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Controle_de_constitucionalidade

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1
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
2
•  identificar as formas de controle de 
constitucionalidade 
•  a n a l i s a r o s m e c a n i s m o s e 
i n s t r u m e n t o s d e c o n t r o l e d e 
constitucionalidade 
AGENDA PARA HOJE…
3
O que é……. 
…..CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE?
4
“Constitucionalidade e inconstitucionalidade 
designam conceitos de relação, isto é, a relação 
que se estabelece entre uma coisa – a Constituição 
– e outra coisa – um comportamento – que lhe esta 
ou não conforme, que com ela é ou não compatível, 
que cabe ou não no seu sentido” 
(Gilmar Mendes citando Jorge Miranda in Controle de 
Constitucionalidade) 
5
CONSTITUCIONALIDADE 
INCONSTITUCIONALIDADE 
R E L A Ç Ã O D E 
CONFORMIDADE 
6
SISTEMAS DE CONTROLE:
• Controle Político: 
- órgãos estatais de controle (Conselho de 
Estado) 
- controle preventivo 
• Controle Jurisdicional 
• Controle Misto: leis federais (controle político); leis 
locais (controle jurisdicional)
7
PARÊNTESES………..
• Controle PREVENTIVO de Constitucionalidade: 
- processo legislativo no CN 
- sanção e veto 
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o 
projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o 
sancionará. 
§ 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou 
em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-
á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da 
data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito 
horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.
8
PARÊNTESES………..
• Controle PREVENTIVO de Constitucionalidade: 
Presidência da República 
Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos 
MENSAGEM Nº 289, DE 28 DE JULHO DE 2015.   
Senhor Presidente do Senado Federal, 
Comunico a Vossa Excelência que, nos termos do § 1o do art. 66 da 
Constituição, decidi vetar integralmente, por inconstitucionalidade, o Projeto 
de Lei no 5.712, de 2001 (no 64/01 no Senado Federal), que “Regulamenta o 
exercício da profissão de decorador e dá outras providências”. 
Ouvidos, os Ministérios da Justiça, da Fazenda, do Planejamento, Orçamento e 
Gestão, do Trabalho e Emprego, da Educação, a Secretaria-Geral da 
Presidência da República e a Advocacia-Geral da União manifestaram-se pelo 
veto ao projeto pelas seguintes razões: 
“A Constituição Federal, em seu art. 5o, inciso XIII, assegura o livre exercício 
de qualquer trabalho, ofício ou profissão, cabendo a imposição de restrições 
apenas quando houver a possibilidade de ocorrer dano à sociedade.” 
Essas, Senhor Presidente, as razões que me levaram a vetar o projeto em 
causa, as quais ora submeto à elevada apreciação dos Senhores Membros do 
Congresso Nacional.
9
PARÊNTESES………..
• Controle PREVENTIVO de Constitucionalidade: 
- sanção e veto 
"A sanção do projeto de lei não convalida o vício de 
inconstitucionalidade resultante da usurpação do poder de 
iniciativa. A ulterior aquiescência do chefe do Poder 
Executivo, mediante sanção do projeto de lei, ainda 
quando dele seja a prerrogativa usurpada, não tem o 
condão de sanar o vício radical da inconstitucionalidade. 
Insubsistência da Súmula 5/STF." (ADI 2.867, rel. min. 
Celso de Mello, julgamento em 3-12-2003, Plenário, DJ de 
9-2-2007.) No mesmo sentido: ADI 2.113, rel. min. Cármen 
Lúcia, julgamento em 4-3-2009, Plenário, DJE de 
21-8-2009.
10
CONTROLE JUDICIAL DE 
CONSTITUCIONALIDADE
11
SUPREMA CORTE AMERICANA 
O CASO “MARBURY X MADISON" 
12
•  1800: Presidente John Adams (federalista) foi 
derrotado pela oposição republicana 
• Antes do final do mandato: 
- aprovação de lei reorganizando o Judiciário 
(Judiciary Act de 1801 - altera o Judiciary Act de 
1789): 
- criação de novos cargos de juízes federais 
- nomeação, por Adams, dos futuros juízes; 
Secretário de Estado John Marshall é encarregado 
de entregar as nomeações 
- a entrega não foi realizada durante o governo de 
Adams 
- o novo presidente, Thomas Jefferson, toma posse 
e juntamente com seu novo secretário, James 
Madison, se recusam a entregar as nomeações.
13
•  William Marbury: não foi nomeado como juiz de 
paz no distrito de Colúmbia. 
• Marbury peticiona (writ of mandamus) => Suprema 
Corte. Fundamento: Seção 13 do Judiciary Act 
• 1802: Thomas Jefferson fecha a Suprema Corte 
• 1803: Suprema Corte retoma seus julgamentos 
•  o caso Marbury versus Madison => Chief-Justice 
da Suprema Corte Juiz Marshall
14
• Voto do Juiz John Marshall: 
- delimitou a matéria controvertida: 
a) Marbury tinha direito à nomeação? 
b) se há direito e esse direito foi violado, as leis 
lhe garantem mecanismos de proteção? 
c) Se as leis lhe facultam instrumentos de 
proteção, a Suprema Corte tem competência (é 
legítima) para julgar o caso? 
15
É uma proposição por demais clara para ser contestada, que a 
Constituição veta qualquer deliberação legislativa incompativel 
com ella; ou que a legislatura possa alterar a Constituição por 
meios ordinarios. Não há meio termo entre estas alternativas. A 
Constituição, ou é uma lei superior e predominante, e lei 
immutável pelas formas ordinárias; ou está no mesmo nivel 
conjunctamente com as resoluções ordinárias da legislatura e, 
como as outras resoluções, é mutável quando a legislatura 
houver por bem modifica-la. Si é verdadeira a primeira parte do 
dilema, então não é lei a resolução legislativa incompatível com a 
Constituição; si a segunda parte é verdadeira, então as 
constituições escriptas são absurdas tentativas da parte do povo 
para limitar um poder por sua natureza illimitavel. Certamente, 
todos quantos fabricaram Constituições escriptas consideraram 
taes instrumentos como a lei fundamental e predominante da 
nação e, conseguintemente, a theoria de todo o governo, 
organizado por uma Constituição escripta, deve ser que é nulla 
toda a resolução legislativa com ella incompativel (MARSHALL, 
1997, p.25).
16
caso MARBURY X MADISON, DE 1803 
judicial review 
O Judiciário “diz o que é lei" 
Poder da Suprema Corte em "determinar a 
constitucionalidade de atos legislativos e executivos" 
17
"Toda a construção do Direito americano tem por base a noção 
de que o povo possui originariamente o direito de estabelecer, 
para o seu futuro governo, os princípios que mais conducentes 
se lhe afigurem à sua utilidade. Os princípios, que destarte uma 
vez se es tabe leceram, cons ide ram-se , po r tan to , 
fundamentais.... E como a autoridade, de que eles dimanam é 
suprema, e raro se exerce, esses princípios tem destino 
permanente....Nesta última espécie se classifica o governo dos 
Estados Unidos. Definiram-se e demarcaram-se os poderes da 
legislatura; e, para que sobre tais limites não ocorresse erro, ou 
deslembrança, fez-se escrita a Constituição. Com que fim se 
estipularia esta estipulação a escrito, se os limites prescritos 
pudessem ser ultrapassados exatamente por aqueles, que ela 
propunha coibir...Ou havemos de admitir que a Constituição 
anula qualquer medida legislativa, que a contrarie, ou anuir em 
que a legislatura possa alterar, por medidas ordinárias, a 
Constituição. Não há contestar o dilema. …… 
18
….Entre as duas alternativas, não se descobre meio-termo. Ou 
a Constituição é lei superior, soberana, irreformável por meios 
comuns; ou se nivela com os atos da legislação usual, e como 
estes, é reformável ao sabor da legislatura. Se a primeira 
proposição é verdadeira, então o ato legislativo, contrário à 
Constituição, não será lei; se é verdadeira a segunda, então as 
Constituições escritas são absurdos esforços do povo.... Ora, 
com certeza todos os que tem formulado constituições escritas, 
sempre o fizeram com o intuito de assentar a Lei fundamental e 
suprema da nação; e consequentemente, a teoria de tais 
governosdeve ser que qualquer ato da legislatura, ofensivo à 
Constituição, é nulo." 
(Rui Barbosa citando Marshall in Os Atos Inconstitucionais do 
Congresso e do Executivo, ante a Justiça Federal” 
19
O CONTROLE JUDICIAL É…..
• PREVENTIVO? 
• REPRESSIVO? 
20
E o C O N T R O L E S O B R E O P R O C E S S O 
LEGISLATIVO???
• MS 20.257 (CF 67/69):
21
“Mandado de segurança contra ato da Mesa do Congresso que 
admitiu a deliberação de proposta de emenda constitucional que a 
impetração alega ser tendente à abolição da república. 
Cabimento do mandado de segurança em hipóteses em que a 
vedação constitucional se dirige ao próprio processamento da lei ou 
da emenda, vedando a sua apresentação (como é o caso previsto no 
parágrafo único do artigo 57) ou a sua deliberação (como na espécie). 
