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Análise Textual - 6 a 10

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Aula 6 – Estudo Dirigido
 Tipologia textual – parte 2: narrar, expor, argumentar, dissertar. Gêneros textuais: conto, crônica, petição
Ao final desta aula, você será capaz de:
1) Reconhecer diferentes organizações discursivas em diferentes tipos de texto;
2) Identificar as características discursivas de diversos textos;
3) Recuperar a informação do texto através de habilidades específicas.
Começando com uma breve análise...
Você irá ver agora um conto e uma crônica, com textos que trazem, basicamente, os mesmos elementos: personagens, acontecimentos, local, tempo. Mas também são gêneros textuais diferentes. Sendo assim, particularizam-se por alguns detalhes.
Conto:
O vulto na janela
Olhava aquele vulto pela janela.
Com a bruma que vinha do mar naquela tarde de plúmbeos céus, não conseguia distinguir as feições.
Estava sentado a uma mesa. Só. Uma mesa encostada à vidraça daquele café sobre o mar.
A umidade daquele mar tormentoso, o ligeiro embaçar do vidro mostrando que a temperatura ali dentro era bem superior à do vento frio que soprava do norte davam uma opacidade mágica ao vidro, que tornava o seu interior mais confortável e acolhedor do que o seu barco atracado na praia.
Olhava aquele vulto sentado junto à janela. Não podia aperceber-se do que estava pousando na mesa. Um café quente, uma água refrescante, um simples sumo de laranja ou um exótico suco de frutos raros. Podia ser ainda um sensual copo de vinho tinto. 
Não sabia se era homem ou mulher, novo ou velho. Era, adulto, sim, tinha a estatura e postura de adulto. 
Parecia-lhe feliz. Um vulto afortunado que numa tarde invernosa relaxava com uma bebida num café sobre o mar.
Enquanto ele atracava o barco na praia, ao sabor do frio e do vento de norte no meio das tão famosas brumas que o Atlântico empresta, por vezes, ao final da tarde.
Ficou feliz por saber que há gente que pode passar uma tarde no café sobre o mar enquanto ele ganha a vida, arriscando-a naquele pequeno barco, agora atracado na praia.
Sentiu inveja, uma inveja saudável daquele vulto, que parecia feliz e confortável, que desfrutava de uma bebida numa janela sobre o mar. Só não sabia que esse vulto chorava.
Comentário sobre o conteúdo acima.
Reconhecemos o conteúdo como um conto, uma narrativa, porque localizamos personagens, fatos, local e tempo. Esses elementos nos remetem a um contexto tal que podemos refazer normalmente o cenário da história e construirmos o entendimento ou não do que estamos lendo. O entendimento não será bom se não pudermos refazer mentalmente essa história. Outro aspecto, até curioso, é o fato de que podemos contar esta história em qualquer época. O tempo de ocorrência já estará escrito na narrativa, não é preciso se recorrer a um tempo real.
Você deve estar se perguntando se não se pode construir contos com fatos reais. Sim, claro que isso é possível! Porém o conto, como tem a função fundamental de contar uma história que poderá ser situada num tempo específico, vai criar uma realidade. 
Por isso é possível o leitor poder contar a história em qualquer época, porque ela tem contexto próprio.
Crônica
Almoço de domingo
No ultimo domingo o povo aqui em casa me pediu pra fazer nhoque. Então vamos a ela! Estava passando as batatas pelo espremedor e me lembrei da primeira vez que fiz nhoque pra minha filha. Ela era ainda bem pequena, ainda nem falava direito. E foi uma farra. Ela achou muito divertida esse negocio de fazer rolinhos finos e compridos e depois cortá-los em umas quase “bolinhas”.
Eu cortava e ela espalhava sobre a mesa bem enfarinhada, matracando o tempo todo. 
Quando acabamos, cobrir tudo com um pano bem limpo e fui fazer sei lá o quê. Depois de um tempinho me toquei que a Beatriz tava muuuuito quieta:
- Biaaaa...que tá fazendo?
- Tô brincando!
Segui a vozinha que vinha da cozinha e quando lá cheguei:
- Jesus! Que ce ta fazendo...?
- To amassando as boinhas...
Comemos espaguete!
Comentários
O texto “Almoço de Domingos”, por ser uma crônica, conta fatos do cotidiano, fatos reais: necessita que o tempo, as personagens e o local sejam esclarecidos, porque não traz um contexto pronto. Logo, precisa do contexto da situação, exatamente por lidar com fatos do cotidiano. As crônicas também apresentam outro aspecto, como de analisar, comentar, argumentar, criticar determinadas situações. 
Assim, um grande propósito do contexto da crônica é aproveitar o fato para fazer comentários e até apresentar aspectos divertidos da situação.
Atividade proposta
Faça uma leitura atenta de o texto a seguir, exercitando a habilidade de localizar informações relevantes para solucionar determinado problema apresentado. Tal habilidade se reflete na identificação dos objetos do texto, os possíveis leitores etc. 
Após esse entendimento, é possível identificar o gênero e que aspectos relevantes existem para identificá-lo. Essa será a sua tarefa: Identificar o gênero e justificar sua escolha.
Sinceridade de criança
Era uma época de “vacas magras”. Morava só com meu filho, pagando aluguel, ganhava pouco e fui convidada para a festa de aniversário de uma grande amiga.
O problema é que não tinha dinheiro mesmoooooo.
Fui a uma relojoaria à procura de uma pequena jóia, ou bijuteria mesmo, algo assim, e pedi a balconista:
- Queria ver alguma coisa bonita e barata, para uma grande amiga!
Ela me mostrou algumas peças realmente caras, que na época eu não podia pagar. 
Então eu pedi:
- Posso ver o que você tem assim, assim...alguma coisa mais baratinha? – e a moça me trouxe um pingente folheado a ouro...bonito e barato. 
Eu gostei e levei.
Quando chegamos ao aniversário (eu e meu filho), fomos cumprimentar minha amiga, que ao abrir o presente disse:
- Nossa, muito obrigada!!!!! Que coisa linda!!!!!
E meu filho na sua inocência de criança bem pequena, sem saber o que significa a expressão “baratinha”, completou:
- Era a mais barata que tinha!!!:-((
Qual o gênero textual de Sinceridade da Criança: É um conto ou uma crônica? Trata-se de uma crônica.
Que características determinaram sua escolha? As características gerais de uma crônica são: a) Relação com a vida cotidiana; b) Narrativa informal, familiar, intimista; c) Uso da oralidade na escrita: linguagem coloquial; d) Uso do humor.
Observando outro texto...
