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Aula 6 – O controle concentrado de constitucionalidade
Prof. Me. Pedro Meneses Feitosa Neto
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1. Ação Declaratória de Constitucionalidade 
2. Legitimidade ativa e Legitimidade passiva 
3. Objeto 
3.1 A controvérsia relevante 
4. Parâmetro 
5. Competência 
6. Efeitos 
6.1 Natureza dúplice ou ambivalente 
7. Medida cautelar em ADC 
8. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 
8.1 Espécies de ADPF
8.2 Legitimidade ativa e Legitimidade passiva 
8.3 Objeto 
8.4 Parâmetro 
8.5 O conceito de ?preceito fundamental? 
8.6 Competência 
9. Efeitos e Medida cautelar em ADPF 
10. Fungibilidade entre ADI e ADPF 
Sumário - Aula 6
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Fiscalização abstrata;
Ação direta;
Natureza de questão principal.
Ações: 
ADIN;
ADIN;
INTERVENTIVA; 
ADIN POR OMISSÃO;
ADC;
ADPF.
Controle Concentrado
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Conceito: “Cuida-se a ação declaratória de constitucionalidade, enfim, de uma nova ação objetiva de controle concentrado ou abstrato de constitucionalidade, por meio da qual se pode provocar a jurisdição do Supremo Tribunal Federal, com vistas à declaração definitiva de constitucionalidade da lei ou do ato normativo federal, questionado na instância ordinária, para o fim de pôr termo àquela dúvida ou incerteza gerada a partir de relevante controvérsia judicial acerca da aplicação da disposição que constitui seu objeto”. (CUNHA JÚNIOR, 2014, p. 272)
Origem: Emenda Constitucional nº03/1993.
Fiscalização abstrata no STF.
Não há lide.
1. Ação Declaratória de Constitucionalidade 
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Art. 103, CF. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: 
 I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
3.1 Legitimados universais x especiais.
+ Capacidade postulatória e divergência doutrinária.
2. Legitimidade ativa 

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. QUESTÃO DE ORDEM. GOVERNADOR DE ESTADO. CAPACIDADE POSTULATÓRIA RECONHECIDA. MEDIDA CAUTELAR. DEFERIMENTO PARCIAL. 1. O governador do Estado e as demais autoridades e entidades referidas no art. 103, incisos I a VII, da Constituição Federal, além de ativamente legitimados à instauração do controle concentrado de constitucionalidade das leis e atos normativos, federais e estaduais, mediante ajuizamento da ação direta perante o Supremo Tribunal Federal, possuem capacidade processual plena e dispõem, ex vi da própria norma constitucional, de capacidade postulatória. Podem, em conseqüência, enquanto ostentarem aquela condição, praticar, no processo de ação direta de inconstitucionalidade, quaisquer atos ordinariamente privativos de advogado.2. A suspensão liminar da eficácia e execução de leis e atos normativos, inclusive de preceitos consubstanciados em textos constitucionais estaduais, traduz medida cautelar cuja concretização deriva do grave exercício de um poder jurídico que a Constituição da República deferiu ao Supremo Tribunal Federal. A excepcionalidade dessa providência cautelar impõe, por isso mesmo, a constatação, hic et nunc, da cumulativa satisfação de determinados requisitos: a plausibilidade jurídica da tese exposta e a situação configuradora do periculum in mora. Precedente: ADIN nº. 96-9 - RO (Medida Liminar, DJ de 10/11/89). (STF, Tribunal Pleno, ADI 127 MC-QO/AL, Rel. Min. Celso de Mello, j. 20/11/1989, p. DJ 04/12/1992)
Capacidade Postulatória*

Em primeiro lugar, cabe destacar que, dentre todos os legitimados do art. 103 da Constituição Federal, apenas os indicados nos incisos VIII (partido político com representação no Congresso Nacional) e IX (confederação smd1cal ou entidade de classe de âmbito nacional) necessitam de advogado para a propositura das ações do controle abstrato. Os demais legitimados podem propor diretamente as ações sem nenhuma representação mesmo não sendo advogados habilitados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ademais, entende o Supremo Tribunal Federal que estes legitimados (art. 103, I a VII) podem, no curso do respectivo processo abstrato, praticar diretamente todos os atos ordinariamente privativos de advogados”. (Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, Direito Constitucional Descomplicado, 2017, p. 783).
ADI 6764, decisão monocrática do Ministro Marco Aurélio em 23 de março de 2021, por ocasião de ADI ajuizada e subscrita pelo Presidente da República: O artigo 103, inciso I, da Constituição Federal é pedagógico ao prever a legitimidade do Presidente da República para a propositura de ação direta de inconstitucionalidade, sendo impróprio confundi-la com a capacidade postulatória. O Chefe do Executivo personifica a União, atribuindo-se ao Advogado-Geral a representação judicial, a prática de atos em Juízo. Considerado o erro grosseiro, não cabe o saneamento processual : https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6136024 
Capacidade Postulatória*

