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Redes de Computadores Prof. Rafael A. G. Lima Aula 6 – Administração de Endereços IP Estáticos e Dinâmicos Conteúdo: Prof. Rafael A. G. Lima Administração de endereços IP estáticos e dinâmicos Protocolo IP; Endereçamento IP; CIDR / VLSM; Bibliografia: Prof. Rafael A. G. Lima Básica: KUROSE, James F. E.; ROSS; Keith, W. Redes de computadores e a internet. 3 ed. São paulo: Makron Books, 2006. SOARES, Luiz Fernando G; LEMOS, Guido; COLCHER, Sérgio. Redes de Computadores: das LANs, MANs e WANs às redes ATM. São Paulo: Elsevier, 1995. TANENBAUM, Andrew S. Redes de Computadores. 4 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2003. Complementar: FOROUZAN, B. A. Comunicação de Dados e Redes de Computadores. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. FOROUZAN, B. A. Redes de Computadores. Porto Alegre: McGraw-Hill, 2013. SCHMITT, Marcelo A. R.; PERES, André; HASS, César A. Redes de Computadores. Porto Alegre: Bookman, 2013. STALLINGS, William. Redes e Sistemas de Comunicação de Dados. Rio de Janeiro: Campus, 2005. WRIGHTSON, Tyler. Segurança de redes sem fio. Porto Alegre: Bookman, 2014. SOUSA, Lindeberg Barros de. Projetos e Implementação de Redes - Fundamentos, Arquiteturas, Soluções e Planejamento. 3 ed. São Paulo: Editora Erica, 2013. Modelo de Referência OSI e Modelo TCP/IP Prof. Rafael A. G. Lima 7 – Aplicação 6 – Apresentação 5 – Sessão 4 – Transporte 3 – Rede 2 – Enlace 1 – Física Aplicação Transporte Rede Enlace Física Modelo de Referência OSI Modelo TCP / IP de 5 camadas Observação: Em algumas literaturas o modelo TCP/IP pode possuir 4 camadas (Interface com a Rede, Internet, Transporte e Aplicação) ou 5 camadas. Na ref. 3, o modelo TCP IP possui as seguintes camadas: Intra-rede, Interface de Rede, Inter-rede, Transporte e Aplicação. Camada 3: Rede Prof. Rafael A. G. Lima Em redes ponto a ponto (parcialmente ligadas) é responsável pelo endereçamento e encaminhamento de pacotes entre hosts dispostos em redes diferentes. Em redes do tipo difusão, ou com uma única rota, devido à existência de um único canal, a função principal desse nível torna-se irrelevante. Existem duas filosofias quanto ao serviço oferecido pelo nível de redes: datagrama e circuito virtual No serviço de datagrama (não-orientado à conexão) cada pacote (unidade de dados do nível 3) deve carregar o endereço de destino de forma completa. O roteamento é calculado toda vez que um pacote tem que ser encaminhado por um nó da rede; No serviço de circuito virtual (serviço orientado à conexão) é necessário que o transmissor primeiramente envie um pacote de estabelecimento de conexão. A cada estabelecimento é dado um número, correspondente ao circuito, para uso pelos pacotes subsequentes com o mesmo destino. Os pacotes pertencentes a uma única conversação nesse caso são dependentes. Ex.: IP, IPSec, RIP, OSPF, BGP e MPLS Convertendo Decimal para Binário Prof. Rafael A. G. Lima Decimal 27 = 128 26 = 64 25 = 32 24 = 16 23 = 8 22 = 4 21 = 2 20 = 1 Binário 255 1 1 1 1 1 1 1 1 11111111 192 1 1 0 0 0 0 0 0 11000000 50 0 0 1 1 0 0 1 0 00110010 120 0 1 1 1 1 0 0 0 01111000 168 1 0 1 0 1 0 0 0 10101000 170 1 0 1 0 1 0 1 0 10101010 Verificar se a soma das posições é menor ou igual ao valor desejado. Se sim é bit 1 para aquela posição, e some com o valor decimal da posição seguinte. Se não, atribua o bit 0 para a determinada posição. Convertendo Binário para Decimal Prof. Rafael A. G. Lima Binário 27 = 128 26 = 64 25 = 32 24 = 16 23 = 8 22 = 4 21 = 2 20 = 1 Decimal 11111111 1 1 1 1 1 1 1 1 255 11000000 1 1 0 0 