EXMO. SR. DR. JUIZ DA VARA DO TRABALHO DA 1* REGIÃO – RIO DE JANEIRO/RJ
MARIA DAS DORES, brasileira, casada, atendente, portadora da carteira de identidade n* ____________________ e CTPS n* _________________, série______________, inscrita no CPF n*_________________e PIS_____________,
Filha de __________________, residente e domiciliada na___________________________, CEP:_______________,
Vem por seu advogado, com endereço profissional_____________________________________, propor a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
pelo rito ______________________, em fase de ______________________, inscrita no CNPJ sob n* ____________
estabelecida na _____________________, CEP:___________________, pelos fatos e fundamentos que se seguem: 
DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
Compareceu a Reclamante ao sindicato de sua categoria profissional, não tendo sido realizada tentativa de cordo em razão de não ter sido instituída a Comissão de Conciliação prévia no âmbito daquele órgão.
DOS FATOS
A Reclamante foi admitida pela Reclamada em 10 de junho de 2006, para exercer a função de atendente, recebendo como última e maior remuneração o valor de R$ 391,00 (trezentos e noventa e um reais), sem anotação em sua CTPS, vindo a ser demitida sem justa causa em 28 de fevereiro de 2007, sem que lhe fossem pagas as verbas rescisórias a que fazia jus.
Sua jornada de trabalho era de segunda a segunda de 09:00h até as 17:00h, com uma folga semanal, sendo uma destas um domingo ao mês.
DOS FUNDAMENTOS
DO VINCULO EMPREGATÍCIO: 
A Reclamante exercia suas funções de forma subordinada para a Reclamada, com pessoalidade, recebendo como contraprestação salário, preenchendo todos os requisitos para a configuração do vinculo empregatício.
A relação empregatíciaé a figura do empregado emergem como resultado da combinação, em um certo contexto sociojurídico, dos cinco elementos fático-jurídicos: a) prestação de trabalho por pessoa física a um tomador qualquer; b) prestação efetuada com pessoalidade pelo trabalhador; c) também efetuada como não eventualidade; d) efetuada ainda com subordinação ao tomador dos serviços; e) prestação de trabalho efetuada com onerosidade.
A CLT aponta esses elementos em seu art. 3*:
ART. 3* - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviço de natureza não eventual ao empregador, sob a dependência dele e mediante salário.
Já no ART. 2* do mesmo diploma legal, define a figura do empregador como
ART. 2* - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação de serviços.
Logo temos que empregado é todo trabalhador não eventual, cujo trabalho é prestado intuitu personae (pessoalidade) por pessoa física, em situações de subordinação, com onerosidade.
Pelo exposto acima, demonstrando está que a Reclamante sempre atuou como empregada da Reclamada, preenchendo todos os requisitos necessários para a determinação do vinculo empregatício. 
DO VALOR A SER PAGO
DO SALDO SALARIAL NÃO PAGO
Existe saldo salarial inadimplido correspondente ao mês de fevereiro/07, no montante de R$ 391,00 (trezentos e noventa e um reais), valor este que não foi pago à reclamante, devendo a reclamada proceder ao seu pagamento na audiência inaugural, sob pena do pagamento do valor em dobro conforme impõe o ART. 467 da CLT.
DO AVISO PRÉVIO E DO FGTS
Não houve comunicação de aviso prévio e não lhe foram pagas as verbas rescisórias que fazia jus, como previa o ART. 477,inciso 6* da CLT, sendo certo que a reclamada, durante todo o pacto laboral, não efetuou nenhum deposito sob tal rubrica em conta fundiária da reclamante.
Deste modo, é aplicável não só a multa devida pelo retardo no pagamento das verbas rescisórias, mas conforme determina o ART. 477 inciso 8*, da CLT, mas também o pagamento das verbas atinentes ao aviso prévio e FGTS, neste último caso incidindo sobre o período de aviso prévio devido, tudo na forma do ART. 487 do mesmo diploma legal e do Enunciado n* 305 do TST, importâncias que devem ser acrescidas da multa de 40% em razão da demissão imotivada.
DA GRATIFICAÇÃO NATALINA
Trata-se de gratificação natalina aquela que corresponde a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço ou fração de 15 dias trabalhados a ser pago até dia 20 de dezembro, independente da remuneração que o empregado fizer jus, conforme dispõe o ART. 7*, VIII da CRFB. 
Sendo assim, faz jus a Reclamante à gratificação natalina proporcional na razão de 7/12 do ano de 2006 e na razão de 3/12 do ano de 2007, devido à projeção do aviso prévio.
DAS FÉRIAS
O descanso anual remunerado é consagrado em todas as legislações por questões médicas, familiares e sociais, previsto na CRFB no seu ART. 7*, XVII e na CLT no seu ART. 129.
Desta forma, faz jus a Reclamante a receber os valores referentes às férias proporcionais (10/12) acrescidas de 1/3 constitucional referente ao período 2006/2007, com a projeção do aviso prévio.
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer a V.Ex* a procedência dos pedidos elencados, aplicando-se o ART. 467, no que couber:
1.A concessão do beneficio da Gratuidade de Justiça;
2.O reconhecimento do vinculo empregatício entre a reclamante e a reclamada, no período de 10 de junho de 2006 a 28 de fevereiro de 2007, com a devida anotação na CTPS da Reclamante;
3.O pagamento das seguintes verbas, corrigidas monetariamente, aplicando-se o ART. 467 da CLT no que couber:
a.Saldo salarial do mês de fevereiro/07, no valor de R$ 391,00;
b.Aviso prévio no valor de R$ 391,00, acrescido do FGTS sobre ele incidente, no valor de R$ 31,28 na forma do Enunciado n* 305 do TST, totalizando R$ 422,28;
c.Décimo terceiro salário proporcional de 2006 (7/12) no valor de R$ 228,08, acrescido do FGTS sobre ele incidente, no valor de R$ 18,25 totalizando R$ 246,33;
d.Férias proporcionais (10/12), no valor de R$ 325,83, conforme disposto no Enunciado n* 171 do TST, acrescido de 1/3 (108,61), conforme ART. 7*, inciso XVII da CRF/88, no valor total de R$ 434,44;
e.A entrega das guias do FGTS referente a todo o período laborado, ou o pagamento do mesmo diretamente à Reclamante, na importância de R$ 312,80, importância a ser atualizada monetariamente e acrescida de juros;
f.Entrega das Guias do Seguro Desemprego ou indenização equivalente, no valor de R$ 1.564,00;
g.Pagamento de 40% (quarenta por cento) sobre o montante total devido a titulo de FGTS, no valor de R$ 125,12;
h.A aplicação da multa pelo retardo no pagamento das verbas rescisórias, no valor de R$ 391,00, prevista no ART. 477 inciso 8* da CLT.
4.O pagamento de honorários advocatícios na razão de 10% sobre o valor da condenação;
5.A atualização monetária e adição de juros legais a todo o quantum condenatório;
6.A expedição de oficio à DRT, CEF e INSS;
CONCLUSÃO
Isto posto, requer a Reclamante que se digne V.Ex. determinar a notificação da Reclamada, para contestar a presente, sob pena de revelia e confissão da matéria de fato, esperando ao final ver julgados procedentes os pedidos formulados na presente Reclamatória.
