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Engenharia e desenvolvimento
Conceito de engenharia e a sua influência na construção e no desenvolvimento da civilização ocidental,
análise dos seus impactos na organização de países e impérios, bem como seu possível papel como
agente estratégico de desenvolvimento de um país.
Prof. Luiz Gil Solon Guimarães
1. Itens iniciais
Propósito
Identificar a essência da profissão, por meio da sua importância histórica e futura, como elemento motivador,
para ter, ao longo do curso e da carreira, uma postura ativa diante das oportunidades de construção das
habilidades e competências inerentes ao exercício pleno da engenharia.
Objetivos
Identificar o papel da engenharia na construção da civilização ocidental.
Reconhecer o papel da engenharia formal no processo evolutivo da industrialização.
Analisar as relações entre a engenharia e o desenvolvimento.
Identificar as possibilidades de atuação dos engenheiros, suas competências e responsabilidades.
Introdução
Olá! Antes de começarmos, assista ao vídeo e entenda sobre os principais aspectos da engenharia e seu
desenvolvimento.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
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1. Engenharia na construção da civilização ocidental
Conceitos de engenharia
Conceitos de engenharia
Neste vídeo, você compreenderá o conceito de engenharia e seus marcos históricos. Assista!
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Construção de um conceito para a engenharia
A etimologia (estudo da origem das palavras) nos fornece bases para compreender a adoção e a manutenção
da palavra engenharia para denominar a profissão ao longo de tantos anos.
Saiba mais
A palavra latina ingenium, associada a significados como talento e inteligência, características inatas,
originou a palavra engenhosidade. Dessa forma, entende-se que a engenharia seja uma profissão que
carrega em si um forte viés de criação direcionada para a inovação (engenhosidade). 
Ao se apresentar como engenheiro, o profissional gera uma expectativa de ser uma pessoa engenhosa,
criativa, com grande capacidade intelectual e prática, voltada para a solução de problemas. 
Agora, vamos listar algumas definições conhecidas para a engenharia: 
1920
S. E. Lindsay
Engenharia é a prática da aplicação segura e econômica das leis
científicas que governam as forças e materiais da natureza, por meio da
organização, do design e da construção, para o benefício da
humanidade.
1939
Vannevar Bush
Engenharia, em um sentido amplo, é a aplicação da ciência de maneira
econômica para as necessidades da humanidade.
1941
T. J. Hoover e J. C. L. Fish
Engenharia é a aplicação profissional e sistemática da ciência para a
utilização eficiente dos recursos naturais a fim de produzir riqueza.
1963
John C. Calhoun Jr.
É responsabilidade do engenheiro estar atento às necessidades sociais e
decidir como as leis da ciência podem ser mais bem adaptadas por meio
da engenharia a fim de cumprir essas necessidades.
1982
Comitê de Certificação de Engenharia e Tecnologia dos Estados Unidos
Engenharia é a profissão na qual o conhecimento das ciências
matemáticas e naturais, obtido mediante o estudo, a experiência e a
prática, é aplicado com julgamento no desenvolvimento de novos meios
de utilizar, economicamente, os materiais e as forças da natureza para o
benefício da humanidade.
Saiba mais
Após tantas definições, convido você a um exercício de reflexão. Construa uma versão inicial e pessoal
do seu entendimento de engenharia. Se, ocasionalmente, você revisitar esse conceito, certamente ele
haverá se transformado e evoluído. Obter o real entendimento da profissão que escolheu seguramente
fará de você um profissional melhor. 
Engenhosidade e história
Como já é possível calcular a dimensão do significado da engenharia, podemos pensar na sua participação na
história das civilizações. Proponho, como exercício inicial, que você pense no seu dia a dia e que elimine, um
por um, os recursos de que dispomos que sejam relacionados à engenharia. 
Digamos que eliminássemos os celulares e, na sequência, os computadores pessoais de nossas vidas. Seria
um retrocesso de 40 anos. Agora, imagine o fim da aviação e dos automóveis; da tecnologia associada à
saúde e da energia elétrica. Nesse sentido, já teríamos retrocedido mais de um século, e se pensarmos nas
grandes edificações e no saneamento, rapidamente chegaríamos à Idade Média. 
Saiba mais
Formalmente focada em ensinos técnicos, a primeira escola de engenharia surgiu na França, em 1747,
com o nome de École des Ponts et Chaussées. Em 1774, foi fundada a École Polytechnique com forte
fundamentação teórica e, em sequência, escolas de engenharia foram surgindo em vários países. Não é
coincidência a Revolução Industrial ter se desenvolvido a partir de 1760, ao longo de aproximadamente
80 anos. 
Vamos finalmente iniciar nosso passeio pela história, destacando e analisando fatos relevantes da civilização
ocidental e suas relações com a engenharia, ou com a engenhosidade, em uma linha do tempo de início
indefinido até a formalização universitária da profissão. É muito difícil dissociar a história da humanidade da
engenharia, visto que o ser humano busca soluções engenhosas para resolver seus problemas desde sempre.
Engenharia no Egito
Confira neste vídeo as contribuições e invenções do Egito para a engenharia.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Egito
Considera-se que o primeiro engenheiro foi Imhotep, responsável por projetar e construir a primeira pirâmide
do Egito, em degraus, para abrigar o túmulo do Faraó Djoser (2630–2611 AEC). No entanto, o uso da
denominação engenheiro começou a ser utilizada somente no século XI para definir alguém que atuava com
criatividade para resolver problemas práticos com invenções engenhosas.