Nesses casos, a inconstitucionalidade diz respeito ao próprio 
andamento do processo legislativo, e isso porque a Constituição 
não quer - em face da gravidade dessas deliberações, se 
consumadas - que sequer se chegue à deliberação, proibindo-a 
taxativamente. A inconstitucionalidade, se ocorrente, já existe antes 
de o projeto ou de a proposta se transformar em lei ou em emenda 
constitucional, porque o próprio processamento já desrespeita, 
frontalmente, a Constituição. 
Inexistência, no caso, da pretendida inconstitucionalidade, uma vez 
que a prorrogação de mandato de dois para quatro anos, tendo em 
vista a conveniência da coincidência de mandatos nos vários níveis 
da Federação, não implica introdução do princípio de que os 
mandatos não mais são temporários, nem envolve, indiretamente, sua 
adoção de fatos. Mandado de segurança indeferido.” (D.J. de 
27.02.1981, RTJ 99/1.031). 
22
E o C O N T R O L E S O B R E O P R O C E S S O 
LEGISLATIVO???
• MS 21.642 (Min. Celso de Mello): 
“O controle de constitucionalidade tem por objeto lei 
ou emenda constitucional promulgada. Todavia, 
cabe ser exercido em caso de projeto de lei ou 
emenda constitucional quando a Constituição 
taxativamente veda sua apresentação ou a 
deliberação. Legitimidade ativa privativa dos 
membros do Congresso Nacional”. 
23
E o C O N T R O L E S O B R E O P R O C E S S O 
LEGISLATIVO???
• MS 21.642 (Min. Celso de Mello): 
“O controle de constitucionalidade tem por objeto lei 
ou emenda constitucional promulgada. Todavia, 
cabe ser exercido em caso de projeto de lei ou 
emenda constitucional quando a Constituição 
taxativamente veda sua apresentação ou a 
deliberação. Legitimidade ativa privativa dos 
membros do Congresso Nacional”. 
24
E o C O N T R O L E S O B R E O P R O C E S S O 
LEGISLATIVO???
• legitimidade apenas do parlamentar: 
“Mandado de segurança requerido pelo Impetrante 
na qualidade de cidadão brasileiro, contra ato de 
Comissão da Câmara dos Deputados, tendente a 
possibilitar a adoção da pena de morte, mediante 
consulta plebiscitária. 
Falta de legitimidade ativa do Requerente, por falta 
de ameaça concreta a d i re i to indiv idual , 
particularizado em sua pessoa.” (D.J. de 02.8.91, 
R.T.J. 139/783).”. 
25
• Recente: MS 32033
1. Não se admite, no sistema brasileiro, o controle jurisdicional de 
constitucionalidade material de projetos de lei (controle preventivo 
de normas em curso de formação). O que a jurisprudência do STF 
tem admitido, como exceção, é “a legitimidade do parlamentar - e 
somente do parlamentar - para impetrar mandado de segurança 
com a finalidade de coibir atos praticados no processo de 
aprovação de lei ou emenda constitucional incompatíveis com 
disposições constitucionais que disciplinam o processo 
legislativo” (MS 24.667, Pleno, Min. Carlos Velloso, DJ de 23.04.04). 
Nessas excepc iona is s i tuações , em que o v íc io de 
inconstitucionalidade está diretamente relacionado a aspectos 
formais e procedimentais da atuação legislativa, a impetração de 
segurança é admissível, segundo a jurisprudência do STF, porque 
visa a corrigir vício já efetivamente concretizado no próprio curso do 
p r o c e s s o d e f o r m a ç ã o d a n o r m a , a n t e s m e s m o e 
independentemente de sua final aprovação ou não. 
26
… 
2. Sendo inadmissível o controle preventivo da constitucionalidade 
material das normas em curso de formação, não cabe atribuir a 
parlamentar, a quem a Constituição nega habilitação para provocar 
o controle abstrato repressivo, a prerrogativa, sob todos os 
aspectos mais abrangente e mais eficiente, de provocar esse 
mesmo controle antecipadamente, por via de mandado de 
segurança. 
• Recente: MS 32033
27
….3. A prematura intervenção do Judiciário em domínio jurídico e 
político de formação dos atos normativos em curso no Parlamento, 
além de universalizar um sistema de controle preventivo não 
admitido pela Constituição, subtrairia dos outros Poderes da 
República, sem justificação plausível, a prerrogativa constitucional 
que detém de debater e aperfeiçoar os projetos, inclusive para 
sanar seus eventuais vícios de inconstitucionalidade. Quanto mais 
evidente e grotesca possa ser a inconstitucionalidade material de 
projetos de leis, menos ainda se deverá duvidar do exercício 
responsável do papel do Legislativo, de negar-lhe aprovação, e do 
Executivo, de apor-lhe veto, se for o caso. Partir da suposição 
contrária significaria menosprezar a seriedade e o senso de 
responsabilidade desses dois Poderes do Estado. E se, 
eventualmente, um projeto assim se transformar em lei, sempre 
haverá a possibilidade de provocar o controle repressivo pelo 
Judiciário, para negar-lhe validade, retirando-a do ordenamento 
jurídico. 
• Recente: MS 32033
28
CONTROLE JUDICIAL DE 
CONSTITUCIONALIDADE
CONTROLE REPRESSIVO
29
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NAS 
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
•  1824: não havia previsão sobre controle de 
constitucionalidade. Cabia ao Poder Legislativo 
“…“fazer leis, interpretá-las, suspendê-las e revogá-
l a s ” , b e m c o m o “ v e l a r n a g u a r d a d a 
Constituição” (art. 15, n. 8º e 9º).
30
• 1891: previsão de mecanismos de controle. 
- competência do Supremo Tribunal Federal para 
rever as sentenças das Justiças dos Estados (em 
determinados casos) 
- edição de leis que tratavam do controle de 
constitucionalidade (ex. lei 221/1894: “Os juízes e 
tribunais apreciarão a validade das leis e 
regulamentos e deixarão de aplicar aos casos 
ocorrentes as leis manifestamente inconstitucionais e 
os regulamentos manifestamente incompatíveis com 
as leis ou com a Constituição”. 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NAS 
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
31
• 1934: 
- declaração de inconstitucionalidade: maioria da 
totalidade de membros dos tribunais 
- Senado: efeito erga omnes à decisão do STF 
- representação interventiva (dec. de inconst. para 
evitar intervenção federal)
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NAS 
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
32
• 1937: 
- convalidação da lei declarada inconstitucional: 
necessária ao bem-estar do povo, à promoção ou 
defesa de interesse nacional de alta monta 
- revisão constitucional
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NAS 
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Art 96 - Só por maioria absoluta de votos da totalidade dos seus Juízes 
poderão os Tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato do 
Presidente da República. 
Parágrafo único - No caso de ser declarada a inconstitucionalidade de 
uma lei que, a juízo do Presidente da República, seja necessária ao bem-
estar do povo, à promoção ou defesa de interesse nacional de alta monta, 
poderá o Presidente da República submetê-la novamente ao exame do 
Parlamento: se este a confirmar por dois terços de votos em cada uma 
das Câmaras, ficará sem efeito a decisão do Tribunal.              (Revogado 
pela Lei Constitucional nº 18, de 1945)
33
• 1937: 
- Decreto-Lei n. 1.564/39 (Getúlio Vargas): 
confirmação de textosdeclarados inconstitucionais 
pelo STF
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NAS 
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
34
DECRETO-LEI Nº 1.564, DE 5 DE SETEMBRO DE 1939 
Confirma os textos de Lei, decretados pela União, que sujeitaram ao impôsto de 
renda os vencimentos pagos pelos cofres públicos estaduais e municipais. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 
180 da Constituição, e para os efeitos do artigo 96, parágrafo, 
CONSIDERANDO que o Sup remo Tr i buna l Fede ra l d e c l a r ou a 
inconstitucionalidade da incidência do imposto de renda, decretado pela União 
no uso de sua competência privativa, sobre os vencimentos pagos pelos cofres 
públicos estaduais e municipais; 
CONSIDERANDO que essa decisão judiciária não consulta o interesse nacional e 
o princípio da divisão equitativa do onus do imposto, 
DECRETA: 
 Artigo único. São confirmados os textos de lei, decretados pela 
União, que sujeitaram ao imposto de renda os vencimentos pagos pelos 
cofres públicos estaduais e municipais; ficando sem efeito as decisões 
do Supremo Tribunal Federal e de quaisquer outros tribunais e juizes 
que tenham declarado a inconstitucionalidade desses mesmos textos. 
Rio de Janeiro, 5 de setembro de 1939, 118º da Independência e 51º da 
República. 
GETULIO VARGAS 
Francisco Campos 
A. de Souza Costa 
Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial da União - Seção 1 
de 08/09/1939
35
• 1946: 
- retoma controle judicial 
- p reservou quórum para dec la ração de 
inconstitucionalidade 
- manteve competência do Senado para sustar lei 
declarada inconstitucional (Art 64 - incumbe ao Senado 
Federal suspender a execução, no todo ou em parte, de lei 
ou decreto declarados inconstitucionais por decisão 
definitiva do Supremo Tribunal Federal.)
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NAS 
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
36
• 1946: 
- EC 16/65 
- intervenção federal
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NAS 
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Art 7º - O Governo federal não intervirá nos Estados salvo para: 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios:     
a) forma republicana representativa; 
b) independência e harmonia dos Poderes; 
c) temporariedade das funções eletivas, limitada a duração destas 
à das funções federais correspondentes; 
d) proibição da reeleição de Governadores e Prefeitos, para o 
período imediato;' 
e) autonomia municipal; 
f) prestação de contas da Administração; 
g) garantias do Poder Judiciário.
