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31/10/13 1 Introdução à Auditoria Prof. Carlos A. Pereira Auditoria Auditoria origina-se do latim audire = ouvir Atualmente: consiste na ação independente de se confrontar uma determinada condição com um critério preestabelecido, que se configura como a situação ideal, para que se possa opinar ou comentar a respeito. É a comparação imparcial entre o fato concreto e o desejo, com o intuito de expressar uma opinião ou de emitir comentários, materializados em relatórios de auditoria. 31/10/13 2 Auditoria Ação independente de um terceiro sobre uma relação de accountability, objetivando expressar uma opinião ou emitir comentários e sugestões sobre como essa relação está sendo obedecida. É a verificação de como a prática de accountability está sendo cumprida. Accountability = vai além do conceito de responsabilidade, pois traz em seu âmago a noção de dever, de comprometimento, de obrigatoriedade de resposta, de prestar e render contas. Accountability Representa o compromisso ético e legal d e s e r e s p o n d e r p o r u m a responsabilidade delegada. Representa a responsabilidade final (um grau mais alto de responsabilidade) Se classifica em pública e privada 31/10/13 3 Accountability pública A obrigação de todo administrador governamental de prestar contas à sociedade de como utiliza os recursos que lhe são confiados para serem administrados em favor da coletividade, d e f o r m a f i e l , j u s t a , o b j e t i v a e transparente. Accountability privada A obrigação de todo administrador de prestar contas ao dono do patrimônio de como utiliza os recursos que lhe são confiados para serem geridos. 31/10/13 4 Classificações da Auditoria a Distância; de Programas; Abrangente; de Regularidade; Administrativa; de Recursos Externos; Ambiental; de Resultados; Analítica; de Sistemas Informatizados; Articulada; de Tomada de Contas ; Contáb i l ; do P lane jamento Estratégico; de Qual idade; Especial ; da Regularidade; Financeira; das Práticas de Gestão; Fiscal; de Acompanhamento; Gestional; de Contas ; Hor i zonta l ; de Economic idade; Informática; de Eficácia; Integrada; de Eficiência; Integral; de Desempenho; Operacional; de Gestão; Orçamental; de Legalidade; Orientada; de Missão; Parcial; de Otimização de Recursos; Programática; de Prestação de Contas; Total... Quanto ao campo de atuação a. governamental – é o tipo de auditoria que está voltada para o acompanhamento das ações empreendidas pelos órgãos e entidades que compõem a administração direta e indireta das três esferas de governo, ou seja, que gerem a área publica. Normalmente é realizada por entidades superiores de fiscalização, sob a forma de tribunais de contas ou controladorias, e o rgan i smos de cont ro le in te r no da administração pública; b. privada – é a auditoria cuja atuação se dá no âmbito das entidades que objetivam o lucro, de maneira geral. 31/10/13 5 Quanto à forma de realização a. interna – é a auditoria realizada por profissionais vinculados à entidade auditada. Além das informações contábeis, preocupam-se também com os aspectos operacionais. Normalmente, a auditoria interna se reporta à presidência da organização, funcionando como um órgão de assessoramento; b. externa – é a auditoria realizada por profissionais qualif icados, que não são empregados da administração auditada, com o objetivo precípuo de emitir uma opinião independente, com base em normas técnicas, sobre a adequação ou não das demonstrações contábeis. Também conceituada como auditoria independente, é a auditoria contábil realizada por especialistas não vinculados à organização examinada. Quanto ao objetivo dos trabalhos a) contábil ou financeira – representa o conjunto de procedimentos técnicos aplicados de forma independente por um profissional habilitado, segundo normas preestabelecidas, com o objetivo de emitir uma opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto; 31/10/13 6 Quanto ao objetivo dos trabalhos b) operacional ou de otimização de recursos – é a auditoria que objetiva avaliar o desempenho e a eficácia das operações, os