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FICHAMENTO MENINO DO PIJAMA LISTRADO

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AGES
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
FICHAMENTO DA OBRA:
O MENINO DO PIJAMA LISTRADO
Paripiranga
Outubro de 2014
REFERÊNCIA: BOYNE, John. O menino do pijama listrado: uma fábula. São Paulo: Cia das Letras, 2007.
CREDENCIAIS DO AUTOR: John Boyne é um romancista irlandês, estudou literatura inglesa e redação criativa, já publicou mais de 70 contos e 9 romances, sendo o menino do pijama listrado o mais conhecido, tendo sido traduzido para 38 idiomas, e foi adaptado para versão cinematográfica. [1: Acessado em: http://9f6grupodeestudos2011.blogspot.com.br/2011/10/biografia-de-john-boyne-autor-do-livro.html]
RESUMO DA OBRA:
O livro em questão relaciona um fato muito trágico da História Mundial, que foi o Holocausto, terrível época em que muitos judeus foram mortos. Mas a obra toma o ponto de vista de uma criança, e sua inocência que apesar de estar no meio da Guerra e que seu pai fazia parte do exército alemão. Bruno apenas continuava a explorar o mundo coma a curiosidade e em tons de brincadeira.
Foi nesta mesma inocência, e com a vontade de que as horas passassem, fica imensamente feliz ao encontrar no local onde era a nova casa, um amigo especial, que o fizera esquecer como sentia falta de Berlim. E é a história de uma amizade sincera não só para Bruno, mas também para Shmuel que o fazia mais fácil os dias sofridos em Haja Vista, e de como é verdadeiro e puro, o olhar da criança ao mundo.
CITAÇÕES:
“‘E então nós estamos em Haja-Vista porque os coitados que moravam aqui antes foram embora?’” [BOYNE, 2007, p.14].
“‘Disse que acho que as outras crianças não parecem nem um pouco amigáveis’, repetiu ele.” [BOYNE, 2007, p. 15].
“‘E todos morando tão perto de nós’, disse Gretel, franzindo o cenho. ‘Em Berlim, na nossa rua calma e agradável havia apenas seis casas. E agora são tantas. Por que o papai aceitaria um emprego aqui, num lugar tão feio e tão cheio de vizinhos? Não faz sentido.’” [BOYNE, 2007, p.19].
“Era apenas uma pequena placa de bronze, e Bruno leu em voz baixa o que estava escrito: ‘Entregue por ocasião da inauguração do...’, Ele hesitou. ‘Campo de Haja-Vista’, prosseguiu, tropeçando no nome como de costume. “Junho de 1940.’” [BOYNE, 2007, p.46]
“Bruno teve certeza de jamais ter visto um menino tão triste e tão magro em toda a sua vida, mas decidiu que seria melhor conversar com ele.” [BOYNE, 2007, p.49]
Bruno e Shamuel tornaram-se amigos e viam da forma mais pura toda a barbárie ao redor, ao ponto de não saberem ao certo o que aconteciam, e um deixava o mundo do outro mais feliz. [BOYNE, 2007]
 “‘Você é o meu melhor amigo, Shmuel’, disse ele. ‘Meu melhor amigo para a vida toda.’” [BOYNE, 2007, p.93]
PARECER:
PARTE 1:
Bruno é um menino que vive em Berlim, juntamente com seus pais, irmã e avós, numa casa espaçosa e confortável na qual ele está completamente acostumado a rotina da família, sendo o espaço para ele ideal para suas traquinagens, local que estava adaptada e gostava bastante inclusive dos amigos. Ao chegar em casa Bruno percebe que algo aconteceu, ao questionar a mãe, descobre que devido ao trabalho de seu pai (o qual ele não sabe bem qual é) eles vão ter que se mudar o quanto antes.
O capítulo mostra a chegada da família na nova casa pelo ponto de vista de Bruno que a compara com a sua antiga casa, e se sente muito triste e chega a chorar por comparar, as ruas de Berlim, as pessoas, que estavam em seu convívio, com a casa agora menor, não havia espaço para “exploração” e brincadeiras, além de identificar um ar triste na casa. Ele também observou a chegada de um homem muito sério em sua casa que veio a procura de seu pai, que vestia o mesmo uniforme com menos condecorações, e observa o redor da casa pela janela.