“O STF, em precedente firmado na ADI 127-MC-QO-AL4, em 20/11/89, por unanimidade, estatuiu que os legitimados constantes no art. 103, incisos I a VII, da CRFB5, ostentam legitimidade e capacidade postulatória. Destarte, o presidente da República não necessitaria de representação judicial da AGU ou de advogado privado. A jurisprudência do STF pacificou-se nesse sentido.
Desse modo, o ato processual do requerente não poderia ter sido tachado de erro grosseiro, pois calcado em precedente vinculante (CRFB, art. 102, § 2º; CPC, art. 927, I e V). Havia legítima expectativa do presidente da República quanto à correção do seu ato, com fulcro no princípio da proteção da confiança, que deve pautar as relações entre o jurisdicionado e o Judiciário.
Ao ministro Marco Aurélio cabia o ônus argumentativo de demonstrar a distinção (distinguishing) ou a superação (overruling) para deixar de seguir precedente vinculante (CPC, art. 489, § 1º, inc. VI). Ao revés, na decisão monocrática, o relator não se submeteu ao dever de referência à jurisprudência do Tribunal”.
THOMAZ, Carlos Augusto. A capacidade postulatória do presidente da República e o sistema de precedentes. Migalhas. 2021 Disponível em: https://www.migalhas.com.br/depeso/342980/capacidade-postulatoria-do-presidente
Mais: https://www.conjur.com.br/2021-mar-20/presidente-mover-adi-representado-advogado
Capacidade Postulatória*
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Antigo art. 103, § 4.º A ação declaratória de constitucionalidade poderá ser proposta pelo Presidente da República, pela Mesa do Senado Federal, pela Mesa da Câmara dos Deputados ou pelo Procurador-Geral da República.         (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)             (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).
Art. 13 da lei nº 9.868/99. Podem propor a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal:       
I - o Presidente da República;
II - a Mesa da Câmara dos Deputados;
III - a Mesa do Senado Federal;
IV - o Procurador-Geral da República.
2. Legitimidade ativa 

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal erigiu o vinculo de pertinência temática a condição objetiva de requisito qualificador da própria legitimidade ativa ad causam do Autor, somente naquelas hipóteses de ação direta ajuizada por confederações sindicais, por entidades de classe de âmbito nacional, por Mesas das Assembleias Legislativas estaduais ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal e, finalmente, por Governadores dos Estados-membros e do Distrito Federal (ADI 1096 MC, Relator(a):  Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 16/03/1995, DJ 22-09-1995 PP-30589 EMENT VOL-01801-01 PP-00085). 
Pertinência temática*

Não há legitimado passivo.
Nem o ADVOGADO Geral da União é citado para defender a lei ou o ato.
Não há nada a seimpugnar numa ADC.
2. Legitimidade passiva 
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3.1 A controvérsia relevante 
Requisito processual.
Devem ser apresentadas as decisões judiciais conflitantes.
A ADC visa transformar a presunção relativa de constitucionalidade das leis em presunção absoluta.
Causa de pedir aberta
“A cognição do Tribunal em sede de ação direta de inconstitucionalidade é ampla. O Plenário não fica adstrito aos fundamentos e dispositivos constitucionais trazidos na petição inicial, realizando o cotejo da norma impugnada com todo o texto constitucional." (AI 413.210-AgR- ED-ED, rel. min. Ellen Gracie, julgamento em 24-11-2004, Primeira Turma, DJ de 10-12- 2004.)”
3. Objeto 
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Todas as normas constitucionais/bloco de constitucionalidade (Art. 102, I, a da CF).
*Direito constitucional secundário (emendas constitucionais, tratados internacionais sobre Direitos Humanos com força de Emenda). Futuro? (DIMOULIS; LUNARDI, 2017, 151-152)
Diferentemente do que ocorre na Ação Direta de Inconstitucionalidade, só poderão ser questionados leis ou atos normativos federais, tendo como parâmetro a Constituição Federal.
*As Ações Declaratórias de Constitucionalidade que tiverem como parâmetro as Constituições Estaduais admitirão questionamento de leis estaduais e municipais. Nesses casos, a competência para julgamento será dos Tribunais de Justiça dos Estados.
4. Parâmetro 