0 0 0 0 192 00110010 0 0 1 1 0 0 1 0 50 01111000 0 1 1 1 1 0 0 0 120 10101000 1 0 1 0 1 0 0 0 168 10101010 1 0 1 0 1 0 1 0 170 Somar as posições que possuem o bit “1” Internet Protocol (IP) Prof. Rafael A. G. Lima Endereços IPv4 Possuem 32 Bits (4 octetos de 8 bits) São representados pela notação decimal pontuada Exemplo: 192.168.0.1 Endereços IPv6 Possuem 128 Bits (8 partes de 16 bits) Possuem 3 formas de representação sendo a mais usual XXXXXXXX, onde X são números hexadecimais. Ex.: 1080:0:0:0:8:800:200C:417A IP com Classe Prof. Rafael A. G. Lima • Esse método dividia os IPs em 5 classes, sendo que as classes A, B e C são endereços (para um único computador), a classe D possui endereços Multicast (para um grupo de computadores) e a classe E é reservada. • Nessa abordagem verificou-se um grande desperdício de endereços, uma vez que existia tamanhos fixos para as redes (256, 65536 e 16 milhões de endereços). • Ou seja, se uma empresa tinha 500 hosts, recebia uma faixa de 65536, desperdiçando mais de 65000 mil hosts. IP com Classe Prof. Rafael A. G. Lima • Os endereços utilizam as máscaras de sub-rede padrão: Classe A: 255.0.0.0 Classe B: 255.255.0.0 Classe C: 255.255.255.0 O que diferencia as classes são os bits iniciais do primeiro octeto do endereço. Classless Inter-domain Routing (CIDR) Prof. Rafael A. G. Lima Conhecido também como Variable Lenght Subnet Masking (VLSM) A máscara de sub-rede é variável, ou seja, não é fixa conforme no IP com classe O processo de divisão de uma rede em várias sub-redes é conhecido também como subnetting. Máscara de sub-rede possui 32 bits Bits 1 indicam endereço de rede ou sub-rede Bits 0 indicam endereço de host Notação CIDR Classe A (255.0.0.0) = /8 -> R . H . H . H Classe B (255.255.0.0) = /16 -> R . R . H . H Classe C (255.255.255.0) = /24 -> R . R . R . H Com a junção do “endereço de rede” com a “máscara de sub-rede” tem-se um bloco de endereços, em que o primeiro é o endereço de rede (ip da rede ou nome da rede) e o último é o endereço de broadcast. Ou seja, nem o primeiro, e nem o último poderão ser utilizados para endereçamento dos hosts da rede. Classless Inter-domain Routing (CIDR) Prof. Rafael A. G. Lima Exemplo: Endereço IP: 20.10.5.1 Este endereço IP é nativamente de Classe A O endereço de rede desse IP considerando a máscara Classe A padrão (255.0.0.0) é: 20.0.0.0 Caso utilize a máscara variável 255.255.255.0 R representará os 8 bits referentes à qtd. de redes de máscara classe A; SR representará os 16 bits referentes à qtd. de sub-redes por cada rede classe A. Para este exemplo, representará a qtd. de sub-redes da rede 20.0.0.0; H representará os 8 bits referentes à qtd. de hosts por sub-rede. 255.255.255.0 R SR H Exemplo (CIDR/VLSM) Prof. Rafael A. G. Lima IP de host classe A: 00001010.00001010.00000111.00111110 Máscara da sub-rede: /2011111111.11111111.11110000.00000000 Endereço de rede: 00001010.00001010.00000000.00000000 Broadcast: 00001010.00001010.00001111.11111111 Faixa de endereçamento dos hosts: Rede: 10.10.0.0 Primeiro host: 10.10.0.1 Último host: 10.10.15.254 Broadcast: 10.10.15.255 Número máximo de redes (classe A): 2^8 = 256 Número máximo de sub-redes por rede: (2^12) - 2 = 4096 – 2 = 4094 Número máximo de IPs: 2^12 = 4096 Número máximo de Hosts: (2^12) - 2 = 4096 - 2 = 4094 Qual endereço das próximas 2 sub-redes ? Primeira sub-rede: 10.10.16.0 (Intervalo até 10.10.31.255) 00001010.00001010.00010000.00000000 Segunda sub-rede: 10.10.32.0 (Intervalo até 10.10.47.255) 00001010.00001010.00100000.00000000 Obs: Como a máscara de sub-rede continua a mesma, o intervalo de variação do bloco de endereços continua o mesmonas próximas redes. 