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PROBLEMA: INFARTO DO MIOCÁRDIO ALAOR MARTINS DA SILVA Presidente Prudente – SP 2015 UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA BIOMEDICINA PROBLEMA – Infarto do Miocárdio Paulo, 47 anos, masculino, desempregado, não faz uso de bebidas alcoólicas; estava caminhando no Parque do Povo numa segunda feira por volta das 9horas; de repente, começou a sentir uma dor precordial tipo queimação, contínua, que irradiava para o ombro esquerdo, associada a sudorese e calafrios. Estirado no chão, depois de passar algumas pessoas por ele, sem dar nenhuma atenção, sendo que algumas pessoas comentavam que Paulo deveria estar embriagado; um estudante de biomedicina observou que Paulo estava tendo um desmaio. Assim sendo, o estudante prestou os primeiros socorros até a chegada do resgate. Chegando ao setor de emergência do H.R acompanhado pelo estudante, o médico plantonista constatou, através de um eletrocardiograma, que o paciente teve um infarto cardíaco e que os primeiros socorros prestados pelo estudante foram importantes para manter vivo o paciente. Foram feitos exames laboratoriais, cujos resultados mostraram: CK = creatinaquinase O resultado dos exames, citados acima, motivou o estudante a estudar sobre o que vem a ser CK, CKMB, troponina e miosina; e suas relações com o infarto do miocárdio (IM). QUESTÕES: 1. A creatinaquinase (CK) é uma enzima encontrada naturalmente em nosso corpo que correspondem às isoenzimas CK-BB, CK-MB e CK-MM, sendo que VALORES OBTIDOS VALORES DE REFERÊNCIA CK = 460 U/L 10 – 80 U/L CK-MB: 80 U/L ATÉ 10 U/L TROPONINA ELEVADA MIOGLOBINA ELEVADA cada uma delas possui atividade preponderante em algum tecido ou órgão específico: Isoenzima CK-BB: próstata, útero, placenta, tiroide cérebro e musculatura lisa; Isoenzima CK-MB: 1% da CK total em músculo esquelético e 45% em músculo cardíaco; Isoenzima CK-MM: 99% da CK total em músculo esquelético e 55% em músculo cardíaco. 2. A creatinaquinase (CK) sendo uma enzima específica catalisa a conversão da creatina seu substrato e consome trifosfato de adenosina (ATP) para criar o produto fosfocreatina (PCr) e difosfato de adenosina (ADP). Esta reação da enzima CK é reversível e, assim, o ATP pode ser gerado a partir de PCr e ADP. 3. A relação encontrada entre o aumento da concentração da creatinaquinase com os danos causados ao miocárdio, define-se como distrofia muscular, ou seja, danos causados na fibra muscular, representado por um grande esforço físico gerado pelo tecido muscular do coração. 4. As isozimas ou isoenzimas são enzimas que diferem na sequência de aminoácidos, mas que catalisam a mesma reação química e ainda, podem mostrar diferentes parâmetros cinéticos ou propriedades de regulação diferentes. 5. O infarto do miocárdio é essencialmente definido como uma síndrome coronariana aguda que causa liberação de troponina, sendo assim, caracteriza como um complexo de três proteínas e duas delas são adequadas para dosagem, tendo diferentes propriedades e funcionam como marcadores cardíacos específicos: sendo elas a troponina I a troponina T. Em contrapartida, a mioglobina é uma proteína constituinte das células dos músculos esquelético e cardíaco, por ser uma proteína presente no citoplasma e de baixo peso molecular, é liberada para a circulação precocemente após lesão isquêmica da fibra miocárdica. A relação entre a troponina e a mioglobina, ocorre devido a própria troponina ser o mais importante marcador cardíaco, pois ela é derivada exclusivamente desse músculo. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 1. BAYNES, John W.; DOMINICZAK, Marek H.. Bioquímica Médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 2. FERREIRA, Lucas Guimarães. Revendo Ciências Básicas: Papel do sistema da fosfocreatina na homeostase energética das musculaturas esquelética e cardíaca. 2014. Einstein. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/eins/v12n1/pt_1679-4508-eins-12-1- 0126.pdf>. Acesso em: 09 nov. 2015. 3. RODRIGO CUNHA (São Paulo). Universidade Federal do Abc. Proteínas em exibição: São Paulo: 2012. 09 slides, color, 25 cm x 20 cm. Disponível em: <http://www.slideshare.net/TBQ-RLORC/creatina-quinase>. Acesso em: 09 nov. 2015. 4. MARIA ALICE VIEIRA WILLRICH (São Paulo). Laboratório de Análises Clínicas Verner Willrich. Artigo Cientifico Laboratório Verner Willrich: Marcadores Cardíacos. 2007. Disponível em: <http://www.labvernerwillrich.com.br/material_cientifico/marcadores_cardiacos_1007.p df>. Acesso em: 09 nov. 2015. 5. ANDRIOLO, Dr. Adagmar. Marcadores bioquímicos de lesão cardíaca. 2007. Disponível em: <http://www.fleury.com.br/medicos/educacao- medica/artigos/Pages/marcadores-bioquimicos-de-lesao-cardiaca.aspx>. Acesso em: 09 nov. 2015. 6. GODOY, Moacir Fernandes de; BRAILE, Domingo Marcolino and PURINI NETO, José. A troponina como marcador de injúria celular miocárdica. Arq. Bras. Cardiol. [online]. 1998, vol.71, n.4, pp. 629-633. ISSN 1678-4170. http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X1998001000013
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