Art. 102, CF. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
 I - processar e julgar, originariamente:
a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
Lei n°9868/99: Dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.
TJs - havendo a criação por EC, de ADCs estaduais, a competência será dos tribunais locais e o parâmetro será a Constituição Estadual.
5. Competência 
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Art. 22 da Lei nº 9.868/99. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros.
Art. 23 da Lei nº 9.868/99. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade.
Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que possa influir no julgamento, este será suspenso a fim de aguardar-se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido.
+ Julgamento
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Irrecorribilidade das decisões: Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória.
Regra dos efeitos: Art. 28, Lei nº 9.868/99 (novidade). Dentro do prazo de dez dias após o trânsito em julgado da decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte dispositiva do acórdão.
Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal.
Modulação dos efeitos temporais (ex tunc ex nunc): Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
6. Efeitos 
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6.1 Natureza dúplice ou ambivalente 
6. Efeitos 
Art. 24 da lei nº 9.868/99. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória.
		ADC	ADI
	Constitucionalidade	Procedente	Improcedente
	Inconstitucionalidade	Improcedente	Procedente
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Efeito vinculante: os órgãos do Poder Judiciário e administração deverão observar o decidido pelo STF.
*Não atingirão o Poder Legislativo – função legiferante.
Efeito Repristinatório no controle abstrato: regra (decisão que produz efeitos ex tunc) x exceção (modulação temporal – efeitos ex nunc).
Possibilidade de o STF afastar o efeito repristinatório.
6. Efeitos 
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Diferente da medida cautelar na ADI, que visa a suspensão da aplicação da Lei.
Art. 21 da Lei nº 9.868/99. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo.
Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao julgamento da ação no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de perda de sua eficácia.
*Acabando esse prazo, os Juízos retomam seus julgamentos e decidem se vão ou não aplicar a lei.
Efeitos erga omnes, vinculante, ex tunc.
7. Medida cautelar em ADC 
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ADC 12 - NEPOSTISMO
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Ano: 2017 Banca: FAUEL Órgão: Câmara de Mangueirinha - PR Prova: FAUEL - 2017 - Câmara de Mangueirinha - PR - Procurador LegislativoAcerca do controle de constitucionalidade, em relação à Constituição Federal, analise as assertivas abaixo:
I - Caberá ação direita de Inconstitucionalidade contra lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal. II - A ação declaratória de Constitucionalidade por ser proposta em face de lei ou ato normativo estadual ou federal editado após 1988. III - Só caberá Ação Direta de Inconstitucionalidade em face de lei ou ato normativo estadual ou federal editado após 1988.
Com base nisso, assinale a alternativa correta.
(A) É correta apenas a afirmativa I.
(B) É correta apenas a afirmativa II.
(C) É correta apenas a afirmativa III.
(D) São corretas as afirmativas I e II apenas.
(E) São corretas as afirmativas I e III apenas.
Ano: 2020 Banca: IBFC Órgão: TRE-PA Prova: IBFC - 2020 - TRE-PA - Analista Judiciário – Administrativa. A Lei n° 9.868/1999 dispõe sobre o processo e julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) e da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) perante o Supremo Tribunal Federal. Acerca das disposições da citada lei sobre o procedimento da ADI e da ADC, assinale a alternativa correta.
(A) Proposta a ação direta, não se admitirá desistência
(B) A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente poderão ser recebidas pelo relator, mas se indeferidas, caberá apelação
(C) É possível a denunciação da lide e o chamamento ao processo em ação direta de inconstitucionalidade
(D) Não é possível medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade
Questões
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Ano: 2017 Banca: FAUEL Órgão: Câmara de Mangueirinha - PR Prova: FAUEL - 2017 - Câmara de Mangueirinha - PR - Procurador LegislativoAcerca do controle de constitucionalidade, em relação à Constituição Federal, analise as assertivas abaixo:
I - Caberá ação direita de Inconstitucionalidadecontra lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal. II - A ação declaratória de Constitucionalidade por ser proposta em face de lei ou ato normativo estadual ou federal editado após 1988. III - Só caberá Ação Direta de Inconstitucionalidade em face de lei ou ato normativo estadual ou federal editado após 1988.
Com base nisso, assinale a alternativa correta.
(A) É correta apenas a afirmativa I.
(B) É correta apenas a afirmativa II.
(C) É correta apenas a afirmativa III.
(D) São corretas as afirmativas I e II apenas.
(E) São corretas as afirmativas I e III apenas.
Ano: 2020 Banca: IBFC Órgão: TRE-PA Prova: IBFC - 2020 - TRE-PA - Analista Judiciário – Administrativa. A Lei n° 9.868/1999 dispõe sobre o processo e julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) e da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) perante o Supremo Tribunal Federal. Acerca das disposições da citada lei sobre o procedimento da ADI e da ADC, assinale a alternativa correta.
(A) Proposta a ação direta, não se admitirá desistência
(B) A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente poderão ser recebidas pelo relator, mas se indeferidas, caberá apelação
(C) É possível a denunciação da lide e o chamamento ao processo em ação direta de inconstitucionalidade
(D) Não é possível medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade
Questões
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Conceito: Trata-se de uma ação do controle abstrato de constitucionalidade que nasceu com a CF de 1988, mas, tratando-se de norma de eficácia limitada, só passou a ser efetiva com a edição da lei nº 9.882/99 e que visa proteger os preceitos fundamentais. Possui caráter subsidiário/ residual, ou seja, se couber ADI ou ADC, não caberá ADPF.
“(...) Não se pode admitir que a existência de processos ordinários e recursos extraordinários deva excluir, a priori, a utilização da argüição de descumprimento de preceito fundamental. Até porque o instituto assume, entre nós, feição marcadamente objetiva. Nessas hipóteses, ante a inexistência de processo de índole objetiva, apto a solver, de uma vez por todas, a controvérsia constitucional, afigurar-se-ia integralmente aplicável a argüição de descumprimento de preceito fundamental. É que as ações originárias e o próprio recurso extraordinário não parecem, as mais das vezes, capazes de resolver a controvérsia constitucional de forma geral, definitiva e imediata. A necessidade de interposição de um sem número de recursos extraordinários idênticos poderá, em verdade, constituir-se em ameaça ao livre funcionamento do STF e das próprias Cortes ordinárias.(...)” (ADPF 76, Rel. Min. Gilmar Mendes, decisão monocrática, julgamento em 13-2-06, DJ de 20-2-06)
8. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 

