítico-comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 13(1), 52-70. (disponível online)
A filogenia e a categoria transtornos
alimentares
Sobre a prática excessiva de exercícios, estudos com animais não-humanos sugerem que o aumento da atividade física pode resultar do jejum. Os ratos que são privados de alimento gastam mais tempo correndo
em uma roda de atividades, mesmo que isso signifique uma perda de peso mais rápida
Vale, A. M. O. D., & Elias, L. R. (2011). Transtornos alimentares: uma perspectiva analítico-comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva,
13(1), 52-70. (disponível online)
A filogenia e a categoria transtornos
alimentares
O relato clínico das anoréxicas aponta o sucesso na restrição alimentar prolongada como eliciador de sensações agradáveis e de potência. Estes dois dados são coerentes com um raciocínio que siga a lógica de operação da seleção natural, pois, na ausência prolongada de comida, seria importante para a sobrevivência da espécie que os indivíduos continuassem procurando novas fontes de alimento, mesmo
que isso implique em mais gasto de energia.
 Existem relatos de pesquisas que apontam redução da sensação de fome naqueles que praticam exercícios físicos continuadamente (Carlson, 2002).
 
A atividade física em excesso também elicia relaxamento, reduzindo a
ansiedade (Fortes, 2006), além de ser um momento onde a cliente pode fugir de eventos aversivos públicos e privados da sua vida cotidiana ao se concentrar na realização do exercício.
Vale, A. M. O. D., & Elias, L. R. (2011). Transtornos alimentares: uma perspectiva analítico-comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 13(1), 52-70. (disponível online)
A ontogenia e a categoria transtornos
alimentares
A perda dos caracteres sexuais secundários em decorrência da restrição alimentar, em alguns casos de AN, pode adquirir função
de reforço negativo. 
Por exemplo: o contato sexual, ao longo da história de uma cliente, pode ter se tornado aversivo em decorrência de uma educação
sexual coercitiva, ou episódios de abuso sexual, delineando-se um contexto em que as estratégias que impeçam o contato com situações sexuais sejam reforçadas negativamente. 
Outra situação seria a de uma pré-adolescente que, para não
perder os reforçadores da vida infantil, restringe sua alimentação para não desenvolver o corpo com características femininas adultas.
Vale, A. M. O. D., & Elias, L. R. (2011). Transtornos alimentares: uma perspectiva analítico-comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 13(1), 52-70. (disponível online)
A ontogenia e a categoria transtornos
alimentares
No decorrer de sua história de vida, a cliente pode
ter aprendido que o seu adoecimento é aversivo para
os pais. Esta pode acabar provocando o adoecimento através da restrição alimentar como uma forma de
exercer contracontrole diante do controle aversivo
dos pais. 
Em outro extremo, o adoecer de desnutrição pode mobilizar a atenção de pessoas significativas para a paciente, ou mobilizá-los para liberarem
outros reforçadores.
Vale, A. M. O. D., & Elias, L. R. (2011). Transtornos alimentares: uma perspectiva analítico-comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 13(1), 52-70. (disponível online)
A ontogenia e a categoria transtornos
alimentares
uma adolescente com déficit no repertório de habilidades sociais e poucas amizades, após
emagrecer, chama atenção de colegas de classe que
começam a aceitá-la no grupo por sua aparência.
 A mesma consegue mobilizar atenção social neste grupo (reforço social) através de práticas restritivas para controle de peso (respostas), ou seja, com o corpo
magro. Fica clara a contingência estabelecida entre
“ficar magra (ação) - atenção social (consequência)”.
Outro ponto relevante nos quadros clínicos dos TA,
especialmente nas que praticam a restrição de forma
efetiva, é a recusa ao tratamento. 
As clientes relatam que as práticas anoréxicas não são um problema que ameace sua vida, muitas vezes citando sua busca pela magreza como um estilo de vida ou uma busca pela felicidade. 
É comum encontrar no relato de terapeutas casos de adolescentes que vêm encaminhadas para a clínica por familiares ou profissionais de saúde, e não por uma demanda da própria cliente.
A ontogenia e a categoria transtornos
alimentares
Vale, A. M. O. D., & Elias, L. R. (2011). Transtornos alimentares: uma perspectiva analítico-comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 13(1), 52-70. (disponível online)
A cultura e as práticas anoréticas
as comunidades da Internet que servem como espaço para promoção das práticas restritivas e purgativas como um estilo de vida glamouroso e inócuo.
Nessas comunidades, adolescentes podem se comunicar com pessoas que apresentam interesses em
comum, tendo o seu anonimato garantido, esquivando-se assim de potenciais críticas. 
Existem comunidades específicas voltadas ao tema em vários sites (principalmente blogs e redes sociais) da internet. Elas são chamadas “Pró-Ana” (em prol da anorexia) e “Pró-Mia” (em favor da bulimia)
Vale, A. M. O. D., & Elias, L. R. (2011). Transtornos alimentares: uma perspectiva analítico-comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 13(1), 52-70. (disponível online)
Vale, A. M. O. D., & Elias, L. R. (2011). Transtornos alimentares: uma perspectiva analítico-comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 13(1), 52-70. (disponível online)
Vale, A. M. O. D., & Elias, L. R. (2011). Transtornos alimentares: uma perspectiva analítico-comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 13(1), 52-70. (disponível online)
Vale, A. M. O. D., & Elias, L. R. (2011). Transtornos alimentares: uma perspectiva analítico-comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 13(1), 52-70. (disponível online)
Vale, A. M. O. D., & Elias, L. R. (2011). Transtornos alimentares: uma perspectiva analítico-comportamental. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 13(1), 52-70. (disponível online)
Intervenção
A Clínica de Endocrinologia do Hospital Real Beneficência Portuguesa de São Paulo é referência no atendimento de pacientes com transtornos alimentares
AMBULIN – IP HC USP

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