sistemas de informação e de organização, e os métodos de administração; a propriedade e o cumprimento das políticas administrativas; e a adequação e a oportunidade das decisões estratégicas. Quanto ao objetivo dos trabalhos c) Integrada – também conhecida como comprehensive audit ou auditoria de amplo escopo, envolve três aspectos relacionados, mas individualmente distinguíveis no que se refere a accountability, quais sejam: exame de demonstrações contábeis ou financeiras; exame de conformidade com as autorizações ou exames da legalidade; e exame de economicidade, eficiência e eficácia na gerência dos recursos públicos ou privados. 31/10/13 7 AO = Auditoria Operacional AI = Auditoria Integrada AE = Auditoria de economicidade e eficiência AEF = Auditoria de eficácia Como mostra a figura, as auditorias de economicidade e eficiência e de eficácia – componentes da auditoria operacional – necess i tam também de informações contábeis e f inancei ras para serem realizadas. A auditoria operacional abarca, portanto, a auditor ia dos t rês “E”s : economicidade, eficiência e eficácia. A realização da auditoria contábil tradicional juntamente com a auditoria operacional dá origem à auditoria integrada. Alguns autores incluem também a auditoria de cumprimento (consideraremos como cumprimento normativo é um dos objetivos das auditorias contábil e operacional). 31/10/13 8 Conceitos Assim devem ser consideradas as questões: A administração adquiriu seus insumos observando os parâmetros de qualidade? (Economicidade) Considerando as devidas opções de mercado, os insumos foram adquiridos ao menor custo? (Economicidade) Os insumos adquiridos foram bem utilizados e no momento certo, sem que ocorressem desperdícios, desvios e outras práticas indevidas? (Eficiência) As metas estabelecidas pela administração de forma facultativa ou impositiva foram alcançadas? (Eficácia) Os impactos decorrentes das ações desenvolvidas pela administração estão corretamente avaliados? (Efetividade) Auditoria - Curiosidades O Fasb tem avançado na direção de estabelecer um modelo conceitual que enfatize o uso de valores de mercado para representar a atividade econômica de uma empresa. Portanto, os auditores terão um desafio para aferir valores correntes de mercado para ativos e passivos, e não apenas verificar os custos históricos de ativos e passivos. 31/10/13 9 Lei Sarbanes-Oxley Surge após crises decorrentes das fraudes nas empresas Enrom e WorldCom Necessidade do Congresso de proteger o público investidor Questionamento da imprensa, Congresso e público em geral Falhas operacionais significativas acobertadas por fraudes contábeis sof ist icadas não detectadas Lei Sarbanes-Oxley Fixar padrões para auditorias cia’s abertas Endosso das demonstrações pelos diretores Exige divulgação adequada das demonstrações Exige qualidade dos controles internos Obrigação de pelo menos um profissional especialista em finanças com divulgação do nome Revezamento das pessoas envolvidas com auditoria (05 anos) Aumentar a divulgação de transações ou acordos “fora do balanço” que podem ter efeito significativo, corrente ou futuro 31/10/13 10 Lei Sarbanes-Oxley Estipulou que o PCAOB (Conselho de Supervisão Contábil de Companhias Abertas) produzisse padrões de auditoria para companhias abertas. O AICPA fixa padrões para as auditorias de companhias fechadas. Há cooperação entre o AICPA e PCAOB, o que tem levado a uma convergência maior entre os dois conjuntos de padrões. O AICPA está trabalhando com o Iasb na convergência internacional dos padrões. Auditoria e a Governança Corporativa Governança Corporativa: É um processo pelo qual os proprietários e credores de uma organização exercem controle e exigem prestação de contas do uso dos recursos confiados à organização. Os proprietários (acion i s tas) e legem um conse lho de administração para supervisionar as atividades da organização e a prestação de contas. 