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Visão Geral do Direito Civil

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MATERIAL DE APOIO
AULA 01: LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO (LINDB)
Conteúdo e Função
Em 30 de dezembro de 2010, a Lei 12.376/2010 alterou a ementa da LICC que deixou de ser Lei de Introdução ao Código Civil e passou a ser chamada de Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (LINDB). 
A LIND contém 19 (dezenove) artigos.
Trata-se de legislação anexa ao Código Civil, mas autônoma, dele não fazendo parte. Tem caráter universal, aplicando-se a todos os ramos do direito, salvo naquilo que for regulado de forma diferente na legislação específica. Por exemplo, quando o artigo 4º manda aplicar a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito aos casos omissos, aplica-se a todo o ordenamento jurídico, exceto ao direito penal e ao direito tributário, que contêm normas específicas a esse respeito.
 A analogia no Direito Penal é proibida, em virtude do Princípio da Reserva Legal (ou Princípio da Legalidade), quando for utilizada de modo a prejudicar o agente, seja ampliando o conteúdo dos tipos penais incriminadores, a fim de abranger hipóteses não previstas expressamente pelo legislador, etc.
O Direito Penal admite a analogia somente in bonam partem. E o CTN admite a analogia como critério de hermenêutica, com a ressalva de que não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. (art. 108 § 1º).
Acompanha o Código Civil simplesmente porque se trata do diploma considerado de maior importância.
À LINDB foi atribuída a função de disciplinar os seguintes assuntos:
1) vigência e eficácia das normas jurídicas (art. 1º e 2 º);
2) conflito de leis no tempo(art. 6º);
3) conflito de leis no espaço (art. 7 º a 19);
4) critérios de hermenêutica jurídica (art. 5º);
5) critérios de integração do ordenamento jurídico (art. 4º); e
6) normas de direito internacional público e privado.
Características 
As principais características da LINDB são:
- é um conjunto de normas sobre normas, pois, é uma lei que disciplina outras normas jurídicas, assinalando-lhes a maneira de aplicação e entendimento,sendo chamada de lei das leis (lexegum);
- é aplicável a todos os ramos do direito, não apenas ao Direito Civil; e
- por ultrapassar em muito o âmbito do Direito Civil, podemos afirmar que os dispositivos deste diploma legal contémnormas de sobredireito.
Fontes do Direito
A expressão fontes do direito pertine ao seu nascedouro, à sua origem, ao lugar de onde emana.
Diversos são os critérios existentes para classificar as fontes do direito.
Fontes Materiais - são as que servem de inspiração para o legislador para a formulação da norma jurídica.
As fontes materiais podem ser classificadas em históricas, orgânicas, filosóficas, sociológicas, etc.
Fontes Formais – são as que determinam os modos de formação e revelação das normas jurídicas. Na verdade, indica os meios através dos quais o direito objetivo se manifesta.
São considerados fontes formais do direito de acordo com o artigo 4º da LINDB e o artigo 126 do CPC: a Lei, a analogia, o costume e os princípios gerais do direito.
Lei – Em sentido amplo é empregada como sinônimo de norma jurídica. Em sentindo estrito indica tão somente a norma jurídica elaborada pelo Poder Legislativo, por meio do processo adequado.
Dentre as várias características da lei destacam-se:
Generalidade – dirige-se a todos os cidadãos indistintamente.
Imperatividade – impõe um dever, uma conduta aos indivíduos.
Autorizamento – autoriza que o lesado pela violação exija o cumprimento dela ou a reparação pelo mal causado.
Permanência – a lei não se exaure numa só aplicação, pois deve perdurar até ser revogada por outra lei.
Emanação de autoridade competente – Poder legislativo
Fontes Não Formais – A doutrina e a Jurisprudência (conjunto de decisões judiciais proferidas em determinado sentido, afirmando a existência de uma linha de orientação sobre determinados temas.
4. Vigência da Lei
Vocês irão estudar em Direito Constitucional, que o processo de criação da lei passa pelas seguintes fases: a da elaboração, a da promulgação, sanção do Presidente e apublicação.
Embora nasça com a promulgação, a Lei só começa a vigorar com sua Publicação no Diário Oficial. Com a publicação, tem-se o início da vigência, tornando-se obrigatória, pois ninguém pode escusar-se de cumpri-la alegando que não a conhece.