DAS PROVAS
Requer, ainda, a produção de todos os meios de prova em direito admissíveis, especialmente documental, testemunhal e depoimento pessoal da Reclamada, sob pena de confissão.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a presente causa o valor de R$ 3.867,97 (três mil oitocentos e sessenta e sete reais e noventa e sete centavos).
 Nestes Termos,
 Pede deferimento.
 Rio de Janeiro, _______/______/________
 
 Ass. do Advogado
 OAB
Comentário do Professor
O texto mostrado pode ser identificado como “a forma de pedir”, reivindicar através da lei. Claro que para ser legitima esta forma de reivindicação, os motivos, os fatos devem possibilitar esta ação. Caso contrário, o “pedido”, a petição não será considerada.
Podemos deduzir alguns pontos:
- O texto se constitui numa forma de reivindicar direitos;
- Claro que esta forma de reivindicação não é feita somente através de textos desta natureza;
- Esta forma de reivindicação de direitos é utilizada na área jurídica. Lida com os direitos legais das pessoas e é uma forma extremamente formal de texto.
Note que toda petição, todo texto é formado de várias partes, para que seja bastante claro para quem o leia. O autor da petição, o advogado, identifica as partes que compõe o texto, narra os fatos e argumenta, deixando claro que o direito de alguém foi violado e o fato necessita ser reparado. O juiz de direito irá julgar todo o pedido e declarar quem é o vencedor, pois um processo aberto requer algumas petições: a que inicia o texto da outra parte que tem direito de contestar etc. De modo que o que para nós é relevante é o fato de poder articular uma estratégia de convencimento organizada através do texto argumentativo. Se alguém reclama que seu direito foi violado e quer a reparação, quem está sendo acusado também pode querer mostrar que é inocente, na verdade, é uma espécie de “jogo” em que muitos querem ganhar.
Em entrevista ao terramérica, o escritor português José Saramago afirmou:
As tragédias ecológicas são importantíssimas, mas as humanas talvez sejam mais.
(Neste primeiro parágrafo do texto, o autor lança sua tese (as tragédias humanas são mais importantes que as ecológicas). Por se tratar de uma posição polêmica, principalmente em meio às discussões sobre ecologia , ele irá justificaro porquê de pensar assim).
Uma árvore pode, mais ou menos, ressuscitar, uma floresta, um bosque, se cuidarmos deles. Mas os mortos não ressuscitam, não há maneira de devolvê-los à vida. Se é verdade que devemos nos preocupar com a catástrofe ecológica, não é manos certo que se deve pensar, sobretudo, na catástrofe que será a morte de uma quantidade de seres humanos, que nem podemos imaginar.
(Para justificar sua tese, o autor abre mão de um argumento (as árvores podem ser recuperadas, mas a vida humana não). Provavelmente o autor se refere às diversas campanhas (e o dinheiro arrecadado) para “salvar o planeta”, embora haja pouco dinheiro para salvar as tragédias humanas (como a epidemia de AIDS na Áfirca, por exemplo) ).
O meio ambiente é muito importante, mas vamos nos preocupar com algo mais. Tenho um jardim e cuido muito de minas árvores. Entretanto, estou mais preocupado com as pessoas que vivem dentro de minha casa.
(O terceiro parágrafo do texto serve para ratificar a tese apresentada pelo autor no primeiro parágrafo. Para tal, ele usa de uma analogia (comparação), que é um poderoso recurso lingüístico-discursivo na construção da argumentação).
Como vimos, os gêneros textuais surgem em decorrência da necessidade que o homem tem de se comunicar de acordo com as circunstâncias em que se encontra. Assim, ele não pode levar apenas em consideração a modalidade linguística, deve adequar o seu texto ao receptor, ao conteúdo de sua mensagem, ao objetivo que pretende alcançar e mesmo ao veículo que servirá de canal de comunicação.
Se o meio é a música, ao elaborar a mensagem, o autor empregará recursos como ritmo, rima, refrão, entre outros, para transmitir suas idéias ou sentimentos.
Na publicidade, por exemplo, observam-se vários tipos de suporte para divulgar um produto ou serviço: a televisão, o outdoor, o busdoor, o rádio, o cinema, a evista, o jornal e a internet, entre outros.
Para tornar-se mais eficiente, o gênero se adapta ao veículo procurando aproveitar os recursos que cada um oferece; como o som, a imagem ou a velocidade de transmissão, por exemplo.
A propaganda tem por objetivo influenciar o receptor da mensagem a adquirir um produto ou um serviço, mas também pode procurar mudar uma atitude. São bons exemplos as campanhas de antitabagismo, consumo consciente de recursos naturais, direção responsável, controle de poluição do meio ambiente, entre outras.
Na propaganda do Ministério da Saúde contra o hábito de fumar, podemos perceber a intenção de convencer o receptor a parar de fumar. Para atingir o seu objetivo, o emissor empregou a ambiguidade, ou duplo sentido, da palavra “droga”, pois estamos acostumados a associar o seu significado às drogas ilícitas, e não às substâncias químicas. Ao enfatizar o significado com o qual não estamos habituados, o emissor pretendeu provocar uma sensação de estranhamento diante da mensagem e, consequentemente, captou a atenção do receptor.
Serenou na madrugada
Fagner
Composição: Folclore - Adaptação de raimundo Fagner
A minha amada me mandou um bilhetinho
Só pra ver se eu conhecia a letra dela. 
A letra dela já era conhecida
Ela me amava, eu também amava ela
Mandei fazer um buquê pra minha amada
De bonita fulô mais disfarçada
O nome dela era estrela matutina
Adeus menina, serenou na madrugada
Na música folclórica, “serenou na madrugada”, “eu-lírico” conta que recebeu uma mensagem de sua amada; mas, na verdade, ela queria saber se ele conhecia a letra dela. 
No tempo em que se enviavam bilhetes e cartas, as mensagens demoravam dias e até semanas para chegar aoss seus destinatários.
A rapidez na transmissão de conteúdos propiciada pela internet deu origem a gêneros adaptados à especificidade do espaço cibernético.  O e-mail é um bom exemplo de um novo gênero e de suporte, pois podemos enviar uma mensagem via e-mail ou enviar um e-mail. Qual é a diferença?
É simples: o correio eletrônico é o meio pelo qual enviamos mensagens e também dá nome ao tipo de mensagem que se envia por correio eletrônico. Para Luiz Marcuschi, um estudioso de gêneros textuais, o e-mail é muito semelhante à carta, no entanto pode levar, em anexo ou em seu corpo, outros textos de gêneros variados como noticias, currículos, ofícios, receitas e fotos.
Como vimos, os gêneros textuais são dinâmicos porque também a realidade e os meios de comunicação são aperfeiçoados constantemente pelos avanços tecnológicos. 