31/10/13 11 Interessados na qualidade da governança de uma empresa Acionistas Conselho de administração Comitê de auditoria Administração (financeira e operacional) Auditores internos Organizações ou agências de autorregulação contábil e outras (Bovespa, CVM..) Auditores externos O processo geral de governança, começa com os acionistas/proprietários delegando responsabilidades aos executivos, sob a interveniência de um conselho de administração A seguir, a unidades operacionais com a supervisão e a assistência de auditores internos. Em troca dessas responsabilidades (e desse poder!), a governança exige prestação de contas de todo o sistema aos acionistas. Entretanto, a prestação de contas não termina nos acionistas. Os execut ivos e o conselho de administração são responsáveis por agir de acordo com as leis da sociedade, além de atender a diversas exigências de credores e funcionários Em alguns casos, as contribuições da organização às metas mais amplas da sociedade e dos funcionários da organização. 31/10/13 12 Parte Visão geral das responsabilidades Visão geral das falhas de Governança Corporativa Auditores Externos Papel geral: realização de a u d i t o r i a s d e d e m o n s t r a ç õ e s financeiras para assegurar que estejam livres de declarações materiais incorretas, incluindo as que sejam decorrentes de fraudes. Atividades específicas incluem: • A u d i t o r i a s d e d e m o n s t r a ç õ e s financeiras de cia’s • Auditorias de D.F. de cia’s abertas • Outros serviços, tais como planejamento fiscal e consultoria • Ajudaram as empresas a usar os conceitos contábeis para atingir objetivos de lucro. • Promoveram pessoas com base em sua capacidade de vender outros produtos que não auditoria. • Substituíram testes diretos de s a l d o s c o n t á b e i s p o r levantamentos, análise de risco e instrumentos análíticos. • D e i x a r a m d e d e s c o b r i r fraudes básicas em casos tais c o m o W o r l d C o m e H e a l t h S o u t h , p o i s o s procedimentos fundamentais de auditor ia não foram usados. 31/10/13 13 Parte V i s ã o g e r a l d a s responsabilidades Visão geral das falhas de Governança Corporativa Auditores Internos P a p e l G e r a l : r e a l i z a r auditor ias para f ins de cumprimento de políticas e normas das empresas e para avaliar a eficiência das operações, além de a v a l i a ç ã o e t e s t e s periódicos de controles. At iv idades espec í f icas incluem: • Elaboração de relatórios e a n á l i s e s p a r a a adminsitração (incluindo a operacional) e comitês de auditoria • Avaliação de controles internos. • C o n c e n t r a r a m s e u s esforços em “auditorias o p e r a c i o n a i s ” e deduziram que a auditoria financeira estava sendo f e i t a p o r a u d i t o r e s externos. • R e l a t a v a m predominantemente aos executivos, e quase nada ao comitê de auditoria. • E m a l g u n s c a s o s (HealthSouth, WorldCom) não tinham acesso aos registros de contabilidade financeira. Importância de uma boa Governança para a auditoria Empresas com boa governança corporativa proporcionam riscos menores em sua auditoria. Características dessas instituições: Tendem a se envolver menos em “engenharia financeira” Possuem um código de conduta reforçado pelas ações de alta direção Possuem membros independentes no conselho de administração, que levam suas tarefas a sério Levam a sério as exigências de bom controle interno sobre a divulgação financeira Comprometem-se a ter as competências financeiras necessárias 31/10/13 14 Case: WorldCom Uma das maiores fraudes da história corporativa dos EUA Falência da segunda maior operadora de chamadas de longa distância do país Rombo de cerca de US$4bi em suas contas Pesou a desconfiança no sistema contábil que assinou atestados de saúde para gigantes do mundo empresarial Quase US$30bi em dívidas com bancos Inflou em cerca de US$4bi seus lucros entre Jan/ 2001 e Março/2002. Case: WorldCom Ações que chegaram a valer US$60 foram a US $0,20 Aumento do valor do dólar Ações da Embratel (controlada pela WorldCom) perde até 25% do valor (foi a venda) Queda de investimentos no Brasil nos períodos subsequentes (jan/2001 a mai/2002) Arthur Andersen – auditoria responsável pelos balanços da WorldCom, também auditores da Enron
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