8.1 Espécies de ADPF
ADPF principal/direta/autônoma: Art. 1º da lei nº 9.882/99. A argüição prevista no § 1º do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.
ADPF incidental/por derivação: Art. 1º da lei nº 9.882/99. Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental:  I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição;
Observa-se, então, que essa segunda modalidade de arguição (incidental), além de se restringir a ato normativo, pressupõe a demonstração de controvérsia judicial relevante, o que faz crer a existência de uma demanda concreta, tanto é que o art. 6º, §2º, da Lei. N. 9.882/99 autoriza o relator, se entender necessário, ouvir as partes nos processos que ensejaram a arguição (LENZA, 2016, p. 436).
A ADPF incidental pode ser proposta como incidente no decorrer um processo, mas o STF analisará a alegação de descumprimento de preceito fundamental de maneira abstrata e principal (DIMOULIS; LUNARDI, 2017, p. 160).
8. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 

8.2 Legitimidade ativa e Legitimidade passiva 
8. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 

Art. 103, CF. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: 
 I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
3.1 Legitimados universais x especiais.
Art 2º, § 1º da lei nº 9.882/99. Na hipótese do inciso II, faculta-se ao interessado, mediante representação, solicitar a propositura de argüição de descumprimento de preceito fundamental ao Procurador-Geral da República, que, examinando os fundamentos jurídicos do pedido, decidirá do cabimento do seu ingresso em juízo.
Legitimidade ativa 