Hoje, conviver em sociedade exige atualização, assimilação e uso dos novos meios para a participação efetiva.
Revisão
“O jagunço é o homem que, sem abandonar o seu roçado ou o seu curral de bois de cria, participa de lutas armadas ao lado de amigos ricos ou pobres.
Observadores apressados costumam ver o jagunço como um tipo à parte, na
sociedade do vale, trajando-se diferente dos outros, vivendo uma vida à margem das outras vidas. Mas não há engano maior, pois o jagunço é um homem como os outros. O seu chapéu de couro é o mesmo que o vaqueiro usa. O mesmo homem que campeia, perseguindo os bois nas vaquejadas, quando necessário, despe o gibão e o jaleco, tira as perneiras e solta o gado, troca a vara-de-ferrão por um fuzil, quebra o chapéu de couro na frente e vai brigar como um guerreiro antigo. Não é preciso tirar carta de valente para ser jagunço. Jagunço todo mundo é, no sertão os covardes nascem mortos”. (texto descritivo)
(narração) O rapaz, depois de estacionar seu automóvel em um pequeno posto de gasolina daquela rodovia, perguntou a um funcionário onde ficava a cidade mais próxima. Ele respondeu que havia um vilarejo a dez quilômetros dali.
(descrição) Nas proximidades deste pequeno vilarejo, existe uma chácara de beleza incalculável. Ao centro avista-se um lago de águas cristalinas. Através delas, vemos dança rodopiante dos pequenos peixes. Em volta desse lago pairam, imponentes, árvores seculares que parecem testemunhas vivas de tantas histórias que se sucederam pelas gerações. A relva, brilhando ao sol, estende-se por todo aquele local, imprimindo à paisagem um clima de tranqüilidade  e aconchego.
(dissertação) Acreditamos firmemente que só o esforço conjunto de toda a nação brasileira conseguirá vencer os gravíssimos problemas econômicos, por todos há muito conhecidos. Quaisquer medidas econômicas, por si só, não são capazes de alterar a realidade, se as autoridades que as elaboram não contarem com o apoio da opinião pública, em meio a uma comunidade de cidadãos conscientes.
Aula 7 – Estudo Dirigido
 Estrutura do parágrafo
Ao final desta aula, você será capaz de:
1) Identificar a estrutura do parágrafo;
2) Reconhecer o tópico frasal e seu desenvolvimento.
Afinal, o que é parágrafo?
Comecemos pelo sinal que o representa: §. Esse sinal simboliza dois “S” unidos, abreviação do latim signum seccione. Indica, como o nome diz, um sinal de corte, de fragmentação, de seção. Essa é a ideia do parágrafo: ele contem uma unidade, que é parte de um todo.
Na redação das leis, o símbolo do parágrafo é constantemente usado para indicar as seções de um mesmo artigo. Vejamos um exemplo da Lei 8.742, de 07/12/1993 (dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências):
Art. 9º O funcionamento das entidades e organizações de assistência social depende de prévia inscrição no respectivo Conselho Municipal de Assistência Social, ou no Conselho de Assistência Social do Distrito Federal, conforme o caso.
        § 1º A regulamentação desta lei definirá os critérios de inscrição e funcionamento das entidades com atuação em mais de um município no mesmo Estado, ou em mais de um Estado ou Distrito Federal.
Parágrafo tem espaço ou não?
Quando aprendemos a escrever, nossos professores frisavam a importância do espaço de dois dedos antes de começar cada parágrafo. Esse procedimento estabelecia a necessidade de demarcar, na construção de nosso texto, a mudança de enfoque em relação ao assunto. Clique aqui para saber mais sobre espaçamento.
Em tempos modernos, especialmente na internet, é comum não haver espaço para início doparágrafo, embora a ABNT determine um espaçamento obrigatório.
Como iniciar um parágrafo?
Como vimos, o parágrafo é uma unidade de texto composta por um ou mais de um período, em que se desenvolve determinada idéia central ou nuclear, a que se agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela. 
Denominamos tópico frasal a idéia central ou nuclear (cf. GARCIA, Othon. Comunicação em prosa moderna. 20* edição. São Paulo: Fundação Getúlio Vargas, 2001).
Tipos mais comuns de tipologia frasal
Declaração inicial, definição, divisão, interrogação, alusão/citação.
Momento de análise: exemplo de parágrafo argumentativo
As tragédias ecológicas são importantíssimas, mas as humanas talvez sejam mais. (Tópico frasal por declaração inicial). Uma árvore pode, mais ou menos, ressuscitar, uma floresta, um bosque, se cuidarmos deles. Mas os mortos não ressuscitam, não há maneira de devolvê-los à vida.(Comparação de situação para reforçar a declaração inicial). Se é verdade que devemos nos preocupar com a catástrofe ecológica, não é manos certo que se deve pensar, sobretudo, na catástrofe que será a morte de uma quantidade de seres humanos, que nem podemos imaginar.(Explanação/explicação da declaração inicial).
Mas o parágrafo não se limita ao tópico, não é mesmo? O texto que se segue ao tópico no espaço do parágrafo chama-se desenvolvimento de parágrafo. Apresentamos alguns deles para que você se inspire na elaboração de seus textos e para que fique mais atento, seja capaz de produzir INFERÊNCIAS, deduções, quando estiver lendo e produzindo sentidos com suas leituras.
Tipos mais comuns de desenvolvimentos
Explanação da declaração inicial, enumeração de detalhes, comparação e causa/conseqüência.
(Re)explicando...
Os estudos sobre parágrafos que apresentamos e os exemplos de diferentes organizações de tópico frasal mostram as possibilidades de organização de textos, bem como podem auxiliar você na hora de escrever. Entretanto, lembre-se: não existe uma regra, nem meros “esquemas”. A criatividade, a fluidez e a organização do pensamento são as maiores armas para um bom texto.
As possibilidades de organização que vimos envolvem as diferentes intenções que o autor possui ao organizar um texto: 1) fazer suspense em um texto narrativo e/ou descritivo; 2) ilustrar/convencer o leitor em textos dissertativos e/ou argumentativos etc.
Importante é perceber que o tópico frasal marca uma organização do assunto, e que, a partir dele, a ideia necessita ser desenvolvida.
Revisão
O texto a seguir é formado por 3 parágrafos. Identifique o tópico ou idéia principal de cada parágrafo . Verifique que essas ideias iniciais são desenvolvidas pelo autor. Ele apresenta uma ideia em cada parágrafo e tece um comentário sobre ela
O conflito do Tibete, que se arrasta desde o século 13, requer solução pacífica pautada pelo signo da não-violência. Invadida pela China em 1950, a província luta pela autonomia há cinco décadas. Pequim resiste. Além de constante desrespeito aos direitos humanos, procede ao que o dalai-lama denomina “genocídio cultural” — sistemático esmagamento das tradições da região.