Bruno considera que deveriam ter deixado a sua irmã na casa de Berlim, lembra-se de que nunca considerou entrar em seu quarto em sua ausência, e de como ela e suas amigas sempre o incomodavam principalmente ao criticar a sua estatura, e por isso ele sempre fazia alongamentos tentando crescer mais rápido. Bruno e Gretel concordavam que preferiam não estar ali em “Haja Vista”, e que gostariam de voltar o quanto antes e que sentia falta dos seus amigos. Bruno mostrou a irmã as crianças que tinham visto e que ele tinha considerado como não amigáveis.
Bruno e Gretel observaram a vista da janela do quarto dele, que era muito atípica apesar de conter um jardim, eles podiam ver uma cena um tanto sombria na qual viam bancos, cercas, casas muito diferentes da de Berlim, que eram apenas cabanas, perceberam a presença dos soldados, e que as pessoas que estavam ali tinham idades diferentes e que eram muitas, muito mais que o número de vizinhos que tinham na capital, viram também as crianças colocadas em ordem pelos soldados e que muitas choravam e que estavam bastante sujas. Gretel indagou estar no interior, o que foi descartado por seu irmão que viu que nem o solo não era próprio nem havia presença de animais. Bruno percebeu que todos vestiam o mesmo uniforme listrado.
Bruno percebeu que apenas o pai saberia lhe explicar o que estava acontecendo. Antes disso lembrou de todo trajeto de trem até chegar a Haja Vista, e que havia sido um dos últimos a sair da casa de Berlim. Bruno viu os soldados e o quanto eles respeitavam o seu pai, e que ele apesar de não ter o procurado ouviu que ele estava preocupado em saber como a família chegara a Haja Vista. Apesar de não poder entrar no escritório do pai, ele o procurou lá e indagou firmemente quando voltariam a Berlim, o que seu pai afirmou não saber quanto tempo ficariam ali, e que é de muita importância o trabalho dele e a sua função ali e que ele deveria aceitar. Perguntou quem seriam aquelas pessoas de uniforme e seu pai disso que não seriam “pessoas” e que ele não devia se preocupar com isso. E se cumprimentaram com aceno e dizer “Heil Hitler”.
 PARTE II:
Bruno estava cada vez mais triste, entediado, e incomodado com a nova casa que não era tão confortável quanto a de Berlim. Maria, que fazia os serviços gerais da casa, esteve em seu quarto e ele a questionou se também estava ali contra a sua vontade, e chegou a ofender o pai, e foi logo reprendido pela criada que contou como o pai de Bruno foi importante no momento difícil de sua vida, e não entende de apesar de ele ter sido tão prestativo com ela, ele é capaz de ter certas atitudes, que ela não teve tempo de descrevê-las, pois, foram interrompidas por Gretel. Bruno saiu de casa e foi explorar o ambiente ao redor da casa.
Bruno lembrou-se de um vizinho de Berlim que foi a única pessoa que ele conhecia que considerou louco, mas a sua mãe disse que herr Roller, era um bom homem, e que apenas ficou assim por um acidente de guerra, e que eles não deviam tratá-lo mal pois ele merecia respeito, e que eles não sabiam o qual grave era passar por uma guerra, e que temia ter que falar muito em guerra nos últimos tempos. Bruno, viu no quintal Gretel e tenente Kotler, e tentou um diálogo, apesar do sarcasmo dos dois. Com ajuda de Vitel, um dos criados, Bruno fez um balanço de pneu, onde acabou se acidentando, e na ausência de sua mãe foi cuidado por ele.
Bruno lembrou de seus avós e do quanto sentia saudade. Lembrou que eles já tinham bastante idade, que seu avô era dono de um restaurante, e que sua avó era cantora. Que em todos os encontros e eventos familiares, ela sempre esperava o convite de quem estivesse ao piano para cantar. Sempre treinava os netos para apresentações artísticas de Natal. No último Natal, seu pai havia sido promovido, e ele não sabia o porquê era tão importante, e viu sua avó se alterar, e questionar, se sentindo culpada pelo destino de seu filho, no qual ela não aprova. Bruno fez uma carta para avó.