O art. 1º, caput, da LINDB consagra o princípio da vigência sincrônica:
Art. 1º da LIDB - Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
A obrigatoriedade da lei não se inicia no dia da publicação, salvo se ela própria assim o determinar. Pode, desse modo, entrar em vigor na data de sua publicação ou em outra mais remota, conforme constar expressamente de seu texto. Se nada dispuser a esse respeito, aplica-se a regra do artigo 1º da LINDB.
Denomina-se vacatio legis o período de tempo que se estabelece entre a publicação e a entrada em vigor da lei. Neste intervalo de tempo a lei não produzirá efeitos, devendo incidir a lei anterior no sistema.
Existem três espécies de leis referentes à vacatio legis:
1) Lei com “vacatio legis” expressa: é a lei de grande repercussão, que, de acordo com o artigo 8.º da Lei Complementar n. 95/98, tem expressa disposição do período de vacatio legis. Como exemplo, temos a expressão contida em lei deteminando "entra em vigor um ano depois de publicada". Exemplo: Código Civil de 2002.
2) Lei com “vacatio legis” tácita: é aquela que continua em consonância com o artigo 1.º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, ou seja, no silêncio da lei entra em vigor, no país, 45 dias depois de oficialmente publicada ou, no estrangeiro, quando admitida, três meses após a publicação oficial.
3) Lei sem “vacatio legis”: é aquela que, por ser de pequena repercussão, entra em vigor na data de publicação, devendo esta estar expressa ao final do texto legal.
Durante o prazo de vacância, a lei nova ainda não produz efeitos, ou seja, ainda não tem vigência. Dessa forma, enquanto a lei nova ainda não entrar em vigor ela não será obrigatória e os atos praticados de acordo com a lei antiga serão plenamente válidos.
A forma de contagem do prazo de vacatio legis é regulada pelo artigo 8º, § 1º da Lei Complementar 95/98, incluindo o dia da publicação e o último dia na contagem do prazo.
Art. 8o, § 1o da LC 95/98 - A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subseqüente à sua consumação.
Para exemplificar, se uma lei for publicada no dia 2 de janeiro, estabelecendo prazo de quinze dias de vacância, ela entrará em vigor em qual dia?
No exemplo apresentado, a contagem do prazo de vacância (vacatio legis) inclui odia 2 de janeiro e vai até o dia 16 de janeiro (15 dias), entrando a lei e vigor no diasubseqüente (17 de janeiro). 
A promulgação atesta a existência da lei. 
Continuando o estudo do art. 1º da LINDB temos:
Art. 1ºda LIDB – [...].
§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
§ 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
Se uma lei for publicada com erro substancial acarretando divergência de interpretação, então poderemos observar situações distintas por ocasião da correção de tal erro, dependendo de qual fase se encontra o processo de criação da norma:
1) correção antes da publicação: a norma poderá ser corrigida sem maiores problemas;
2) correção no período de “vacatio legis”: a norma poderá ser corrigida; no entanto, deverá contar novo período de vacatio legis para o texto corrigido, ou seja, apenas os artigos republicados terão prazo de vigência contado da nova publicação.;
3) correção após a entrada em vigor: a norma poderá ser corrigida mediante uma nova norma de igual conteúdo. As correções são consideradas lei nova.
A vigência é critério puramente temporal da norma,vai desde o início da obrigatoriedade da norma até a perda de sua validade. Nesse aspecto, não há que fazer qualquer relação com outra norma. 
A eficácia refere-se à possibilidade de produção concreta de efeitos pela norma. Quando classificada (segundo José Afonso Da Silva) de acordo com a dependência de outras normas, podem ser:
a) Normas de eficácia plena – função eficacial é imediatamente concretizada;
b) Normas de eficácia limitada – a função eficacial depende de uma outra norma; e
c) Normas de eficácia contida – a função eficacial será restringida por outra norma.
É possível que a lei seja inválida (não esteja em vigência) mas tenha eficácia (produza efeitos). Para exemplificar tal situação vamos viajar para o Direito Penal e analisar o art. 3º do Código Penal que trata da aplicação da lei penal quando esta for excepcional ou temporária:
Lei excepcional ou temporária
Art. 3º do CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
-Leis temporárias: são aquelas que contêm prazo (dia de início e dia do fim) de vigência previsto expressamente em seu corpo.