Com o controle dos meios de comunicação, as autoridades chinesas exercem violenta censura à informação e à livre circulação de pessoas. A tevê só mostra imagens liberadas pelos administradores locais. O mesmo ocorre com as notícias e certos sítios da Internet. Jornalistas e turistas encontram as fronteiras fechadas.
Torna-se difícil, assim, avaliar as dimensões e as conseqüências dos protestos que eclodiram recentemente. Pequim soma 13 mortos. Os tibetanos falam em mais de 100 e de centenas de prisões de dissidentes. Suspeita-se, com razão, do incremento da repressão.
Correio Braziliense, 20/3/2008 (com adaptações): Embora haja controle dos meios de comunicação e das fronteiras, suspeita-se do aumento da repressão no Tibete, que luta pela autonomia, pois é ocupado pela China há mais de cinqüenta anos;
Considerando as relações lógicas do texto, assinale a opção que constitui continuação coesa e coerente para o fragmento de texto :
A crescente escassez de profissionais qualificados no mercado de trabalho doméstico está obrigando a Companhia Vale do Rio Doce a lançar uma campanha global de recrutamento para arregimentar pessoal especializado nos EUA, na Inglaterra, na Austrália e no Canadá. A previsão é de 62 mil contratações nos próximos cinco anos.
O Estado de S.Paulo, 21/3/2008 (com adaptações): Essa é a iniciativa mais audaciosa já tomada por uma empresa brasileira em matéria de oferta de emprego, e é mais uma das conseqüências da globalização da economia;
Aula 8 – Estudo Dirigido
Raciocínio Argumentativo
Ao final desta aula, você será capaz de:
1) Demonstrar a compreensão leitora de raciocínio indutivo e de raciocínio dedutivo;;
2) Identificar diferentes tipos de argumento.
Um pingo de filosofia: raciocínio indutivo
Muitas vezes, para formularmos um ponto de vista, uma opinião, precisamos analisar diversas situações que nos levam a uma conclusão (tese). Nesse caso, estamos tratando de um raciocínio indutivo. A Indução é o princípio lógico segundo o qual deve-se partir das partes para o todo. Ou seja, ao fazer uma pesquisa, deve-se ir coletando casos particulares e, depois de certo número de casos, pode-se generalizar, dizendo que sempre que a situação se repetir o resultado será o mesmo. 
A base desse princípio, portanto, é a experimentação. Vamos ver um exemplo?
Pasteur: Louis Pasteur (1822 – 1895) foi um cientista francês de grande importância para o conhecimento científico, em especial para a Física e a Química. A técnica denominada pasteurização faz referência a ele.
As ovelhas: Em uma das suas experiências, organizou sessenta ovelhas da seguinte maneira: dez permaneceram sem qualquer tratamento; vinte e cinco foram inoculadas com uma determinada bactéria denominada bacilo de carbúnculo; as demais foram previamente vacinadas e depois inoculadas com a mesma bactéria usada no grupo anterior.
A hipótese: Para Pasteur, toda enfermidade infecciosa tem sua causa (etiologia) num micróbio com capacidade de propagar-se entre os seres. Deve-se buscar o micróbio responsável por cada enfermidade para se determinar um modo de combatê-lo. Nesse caso, o método de inoculação preveniu a propagação da bactéria.
O resultado: Algum tempo depois, Pasteur verificou que as vinte e cinco ovelhas não vacinadas morreram, e aquelas que foram devidamente tratadas com a vacina não sofreram qualquer alteração.
A comprovação: De todo o esforço de Pasteur resulta claro que o pesquisador deve ser paciente, corajoso. Nosso cientista francês não só observou, mas também fez experiências que ajudaram a provar que aquela doença é resultado de algum tipo de germe, e que se descobrirmos esse microrganismo, podemos combatê-lo.
Podemos afirmar que o trabalho do cientista se desenvolve em fases ou momentos tais como a experimentação, a formulação de uma hipótese, a repetição de um experimento, a testagem da hipótese e, por fim, a criação de uma formula ou lei que poderá ser aplicada a todos os fenômenos. 
Um pingo de filosofia: raciocínio dedutivo
Por outro lado, também podemos ter uma ideia geral, uma visão geral sob um determinado tema, que será comprovada a partir da verificação de alguns casos particulares. Nesse caso, estamos tratando de um raciocínio dedutivo. A dedução é o princípio lógico segundo o qual devemos partir do geral para o particular. Assim, devemos primeiro criar uma lei geral e depois observar casos particulares e verificar se essa lei não se contradiz. Para os adeptos da dedução, o cientista não precisa de mil provas indutivas. Basta uma única prova dedutiva para que a lei possa ser considerada válida.
A base desse princípio, portanto, é a observação. Vamos ver um exemplo?
Atormentado com o problema do movimento, Copérnico releu várias vezes as obras dos filósofos antigos na tentativa de encontrar uma resposta. Ao reler Cícero, observou que este pensador romano mencionara aopinião de um pensador antigo do séc. V. a.C. chamado Iceta de Siracusa, segundo o qual a Terra estaria em movimento.
Continuando em suas pesquisas, descobriu ainda que os pitagóricos Filolau e Ecfanto, bem como Heraclides de Ponto, acreditavam que a Terra girava. Encorajado nesta tese supostamente absurda, afirmou que tudo estava em movimento.  
Em síntese, Copérnico defendeu as seguintes teses: 1. A Terra é esférica; 2. A Terra se move em um círculo orbital em torno do seu centro, girando também sobre o seu eixo; 3. A Terra não era o centro do mundo, mas o Sol. Com tais idéias, Copérnico conseguiu se tornar o ponto de partida para pensadores posteriores: o ponto de partida para uma nova astronomia.
Sua obra foi inicialmente considerada por teólogos influentes como instrumentalista, ou seja, suas descrições seriam tomadas apenas como instrumentos úteis para efetuar previsões e dar explicações sobre os corpos celestes. Na verdade o próprio Copérnico a considerava uma teoria realista, porque entendia que esse era o compromisso do filósofo: buscar a verdade.
Mas o que isso tem a ver com Argumentação?
Um argumento é um conjunto de afirmações encadeadas de tal forma que se pretende que uma delas, a que chamamos a conclusão (ou tese), seja apoiada por outras afirmações (os argumentos propriamente ditos). A diferença mais importante entre um argumento e um raciocínio é que num argumento pretendemos persuadir alguém de que a conclusão é verdadeira, ao passo que num raciocínio queremos apenas saber se uma determinada conclusão pode ser justificada ou não por um determinado conjunto de afirmações.
Sempre que argumentamos, temos o intuito de convencer alguém a pensar como nós. No momento da construção textual, os argumentos são essenciais, esses serão as provas que apresentaremos, com o propósito de defender nossa ideia e convencer o leitor de que essa é a correta. Para tal, muitas vezes precisamos usar a lógica indutiva e/ou dedutiva para formularmos nossos argumentos, bem como usar outras estratégias.