Não existem legitimados passivos.
Art. 6º da lei nº 9.882/99. Apreciado o pedido de liminar, o relator solicitará as informações às autoridades responsáveis pela prática do ato questionado, no prazo de dez dias.
§ 1o Se entender necessário, poderá o relator ouvir as partes nos processos que ensejaram a argüição, requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou ainda, fixar data para declarações, em audiência pública, de pessoas com experiência e autoridade na matéria.
Art. 7º da lei nº 9.882/99. Decorrido o prazo das informações, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os ministros, e pedirá dia para julgamento.
Parágrafo único. O Ministério Público, nas argüições que não houver formulado, terá vista do processo, por cinco dias, após o decurso do prazo para informações.
Possibilidade de convocação do AGU (analogia – DIMOULIS; LUNARDI, 2017): Art. 103, CF - § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
Legitimidade passiva

Defesa do ato impugnado? (Art. 103, § 3º)
 
Na ADIn 1.616/PE - o Advogado-Geral da União não está obrigado a defender tese jurídica sobre a qual o STF já tiver fixado “entendimento pela sua inconstitucionalidade” ou que fira interesse da União.
 
Na ADIn 3.916/DF - “A AGU manifesta-se pela conveniência da constitucionalidade e não da lei”, disse a ministra Cármen Lúcia. Para o ministro Carlos Britto, a Advocacia-Geral deveria ter a oportunidade de escolher como se manifestar, “conforme a convicção jurídica” completou o ministro Cezar Peluso.
 
Independente da natureza do ato: federal, estadual ou distrital - Não atua o PGE
Atuação do Advogado Geral da União – AGU*

8.3 Objeto 
Atos do Poder Público que violem ou ameacem violar preceito fundamental.
Lei ou ato normativo federal; Ex: lei federal pré-constitucional.
Lei ou ato normativo estadual; 
Lei municipal;
Lei distrital de natureza municipal;
Normas pré-constitucionais;
Normas infralegais.
O pedido da ADPF pode ser que seja declarada inconstitucional ou revogada a norma em debate.
Não podem ser objeto:
O que for objeto de ADIN ou ADC;
Veto presidencial (ADPF 73);
Súmula Vinculante (ADPF 147);
Decisão judicial transitada em julgado.
8. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 


8.4 Parâmetro 
Constituição Federal de 1988 preceitos fundamentais.
ADPF estadual?
8. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 



8.5 O conceito de preceito fundamental: pode-se conceituar preceito fundamental como toda norma constitucional – norma-princípio e norma-regra – que serve como fundamento básico de conformação e preservação da ordem jurídica e política do Estado. São as normas que veiculam os valores supremosde uma sociedade, sem os quais a mesma tende a desagregar-se, por lhe faltarem os pressupostos jurídicos e políticos essenciais. Enfim, é aquilo de mais relevante numa Constituição, aferível pela nota de sua indispensabilidade. É o seu núcleo central, a sua alma, o seu espírito, um conjunto de elementos que lhe dão vida e identidade, sem o qual não há como falar em Constituição (CUNHA JÚNIOR, 2014, p. 285).
8. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 

Apego às matérias, não aos dispositivos.
Princípios fundamentais (arts. 1- 4, CF);
Direitos fundamentais (arts. 5-17, CF);
Princípios sensíveis (art. 34, VII);
Princípios administrativos (art. 37, caput);
Cláusulas pétreas (art. 60, § 4º).
Preceitos Fundamentais