- Leis excepcionais: são as que vinculam o prazo de vigência a determinadas circunstâncias, como guerra, epidemia, etc.
Esses dois tipos de leis possuem a ultratividade como grande característica. Por ultratividade devemos entender a capacidade de uma lei, após ser revogada ( perder a vigência), continuar regulando fatos ocorridos durante o prazo em que esteve em vigor. 
Ou seja, ocorrendo um crime durante a vigência de uma lei excepcional ou temporária, mesmo após a lei não mais estar em vigor (falta de vigência), ela deverá ser utilizada no julgamento (ter eficácia).
§ 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida,se inicia três meses depois de oficialmente publicada.
§ 2o Revogado
5. Revogação da Lei – Artigo 2º 
É a supressão da força obrigatória da lei, retirando-lhe a eficácia, o que só pode ser feito por outra lei, da mesma hierarquia ou de hierarquia superior
É a hipótese em que a norma jurídica perde a vigência porque outra norma veio modificá-la ou revogá-la. A norma jurídica é permanente e só poderá deixar de surtir efeitos se a ela sobrevier outra norma que a revogue. O desuso não implica a perda da vigência da norma, e sim, a perda de sua efetividade.
Quando classificada de acordo com a sua extensão, a revogação pode ser:
1) total (ab-rogação): quando toda a lei é revogada; ou
O novo Código Civil, por exemplo, no artigo 2.045, inserido no livro complementar das Disposições Finais e Transitórias,revoga, sem qualquer ressalva, e portanto, integralmente, o estatuto de 1916.
2) parcial (derrogação): quando apenas parte da lei anterior é revogada.
Através do art. 2º, caput, da LINDB, o legislador expressou o Princípio daContinuidade.
Art. 2º da LIDB - Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.
Dessa forma, em regra, as leis possuem efeito permanente, isto é, vigência por prazo indeterminado, excetuando-se as leis com vigência temporária, que possuem data certa para “morrer” (perder a vigência).
A lei orçamentária é um clássico exemplo de lei temporária, dessa forma, para que ocorra o fim de sua vigência, não é necessário outra lei. Basta que transcorra o lapso temporal de um ano.
Uma lei revoga-se por outra lei. Desse modo, a revogação deve emanar da mesma fonte que provou o ato revogado. Se, por exemplo, a norma é de natureza constitucional, somente pelo processo de emenda à Constituição pode ser modificada ou revogada (CF, art.60). Por outro lado, um decreto revoga-se por outro decreto, mas também pode ser revogado pela lei, que é de hierarquia superior. A nova lei que revoga a anterior revoga também o decreto que a regulamentou.
Tendo como base legal o art. 2o, § 1o da LICC, existem três formas de revogação de uma lei antiga por uma lei nova.
A expressamente odeclare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matériade que tratava a lei anterior.
São elas:
1) Revogação expressa ou direta: quando a lei nova declara, de modo taxativo e inequívoco, que a lei anterior ou parte dela, fica revogada. 
2) Revogação tácita ou indireta: quando não contém declarações nesse sentido, mas mostra-se incompatível com a lei antiga ou regula inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
O que caracteriza a revogação tácita é a incompatibilidade das disposições novas com as já existentes. Na impossibilidade de coexistirem normas contraditórias, aplica-se o critério da prevalência da mais recente (critério cronológico).
Costuma-se dizer que ocorre, também, a revogação tácita de uma lei quando se mostra incompatível com a mudança havida na CF, em face da supremacia desta sobre as demais leis (critério hierárquico).
5.1. Antinomia
Quando uma norma entra em conflito com outra surge a antinomia. Decorre da existência de duas ou mais normas relativas ao mesmo caso, imputando-lhe soluções logicamente incompatíveis. 
Para a verificação de revogação das normas e solução de tais conflitos, três critérios, listados no quadro a seguir, devem ser utilizados:
	
CRITÉRIOS PARA A SOLUÇÃO DE UMA ANTINOMIA
	1) HIERÁRQUICO(lex superior derrogatlegiinferiori): consiste em verificar qual das normas é superior, independentemente da data de vigência das duas normas. Norma superior prevalece sobre a inferior, independente da data da vigência.