Tipos de argumento mais comuns
Argumento de Autoridade: (Definição) A conclusão se sustenta pela citação de uma fonte confiável, que pode ser um especialista no assunto ou dados de instituição de pesquisa, uma frase dita por alguém, líder ou político, algum artista famoso ou algum pensador, enfim, uma autoridade no assunto abordado. A citação pode auxiliar e deixar consistente a tese.
Exemplo: O problema da miséria urbana no Brasil muitas vezes passa despercebido por não sofrermos os efeitos diretos de tal miséria. Entretanto, ela existe, e não só nas notícias de jornal ou nos programas televisivos. Ou, como diria Caetano Veloso, “o Haiti é aqui”.
Argumento por causa e conseqüência: (Definição) Para comprovar uma tese, você pode buscar as relações de causa (os motivos, os porquês) e de conseqüência (os efeitos).
Exemplo: O problema da miséria urbana no Brasil muitas vezes passa despercebido por não sofrermos os efeitos diretos de tal miséria. Entretanto, ela existe, e não só nas notícias de jornal ou nos programas televisivos. Em virtude da negligência do poder público ao longo de décadas, hoje temos uma parcela desprovida de instituições que possam atuar (ou extinguir) tal problema. 
Argumento de Exemplificação/Ilustração: (Definição) A exemplificação consiste num relato de um pequeno fato (real ou fictício). Esse recurso argumentativo é amplamente usado quando a tese defendida é muito teórica e carece de esclarecimentos com mais dados concretos.
Exemplo: O problema da miséria urbana no Brasil muitas vezes passa despercebido por não sofrermos os efeitos diretos de tal miséria. Entretanto, ela existe, e não só nas notícias de jornal ou nos programas televisivos. Um exemplo claro disso é e a diferença na taxa de mortalidade infantil entre os estados da região sul e os estados da região nordeste.
Argumento de provas Concretas ou senso comum: (Definição) Ao empregarmos os argumentos baseados em provas concretas, buscamos evidenciar nossa tese por meio de informações concretas, extraída da realidade.
Podem ser usados dados estatísticos ou fatos notórios (de domínio público).
Exemplo: O problema da miséria urbana no Brasil muitas vezes passa despercebido por não sofrermos os efeitos diretos de tal miséria. Entretanto, ela existe, e não só nas notícias de jornal ou nos programas televisivos. Alguns estados brasileiros estão em situação alarmante. Segundo dados do IBGE sobre o BIP (em 2002), O Maranhão possui 83 municípios na lista dos 100 municípios mais pobres do Brasil.
A contra-argumentação
 A contra-argumentação nada mais é que uma nova argumentação em que se procura desmontar um raciocínio anteriormente apresentado. Uma forma bastante eficaz de se contra-argumentar é utilizar o senso comum (aquilo que as pessoas usam no seu cotidiano, o que é natural e fácil de entender, o que elas pensam que sejam verdades, geralmente porque ouviram falar de alguém, que ouviu de alguém...).
Assim como o senso comum, muitas vezes criamos afirmações/generalizações sem qualquer fundamento. Em outras palavras, fazemos uma dedução sem comprovação, como é o caso das lendas urbanas e dos mitos que circulam pela internet.
Muitas pessoas acreditam que as mulheres pobres, que vivem em comunidades carentes, sob condições precárias, engravidam com mais facilidade do que as mulheres que vivem em condições socioeconômicas mais favoráveis. 
Daí se explicaria o fato de que as famílias pobres, normalmente, são mais numerosas.
Por outro lado, as mulheres que vivem em ambientes confortáveis têm dificuldade em engravidar, apesar de todo um contexto que permitiria uma gravidez (e uma fertilização) mais tranqüila.
Eis aqui um conhecimento popular baseado em sentimentos subjetivos, particulares, falível, assistemático, inexato, embora verificável na vida cotidiana. 
Claro que a generalização é abusiva, porque essa constatação não necessariamente corresponde à realidade. 
Vale lembrar também que muito do senso comum carrega um quê de preconceito.
Disso tudo sobressai uma pergunta: o conhecimento comum é sempre uma concepção que se afasta da verdade?
Nem sempre! Às vezes satisfaz nosso imaginário; às vezes é o ponto de partida para o trabalho do cientista ou pesquisador.
Revisão
Há mais uma questão em que se deve pensar na consideração das especificidades da modalidade escrita – a argumentação. É através dela que o locutor defende seu ponto de vista. A argumentação contribui na criação de um jogo entre quem escreve o texto e um possível leitor, já que aquele discute com este, procurando mostrar-lhe que tipo de ideias o levaram a determinado posicionamento. Dito de outra maneira, ao escrever um texto o locutor estabelece relações a partir do tema que se propôs a discutir e tira conclusões, procurando convencer o receptor ou conseguir sua adesão ao texto.
            Não se pode traçar uma distinção absoluta entre coesão e argumentação: a coesão garante a existência de uma relação entre as partes do texto que tomadas como um todo devem constituir um ato de argumentação. As duas noções contribuem para a constituição de um conjunto significativo capaz de estabelecer uma relação entre sujeito que escreve e seu virtual interlocutor.
            É próprio da linguagem seu caráter de interlocução. A escrita não foge a esse princípio, ela também busca estabelecer uma relação entre sujeitos. O texto deve ser suficiente para caracterizar seu produtor enquanto um agente, um sujeito daquela produção, ao mesmo tempo em que confere identidade ao seu interlocutor. O texto, enquanto uma totalidade revestida de significados, acaba sendo um jogo entre sujeitos, entre locutor e interlocutor.
Com base nos seus conhecimentos sobre o argumento e sua presença em um determinado parágrafo, indique qual é o argumento constante no terceiro parágrafo? É próprio da linguagem seu caráter de interlocução;
Ainda sobre o texto acima, indique a opção que compreende uma explicação correta: No segundo parágrafo , o argumento está compreendido no primeiroperíodo, já que o segundo período desse mesmo parágrafo corresponde a uma explicação do primeiro.
Aula 9 – Estudo Dirigido
Sentidos metafóricos e metonímicos
Ao final desta aula, você será capaz de:
1) Demonstrar a compreensão leitora de raciocínio indutivo e de raciocínio dedutivo;;
2) Identificar diferentes tipos de argumento.
Um pingo de teoria...
Alguns textos necessitam mais de nossos conhecimentos, porque as palavras não se bastam sozinhas. Então, para entendermos a mensagem, necessitamos combinar às palavras mais informações, e essas informações vêm de nosso conhecimento de mundo.  
Entendendo o contexto...
Quando as palavras, os elementos lingüísticos, conduzem o leitor para o entendimento da mensagem, o trabalho que ele terá será fundamentalmente com essas palavras, ou seja, esses elementos lingüísticos conduzem o entendimento.