8.6 Competência 
Art. 102. § 1º,, CF A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.   
Cisão funcional de julgamento/competência no plano vertical, em caso de ADPF incidental.
8. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 
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Art. 5o  da lei nº 9.882/99 . O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar na argüição de descumprimento de preceito fundamental.
§ 1o Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso, poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno.
§ 2o O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem como o Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geral da República, no prazo comum de cinco dias.
§ 3o A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada. (Vide ADIN 2.231-8, de 2000)
9. Efeitos e Medida cautelar em ADPF 
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Princípio da fungibilidade: "Aplicação do princípio da fungibilidade. (...) É lícito conhecer de ação direta de inconstitucionalidade como argüição de descumprimento de preceito fundamental, quando coexistentes todos os requisitos de admissibilidade desta, em caso de inadmissibilidade daquela." (ADI 4.180-REF-MC, rel. min. Cezar Peluso, julgamento em 10-3-2010, Plenário, DJE de 27-8-2010.) Vide: ADPF 178, rel. min. Presidente Gilmar Mendes, decisão monocrática, julgamento em 21-7- 2009, DJE de 5-8-2009; ADPF 72-QO, rel. min. Ellen Gracie, julgamento em 1º- 6-2005, Plenário, DJ de 2-12-2005.
Quando envolver dúvida – não se admite erro grosseiro.
10. Fungibilidade entre ADI e ADPF 
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Controle Concentrado
Competência para realização: Supremo Tribunal Federal.
ADI: Lei federal ou estadual violando a CF.
ADC: Relevante controvérsia judicial acerca da aplicabilidade de lei federal.
ADO: Inefetividade da norma constitucional por ausência de regulamentação.
ADPF: lesão à preceito fundamental ou aplicação subsidiária. Ex: lei municipal contrariando a CF, norma anterior à norma constitucional.
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Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVIII - Primeira Fase. Numerosas decisões judiciais, contrariando portarias de órgãos ambientais e de comércio exterior, concederam autorização para que sociedades empresárias pudessem importar pneus usados. Diante disso, o Presidente da República ingressa com Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), sustentando que tais decisões judiciais autorizativas da importação de pneus usados teriam afrontado preceito fundamental, representado pelo direito à saúde e a um meio ambiente ecologicamente equilibrado.
A partir do caso narrado, assinale a afirmativa correta.
(A) A ADPF não se presta para impugnar decisões judiciais, pois seu objeto está adstrito às leis ou a atos normativos federais e estaduais de caráter geral e abstrato, assim entendidos aqueles provenientes do Poder Legislativo em sua função legislativa.
(B)A ADPF tem por objetivo evitar ou reparar lesão a preceito fundamental resultante de ato do Poder Público, ainda que de efeitos concretos ou singulares; logo, pode impugnar decisões judiciais que violem preceitos fundamentais da Constituição, desde que observada a subsidiariedade no seu uso.
(C) Embora as decisões judiciais possam ser impugnadas por ADPF, a alegada violação do direito à saúde e a um meio ambiente ecologicamente equilibrado não se insere no conceito de preceito fundamental, conforme rol taxativo constante na Lei Federal nº 9.882/99.
(D) A ADPF não pode ser admitida, pois o Presidente da República, na qualidade de chefe do Poder Executivo, não detém legitimidade ativa para suscitar a inconstitucionalidade de ato proferido por membros do Poder Judiciário, sob pena de vulneração ao princípio da separação dos poderes.
Questões
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Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVIII - Primeira Fase. Numerosas decisões judiciais, contrariando portarias de órgãos ambientais e de comércio exterior, concederam autorização para que sociedades empresárias pudessem importar pneus usados. Diante disso, o Presidente da República ingressa com Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), sustentando que tais decisões judiciais autorizativas da importação de pneus usados teriam afrontado preceito fundamental, representado pelo direito à saúde e a um meio ambiente ecologicamente equilibrado.
A partir do caso narrado, assinale a afirmativa correta.
(A) A ADPF não se presta para impugnar decisões judiciais, pois seu objeto está adstrito às leis ou a atos normativos federais e estaduais de caráter geral e abstrato, assim entendidos aqueles provenientes do Poder Legislativo em sua função legislativa.
(B)A ADPF tem por objetivo evitar ou reparar lesão a preceito fundamental resultante de ato do Poder Público, ainda que de efeitos concretos ou singulares; logo, pode impugnar decisões judiciais que violem preceitos fundamentais da Constituição, desde que observada a subsidiariedade no seu uso.
(C) Embora as decisões judiciais possam ser impugnadas por ADPF, a alegada violação do direito à saúde e a um meio ambiente ecologicamente equilibrado não se insere no conceito de preceito fundamental, conforme rol taxativo constante na Lei Federal nº 9.882/99.