37
• 1946: 
- EC 16/65 
- intervenção federal
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NAS 
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Art 8º - A intervenção será decretada por lei federal nos casos 
dos nº s VI e VII do artigo anterior. 
Parágrafo único - No caso do nº VII, o ato argüido de 
inconstitucionalidade será submetido pelo Procurador-Geral da 
República ao exame do Supremo Tribunal Federal, e, se este a 
declarar, será decretada a intervenção.
38
• 1946: 
- EC 16/65 
- representação ao Procurador-Geral
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NAS 
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Art 101 - Ao Supremo Tribunal Federal compete: 
k)      a representação contra inconstitucionalidade de lei ou ato 
de natureza normativa, federal ou estadual, encaminhada pelo 
Procurador-Geral da República; 
39
• 1946: 
- ADI nos TJ’s….
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NAS 
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Art. 124….. 
XIII - a lei poderá estabelecer processo, de competência 
originária do Tribunal de Justiça, para declaração de 
inconstitucionalidade de lei ou ato de Município, em conflito com 
a Constituição do Estado.   
40
• 1967/1969: 
- sem grandes inovações 
- manteve-se a ADI 
- ampliou-se a possibilidade de representação para 
fins de intervenção 
- não incorporou a possibilidade de criação de 
processo de declaração de inconstitucionalidade 
pelos TJ
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NAS 
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
41
• 1967/1969: 
- manteve a competência do Senado para 
suspender lei declarada inconstitucional 
Art 45 - Compete ainda privativamente, ao Senado: 
IV - suspender a execução, no todo ou em parte, de 
lei ou decreto, declarados inconstitucionais. por 
decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NAS 
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
42
• 1967/1969: 
- m a n t e v e q u ó r u m p a r a d e c l a r a ç ã o d e 
inconstitucionalidade 
Art 111 - Somente pelo voto da maioria absoluta de 
seus membros, poderão os Tribunais declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou ato do Poder Público.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NAS 
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
43
• CF 67/69 
Art. 114 - Compete ao Supremo Tribunal Federal:  
…. 
l) a representação do Procurador - Geral da 
República, por inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal ou estadual; 
• CF 69 - EC 7/77 
l) a representação do Procurador-Geral da 
República, por inconstitucionalidade ou para 
interpretação de lei ou ato normativo federal ou 
estadual; 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NAS 
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
44
• 1967/1969: 
- discricionariedade do PGR? 
STF: Rcl 849/DF. Relator Min. Adalício Nogueira, 
Pleno, DJ 13.12.1971
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NAS 
CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
45
CONTROLE JUDICIAL DE 
CONSTITUCIONALIDADE E A CF/88
46
“NÍVEIS" DA RELAÇÃO:
• INCONSTITUCIONALIDADE DIRETA 
• INCONSTITUCIONALIDADE INDIRETA 
TEMA PRELIMINAR 1……
47
INCONSTITUCIONALIDADE 
MATERIAL
X 
INCONSTITUCIONALIDADE 
FORMAL
TEMA PRELIMINAR 2……
REFERÊNCIAS DO CONTROLE
48
EXEMPLOS DE INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL……
49
Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Lei 
6.227/2012 do Estado do Rio de Janeiro de iniciativa da Assembleia 
Legislativa estadual. Instituição da “Semana da Justiça”. Atividades a 
serem desenvolvidas conjuntamente pelos três poderes. 3. Atribuições aos 
órgãos estaduais do Executivo e do Judiciário. Competência privativa dos 
chefes desses poderes para dispor sobre organização e funcionamento de 
seus órgãos respectivos. Inconstitucionalidade formal. Violação aos arts. 
61, § 1º, II, e, c/c art. 63 e art. 84, IV; e 96, I, b, da Constituição Federal. 4. 
Aumento de despesa. Necessidade de revolvimento do conjunto fático-
probatório. Súmula 279. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. 
(ARE 810572 AgR, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, 
julgado em 18/08/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-170 DIVULG 
28-08-2015 PUBLIC 31-08-2015)
50
PROJETO DE LEI – INICIATIVA EXCLUSIVA DO EXECUTIVO – EMENDA 
PARLAMENTAR – DESVIRTUAMENTO. A ausência de pertinência 
temática de emenda da casa legislativa a projeto de lei de iniciativa 
exclusiva do Executivo leva a concluir-se pela inconstitucionalidade formal. 
CARGO PÚBLICO – PROVIMENTO – INADEQUAÇÃO. A teor do Verbete 
nº 685 da Súmula do Supremo, “é inconstitucional toda modalidade de 
provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em 
concurso público, em cargo que não integra a carreira na qual 
anteriormente investido”. 
(ADI 3926, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 
05/08/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-182 DIVULG 14-09-2015 
PUBLIC 15-09-2015)
51
Ação Direta de Inconstitucionalidade. 2. Direito do Consumidor. 3. 
Telefonia. 4. Assinatura básica mensal. 5. Lei n. 11.908, de 25 de setembro 
de 2001, do estado de Santa Catarina. 6. Inconstitucionalidade formal. 7. 
Afronta aos arts. 21, XI, e 22, IV, da Constituição Federal. 8. É 
inconstitucional norma local que fixa as condições de cobrança do valor de 
assinatura básica, pois compete à União legislar sobre telecomunicações, 
bem como explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou 
permissão seus serviços. 9. Ação direta julgada procedente. 
(ADI 2615, Relator(a): Min.EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. 
GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 11/03/2015, DJe-091 
DIVULG 15-05-2015 PUBLIC 18-05-2015 EMENT VOL-02770-01 
PP-00001)
52
CONTROLE CONCENTRADO X CONTROLE DIFUSO
TEMA PRELIMINAR 3……
53
DIFUSO CONCENTRADO
quem pode declarar 
inconstitucional?
qualquer juiz ou tribunal Tribunal competente para 
reconhecer a 
inconstitucionalidade
objeto da ação direito da parte própria declaração de 
inconstitucionalidade
efeitos inter partes erga omnes
legitimação para suscitar qualquer interessado aqueles legitimados pela 
CF/88
efeitos temporais ex tunc ex tunc (em regra)
54
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE…. 
…..das leis e atos normativos federais 
…. das leis e atos normativos estaduais 
…. das leis e atos normativos municipais
TEMA PRELIMINAR 4……
55
lei ou ato normativo federal
lei ou ato normativo estadual
declaração de 
inconstitucionalidade
STF
lei ou ato normativo municipal
declaração de 
inconstitucionalidade
TJ
CONSTITUIÇÃO FEDERAL CONSTITUIÇÃO ESTADUAL 
56
lei ou ato normativo federal
declaração de 
constitucionalidade
STF
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
57
E a ação declaratória no âmbito dos TJ?
58
FORMAS DE CONTROLE CONCENTRADO DE 
CONSTITUCIONALIDADE
• ação direta de inconstitucionalidade 
• ação direta de inconstitucionalidade por omissão 
• ação direta de inconstitucionalidade interventiva 
•  ação declaratória de constitucionalidade 
• arguição de descumprimento de preceito 
fundamental 
TEMA PRELIMINAR 5…..
59
Declaração de Inconstitucionalidade - RESERVA DO 
PLENÁRIO
TEMA PRELIMINAR 6……
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de 
seus membros ou dos membros do respectivo 
órgão especial poderão os tribunais declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do 
Poder Público.
60
STF: SV 10: Viola a cláusula de reserva de plenário 
(CF , art. 97) a decisão de órgão fracionário de 
tribunal que, embora não declare expressamente a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do 
Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou 
em parte.
Declaração de Inconstitucionalidade - RESERVA DO 
PLENÁRIO
61
AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 
PERANTE O STF
62
ADI - STF
PROPOSTA DE TRABALHO
• análise a partir (e da) jurisprudência do STF 
•  análise da legislação (Constituição e Lei Federal n. 
9.868/99)
63
ADI - STF
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
•  Introduzida pela Emenda 16/1965, 26 de novembro 
de 1965 (CF/1946)
64
ADI - STF
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-
lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou 
ato normativo federal ou estadual e a ação 
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal; 
EC 3/93 
ANTES: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei 
ou ato normativo federal ou estadual; 
65
ADI - STF
NATUREZA: 
• PROCESSO CONTROLE OBJETIVO 
Não se discutem situações individuais no âmbito 
do controle abstrato de normas, precisamente em 
face do caráter objetivo de que se reveste o processo 
d e fi s c a l i z a ç ã o c o n c e n t r a d a d e 
constitucionalidade.” (ADI 1.254‐AgR, Rel. Min. Celso 
de Mello, julgamento em 14-8-1996, Plenário, DJ de 
19-9-1997.) 
66
ADI - STF
NATUREZA: 
• PROCESSO CONTROLE OBJETIVO 
CONTROVÉRSIA CONSTITUCIONAL SEJA 
SUSCITADA EM ABSTRATO
67
ADI - STF
FINALIDADE: 
• PROTEGER A SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO
68
ADI - STF
OBJETO:
• LEIS (EMENDAS E LEIS) 
• ATOS NORMATIVOS 
69
ADI - STF
DEFINIÇÃO DE “LEIS”:
Art. 59. O processo legislativo compreende a 
elaboração de: 
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções. 