(exemplo: um regulamento não poderá revogar uma lei ainda que entre em vigor após esta);
2) ESPECIALIDADE(lexspecialisderrogatlegigenerali): as normas gerais não
podem revogar ou derrogar preceito ou regra disposta e instituída em norma especial. A norma especial prevalece sobre a geral. Ex: com a entrada em vigor do CDC, deixaram de ser aplicadas as normas de relações de consumo previsto no Código Civil de 1916.
3) CRONOLÓGICO(lex posterior derrogatlegi priori): a norma que entrar em vigor posteriormente irá revogar a norma anterior que estava em vigor. A norma posterior prevalece sobre a anterior.
Dos três critérios acima, o cronológico é o mais fraco de todos, sucumbindo diante dos demais. O critério da especialidade é o intermediário e o hierárquico é o mais forte de todos.
O art. 2º, § 2º da LINDB consagra o princípio da conciliação.
Art. 2o, § 2o da LICC - A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
De acordo com tal princípio, se uma lei não contraria outra já existente, então elespodem coexistir, não havendo a necessidade de revogação.
5.2 Repristinação
O nosso direito não admite, como regra, a repristinação, que é a restauração da lei revogada pelo fato da lei revogadora ter perdido a sua vigência.
O art. 2o, § 3o da LICC dispõe sobre a repristinação.
Art. 2o, § 3o da LICC - Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
Através da sua leitura, concluímos que a regra é a não-restauração da norma, ouseja, a impossibilidade de uma norma jurídica, uma vez revogada, voltar a vigorar nosistema jurídico pela simples revogação de sua norma revogadora. O motivo dessa não restauraçãode normas é o controle do sistema legal para que se saiba exatamente qualnorma está em vigor.
Admite-se, no entanto, a restauração expressa da norma, ou seja, uma normanova que faça tão-somente remissão à norma revogada poderá restituir-lhe a vigência,desde que em sua totalidade.
Sendo a Lei A revogada pela Lei B e, posteriormente, a Lei B revogada pela Lei C,a Lei A irá “ressuscitar”? Ou seja, irá ocorrer a repristinação?
Resposta: Caso a Lei C disponha expressamente sobre o “renascimento” da Lei A,então é possível a repristinação, caso contrário, a Lei A continua “morta”.
6. Obrigatoriedade das leis 
O artigo 3º da LINDB,consagra o princípio da obrigatoriedade da norma.
Assim, depois de publicada e uma vez decorrido o prazo da vacatio legis (se houver),a lei passa a ser obrigatória para todos, sendo inescusável o erro e a ignorância sobre a mesma.
7. Mecanismos de Integração
O legislador não consegue prever todas as situações para o presente e para o futuro, pois o direito é dinâmico, e está em constante movimento.
Sendo assim, o próprio sistema apresenta solução para qualquer caso que esteja sub judice, através da utilização dos mecanismos destinados a suprir lacunas da lei, que são: a analogia, o costume e os princípios gerais de direito.
Segundo o princípio da indeclinabilidade de jurisdição, o juiz é obrigado a decidir, ainda que não exista lei disciplinado o caso concreto. Dessa forma, diante da ausência de lei regulando determinada situação jurídica, faz-se necessário ao magistrado valer-se dos mecanismos de integração do ordenamento jurídico indicados pelo art. 4º da LINDB.
Art. 4º da LINDB - Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com aanalogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
No mesmo sentido, o artigo 126 do Código de Processo Civil.
	MECANISMOS DE INTEGRAÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO
	1) a Analogia;
2) os Costumes; e
3) os Princípios Gerais do Direito.
	Deve ser observada a sequência apresentada, ou seja, primeiro o magistrado deve fazer uso da analogia, posteriormente dos costumes e, por último, dos princípios gerais de Direito. Istoporque o direito brasileiro consagra a supremacia da lei escrita.
ANALOGIA:consiste em aplicar a caso não previsto a norma legal concernente a uma hipótese análoga prevista e, por isso mesmo, tipificada. É fonte formal mediata do direito, utilizada com a finalidade de integração da lei, ou seja, a aplicação de dispositivos legais relativos a casos análogos, ante a ausência de normas que regulem o caso concretamente apresentado à apreciação jurisdicional (a que se denomina anomia – falta de norma).