Durante algum tempo nada mudou em Haja Vista, ainda sentindo falta de Berlim, sem companhia pra brincar, os criados quietos trabalhando, os soldados com faixas vermelhas e pretas no braço, se movimentando dentro e fora de casa. Começaram a ter aulas particulares
com Herr Liszt, que despertou o conhecimento de Bruno sobre História. Ele percebeu que as pessoas de pijama não tinha acesso aos mesmos lugares que os soldados. E assim, sem ter muitas opções de brincadeiras e apesar da proibição dos pais, ele saiu para explorar ao redor da cerca.
PARTE III:
Bruno andou muito tempo ao lado da cerca sem perceber nada interessante, quando já estava pensando em retornar, observou algo de longe, que ao continuar a caminhar, percebeu ser um menino, sentado com o uniforme listrado, descalço, estava bastante magro e de aparência triste, e com uma braçadeira com o desenho da estrela de Davi. Logo, Bruno iniciou a conversa, viu que o menino tinha nascido no mesmo dia que ele, era polonês, mas falava alemão, Bruno por fim perguntou o que todos eles faziam atrás da cerca.
Bruno lembrou do episódio do qual o seu pai atendeu o telefone de O Fúria, que havia se convidado a jantar. Preparativos foram feitos para o recepcionar, inclusive Bruno e Gretel se arrumaram para a ocasião, mesmo não sendo convidados para jantar, apenas o recepcionariam. Bruno não achou que ele merecia tanta pompa, o descreveu baixinho, e com um bigode pequeno como se não tivesse concluído de fazer. Depois disso ouviu a mãe e o pai discutindo sobre sair de Berlim e seu pai concluiu que iriam sim e sem mais.
Shmuel pensou em como responderia Bruno, e lhe falou que não sabia porque estava ali, mas que sabia que teve que sair de sua casa confortável, para um cômodo que cabiam 11 pessoas na qual Bruno não podia acreditar que pudesse existir. E compararam as formas de chegar até ali, Bruno confortável no trem, Shmuel amontoado a outras pessoas no vagão sem portas. Muitas perguntas ele não respondeu ao garoto. Bruno disse que voltaria, e no caminho de casa decidiu não comentar nada do que aconteceu com à família. 
Bruno já havia se convencido que não voltaria tão breve para Berlim, entrou na cozinha para pegar alimentos, foi surpreendido por Maria, e ele perguntou a ela, sobre Pavel, pois, ele havia dito ao menino que era médico e não servente e Maria contou depois que ele prometeu segredo. Bruno integrou a comida a Shmuel ao encontra-lo, e disse que queria ser soldado, o amigo disse que não haviam soldados bons. E no jantar em família o tenente Kotler, após um acidente com um vinho derramado por Pavel, no qual reagiu bravamente para temor de Bruno.
Bruno voltava a ver sempre que possível, e Bruno reclamava da casa pequena, e perguntou porque todos usavam aquela roupa listrada, viu que estava cansado das suas e dos sapatos apertados e achava bom o que as pessoas faziam atrás da cerca, ficar de pijama listrado o dia inteiro. Num dia que chovia muito, e sua irmã estava entediada, ele acabou por soltar que Shmuel o estava esperando. E disse a irmã que era um amigo imaginário que havia lhe contado que seu avô tinha desaparecido.
Bruno passou dias até rever Shmuel, e sempre levava comida com ele. Era aniversário de seu pai, e sua mãe preparava uma grande festejo. Encontrou seu amigo Shmuel a ilustrar taças na cozinha, e ofereceu comida que ele aceitou apesar do medo. Mas o tenente Kotler flagrou a cena e perguntou se o menino estava roubando, Bruno não defendeu o amigo, e Kotler o ameaçou. Shmuel sumiu por semanas do ponto onde eles se encontraram, e Bruno sentiu-se tão feliz quando voltou a encontra-lo pediu logo perdão pela falha ao amigo.