(….) 
70
ADI - STF
LEI DE EFEITOS CONCRETOS
• evolução da jurisprudência do STF
71
ADI - STF
CASO DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS
"Controle abstrato de constitucionalidade de normas orçamentárias. Revisão 
de jurisprudência. O Supremo Tribunal Federal deve exercer sua função 
precípua de fiscalização da constitucionalidade das leis e dos atos 
normativos quando houver um tema ou uma controvérsia 
constitucional suscitada em abstrato, independente do caráter geral ou 
específico, concreto ou abstrato de seu objeto. Possibilidade de 
submissão das normas orçamentárias ao controle abstrato de 
constitucionalidade. (...) Medida cautelar deferida. Suspensão da vigência 
da Lei n. 11.658/2008, desde a sua publicação, ocorrida em 22 de abril de 
2008." (ADI 4.048-MC, rel. min. Gilmar Mendes, julgamento em 14-5-2008, 
Plenário, DJE de 22-8-2008.) No mesmo sentido: RE 412.921-AgR, rel. min. 
Ricardo Lewandowski, julgamento em 22-2-2011, Primeira Turma, DJE de 
15-3-2011; ADI 4.005, rel. min. Cármen Lúcia, decisão monocrática, 
julgamento em 13-5-2010, DJE de 13-8-2010; ADI 4.049-MC, rel. min. Carlos 
Britto, julgamento em 5-11-2008, DJE de 08-5-2009. Em sentido contrário: 
ADI 1.716, rel. min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 19-12-1997, DJ de 
27-3-1998.
72
ADI - STF
E OS ATOS NORMATIVOS (decreto, regulamentos, 
resoluções, etc….)
• função normativa 
• decreto autônomo 
• usurpação competência da lei 
73
ADI - STF
“Estão sujeitos ao controle de constitucionalidade concentrado 
os atos normativos, expressões da função normativa, cujas 
espécies compreendem a função regulamentar (do Exe- 
cutivo), a função regimental (do Judiciário) e a função 
legislativa (do Legislativo). Os decretos que veiculam ato 
normativo também devem sujeitar-se ao controle de 
constitucionalidade exercido pelo STF. O Poder Legislativo 
não detém o monopólio da função normativa, mas apenas de 
uma parcela dela, a função legislativa.” (ADI 2.950‐AgR, Rel. p/ 
o ac. Min. Eros Grau, julgamento em 6-10-2004, Plenário, DJ de 
9-2-2007.) 
74
ADI - STF
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONSTITUCIONAL E 
ADMINISTRATIVO. DECISÃO ADMINISTRATIVA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO 
GRANDE DO NORTE: AGRAVO REGIMENTAL NO PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 
102.138/2003. EXTENSÃO DE CONCESSÃO DE GRATIFICAÇÃO DE 100% AOS 
AGRAVANTES AOS SERVIDORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. LEI POTIGUAR N. 
4.683/1997 E LEI COMPLEMENTAR POTIGUAR N. 122/1994. 1. A extensão da decisão 
tomada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte aos servidores em condições 
idênticas aos agravantes torna-a ato indeterminado. Ato administrativo normativo 
genérico. Cabimento da ação direta de inconstitucionalidade. 2. A extensão da 
gratificação contrariou o inc. X do art. 37 da Constituição da República, pela 
inobservância de lei formal, promovendo equiparação remuneratória entre servidores, 
contrariariando o art. 37, XIII, da Constituição da República. Precedentes. 3. Princípio da 
isonomia: jurisprudência do Supremo Tribunal de impossibilidade de invocação desse 
princípio para obtenção de ganho remuneratório sem respaldo legal: Súmula n. 339 do 
Supremo Tribunal Federal. 4. Ação julgada procedente para declarar a 
inconstitucionalidade da parte final do acórdão proferido no Agravo Regimental no 
Processo Administrativo nº 102.138/2003. 
(ADI 3202, Relator(a):  Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 05/02/2014, 
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-096 DIVULG 20-05-2014 PUBLIC 21-05-2014) 
75
ADI - STF
“É cabível o controle concentrado de resoluções de 
tribunais que deferem reajuste de vencimentos. 
Precedentes.” (ADI 2.104, Rel. Min. Eros Grau, julgamento 
em 21-11-2007, Plenário, DJE de 22-2-2008.) 
76
ADI - STF
LEIS/ATOS DE QUAIS INSTÂNCIAS LEGISLATIVAS 
PODEM SER OBJETO DE ADI
• LEIS FEDERAIS 
• LEIS ESTADUAIS
77
ADI - STF
E O DISTRITO FEDERAL?STF. SÚMULA 642 
  
N Ã O C A B E A Ç Ã O D I R E T A D E 
INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI DO DISTRITO 
FEDERAL DERIVADA DA SUA COMPETÊNCIA 
LEGISLATIVA MUNICIPAL. 
78
ADI - STF
E A REVOGAÇÃO SUPERVENIENTE?
Ação direta de inconstitucionalidade. 2. Lei 15.227/2006 do 
Estado do Paraná objeto de fiscalização abstrata. 3. 
Superveniência da Lei estadual 15.744/2007 que, 
expressamente, revogou a norma questionada. 4. 
Remansosa jurisprudência deste Tribunal tem assente 
que sobrevindo diploma legal revogador ocorre a perda 
d e o b j e t o . P r e c e d e n t e s . 5 . A ç ã o d i r e t a d e 
inconstitucionalidade prejudicada. 
(ADI 3885, Relator(a):  Min. GILMAR MENDES, Tribunal 
Pleno, julgado em 06/06/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO 
DJe-124 DIVULG 27-06-2013 PUBLIC 28-06-2013) 
79
ADI - STF
E A REVOGAÇÃO SUPERVENIENTE?
Agravo regimental em ação direta de inconstitucionalidade. Artigo 2º da Lei 
estadual nº 1.654/57 (com a redação atual, dada pela Lei estadual nº 12.053/96, e 
com a redação originária), bem como, por arrastamento, excepcionalmente, do 
art. 1º da Lei estadual nº 1.654/57 (com a redação dada pela Lei Estadual nº 
6.806/76), todas do Estado de Minas Gerais. Concessão de pensão vitalícia a ex-
Governadores do Estado e a seus dependentes. Revogação expressa dos 
dispositivos questionados. Prejudicialidade da ação. Efeitos concretos 
remanescentes. Conforme entendimento pacificado no âmbito desta Corte, a 
remanescência de efeitos concretos pretéritos à revogação do ato normativo 
não autoriza, por si só, a continuidade de processamento da ação direta de 
inconstitucionalidade. A solução de situações jurídicas concretas ou individuais 
não se coaduna com a natureza do processo objetivo de controle de 
constitucionalidade. Precedentes. Agravo a que se nega provimento. 
(ADI 4620 AgR, Relator(a):  Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 
20/06/2012, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-150 DIVULG 31-07-2012 PUBLIC 
01-08-2012) 
80
ADI - STF
INCLUI REVOGAÇÃO TÁCITA?
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 
ALAGOANA N. 6.121/1999. INSTITUI FAIXAS VENCIMENTAIS DE 
PAGAMENTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO PODER EXECUTIVO 
ALAGOANO, CONCEDE ABONO E REAJUSTA VENCIMENTOS DO 
QUADRO DE PESSOAL DA POLÍCIA CIVIL. 1. A Lei alagoana n. 
6.121/1999 foi revogada tacitamente pelas Leis n. 6.252/2001, 
6.253/2001, 6.276/2001, 6.592/2005 e 6.788/2006, que versaram 
sobre matéria objeto da lei impugnada. Precedentes. 2. Ação Direta 
de Inconstitucionalidade julgada prejudicada em razão da perda 
superveniente de seu objeto. 
(ADI 2118, Relator(a):  Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado 
em 13/05/2010, DJe-111 DIVULG 17-06-2010 PUBLIC 18-06-2010 
REPUBLICAÇÃO: DJe-145 DIVULG 05-08-2010 PUBLIC 06-08-2010 
EMENT VOL-02409-02 PP-00340)
81
ADI - STF
E OS CASOS DE REVOGAÇÃO PARA EVITAR JULGAMENTO PELO STF?