Exemplo prático de analogia: os tribunais brasileiros aplicaram a analogia para estender aos transportes rodoviários coletivos o conceito de culpa presumida criado pelo Decreto nº 2.681, de 7.12.1912, que regulou a responsabilidade civil das estradas de ferro.
Para o emprego da analogia requer-se a presença de três requisitos: 
a-) inexistência de dispositivo legal prevendo e disciplinando a hipótese do caso concreto;
b-) semelhança entre a relação não contemplada e outra regulada na lei;
c-) identidade de fundamento lógicos e jurídicos no ponto comum às duas situações.
A doutrina costuma distinguir a analogia em legal (legis) ou jurídica (júris). Vejamos:
a) Analogia legal (legis) – aplica-se ao caso omisso uma lei que regula caso semelhante;
b) Analogia jurídica (júris) – aplica-se ao caso omisso um conjunto de normas para extrair elementos que possibilitem a aplicabilidade ao caso concreto.
Analogia x Interpretação Extensiva
A analogia implica o recurso a outra norma do sistema jurídico, em razão da inexistência de norma adequada à solução do caso concreto.
Já a interpretação extensiva consiste na extensão do âmbito de aplicação da mesma norma a situações não expressamente previstas mas compreendidas pelo seu espírito, mediante uma interpretação menos literal. Configura-se, por exemplo, quando o juiz, interpretando o artigo 25 do Código Civil, estende à companheira ou companheiro a legitimidade conferida ao cônjuge do ausente para ser o seu curador.
O recurso à analogia não é, com efeito ilimitado. Não é ela admitida no direito penal, salvo se beneficiar o réu; nas leis excepcionais ou de exceção. 
O COSTUME é também fonte supletiva em nosso sistema jurídico, porém esta colocado em plano secundário, em relação à lei. 
É a repetição da conduta, de maneira constante e uniforme, em razão da convicção de sua obrigatoriedade. No Brasil, existe o predomínio da lei escrita sobre a norma consuetudinária.
O costume é composto de dois elementos: o uso ou prática reiterada de um comportamento (elemento externo ou material) e convicção de sua obrigatoriedade (elemento interno ou psicológico, caracterizado pela opinio júris etnecessitate).
Em relação a lei, temos as seguintes espécies de costume:
1) Costume secundumlegem– quando se acha expressamente referido na lei. Neste caso, sua eficácia é reconhecida pelo direito positivo, como exemplo: arts. 1.297, § 1º, 596 e 615 do CC. É amplamente aceito pela doutrina.
Ex: art. 569, II do CC: “O locatário é obrigado a pagar pontualmente o aluguel nos prazos ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o costume do lugar”
2) Costume contra legemou negativo – é o que contraria a lei. Provoca divergência na doutrina e pode ser de dois tipos:
Consuetudoabrogatória– espécie de costume contra legemque se caracteriza por ser uma prática contrária às normas legais.
Desuetudo– espécie de costume contra legemque consiste na falta de efetividade da norma legal não revogada formalmente.
Um exemplo de costume contra legemocorre no mercado de Barretos (Estado de São Paulo), onde os negócios de gado, por mais avultados que sejam, celebram-se dentro da maior confiança, verbalmente.
Nos termos do art. 227 do CC, os negócios jurídicos que ultrapassem o valor de dez salários mínimos não admitem prova exclusivamente testemunhal (verbal).
Art. 227 do CC - Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal sóse admite nos negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse o décuplo do maior saláriomínimo vigente no País ao tempo em que foram celebrados.
Dessa forma, os negócios vultosos (superiores a 10 salários mínimos) de gado no mercado de Barretos representam um costume contra legem, pois deveriam ser celebrados na forma escrita, em decorrência do grande valor, mas são celebrados verbalmente, contrariando a lei.
3) Costume praeterlegemou integrativo – é o que supre a ausência ou lacuna da lei nos casos omissos.É amplamente aceito pela doutrina e está citado no art. 4º da LINDB.
Ex: o costume de emitir cheque “cheque pré-datado”. Tal conduta não possui regulamentação legal.
