TESTE SEUS CONHECIMENTOS - TIPICIDADE

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

� HYPERLINK "http://www.direitofacil.com" ��www.direitofacil.com�
Teste seus conhecimentos – Tipicidade – Márcia Pelissari
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
TIPICIDADE
O que é tipicidade?
O que é tipicidade material?
O que é tipicidade conglobante?
O que é preciso para se verificar que realmente há na conduta do agente tipicidade conglobante? 
O que é adequação típica ou tipicidade formal?
Defina adequação típica de subordinação imediata ou direta
Defina adequação típica de subordinação mediata ou indireta.
A acomodação da conduta do agente ao tipo penal é suficiente para que se diga que há tipicidade penal?
RESPOSTAS
Tipicidade é a perfeita adequação da conduta do agente ao tipo penal. 
Tipicidade material é aquela que se refere a importância do bem no caso concreto, para que se possa concluir se aquele bem merece ou não a proteção do Direito Penal. 
Tipicidade conglobante ocorre quando demonstrado no caso concreto que a atitude do agente é contraria ao ordenamento jurídico (não imposta ou fomentado por ele). Para que haja tipicidade conglobante é mister: a) que a conduta do agente seja antinormativa; b) que haja tipicidade material, ou seja, que ocorra um critério material de seleção do bem protegido�. 
Primeiro deve-se se perquirir se há tipicidade material, depois questiona-se se há tipicidade conglobante.
É o enquadramento da conduta no tipo legal. Não existe utilidade em diferenciar tipicidade da adequação típica, como se fossem conceitos antagônicos. Aquela é a conseqüência desta, e ambas dependem da correspondência objetiva entre fato e tipo e da ocorrência de dolo ou culpa.
Ocorre adequação típica direta quando há perfeita adequação entre a conduta do agente e o tipo penal incriminador. Ex.: no homicídio haverá adequação típica com a morte da vítima. 
Há adequação típica indireta quando o comportamento do agente não se amolde perfeitamente ao tipo incriminador, v.g., tentativa de homicídio. 
Para que haja crime é necessário que o sujeito realize, no caso concreto, todos os elementos componentes da descrição típica (definição legal do delito). Quando ocorre esse enquadramento existe tipicidade. 
� Rogério Greco, in Curso de Direito Penal, Parte Geral, Ed. Impetus, 2004, p. 174/175, traz o seguinte exemplo: o carrasco que tem a obrigação de executar o condenado efetua contra ele um disparo certeiro, visto que este tinha sido sentenciado a morte por fuzilamento. Raciocinemos de acordo com o quadro correspondente à teoria do crime. Como dizia Welzel, cada um dos elementos que integram o crime, segundo o conceito analítico, deve ser analisado na seguinte ordem: fato típico, ilicitude, culpabilidade. O fato típico é composto pelos seguintes elementos: conduta dolosa ou culposa, resultado (naturalístico), nexo de causalidade entre a conduta e o resultado e a tipicidade penal (formada pelas tipicidades formal e conglobante). Neste exemplo, o carrasco havia dirigido sua conduta finalisticamente no sentido de causar a morte do condenado, agindo, portanto, com dolo. Houve um resultado – morte do executado. Agora teremos de saber se o fato é típico. O primeiro passo na ordem que foi anunciada, é descobrir se a conduta do carrasco subsume-se a um modelo abstrato previsto na lei penal, a fim de descobrirmos se, no caso concreto, há tipicidade formal. Em conclusão, diremos que existe formalmente adequação típica da conduta do carrasco em face do 121 do CPB? 
Em seguida faremos a seguinte indagação: Existe tipicidade conglobante? Para tal a conduta deve ser antinormativa, isto é, contrária a norma penal, e não imposto ou fomentada por ela, bem como ofensiva a bens de relevo para o Direito Penal (tipicidade material). 
Assim, conclui-se que a proibição do 121 do CPB se dirige a todos menos àqueles que tenham o dever jurídico de matar, nos casos previstos em lei, logo, não se dirige ao carrasco. Portanto, a conduta do carrasco não é contrária a norma, mas fomentada por ela. 
�PAGE �
�PAGE �1