EMENTA : AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. RESOLUÇÕES DA CÂMARA LEGISLATIVA 
DO DISTRITO FEDERAL QUE DISPÕ EM SOBRE O REAJUSTE DA REMUNERAÇÃO DE SEUS 
SERVIDORES. RESERVA DE LEI. I .PRELIMINAR. R EVOGA Ç Ã O DE ATOS NORMATIVOS 
IMPUGNADOS APÓS A PROPOSITURA DA AÇÃO DIRETA. FRAUDE PROCESSUAL. CONTINUIDADE 
DO JULGAMENTO. Superveniência de Lei Distrital que convalidaria as resoluções atacadas. Sucessivas 
leis distritais que tentaram revogar os atos normativos impugnados. Posterior edição da Lei Distrital n° 
4.342, de 22 de junho de 2009, a qual instituiu novo Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos 
servidores e revogou tacitamente as Resoluções 197/03, 201/03, 202/03 e 204/03, por ter regulado 
inteiramente a matéria por elas tratadas, e expressamente as Resoluções n°s 202/03 e 204/03. Fatos 
que não caracterizaram o prejuízo da ação. Quadro fático que sugere a intenção de burlar a jurisdição 
constitucional da Corte. Configurada a fraude processual com a revogação dos atos normativos 
impugnados na ação direta, o curso procedimental e o julgamento final da ação não ficam 
prejudicados. Precedente: ADI n° 3.232/TO, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 3.10.2008. II . REMUNERAÇÃO 
DOS SERVIDORES PÚBLICOS. PRINCÍPIO DA RESERVA DE LEI. A Emenda Constitucional 19/98, com a 
alteração feita no art. 37, X, da Constituição, instituiu a reserva legal para a fixação da remuneração dos 
servidores públicos. Exige-se, portanto, lei formal e específica. A Casa Legislativa fica apenas com a 
iniciativa de lei. Precedentes: ADI-MC 3.369/DF, Relator Min. Carlos Velloso, DJ 02.02.05; ADI-MC 2.075, 
Rel. Min. Celso de Mello, DJ 27.06.2003. As resoluções da Câmara Distrital não constituem lei em 
sentido formal, de modo que vão de encontro ao disposto no texto constitucional, padecendo, pois, de 
patente inconstitucionalidade, por violação aos artigos 37, X; 51, IV; e 52, XIII, da Constituição Federal. 
III . A Ç Ã O DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE JULGADA PROCEDENTE. 
(ADI 3306, Relator(a):  Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 17/03/2011, DJe-108 DIVULG 
06-06-2011 PUBLIC 07-06-2011 EMENT VOL-02538-01 PP-00009)
82
ADI - STF
NÃO PODEM SER OBJETO DE ADI….
• LEIS REVOGADAS 
• LEIS ANTERIORES À CONSTITUIÇÃO 
• LEIS SUSPENSAS PELO SENADO (art. 52, X, CF/88) 
83
ADI - STF
NÃO PODEM SER OBJETO DE ADI….
NÃO PODEM SER OBJETO DE ADI….. 
• LEIS TEMPORÁRIAS (impugnada enquanto a lei produzir 
efeitos) 
[mesmo se produzir efeitos após tempo. ADI 4426] 
•  LEIS JÁ DECLARADAS (IN) CONSTITUCIONAIS PELO 
PLENO 
- mesmo em controle difuso 
- salvo: mudança na realidade fática ou novos argumentos 
relevantes 
84
ADI - STF
HÁ PRESCRIÇÃO OU DECADÊNCIA NA ADI?
“O ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade não 
está sujeito à observância de qualquer prazo de natureza 
prescricional ou de caráter decadencial, eis que atos 
inconstitu- cionais jamais se convalidam pelo mero decurso 
do tempo. Súmula 360.” (ADI 1.247‐MC, Rel. Min. Celso de 
Mello, julgamento em 17-8-1995, Plenário, DJ de 8-9-1995.) 
85
ADI - STF
O AJUIZAMENTO TARDIO TEM ALGUMA RELEVÂNCIA?
"A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, em 
circunstâncias semelhantes, tem advertido que o tardio 
ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade, quando 
já decorrido lapso temporal considerável desde a edição do 
ato normativo impugnado, desautoriza  -- não obstante o 
relevo jurídico da tese deduzida  -- o reconhecimento da 
situação configuradora do periculum in mora, em ordem, até 
mesmo, a inviabilizar a concessão da medida cautelar 
postulada (RTJ 152/692, rel. min. Celso de Mello)." (ADI 
1.857-MC, rel. min. Moreira Alves, julgamento em 27-8-1998, 
DJ de 23-10-1998.)
86
ADI - STF
FUNDAMENTO: 
• INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL 
• INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL 
87
ADI - STF
E A INCONSTITUCIONALIDADE REFLEXA?
88
ADI - STF
LEGITIMADOS A PROPOR ADI
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade:     
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa; 
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito 
Federal;      (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
V - o Governador de Estado; 
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;            (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
VI - o Procurador-Geral da República; 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
89
ADI - STF
ROL TAXATIVO
"O rol do artigo 103 da Constituição Federal é exaustivo 
quanto à legitimação para a propositura da ação direta de 
inconstitucionalidade." (ADI 641, rel. min. Marco Aurélio, 
julgamento em11-12-1991, Plenário, DJ de 12-3-1993.) 
90
ADI - STF
ALGUMAS QUESTÕES RELACIONADAS À LEGITIMAÇÃO 
ATIVA
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara 
Legislativa do Distrito Federal;     
Antes da EC 45
"É de se reconhecer a legitimidade ativa ad causam da 
Câmara Legislativa do Distrito Federal, dado que a presente 
impugnação tem por alvo dispositivos da LC 101/2000. 
Dispositivos que versam, justamente, sobre a aplicação dos 
limites globais das despesas com pessoal do Poder 
Legislativo distrital." (ADI 3.756, rel. min.  Ayres  Britto, 
julgamento em 21-6-2007, Plenário, DJ de 19-10-2007.) 
91
ADI - STF
ALGUMAS QUESTÕES RELACIONADAS À LEGITIMAÇÃO 
ATIVA
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;       
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
"Os Estados-membros da Federação não estão no rol dos 
legitimados a agir como sujeitos processuais em sede de 
controle concentrado de constitucionalidade, sendo indevida, 
no modelo de processo objetivo, a intervenção de terceiros 
subjetivamente interessados no feito. Precedente: ADI 2.130-
AgR, rel. Min. Celso de Mello, DJ de 14-12-2001." (ADI 3.013-
ED-AgR, rel. min. Ellen Gracie, julgamento em 31-5-2006, 
Plenário, DJ de 4-8-2006.) 
92
ADI - STF
ALGUMAS QUESTÕES RELACIONADAS À LEGITIMAÇÃO 
ATIVA
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;       
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
GOVERNADOR PODE PROPOR ADI EM FACE DE LEI DE 
OUTRO ESTADO?
“Tratando-se de impugnação de ato normativo de Estado 
diverso daquele governado pelo requerente, impõe-se a 
demonstração do requisito ‘pertinência’.” (ADI 902‐MC, Rel. 
Min. Marco Aurélio, julgamento em 3-3-1994, Plenário, DJ de 
22-4-1994.) 
93
ADI - STF
ALGUMAS QUESTÕES RELACIONADAS À LEGITIMAÇÃO 
ATIVA
VIII - partido político com representação no Congresso 
Nacional; 
“Ilegitimidade ativa ad causam de Diretório Regional ou 
Executiva Regional. Firmou a jurisprudência desta Corte o 
entendimento de que o partido político, para ajuizar ação 
direta de inconstitucionalidade perante o STF, deve estar 
representado por seu Diretório Nacional, ainda que o ato 
impugnado tenha sua amplitude normativa limitada ao Estado 
ou Município do qual se originou.” (ADI 1.528-QO, rel. min. 
Ellen Gracie, julgamento em 24-5-2000, Plenário, DJ de 
23-8-2002.) 
94
ADI - STF
ALGUMAS QUESTÕES RELACIONADAS À LEGITIMAÇÃO 
ATIVA
VIII - partido político com representação no Congresso 
Nacional; 
“Partido polít ico. Ação direta. Legit imidade ativa. 
Inexigibilidade do vínculo de pertinência temática. Os 
partidos políticos, desde que possuam representação no 
Congresso Nacional, podem, em sede de controle abstrato, 
arguir, perante o STF, a inconstitucionalidade de atos 
n o r m a t i v o s f e d e r a i s , e s t a d u a i s o u d i s t r i t a i s , 
independentemente de seu conteúdo material, eis que não 
incide sobre as agremiações partidárias a restrição 
jurisprudencial derivada do vínculo de pertinência 
temática.” (ADI 1.407-MC, rel. min. Celso de Mello, 
julgamento em 7-3-1996, Plenário, DJ de 24-11-2000.)
95
ADI - STF
ALGUMAS QUESTÕES RELACIONADAS À LEGITIMAÇÃO 
ATIVA
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito 
nacional. 
“A associação de classe, de âmbito nacional, há de 
comprovar a pertinência temática, ou seja, o interesse 
considerado o respectivo estatuto e a norma que se 
pretenda fulminada.” (ADI 1.873, Rel. Min. Marco Aurélio, 
julgamento em 2-9-1998, Plenário, DJ de 19-9-2003.) 
96
ADI - STFALGUMAS QUESTÕES RELACIONADAS À LEGITIMAÇÃO 
ATIVA
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito 
nacional. 
ADI 3.153AgR: “associações de associações” de âmbito 
nacional tem legitimidade para propor ADI
“Ação direta de inconstitucionalidade: legitimação ativa: ‘entidade de classe de âmbito nacional’: 
compreensão da ‘associação de associações’ de classe: revisão da jurisprudência do Supremo 
Tribunal. O conceito de entidade de classe é dado pelo objetivo institucional clas- sista, pouco 
importando que a eles diretamente se filiem os membros da respectiva categoria social ou 
agremiações que os congreguem, com a mesma finalidade, em âmbito territorial mais restrito. É 
entidade de classe de âmbito nacional – como tal legitimada à propositura da ação direta de 
inconstitucionalidade (CF, art. 103, IX) – aquela na qual se congregam associações regionais 
correspondentes a cada unidade da Federação, a fim de perseguirem, em todo o País, o mesmo 
objetivo institucional de defesa dos interesses de uma determinada classe. Nesse sentido, altera o 
Supremo Tribunal sua jurisprudência, de modo a admitir a legitimação das ‘associações de 
associações de classe’, de âmbito nacional, para a ação direta de inconstitu- cionalidade.” (ADI 
3.153‐AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 12-8-2004, Plenário, DJ de 9-9-2005.) No 
mesmo sentido: ADI 2.797 e ADI 2.860, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 15-9-2005, 
Plenário, DJ de 19-12-2006. Em sentido contrário: ADI 23, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 
2-4-1998, Plenário, DJ de 18-5-2001.