São condições para a vigência do costume sua continuidade, diuturnidade eobrigatoriedade.
O costume deriva da longa prática uniforme, constante, pública e geral de determinado ato, com a convicção de sua necessidade jurídica. São, pois, condições indispensáveis à sua vigência: continuidade, uniformidade, diuturnidade (constância na realização do ato, não implicando sanção), moralidade e obrigatoriedade.
PRINCIPIOS GERAIS DO DIREITO - são postulados que estão implícita ou explicitamente expostos no sistema jurídico, contendo um conjunto de regras. 
Os princípios gerais de Direito são a última salvaguarda do intérprete, pois este precisa se socorrer deles para integrar o fato ao sistema. De acordo com as lições de Celso Antônio Bandeira de Mello, princípios são vetores de interpretação, que, por sua generalidade e amplitude, informam as demais regras, constituindo a base de todo o ramo do Direito ao qual se aplica.
Art. 186, 1.216, 1.220, 1.255.
Os princípios gerais de direito não se confundem com as máximas jurídicas, os adágios ou brocardos, que nada mais são que fórmulas concisas representativas.
Se você está se perguntando sobre a equidade, veja a observação a seguir:
	OBSERVAÇÃO SOBRE A EQUIDADE !!!!
	Apesar do art. 4o da LICC não mencionar a equidade, ela pode funcionar como último mecanismo para integração do ordenamento jurídico. Ou seja, diante da ausência de lei, da inviabilidade da analogia, dos costumes e dos princípios gerais de direito, e, prevendo a lei a possibilidade do uso da equidade, o magistrado, para fazer valer o princípio da indeclinabilidade de jurisdição pode utilizá-la. È o que se depreende do art. 127 do Código de Processo Civil (CPC).
Art. 127 do CPC - O juiz só decidirá por eqüidade nos casos previstos em lei.
A equidade não constitui meio supletivo de lacuna da lei, sendo mero recurso auxiliar da aplicação desta.
É utilizada quando a lei expressamente o permite.
A equidade está prevista no artigo 5º da LINDB, quando este recomenda ao juiz que atenda ao aplicar a lei, aos fins sociais a que ela se destina.
8. Aplicação e Interpretação
Hermenêutica é a ciênciada interpretação. 
Interpretar é descobrir o verdadeiro sentido da norma jurídica. Toda lei está sujeita a interpretação, não apenas as obscuras e ambíguas.
O brocardo romano in clariscessatinterpretationão é hoje, acolhido, pois até para afirmar que a lei é clara é preciso interpretá-la.
Não se deve confundir integração da lei com interpretação da lei. Na primeira a lei não regula determinado fato, ao passo que, na segunda, a lei regula, mas não é cristalina e precisa. Quando a lei não permite a exata compreensão da ordem, faz-se necessário o seu exercício interpretativo buscando alcançar o seu real sentido.
A teoria científica que trata da arte de interpretar as leis, descobrindo seu alcance e seu sentido é a hermenêutica.
Com base no art. 5º da LINDB, ao utilizar os mecanismos de integração para o preenchimento da lacuna jurídica, ou, ao interpretar a lei, o juiz deve buscar a estabilidade social desejada.
Art. 5º da LIDB - Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
Dentre as diversas formas de interpretar as leis, destacam-se as seguintes listadas nos quadros a seguir:
	INTERPRETAÇÃO QUANTO À FONTE OU ORIGEM
	SIGNIFICADO
	Autêntica ou legislativa
	Emana do próprio legislador que reconhece a ambigüidade da norma e elabora uma nova lei destinada a esclarecer a intenção da primeira.
	Jurisprudencial ou Judicial
	Tem como origem as reiteradas decisões judiciais proferidas pelos diversos Tribunais. Embora não tenha força vinculante, influencia grandemente os julgamentos nas instâncias inferiores.
	Doutrinária
	Emana dos estudiosos da matéria do direito e das obras científicas.
	INTERPRETAÇÃO QUANTO
AOS MEIOS OU ELEMENTOS UTILIZADO
	SIGNIFICADO
	Gramatical ou Literal
	Busca auxílio nas regras de gramática para a solução da dúvida, tal como a análise da pontuação, da colocação da palavra na frase, a sua origem etimológica, etc.