Vejamos o exemplo:
Quem apoiou a candidatura de Patrícia Amorim, na esperança de que ela revitalizasse os esportes olímpicos do Flamengo, não se decepcionou. A presidente do clube rubro-negro acertou, definitivamente, nesta quarta-feira, a contratação do medalhista de ouro em Pequim e recordista mundial de natação, César Cielo, cuja transferência do Pinheiros para a Gávea será oficializada ainda esta tarde, na Confederação Brasileira de Esportes Aquáticos (CBDA).
Ex-nadadora olímpica, Patrícia foi uma das motivações para que Cielo fosse para o clube.
Renato Mauricio Prado – O Globo; Lancepress (publicado no site O Globo).
Quando as palavras estão estrategicamente colocadas e não trazem a maior parte do conteúdo relacionada a ela e à mensagem do texto, o leitor tem mais trabalho, pois o texto não explica, mas necessita que o leitor busque o entendimento. Assim, ele precisa acionar seu “conhecimento de mundo” para fazer as conexões adequadas com as palavras e chegar ao entendimento do texto.
Reveja o exemplo abaixo:
Quem apoiou a candidatura de Patrícia Amorim, na esperança de que ela revitalizasse os esportes olímpicos no Flamengo, não se decepcionou A presidente do clube rubro-negro acertou, definitivamente, nesta quarta-feira, a contratação do medalhista de ouro em Pequim e recordista mundial de natação, César Cielo, cuja transferência do Pinheiros para a Gávea será oficializada nesta tarde, na Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).
Ex-nadadora olímpica, Patrícia foi uma das motivações para que Cielo fosse para o clube.
Renato Mauricio Prado – O Globo; Lancepress (publicado no site O Globo).
Recursos para atribuir efeitos de sentido: metáfora e metonímia
 As interpretações que acabamos de fazer no exemplo passado foram possíveis porque acionamos vários mecanismos mentais para dar conta do entendimento. Tudo isso serve para mostrar que nem sempre as mensagens estão evidentes e compreendidas somente nos elementos lexicais (nas palavras presentes no texto).
Vamos começar a explorar outras possibilidades de produção de sentido falando de dois processos essenciais na linguagem: Metáfora e Metonímia, responsáveis por uma grande quantidade de efeitos de sentido na língua.
Conceituando metáfora..
 José Carlos de Azeredo, em sua Gramática (2008, p. 484) assim conceitua: “Metáfora é um princípio onipresente da linguagem, pois é um meio de nomear um conceito de um dado domínio de conhecimento pelo emprego de uma palavra usual em outro domínio. Essa versatilidade faz da metáfora um recurso de economia lexical, mas com um potencial expressivo muitas vezes surpreendente”
Exemplificando o conceito..
A metáfora é o emprego da palavra fora do seu sentido normal. Daí ser classificada figura de linguagem, pois cria uma associação de sentidos de forma figurada. Ela baseia-se na transferência (metaphorá em grego significa “transporte”) de um termo para um contexto que não lhe é próprio. Quando isso ocorre, temos um processo metafórico de produção de sentido.
Metáfora do verbo de expressões
Muitos verbos e expressões também são utilizados em sentidos metafórico. Vamos alguns exemplos:
Para mim essa desculpa não cola. (colar, em sentido literal, é o ato de unir duas partes. Em sentido figurado, significa “funcionar”, “valer”.
Mandou o funcionário pro olho da rua. (uma rua não possui “olho”, logo “olho da rua” significa “desempregado”, “demitido”.
Metáfora do texto
Muitos textos correspondem a uma metáfora. Em outras palavras, o texto é, em parte ou em sua totalidade, metafórico, pois utiliza uma construção para servir como figuração da realidade, sem descrevê-la literalmente.
Conceituando metonímia...
José Carlos de Azeredo, em sua Gramática (2008, p. 485) assim conceitua: “Metonímia consiste na transferência de um termo para o âmbito de um significado que não é o seu, processado por uma relação cuja lógica se dá, não na semelhança, mas na contiguidade das ideias”.
Na metonímia, a relação entre os elementos que os termos designam não depende exclusivamente do indivíduo, mas da ligação objetiva que esses elementos mantêm na realidade.
Na metáfora a substituição de um termo por outro se dá por um processo interno, intuitivo, estritamente dependente do sujeito que realiza a substituição. Na metonímia, o processo é externo, pois a relação entre aquilo que os termos significam é verificável na realidade externa ao sujeito que estabelece tal relação.
A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido.
 
Metáfora e metonímia: aproximações e afastamentos
Para estabelecermos uma comparação, vamos usar como base o texto de Afrânio da Silva Garcia, publicado no site do Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos .
Metáfora: Relação de adesão semântica entre duas palavras ou expressões, como uma comparação implícita (sem a presença do elemento comparativo).
Metonímia: Relação de aproximação,em que parte do conteúdo semântico de uma palavra ou expressão é relacionado a outra palavra ou expressão, também numa comparação implícita.
Metáfora e metonímia: aproximações e afastamentos
SENTIDO
Quando nos comunicamos, através da língua, produzimos mensagens que possam ser entendidas por quem nos ouve, certo?  Se não fosse assim, a comunicação não seria efetivada, pois nossos pares não entenderiam nosso discurso. E temos de concordar que todos nós queremos ser entendidos, ou melhor, queremos que nossas mensagens tenham SENTIDO.
Daí a importância de percebermos o que, na verdade, buscamos quando fazemos parte de uma conversa ou quando lemos informações em livros, cartazes etc:  procuramos entender o SENTIDO. Em outras palavras, desejamos saber o que o Fulano está dizendo com os enunciados que está produzindo ou o que está escrito no livro, no cartaz, no anúncio, e assim por diante.  Já percebeu que até mesmo quando estamos diante de um quadro, de uma charge, diante de algo que não contenha palavras precisamos entender a mensagem através das figuras? É importante perceber que necessitamos de uma sequência de figuras, gestos, sinais ou palavras que sejam coerentes, que comuniquem uma mensagem.
Logo,  o sentido está presente nas diferentes mensagens  que existem à nossa volta, é assim que entendemos o mundo, não é mesmo?  Desvendando os sentidos daquilo que o compõe,  porém nosso interesse está ligado a mensagens compostas com a linguagem verbal.  
Se o SENTIDO está presente nos enunciados, entendemos algo como:
SENTIDOS IMPLÍCITOS
O sentido é essencial para o entendimento da mensagem, concorda?  Já falamos sobre isso, vimos, também, que esse sentido precisa ser COMPARTILHADO entre o locutor/escritor e o ouvinte/leitor, pois para entender a mensagem o ouvinte/leitor precisa reconstruir o sentido que lhe foi passado.
Portanto, pensemos sobre o seguinte:
Quando o sentido está ESCONDIDO, IMPLÍCITO, ele existe, daí precisa ser desvendado pelo ouvinte/leitor, igualmente como o sentido EXPLÍCITO, aquele que está presente, claramente, nos elementos do enunciado.