97
ADI - STF
ALGUMAS QUESTÕES RELACIONADAS À LEGITIMAÇÃO 
ATIVA
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito 
nacional. 
ENTIDADE EXISTENTE EM NÚMERO MÍNIMO DE ESTADOS
“Carece de legitimação para propor ação direta de inconstitucionalidade, 
a entidade de classe que, embora de âmbito estatutário nacional, não 
tenha representação em, pelo menos, nove Estados da federação, nem 
represente toda a categorial profissional, cujos interesses pretenda 
tutelar.” (ADI 3.617‐AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 
25-5-2011, Plenário, DJE de 1o-7-2011.) No mesmo sentido: ADI 4.230‐
AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 1o-8-2011, Plenário, DJE de 
14-9-2011. 
98
ADI - STF
ALGUMAS QUESTÕES RELACIONADAS À LEGITIMAÇÃO 
ATIVA
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito 
nacional. 
ADI E CONSELHOS DE CLASSE
"Os conselhos de fiscalização profissional têm como função precípua 
o controle e a fiscalização do exercício das profissões regulamentadas, 
exercendo, portanto, poder de polícia, atividade típica de Estado, razão 
pela qual detêm personalidade jurídica de direito público, na forma de 
autarquias. Sendo assim, tais conselhos não se ajustam à noção de 
entidade de classe, expressão que designa tão somente aquelas 
entidades vocacionadas à defesa dos interesses dos membros da 
respectiva categoria ou classe de profissionais." (ADPF 264-AgR, rel. 
min. Dias Toffoli, julgamento em 18-12-2014, Plenário, DJE de 25-2-2015.) 
99
ADI - STF
ALGUMAS QUESTÕES RELACIONADAS À LEGITIMAÇÃO 
ATIVA
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito 
nacional. 
ADI E ENTIDADES DE CLASSE
“A Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (ANAMAGES) 
n ã o t e m l e g i t i m i d a d e p a r a p r o p o r a ç ã o d i r e t a d e 
inconstitucionalidade contra norma de interesse de toda a magistratura. 
É legítima, todavia, para a propositura de ação direta contra norma de 
interesse da magistratura de determinado Estado-membro da 
Federação.” (ADI 4.462-MC, rel. min. Cármen Lúcia, julgamento em 
29-6-2011, Plenário, DJE de 16-11-2011.) 
100
ADI - STF
ALGUMAS QUESTÕES RELACIONADAS À LEGITIMAÇÃO 
ATIVA
E OS MUNICÍPIOS?
“(...) os municípios não figuram no rol de entidades 
legitimadas para a propositura de ação direta de 
inconstitucionalidade perante esta Corte previsto nos arts. 
103, da Constituição, e 2º, da Lei 9.868/99.” (ADI 4.654, rel. 
min. Gilmar Mendes, decisão monocrática, julgamento em 
28-11-2011, DJE de 2-12-2011.) 
101
ADI - STF
QUESTÕES PROCESSUAIS
PETIÇÃO INICIAL
Art. 3º A petição indicará: 
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os 
fundamentos jurídicosdo pedido em relação a cada uma das 
impugnações; 
II - o pedido, com suas especificações. 
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de 
instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, 
será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei 
ou do ato normativo impugnado e dos documentos 
necessários para comprovar a impugnação. 
102
ADI - STF
QUESTÕES PROCESSUAIS
PETIÇÃO INICIAL
STF: 
“É de exigir-se, em ação direta de inconstitucionalidade, a 
apresentação, pelo proponente, de instrumento de 
procuração ao advogado subscritor da inicial, com 
p o d e r e s e s p e c í fi c o s p a r a a t a c a r a n o r m a 
impugnada.” (ADI 2.187‐QO, Rel. Min. Octavio Gallotti, 
julgamento em 24-5-2000, Plenário, DJ de 12-12-2003.) 
103
ADI - STF
QUESTÕES PROCESSUAIS
PETIÇÃO INICIAL
PEDIDO NA ADI 
"É necessário, em ação direta de inconstitucionalidade, que 
venham expostos os fundamentos jurídicos do pedido 
com relação às normas impugnadas, não sendo de admitir-
se alegação genérica de inconstitucionalidade sem qualquer 
demonstração razoável, nem ataque a quase duas dezenas 
de medidas provisórias em sua totalidade com alegações por 
amostragem." (ADI 259, rel. min. Moreira Alves, julgamento 
em 11-3-1991, Plenário, DJ de 19-2-1993.) 
104
ADI - STF
QUESTÕES PROCESSUAIS
PETIÇÃO INICIAL
ANÁLISE INDIVIDUALIZADA DE CADA DISPOSITIVO 
IMPUGNADO 
"Ação direta de inconstitucionalidade. Causa de pedir e 
pedido. Cumpre ao autor da ação proceder à abordagem, 
sob o ângulo da causa de pedir, dos diversos preceitos 
atacados, sendo impróprio fazê-lo de forma genérica." (ADI 
1.708, rel. min. Marco Aurélio, julgamento em 27-11-1997, 
Plenário, DJ de 13-3-1998.) 
105
No 101058/2015 PGR - RJMB
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL
 
O PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA, com fundamento
nos arts. 102, I, a, 103, VI, e 129, IV, da Constituição Federal de
1988, no art. 46, parágrafo único, I, da Lei Complementar 75, de 20
de maio de 1993 (Lei Orgânica do Ministério Público da União),
e na Lei 9.868, de 10 de novembro de 1999, propõe
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
contra o art. 8º, caput e §§ 1º, 2º, 3º, 4º e 7º, da Lei
13.336 do Estado de Santa Catarina, de 8 de março de 2005,
o qual estabelece benefício fiscal aos contribuintes do ICMS que
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Procuradoria-Geral da República Ação direta de inconstitucionalidade
aplicarem recursos financeiros em projetos turísticos, esportivos e
culturais no âmbito do Sistema Estadual de Incentivo à Cultura, ao
Turismo e ao Esporte – SEITEC.
A inicial segue acompanhada de cópia do ato impugnado e
do procedimento administrativo 1.00.000.012589/2014-47, ins-
taurado na Procuradoria-Geral da República a partir de cópia
de representação remetida pelo Tribunal de Contas do Estado
de Santa Catarina.
I. OBJETO DA AÇÃO
Estabelece o dispositivo legal ora impugnado:
Art. 8º Aos contribuintes do ICMS que aplicarem recursos
financeiros em projetos turísticos, esportivos e culturais no
âmbito do SEITEC, será permitido, nas condições e na
forma estabelecida em decreto, lançar no Livro de Registro
de Apuração do ICMS, a título de crédito presumido, o valor
correspondente da contribuição.
§ 1º A aplicação em projetos culturais, turísticos e esporti-
vos, será comprovada pela transferência de recursos financei-
ros por parte do contribuinte que a fizer diretamente à conta
do SEITEC. 
§ 2º O crédito presumido de que trata o caput deste artigo
poderá corresponder a até 5% (cinco por cento) do valor do
imposto incidente sobre as operações e prestações do contri-
buinte a cada mês.
§ 3º A Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte,
após manifestação favorável da Secretaria de Estado da Fa-
zenda, poderá autorizar, ao sujeito passivo do ICMS que o
solicitar previamente, o recolhimento de contribuições
tendo por base o montante do imposto por ele recolhido no
ano civil anterior, até o limite de 20% (vinte por cento) so-
bre o total, podendo ser recolhido integralmente em um
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único mês ou parceladamente durante o exercício. (NR)
(Redação do § 3º dada pela LEI 14.967/09). 
§ 4º Este benefício poderá ser suspenso, temporariamente,
por ato do Chefe do Poder Executivo, toda a vez que sua
concessão vier a prejudicar o fluxo de desembolso das ativi-
dades de custeio e investimento da Fazenda Estadual.
§ 7º O limite previsto no § 2º não se aplica à hipótese esta-
belecida no § 3º. (NR) (Redação do § 7º, acrescida pela LEI
14.967/09). 
Conforme se demonstrará, o preceito normativo estadual em
referência, ao instituir benefício fiscal aos contribuintes que apli-
carem recursos em projetos turísticos, esportivos e culturais no
âmbito do Sistema Estadual de Incentivo à Cultura, ao Turismo e
ao Esporte – SEITEC, possibilitando a destinação de parte da re-
ceita de ICMS a despesas específicas, terminou por ofender o art.
167, IV, da Constituição da República, o qual estabelece o princí-
pio da não afetação dos impostos.
II. FUNDAMENTAÇÃO
O princípio da não afetação dos impostos, constante do art.