	
Histórica
	Baseia-se na investigação dos antecedentes da norma, ou seja, consiste na pesquisa das circunstâncias que nortearam a sua elaboração, de ordem econômica, política e social, bem como do pensamento dominante ao tempo da formação da norma.
	Lógica ou Racional
	Atende ao espírito da lei procurando-se apurar o sentido e a finalidade da norma, a intenção do legislador, através de raciocínios lógicos, com abandono dos elementos puramente verbais.
	Teleológica ou Sociológica
	Adapta-se o sentido ou finalidade da norma às novas exigências sociais.
	Sistemática
	Entende-se que a lei não existe isoladamente e o Direito deve ser visto como um todo, como um sistema, comparando a norma com outras espécies legais.
	INTERPRETAÇÃO QUANTO
AOS RESULTADOS
	SIGNIFICADO
	Declarativa
	Quando a letra da lei corresponde exatamente ao que o legislador pensa.
	Extensiva ou Ampliativa
	Quando o legislador expõe na lei menos do que pretendia dizer, sendo necessário ampliar a aplicação da lei.
	Restritiva
	Quando o legislador expõe na lei mais do que pretendia dizer, sendo necessário restringir a aplicação da lei.
9. Conflito das leis no tempo
O conflito de leis ocorre quando há dúvidas em relação à qual lei que deverá ser aplicada em determinada situação em virtude do tempo.
Em outras palavras, a dúvida se instaura pois o fato jurídico ocorreu na data X, quando uma determinada lei tinha vigência.
Mas ocorre que, posteriormente, essa lei fora revogada, surgindo uma nova lei que disciplina o assunto em questão.
Nesse caso haverá conflito entre qual a lei que deverá ser aplicada sobre os efeitos de um fato que ocorreu na vigência de uma lei passada.
O direito intertemporal visa solucionar os conflitos entre a norma que acaba de entrar em vigor e a que acaba de ser revogada. Isso porque alguns fatos iniciam-se sob a égide de uma lei e só se extinguem quando outra nova está em vigor. Para solucionar tais conflitos existem dois critérios:
• disposições transitórias: o próprio legislador no texto normativo novo concilia a nova norma com as relações já definidas pela norma anterior. O CC de 2002, por exemplo, no livro complementar “Das disposições finais e transitórias” (art. 2.028 a 2.046), contém vários dispositivos com esse objetivo, sendo de destacar o art. 2.028, que regula a contagem dos prazos quando reduzidos pelo novo diploma, e o art.2.035, concernente à validade dos negócios jurídicos constituídos antes de sua entrada em vigor.
• princípio da irretroatividade: a lei não deve retroagir para atingir fatos e efeitos já consumados sob a lei antiga.
No direito brasileiro a irretroatividade é a regra, mas admite-se a retroatividade em determinados casos.
A CF de 1988, artigo XXXVI e a LINDB, adotaram, com efeito, o princípio da irretroatividade das leis, como regra, e o da retroatividade como exceção. Assim, como regra, aplica-se a lei nova aos casos pendentes e aos futuros, só podendo ser retroativa, para atingir fatos já consumados, pretéritos, quando: a-) não ofender o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada; b) quando o legislador expressamente, mandar aplicá-la a casos pretéritos, mesmo que a palavra “ retroatividade” não seja usada.
Observando os fatos jurídicos e relacionando-os cronologicamente de acordo com a produção de efeitos, temos que eles podem ser:
a) Pretéritos – são os que se constituíram na vigência de uma lei e tem seus efeitos produzidos na vigência daquela lei.
b) Futuros – são os que ainda não foram gerados.
c) Pendentes – são os que foram constituídos na vigência de uma lei anterior e não produziram todos os seus efeitos nela.
Ex: Celebrei um contrato de empréstimo no ano passado e até hoje a coisa emprestada está emprestada comigo. Esse contrato embora constituído na vigência de uma lei, ele continua produzindo seus efeitos na vigência da lei revogadora.
Segundo o Princípio da Irretroatividade, aos fatos pendentes é aplicada a lei anterior, porque a lei posterior só se aplica para o futuro.