Bruno já estava a tanto tempo longe de Berlim que já não conseguia lembrar o nome de seus melhores amigos, mas o fez para o funeral de sua avó, situação na qual o fez vê que já havia crescido bastante em comparação a última vez que estivera ali. Ele havia se habituado a Haja Vista, em muito pela amizade com Shmuel, e porque o tenente Kotler havia sido transferido, motivo pelo qual houve atrito entre seus pais. Seus pais nunca o respondiam sobre a presença da cerca, ela disse que quem estava lá eram judeus e que eles deviam estar afastados deles. As crianças estavam com piolho, e por isso Bruno raspou a cabeça.
PARTE IV:
A mãe de Bruno indagou ao marido a possibilidade dela e das crianças voltarem a Berlim, apesar dele se mostrar relutante, chamou os filhos para conversar, eles disseram se sentirem sozinhos, mas Bruno disse que havia centenas de crianças do outro lado da cerca o que foi indagado pelo pai, que percebeu que eles haviam passado muito tempo ali. Não sabia como contaria isso a Shmuel.
Shmuel estava ainda mais triste e contou a Bruno que seu pai havia sumido, apesar dos esforços que fez para encontra-lo, assim como o amigo fazia, saiu a explorar mas não teve pistas. Shmuel havia visto o pai de Bruno várias vezes e não sabia como ele poderia ter um filho tão gentil. Lamentaram nunca brincarem juntos. Combinaram de arranjar um pijama listrado para Bruno, para que ele passasse a cerca, e brincassem e achassem o pai de Shmuel.
Apesar da chuva que caiu o dia inteiro no dia combinado para a aventura, Bruno seguiu a encontro do amigo, trocou de roupa e passou para o outro lado da cerca. Ele viu que nada que ele imaginava estava ali, famílias contentes, crianças brincando, só as pessoas de pijama listrado extremamente magras e infelizes, e os soldados que mandavam e o ameaçavam com armas. Bruno, Shmuel, e um grupo grande de pessoas foram postos a marchar, na chuva, e foram arrastados todos para um cômodo só. Bruno sentiu muito por não achar o pai do amigo, e de não poder brincar, foram trancados e ele revelou a Shmuel que ele era o seu melhor amigo.
Daquele dia em diante, Bruno nunca mais fora visto, apesar dos esforços dos pais e dos soldados a procura-lo, sua mãe ficou meses a sua espera, e voltou a Berlim com esperança de encontra-lo em casa, Gretel chorava sentindo sua falta, e seu pai ficou muito áspero com os soldados, e um dia foi até o local onde suas roupas foram encontradas e viu q a cerca estava frouxa, imaginou o que aconteceu com seu filho. Fora transferido dali e já não se importava.
CONCLUSÃO CRÍTICA:
Para disciplina de Ética e Deontologia em Enfermagem, temos a discussão de como precisamos valorizar o ser humano, independente da cultura ou outro artefato, que a dignidade humana esteja acima de tudo, e que todos devemos ter em como base fundamental dos nossos valores e princípios o bem-estar de nós mesmo, e do outro em mesma igualdade, de forma pessoa e profissional não apenas na Enfermagem.
Para enfermagem o livro contribui para sempre buscar entender o olhar das pessoas sobre as coisas que vivem, e as que desconhecem, por mais que certas coisas nos pareçam óbvias, o mundo do outro do cliente pode não ter as dimensões da nossa realidade, e devemos o orienta-los a crescerem e não correrem os riscos de prejudicar a sua saúde por se manterem inocentes, e não ter alguém que julgue correto orienta-los sobre todas as coisas. Se Bruno soubesse a gravidade do que fazia, é provável que o sem fim não tivesse sido esse, logo, deve-se tirar como lição para enfermagem orientar seus clientes ao comportamentos de risco, a fins de que eles não sofram os conseguintes agravos. Além de valorizar as necessidades humanas, assim como o relacionar-se, compreendendo a importância para o crescimento pessoal, do que é subjetivo como a amizade, o que pode ter influência positiva na terapêutica.

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