No exemplo anterior, podemos entender que a resposta da amiga de Maria foi afirmativa, os doisestavam namorando, mas ela não respondeu de maneira clara, Maria irá entender a resposta, mas precisará refletir um pouco.
Os sentidos implícitos podem vir através de ironias. Podem vir através de construção com ausência, com mensagens aparentemente desconectadas, mas que fazem sentido:
“Quando deus criou os maridos, ele prometeu às mulheres que os maridos bons e ideais seriam encontrados em todos os CANTOS do mundo. E, depois... ele fez a Terra REDONDA!” 
(autor desconhecido)
Os elementos em maiúscula nos deixam pistas para entender que quando Deus arredondou a Terra, eliminou os cantos. Logo, não é possível encontrar maridos ideias, pois não há cantos para procurá-los.  Claro que para se chegar a essa conclusão, precisamos refletir sobre como o conteúdo está construído. O sentido está implícito.
Enfim, há diversas estratégias para os sentidos estarem implícitos, e percebemos isso pelo esforço que é necessário para interpretar determinadas mensagens.
Sendo assim, podemos concluir que interpretar é desvendar sentidos, não o que queremos, mas o que está posto na mensagem.
A cozinheira preparou um pé-de-moleque.
Analise a frase acima e indique a classificação e justificativa corretas: Metonímia, pois pé-de-moleque estabelece uma relação entre a aparência (visto que a sola do pé de um moleque é normalmente escura, suja, e cheia de calombos) e a comida;
Leia o trecho de poema a seguir.
Essa mão que tocou a minha mão, 
que hipnotiza meus olhos intimidados, 
mão tão branca, 
porcelana dúctil, 
com seus dedos longos de pianista, 
não tocou apenas a minha mão. 
Com base na estrofe do poema, as afirmativas abaixo correta é:
I. Há presença de metonímia na passagem “mão que hipnotiza meus olhos intimidados”.
II. Há presença de metáfora na comparação entre “mão” e “porcelana”.
Aula 10 – Estudo Dirigido
Polissemia, duplo sentido e ambigüidade
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Identificar o conceito de polissemia;
2. Reconhecer a possibilidade de duplo sentido em palavras e/ou expressões;
3. Identificar e desfazer ambiguidades nas informações.
Começando pela polissemia...
Como você já deve saber, as palavras de uma língua podem possuir mais de um sentido em diferentes contextos de uso. Dá se o nome polissemia a esse fenômeno, e são raras as palavras que não o apresentam. Em outros termos, todas as palavras “tendem” a ser polissêmicas, justamente pela possibilidade de se tomar um determinado termo em sentido figurado (como na metáfora e na metonímia), entre outras causas.
Homonímia é outro fenômeno: temos palavras que possuem “raízes” distintas, mas que são idênticas na maneira de escrever e de falar. Nesses casos, forma-se um homônimo: dois vocábulos que possuem a mesma configuração fonológica e ortográfica.
Da polissemia para o duplo sentido
Uma das ferramentas discursivas para se explorar o caráter polissêmico das palavras é o duplo sentido. Por esse princípio, podemos definir duplo sentido como a propriedade que têm certas palavras e expressões da língua de serem interpretadas de duas maneiras diferentes em diferentes contextos de utilização da língua.
 
O duplo sentido é um esforço intencional de se explorar dois sentidos distintos da mesma palavra ou expressão. Em outros termos, o autor do texto intencionalmente apela para a dupla possibilidade de interpretação do leitor e usa tal possibilidade como forma de enriquecer seu texto.
Explorando o duplo sentido
Os jornais voltados para leitores de classes sociais de baixa escolaridade, por exemplo, usam e abusam do duplo sentido de palavras e expressões, quase sempre com alguma conotação sexual, como forma de atrair a curiosidade do leitor para consumir o jornal e suas noticias. 
Vejamos os exemplos:
Apagaram o fogo dele! Bombeiro pedófilo é preso com a mangueira na mão. Coronel vai em cana após ser flagrado em motel na baixada com duas garotas, uma delas menor de idade.
- A expressão “apagar o fogo” pode ser usada em outro sentido, significando “cortar o desejo”.
- A associação entre “bombeiro” e “mangueira” modifica o sentido desta última.
Em uma publicidade de creme dental: A escolha prudente. 
- Muitas vezes o duplo sentido pode ocorrer por aspectos estruturais de uma palavra, como o aspecto fonológico.
É o que acontece nesta publicidade, que explora o adjetivo “prudente” a partir da semelhança sonora da expressão “pro dente”.
Da polissemia para a ambigüidade
Diferentemente do duplo sentido, a ambiguidade é a indeterminação de sentido que certas palavras ou expressões apresentam, dificultando a compreensão de uma determinada passagem do texto, ou até dele como um todo.
Embora muitas pessoas considerem duplo sentido e ambiguidade sinônimos, eles não são. A ambiguidade não é intencional, já que sua ocorrência é resultado de alguma construção linguística problemática.
Explorando o duplo sentido
A ambiguidede deve ser evitada, pois pode gerar problemas na interpretação de quem lê o texto. 
Vejamos o exemplo:
Natália Guimarães vai a leilão e ganha bezerro de presente: 
- Vai a leilão: Ambiguidade lexical. Neste caso, temos o uso da expressão que, da maneira como ocorre o titulo, pode gerar uma dupla interpretação:
1) Ela foi a um leilão
2) Ela foi leiloada.
Importante: Geralmente a ambiguidade lexical é resolvida pelo acionamento de conhecimento de mundo do leitor e pelo contexto da mensagem.
Ambiguidade estrutural
O aluno encontrou o professor durante suas férias.
- O pronome possessivo “seu” , “sua” é o campeão da ambiguidade, pois a maneira como ele é posicionado na frase, no exemplo que vemos, não permite dizer de quem é “férias” (do professor ou do aluno).
O professor aconselhou os alunos a estudarem neste fim de semana. 
- “Neste fim de semana”, da maneira como está posicionado na frase, não permite dizer se o professor emitiu o conselho “neste fim de semana” ou se o conselho se refere a estudar “durante o fim de semana”.
Revisão
Observe a publicidade da Bienal de 2004:
"A gente quer chocar você logo na ENTRADA. Este ano a Bienal é gratuita."
Observando a palavra em destaque, podemos afirmar que: Há polissemia na palavra em destaque, possibilitando uma dupla interpretação entre o local de acesso ao evento e o documento usado para ingressar no evento.
Conversa entre amigos...
- Olá, João como vai a gatinha da sua nova sogra?
- Vou me separar e não me caso mais. Ela arranhou, arranhou até acabar com tudo, até parecia querer competir.
Sobre o pequeno diálogo lido, podemos concluir que o seu sentido está: Ambíguo.

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