Analisando o art. 6º da LINDB, percebemos que a lei, em regra, é irretroativa, devendo ser expedida para disciplinar fatos futuros. Entretanto, a retroatividade da lei pode ocorrer excepcionalmente para fatos pendentes, desde que respeite o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
Art. 6º da LIDB - A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídicoperfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.
§ 2º Consideram-se direito adquirido é o que já se incorporou definitivamente ao patrimônio e a personalidade de seu titular, não podendo lei nem fato posterior alterar tal situação jurídica.
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caibarecurso.
Obs: A jurisprudência vem mitigando os efeitos da coisa julgada, permitindo a investigação da paternidade quando a anterior ação foi julgada improcedente por insuficiência de provas, sem o exame do mérito.
10. Conflito de Normas no Espaço
Pela LINDB (arts. 7º a 19), serão solucionados os conflitos decorrentes da aplicação espacial de normas, que estão relacionadas à noção de soberania dos Estados, por isso, é que a LINDB é considerada o Estatuto de Direito Internacional Público e Privado.
Toda lei, em princípio, tem seu campo de aplicação limitado no espaço pelas fronteiras do Estado que a promulgou (territorialidade). Entretanto, visando facilitar as relações internacionais, é comum, em algumas situações, ser admitida a aplicação de leis estrangeiras dentro do território nacional e de leis nacionais dentro do território estrangeiro (extraterritorialidade).
Desta forma, pelo princípio da territorialidade não ser absoluto, fica consagrado no Brasil o Princípio da Territorialidade Temperada, de modo que leis e sentenças estrangeiras podem ser aplicadas no Brasil desde que observadas as seguintes regras:
1) não se aplicam leis, sentenças ou atos estrangeiros no Brasil quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
2) não se cumprirá sentença estrangeirano Brasil sem exequatur(cumpra-se), ou seja, a permissão dada pelo STJ para que a sentença tenha efeitos, conforme art. 105, I, i da CF.
Nos quadros a seguir, apresentaremos exemplos de aplicação da territorialidade e da própria extraterritorialidade de acordo com os dispositivos da LINDB.
	
Artigo
	
TERRITORIALIDADE
	
Art. 8º
	Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.
	
Art. 9º 
	Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituirem.
	
Art. 11
	As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituirem.
	
Art.13
	A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça.
.
	Artigo
	EXTRATERRITORIALIDADE
	Art. 7º 
	O art. 7º da LICC preconiza a lexdomicilii como critério fundamental do estatuto pessoal, introduzindo o princípio domiciliar como elemento de conexão para determinar a lei aplicável. 
O princípio domiciliar é o que mais atende à conveniência nacional, visto ser o Brasil um país onde o fluxo de estrangeiros é considerável, eliminando o inconveniente da dupla nacionalidade ou da falta de nacionalidade.
O começo e o fim da personalidade (as presunções de morte, o nome, a capacidade e os direitos de família, que constituem o estado civil, ou seja, o conjunto de qualidades que constituem a individualidade jurídica de uma pessoa, terão suas questões resolvidas através do direito domiciliar, de acordo com o que determina o art. 7º da LICC
O § 1º do artigo 7º da LIND, prescreve: realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. Ainda que os nubentes sejam estrangeiros, a lei brasileira será aplicável (Lex loci ctus), inclusive no tocante aos impedimentos dirimentes, absolutos e relativos (CC, arts.1.521, 1.548, I, e 1.550).
§ 2º. O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes.
O disposto no art. 7º, § 2º, da LICC, permite que os estrangeiros, ao contraírem casamento fora de seu país, possam fazê-lo perante o agente consular ou diplomático de seu país, no consulado ou fora dele.
O cônsul estrangeiro é competente para realizar casamento quando a lei nacional o atribuir tal competência e somente quando os nubentes forem conacionais e ele mesmo (o cônsul) tenha a mesma nacionalidade.
O casamento de brasileiros no exterior pode ser celebrado perante a autoridade consular brasileira, desde que ambos os nubentes sejam brasileiros, mesmo que domiciliados fora do Brasil. Não poderá, portanto, ocorrer no consulado o casamento de brasileira com estrangeiro. 
	Art.10
	A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
	Art.12
	É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
	Art. 17
	As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações devontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, aordem pública e os bons costumes.

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