255.255.255.255 - 255.255.240.0 0. 0.15.255 Observe que no endereço de rede, os bits em verde são todos 0. Observe que no endereço de broadcast, os bits em azul são todos 1. O endereço de rede é o primeiro IP do bloco de endereços e o endereço de broadcast é o último IP do bloco de endereços. Atenção: Dado um endereço IP qualquer, deve-se realizar a operação AND Lógico bit a bit (em binário) com a máscara de rede para então encontrar o endereço de rede. Só então é possível identificar o intervalo de endereços dos hosts. Endereços Especiais Prof. Rafael A. G. Lima 127.0.0.0/8 Bloco de endereços de loopback (apontam para a próprio host) Exemplo: 127.0.0.1 (conhecido também como localhost) Gateway Default Rota padrão Ponto de saída para uma outra rede Broadcast Endereço Multicast (aponta para todos os hosts da rede) 0.0.0.0 Identificador da internet Endereço de inicialização via DHCP 255.255.255.255 Broadcast para todas as redes RFC 1918 Prof. Rafael A. G. Lima A RFC 1918 determina os intervalos de endereços que são inválidos na internet. São endereços reservados para endereçamento de redes internas, conhecidos também como endereços privados. Esses endereços não são roteáveis na internet. Classe A: 10.0.0.0 até 10.255.255.255 Classe B: 172.16.0.0 até 172.31.255.255 Classe C: 192.168.0.0 até 192.168.255.255 Comandos Prof. Rafael A. G. Lima MS Windows ipconfig Linux ifconfig * Os comandos acima descritos mostram as configurações atribuídas às interfaces de rede. Exercícios Prof. Rafael A. G. Lima 1. Realize a conversão dos endereços IPs e máscaras abaixo em notação decimal pontual para binário: 1. 10.20.30.40 2. 172.16.60.1 3. 192.168.10.50 4. 255.255.255.0 5. 255.255.248.0 2. Realize o endereçamento de uma rede utilizando para isso IP com classe C. Identifique o endereço de rede, a máscara em notação decimal pontual, a quantidade de hosts possíveis por rede, a quantidade de redes e o endereço de difusão. 3. Realize o endereçamento de uma rede utilizando para isso IP com classe B. Identifique o endereço de rede, a máscara em notação decimal pontual, a quantidade de hosts possíveis por rede e o endereço de difusão. 4. Cite os intervalos de endereçamento da RFC 1918. Explique como essa RFC contribuiu para o IPv4. Exercícios Prof. Rafael A. G. Lima 1. Realize o endereçamento do cenário de rede abaixo utilizando os intervalos de endereçamento da RFC 1918. (Desconsidere a utilização do CIDR) Exercícios Prof. Rafael A. G. Lima 1. Qual é o resultado de um “E” lógico entre o endereço IP 150.150.4.100 e a máscara 255.255.192.0? 2. Se a máscara 255.255.255.128 for usada com uma rede classe B, quantas sub-redes podem existir? E quantos hosts por sub-rede? 3. Se a máscara 255.255.255.240 for usada com uma rede Classe C, quantas sub-redes podem existir? E com quantos hosts por sub-rede? 4. Considere o endereço de rede 192.168.100.0/24 e realize o processo de subnetting utilizando a máscara /28 e responda: a) Qual a qtd de sub-redes possíveis? b) Identifique todos os endereços de sub-rede e seus respectivos endereços de broadcast; Pesquise e explique o funcionamento da técnica NAT (Network Address Translation). Exercícios Prof. Rafael A. G. Lima 1. Conforme a figura abaixo, realize o endereçamento das redes 1, 2 e 3 com os endereços privados da RFC 1918, identificando o endereço de rede, máscara, broadcast e gateway padrão. Considere a quantidade de hosts em cada sub-rede de forma que desperdice o mínimo de endereços de hosts.
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