167, IV, da Constituição da República, estabelece a impossibili-
dade de vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou des-
pesa específicos, conforme seu teor a seguir colacionado:
Art. 167. São vedados: 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação
dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destina-
ção de recursos para as ações e serviços públicos de saúde,
para manutenção e desenvolvimento do ensino e para reali-
zação de atividades da administração tributária, como deter-
ADI 3
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minado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37,
XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por
antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como
o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
A vedação é dirigida a impedir o legislador ordinário de esta-
belecimento de vínculos entre receita de impostos e despesas espe-
cíficas. Visa a garantir a autonomia orçamentária dos entes
políticos e permitir a livre aplicação e destinação dos seus recursos,
assegurando ao Executivo liberdade para, no exercício da reserva
de iniciativa legislativa a ele assegurada em matéria orçamentária
pelos arts. 84, XXIII, e 165, III, da CR, designar os gastos públicos
de acordo com seus programas governamentais e suas prioridades
políticas e administrativas.
Similarmente afirma Leandro Paulsen que “a razão dessa veda-
ção é resguardar a independência do Poder Executivo, que, do contrário, po-
deria ficar absolutamente amarrado a destinações previamente estabelecidas
por lei e, com isso, inviabilizado de apresentar proposta orçamentária apta à
realização do programa de governo aprovado nas urnas.”1
As ressalvas à aplicação do mencionado princípio tributário
constam expressamente do próprio art. 167, IV, da Constituição,
quais sejam, “a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se
referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para rea-
1 PAULSEN, Leandro. Direito tributário: Constituição e Código Tributário à luz da doutri-
na e da jurisprudência. 14 ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora; ESMAFE,
2012, p. 454.
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lização de atividades da administração tributária (…), e a prestação de ga-
rantias às operações de crédito por antecipação de receita”. 
Fora essas hipóteses de mitigação da não afetação, incorrerá em
inconstitucionalidade a norma federal, estadual ou municipal que
vier a vincular receita de impostos a determinados órgãos, fundos ou
despesas, por afronta ao art. 167, IV, da Constituição da República,
bem como ao próprio princípio da separação dos Poderes, por res-
tringir indevidamente a autonomia do Poder Executivo para viabili-
zação orçamentária de seus projetos e programas.
In casu, a Lei 13.336 do Estado de Santa Catarina, de 8 de
março de 2005, instituiu instrumentos direcionados a estimular o fi-
nanciamento de projetos culturais, turísticos e esportivos no âmbito
do mencionado ente da Federação. Além de haver criado fundos de
estímulo e oferecido oportunidades para financiamento de projetos,
a norma estabeleceu incentivo fiscal aos contribuintes do Imposto
sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e
de Comunicação – ICMS, a fim de ampliar a arrecadação e a aplica-
ção de recursos naqueles setores.
O incentivo fiscal em referência, preceituado no art. 8º da lei
estadual, concede, aos contribuintes do ICMS que aplicarem recur-
sos financeiros em projetos turísticos, esportivos e culturais no âm-
bito do Sistema Estadual de Incentivo à Cultura, ao Turismo e ao
Esporte – SEITEC, o direito de lançar no Livro de Registro de
Apuração do ICMS, a título de crédito presumido, o valor corres-
pondente da contribuição. A fim de obter o crédito presumido, o
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qual pode corresponder a 5% (cinco por cento) do valor do ICMS
recolhido a cada mês, o contribuinte deverá transferir recursos dire-
tamente à conta do SEITEC, como forma de demonstrar a aplicação
de valores naqueles setores. Na prática, a partir da criação desse cré-
dito presumido, recursos financeiros que deveriam ser cobrados a tí-
tulo de ICMS passaram a ser destinados ao financiamento de
projetos turísticos, esportivos e culturais do Estado de Santa Cata-
rina, no âmbito do SEITEC.
Não obstante sejam louváveis as iniciativas dirigidas ao financi-
amento do turismo, do esporte e da cultura, assim como a estimular
a elaboração de projetos nessas áreas, o preceito legal ora questio-
nado, ao criar o mencionado incentivo fiscal, acabou por realizar a
destinação de parte dos recursos do ICMS recolhidos pelo Estado de
Santa Catarina diretamente ao Sistema Estadual de Incentivo à Cul-
tura, ao Turismo e ao Esporte, vinculando a receita de imposto a
despesas específicas, em manifesta contrariedade ao art. 167, IV, da
Constituição da República.
Essa Corte Suprema já se manifestou em diversas oportunida-
des no sentido da inconstitucionalidade de leis estaduais que conce-
deram incentivos semelhantes a contribuintes, a exemplo dos
acórdãos cujas ementas seguem transcritas:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.
LEI ESTADUAL 12.223, DE 03.01.05. FUNDO PARTI-
LHADO DE COMBATE ÀS DESIGUALDADES SOCI-
AIS E REGIONAIS DO ESTADO DO RIO GRANDE
DO SUL. CONCESSÃO DE CRÉDITO FISCAL PRE-
SUMIDO DE ICMS CORRESPONDENTE AO MON-
TANTE DESTINADO AO FUNDO PELAS EMPRESAS
CONTRIBUINTES DO REFERIDO TRIBUTO. ALE-
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GAÇÃO DE OFENSA AO ART. 155, § 2º, XII, G, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INOCORRÊNCIA.
CAUSA DE PEDIR ABERTA. ART. 167, IV, DA
CARTA MAGNA. VINCULAÇÃO DE RECEITA
PROVENIENTE DA ARRECADAÇÃO DE IMPOSTO
A FUNDO ESPECÍFICO. VEDAÇÃO EXPRESSA. 1.
Alegação de ofensa constitucional reflexa, manifestada, num
primeiro plano, perante a LC 24/75, afastada, pois o que se
busca, na espécie, é a demonstração de uma direta e frontal
violação à norma expressamente previstano art. 155, § 2º,
XII, g, da Constituição Federal, que proíbe a outorga de
isenção, incentivo ou benefício fiscal em matéria de ICMS
sem o consenso da Federação. Precedentes: ADI 1.587, rel.
Min. Octavio Gallotti, e ADI 2.157-MC, rel. Min. Moreira
Alves. 2. O Diploma impugnado não representa verdadeiro
e unilateral favor fiscal conferido a determinado setor da ati-
vidade econômica local, pois, conforme consta do caput de
seu art. 5º, somente o valor efetivamente depositado a título
de contribuição para o Fundo criado é que poderá ser dedu-
zido, na forma de crédito fiscal presumido, do montante de
ICMS a ser pago pelas empresas contribuintes. 3. As nor-
mas em estudo, ao possibilitarem o direcionamento,
pelos contribuintes, do valor devido a título de
ICMS para o chamado Fundo Partilhado de Com-
bate às Desigualdades Sociais e Regionais do Estado
do Rio Grande do Sul, compensando-se, em contra-
partida, o valor despendido sob a forma de crédito
fiscal presumido, criaram, na verdade, um meca-
nismo de redirecionamento da receita de ICMS para
a satisfação de finalidades específicas e predetermina-
das, procedimento incompatível, salvo as exceções
expressamente elencadas no art. 167, IV, da Carta
Magna, com a natureza dessa espécie tributária. Pre-
cedentes: ADI 1.750-MC, rel. Min. Nelson Jobim, ADI
2.823-MC, rel. Min. Ilmar Galvão e ADI 2.848-MC, rel.
Min. Ilmar Galvão. 4. Ação direta cujo pedido se julga pro-
cedente. 
(ADI 3576, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, julgado
em 22/11/2006, DJ 02-02-2007 - grifou-se)
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EMENTA: Ação direta de inconstitucionalidade. 2. Lei no
13.133/2001, do Estado do Paraná, que instituiu o
Programa de Incentivo à Cultura, vinculando parte
da receita do ICMS ao Fundo Estadual de Cultura. 3.
Violação ao art. 167, IV, da Constituição Federal. 4.
Precedentes. 5. Ação direta julgada procedente.
(ADI 2529, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, jul-
gado em 14/06/2007, DJe-096 DIVULG 05-09-2007 PU-
BLIC 06-09-2007 DJ 06-09-2007 – grifou-se) 
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONA-
LIDADE. LEI COMPLEMENTAR DISTRITAL N.
26/97. CRIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCENTIVO
ÀS ATIVIDADES ESPORTIVAS MEDIANTE CON-
CESSÃO DE INCENTIVO FISCAL ÀS PESSOAS JURÍ-
DICAS. CONTRIBUINTES DO IMPOSTO SOBRE
PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES.
VIOLAÇÃO DO DISPOSTO NO ARTIGO 167, IN-
CISO IV, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 1. É in-
constitucional a lei complementar distrital que cria
programa de incentivo às atividades esportivas medi-
ante concessão de benefício fiscal às pessoas jurídi-
cas, contribuintes do IPVA, que patrocinem, façam
doações e investimentos em favor de atletas ou pes-
soas jurídicas. 2. O ato normativo atacado a faculta
vinculação de receita de impostos, vedada pelo ar-
tigo 167, inciso IV, da CB/88. Irrelevante se a desti-
nação ocorre antes ou depois da entrada da receita
nos cofres públicos. 3. Ação Direta de Inconstitucionali-
dade julgada procedente para declarar a inconstitucionali-
dade da vinculação do imposto sobre propriedade de
veículos automotores --- IPVA, contida na LC 26/97 do
Distrito Federal.