(D) A ADPF não pode ser admitida, pois o Presidente da República, na qualidade de chefe do Poder Executivo, não detém legitimidade ativa para suscitar a inconstitucionalidade de ato proferido por membros do Poder Judiciário, sob pena de vulneração ao princípio da separação dos poderes.
Questões
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Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVIII - Primeira Fase
A Lei Z, elaborada recentemente pelo Poder Legislativo do Município M, foi promulgada e passou a produzir seus efeitos regulares após a Câmara Municipal ter derrubado o veto aposto pelo Prefeito. A peculiaridade é que o conteúdo da lei é praticamente idêntico ao de outras leis que foram editadas em milhares de outros Municípios, o que lhe atribui inegável relevância. Inconformado com a derrubada do veto, o Prefeito do Município M, partindo da premissa de que a Lei Z possui diversas normas violadoras da ordem constitucional federal, pretende que sua inconstitucionalidade seja submetida à apreciação do Supremo Tribunal Federal. A partir das informações acima, assinale a opção que se encontra em consonância com o sistema de controle de constitucionalidade adotado no Brasil.
(A) O Prefeito do Município M, como agente legitimado pela Constituição Federal, está habilitado a propor arguição de descumprimento de preceito fundamental questionando a constitucionalidade dos dispositivos que entende violadores da ordem constitucional federal.
(B) A temática pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade ou de arguição de descumprimento de preceito fundamental, se proposta por qualquer um dos legitimados pelo Art.103 da Constituição Federal.
(C) A Lei Z não poderá ser objeto de ação, pela via concentrada, perante o Supremo Tribunal Federal, já que, de acordo com o sistema de controle de constitucionalidade adotado no Brasil, atos normativos municipais só podem ser objeto de controle, caso se utilize como paradigma de confronto a Constituição Federal, pela via difusa.
(D) Os dispositivos normativos da Lei Z, sem desconsiderar a possibilidade de ser realizado o controle incidental pela via difusa, podem ser objeto de controle por via de arguição de descumprimento de preceito fundamental, se proposta por qualquer um dos legitimados pelo Art. 103 da Constituição Federal.
Questões
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Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVIII - Primeira Fase
A Lei Z, elaborada recentemente pelo Poder Legislativo do Município M, foi promulgada e passou a produzir seus efeitos regulares após a Câmara Municipal ter derrubado o veto aposto pelo Prefeito. A peculiaridade é que o conteúdo da lei é praticamente idêntico ao de outras leis que foram editadas em milhares de outros Municípios, o que lhe atribui inegável relevância. Inconformado com a derrubada do veto, o Prefeito do Município M, partindo da premissa de que a Lei Z possui diversas normas violadoras da ordem constitucional federal, pretende que sua inconstitucionalidade seja submetida à apreciação do Supremo Tribunal Federal. A partir das informações acima, assinale a opção que se encontra em consonância com o sistema de controle de constitucionalidade adotado no Brasil.
(A) O Prefeito do Município M, como agente legitimado pela Constituição Federal, está habilitado a propor arguição de descumprimento de preceito fundamental questionando a constitucionalidade dos dispositivos que entende violadores da ordem constitucional federal.
(B) A temática pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade ou de arguição de descumprimento de preceito fundamental, se proposta por qualquer um dos legitimados pelo Art. 103 da Constituição Federal.
(C) A Lei Z não poderá ser objeto de ação, pela via concentrada, perante o Supremo Tribunal Federal, já que, de acordo com o sistema de controle de constitucionalidade adotado no Brasil, atos normativos municipais só podem ser objeto de controle, caso se utilize como paradigma de confronto a Constituição Federal, pela via difusa.
(D) Os dispositivos normativos da Lei Z, sem desconsiderar a possibilidade de ser realizado o controle incidental pela via difusa, podem ser objeto de controle por via de arguição de descumprimento de preceito fundamental, se proposta por qualquer um dos legitimados pelo Art. 103 da Constituição Federal.
Questões
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CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 7.ed. Coimbra: Almedina, 2003.
CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Controle de Constitucionalidade: teoria e prática. 7. ed. Revista, ampliada e atualizada. Salvador: Jus Podivm, 2014.
DIMOULIS, Dimitri; LUNARDI, Soraya. Curso de processo constitucional. 5. ed. Ver. Atual. E ampl. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2017.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. - 20. ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo : Saraiva, 2016.
NEVES, Marcelo. Transconstitucionalismo. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 37. ed. revista e atualizada. - São Paulo : Malheiros, 2014.
SILVA NETO, Manoel Jorge e. O constitucionalismo brasileiro tardio. Brasília : ESMPU, 2016. Disponível em: < http://escola.mpu.mp.br/publicacoes/obras-avulsas/e-books/o-constitucionalismo-brasileiro-tardio >. Acesso em: 07/10/2017
Referências bibliográficas
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