(ADI 1750, Rel. Min. Eros Grau, Tribunal Pleno, julgado
em 20/09/2006, DJ 13-10-2006 - grifou-se)
ADI 8
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Procuradoria-Geral da República Ação direta de inconstitucionalidade
Feitas essas breves considerações, incumbe a essa Corte Su-
prema, na via do controle concentrado de constitucionalidade,
declarar a inconstitucionalidade do art. 8º, caput e §§ 1º, 2º, 3º, 4º
e 7º, da Lei 13.336 do Estado de Santa Catarina, de 8 de março de
2005, a fim de sanar a inconstitucionalidade apontada.
Com vistas a evitar indesejados efeitos repristinatórios, importa
a declaração da inconstitucionalidade tanto da redação atual quanto
da redação original, a qual, pela mesma razão, igualmente contraria
o texto constitucional, conforme se vê da leitura de seu teor, a se-
guir colacionado:
Art. 8º Os contribuintes do ICMS que aplicarem recursos fi-
nanceiros em projetos turísticos, esportivos e culturais previ-
amente aprovados, será permitido, nas condições e na forma
estabelecida em Decreto, lançar no Livro de Registro de
Apuração do ICMS, a título de crédito presumido, o valor
correspondente da aplicação. (Redação original)
§ 1º A aplicação em projetos culturais, turísticos e esporti-
vos, será comprovada pela transferência de recursos financei-
ros por parte do contribuinte diretamente aos respectivos
Fundos. (Redação original)
§ 2º O crédito presumido de que trata o caput deste artigo
poderá corresponder a até 5% (cinco por cento) do valor do
imposto incidente sobre as operações e prestações do contri-
buinte a cada mês. (Redação original)
§ 3º A Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte,
ouvida a Secretaria de Estado da Fazenda, poderá autorizar,
ao contribuinte do ICMS que solicitar previamente, o reco-
lhimento das contribuições sobre o montante do imposto
pago pelo contribuinte no ano fiscal anterior, até o limite de
20% (vinte por cento) sobre o total podendo ser recolhido
na totalidade em um único mês ou parceladamente durante
o exercício. (Redação original)
ADI 9
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III. PEDIDOS
Em face do exposto, requer:
a) audiência da autoridade da qual emanado o ato normativo
questionado.
b) intimação para manifestação do Advogado-Geral da União
(CR, art. 103, § 3º);
c) abertura de prazo para manifestação da Procuradoria-Geral da
República, após superadas as fases anteriores; e
d) a procedência do pedido, para ser declarada a inconstitucio-
nalidade do art. 8º, caput e §§ 1º, 2º, 3º, 4º e 7º, da Lei 13.336 do
Estado de Santa Catarina, de 8 de março de 2005, em sua redação
atual e, sucessivamente, da redação original.
Brasília (DF),16 de junho de 2015.
Rodrigo Janot Monteiro de Barros
Procurador-Geral da República
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ADI 10
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ADI - STF
QUESTÕES PROCESSUAIS
PETIÇÃO INICIAL
DIFERENÇA ENTRE LEGITIMAÇÃO E CAPACIDADE 
POSTULATÓRIA 
"Descabe confundir a legitimidade para a propositura da 
ação direta de inconstitucionalidade com a capacidade 
postulatória. Quanto ao Governador do Estado, cuja 
assinatura é dispensável na inicial, tem-na o Procurador-Geral 
do Estado." (ADI 2.906, rel. min. Marco Aurélio, julgamento 
em 1º-6-2011, Plenário, DJE de 29-6-2011.) 
116
ADI - STF
TRAMITAÇÃO
• propositura 
•  relator pede informações dos órgãos ou autoridades dos 
quais emanou a lei ou ato normativo 
• oitiva do Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da 
República, sucessivamente 
•  relator poderá solicitar informações aos Tribunais 
Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais 
• o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, 
e pedirá dia para julgamento. 
•  Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a 
inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente será 
tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros. 
117
ADI - STF
Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a 
constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição 
ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem 
manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate de 
ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória 
de constitucionalidade. 
Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária à 
d e c l a r a ç ã o d e c o n s t i t u c i o n a l i d a d e o u d e 
inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número 
que possa influir no julgamento, este será suspenso a fim de 
aguardar-se o comparecimento dos Ministros ausentes, até 
que se atinja o número necessário para prolação da decisão 
num ou noutro sentido. 
118
ADI - STF
Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a 
inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação 
direta ou em ação declaratória é IRRECORRÍVEL, ressalvada 
a interposição de embargos declaratórios, não podendo, 
igualmente, ser objeto de ação rescisória. 
119
ADI - STF
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
LEI 9868/99 
Art. 7º Não se admitirá intervenção de terceiros no processo 
de ação direta de inconstitucionalidade. 
§ 2º O relator, considerando a relevância da matéria e a 
representatividade dos postulantes, poderá, por despacho 
irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo 
anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades. 
120
ADI - STF
E OS AMICUS CURIAE? 
"Amicus curiae. Controle normativo abstrato. Intervenção 
desse 'colaborador do tribunal' justificada pela necessidade 
de pluralizar o debate constitucional e de afastar, com tal 
abertura procedimental, sempre em respeito ao postulado 
democrático, um indesejável ¿déficit¿ de legitimidade das 
d e c i s õ e s d o S T F n o e x e r c í c i o d a j u r i s d i ç ã o 
constitucional." (ADI 5.022-MC, rel. min. Celso de Mello, 
decisão monocrática, julgamento em 16-10-2013, DJE de 
23-10-2013.)  
121
ADI - STF
E OS AMICUS CURIAE? 
AMICUS CURIAE PODE PEDIR INGRESSO ATÉ QUANDO?
"O amicus curiae somente pode demandar a sua intervenção 
até a data em que o Relator liberar o processo para 
pauta." (ADI 4.071-AgR, rel. min. Menezes Direito, julgamento 
em 22-4-2009, Plenário, DJE de 16-10-2009.) 
122
ADI - STF
E OS AMICUS CURIAE? 
AMICUS CURIAE NÃO PODE RECORRER
"Com efeito, as entidades embargantes não possuem 
legitimidade para recorrer. É que a jurisprudência desta Corte 
não reconhece a legitimidade recursal das entidades que 
participam dos processos do controle abstrato de 
constitucionalidade na condição de amicus curiae. (...) Isso 
posto, não conheço dos embargos declaratórios opostos 
(art. 21, § 1º, do RISTF)." (ADI 3.772-ED, rel. min. Ricardo 
Lewandowski, decisão monocrática, julgamento em 
15-9-2009, DJE de 21-9-2009.) 
123
ADI - STF
Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á 
improcedente a ação direta ou procedente eventual ação 
declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-
á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação 
declaratória. 
124
ADI - STF
MEDIDA CAUTELAR
• oitiva prévia órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei 
ou ato normativo impugnado (prazo: 5 dias) 
• oitiva do Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da 
República (caso relator entenda ser indispensável) 
• decisão por maioria absoluta dos membros do Tribunal 
• possibilidade de julgamento imediato da ADI 
Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da 
relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem 
social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das 
informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-
Geral da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, 
no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, 
que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação. 
125
ADI - STF
DESISTÊNCIA DA AÇÃO
Lei 9868/99: Art. 5º Proposta a ação direta, não se admitirá 
desistência. 
Antes mesmo da lei…… 
“Pedido de desistência. Legitimidade ativa. Em se tratando 
de ação direta de inconsti- tucionalidade, já se firmou, nesta 
Corte, o entendimento de que ação dessa natureza não é 
suscetível de desistência.” (ADI 164, Rel. Min. Moreira Alves, 
julgamento em 8-9-1993, Plenário, DJ de 17-12-1993.) 
126
ADI - STF
EFICÁCIA DAS DECISÕES E A LEGISLAÇÃO ANTERIOR
MEDIDA CAUTELAR
Art. 11. 
§ 1º A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será 
concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal entender 
que deva conceder-lhe eficácia retroativa. 
§ 2º A concessão da medida cautelar torna aplicável a 
legislação anterior acaso existente, salvo expressa 
manifestação em sentido contrário. 
127
ADI - STF
EFICÁCIA DA MEDIDA CAUTELAR 
“A eficácia ex tunc da medida cautelar não se presume, pois 
depende de expressa determinação constante da decisão que a 
defere, em sede de ação direta de inconstitucionalidade. A medida 
cautelar, em ação direta de inconstitucionalidade, reveste-se, 
ordinariamente, de eficácia ex nunc, ‘operando, portanto, a 
partir do momento em que o STF a defere’ (RTJ 124/80). 
Excepcionalmente, no entanto, e para que não se frustrem os seus 
objetivos, a medida cautelar poderá projetar-se com eficácia ex 
tunc, em caráter retroativo, com repercussão sobre situa- ções 
pretéritas (RTJ 138/86). Para que se outorgue eficácia ex tunc ao 
p r o v i m e n t o c a u t e l a r, e m s e d e d e a ç ã o d i r e t a d e 
inconstitucionalidade, impõe-se que o STF assim o determine, 
expressamente, na decisão que conceder essa medida 
extraordinária.” (ADI 2.105‐MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento 
em 23-3-2000, Plenário, DJ de 28-4-2000.) 
128
ADI - STF
E NA DECISÃO DE MÉRITO?
"A questão da eficácia repristinatória da declaração de 
inconstitucionalidade in abstracto. A declaração final de 
inconstitucionalidade, quando proferida pelo Supremo 
Tribunal Federal em sede de fiscalização normativa abstrata,

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