AEC
A sigla "AEC" significa Antes da Era Cristã.
Sakkara
A engenhosidade foi responsável por produzir diversos artefatos que modificaram substancialmente a nossa
história, bem como objetos cortantes de pedra lascada que permitiram a caça e a introdução da proteína
como alimentação, além do uso da pele como proteção.
Faca com lâmina de sílex
A relevância do arado
O arado é um dos artefatos mais revolucionários da história da humanidade, pois permitiu que os grupos
humanos deixassem de ser nômades e se fixassem à terra, o que impactou de forma relevante a produtividade
agrícola. Os excedentes de produção e a capacidade de armazenar alimentos provocaram o surgimento das
comunidades, das primeiras vilas e das cidades, bem como de trabalhos especializados, por exemplo,
construtores, artesãos, médicos e comerciantes
Arado com tração animal no antigo Egito
1
Surgimento do arado
Acredita-se que o arado tenha surgido ao sul da Mesopotâmia, em torno de 4500 AEC+, a partir da
iniciativa de um homem arrastar uma vara pelo chão para abrir um sulco no solo, de modo a facilitar o
depósito das sementes. O aperfeiçoamento do artefato, de forma a permitir a adoção da tração
animal, trouxe evolução ao possibilitar um salto de produtividade, visto que os bois conseguiam
trabalhar todos os dias sem se cansarem, ao contrário do homem.
2
Utilização de animais
A utilização de animais também viabilizou a prática do arado em solos não arenosos e que exigiam
um esforço maior. Os chineses desenvolveram soluções típicas de engenharia para aperfeiçoar o
arado ao substituírem a madeira por ponteiras de rocha pontiagudas que, além de facilitar o trabalho
em qualquer tipo de solo, possibilitavam a abertura de sulcos mais profundos, mesmo em solos não
arenosos.
3
Criação da aiveca
A capacidade de abertura de sulcos mais profundos deflagrou um novo problema, porque após a
passagem do arado, parte do solo escavado caía novamente no sulco aberto, exigindo a remoção
posterior. No entanto, o obstáculo foi solucionado pela criação da aiveca, uma placa que impedia que
o solo arado retornasse à fenda, forçando o depósito lateral.
4
Arados em ferro
A última inovação consistia em permitirsólidos e efluentes; a
contaminação do solo e do lençol freático,
todas essas modificações impõem um
reposicionamento do equilíbrio dos sistemas do
planeta, trazendo consequências indesejáveis a
todos e que também impactam negativamente
o desenvolvimento.
Os processos antigos devem ser revistos com o olhar do impacto ambiental, transformando-se em novas
oportunidades de inovação. Os processos novos devem ter como variável relevante o impacto ambiental.
Aspectos como consumo de energia para produzir um material passam a ser um atributo de valor. As questões
ambientais são tratadas pela engenharia cada vez com maior naturalidade pelas mudanças na formação
acadêmica do profissional engenheiro, mas também pela atualização da legislação.
Comentário
A engenharia consegue trabalhar com novos materiais, consumir menos energia em seus processos,
reduzir os desperdícios racionalizando processos, gerar energia cada vez mais limpa, mas não impede a
ação de pessoas mal-intencionadas. Para isso, é preciso a ação fiscalizadora do Estado. No entanto,
algumas vezes o próprio Estado pode estar no lado errado da história, assim como nos casos em que as
próprias empresas estatais levam esgoto in natura aos corpos hídricos. 
Falamos muito até aqui de desenvolvimento e engenharia. Quando acrescentamos a temática ambiental e as
questões de sustentabilidade, surgem o desenvolvimento sustentável e a engenharia sustentável, que
merecem reflexões mais aprofundadas.
Qualidade de vida
Para fecharmos nossa reflexão, vamos falar do que mais nos interessa: a qualidade de vida. Afinal, o que
podemos esperar mais da vida do que viver bem? 
É claro que viver bem é um conceito muito relativo e individual. Todavia, a qualidade de vida é um parâmetro
que deve ser medido para que possamos lutar para promover ações que possam melhorar os indicadores,
sejam eles quais forem. 
A intenção de se medir é ter a possibilidade de comparar e implantar melhorias. Existe um padrão
internacional que define um indicador denominado IDH (índice de desenvolvimento humano) que permite que
se chegue a um número que tem significado associado ao grau de desenvolvimento humano e que permite a
comparação e a classificação dos países em três categorias: desenvolvidos, em desenvolvimento e
subdesenvolvidos. 
O IDH é calculado a partir de três dimensões: 
Índice 1
Expectativa de vida ao nascer.
Índice 2
PPC (PIB per capita).
Índice 3
Educação (relação entre anos médios de estudo
e anos esperados de escolaridade).
O IDH é uma composição normalizada das 3 dimensões, o que faz com que seja um número entre 0 e 1. O
processo é muito criticado por gerar distorções. 
Em 2019, o IDH do Brasil foi 0,761, considerado alto, que coloca o Brasil em 79º lugar em uma lista de 189
países. 
Em um mundo cada vez mais globalizado e competitivo, a
tecnologia é o maior recurso que um país pode ter para se
reposicionar no cenário. Não há receita pronta e cada país
deve encontrar seu caminho. Como certeza, apenas que é
um processo que demora pelo menos de uma a duas
gerações e que passa pela educação e pela engenharia.
Verificando o aprendizado
Questão 1
A forma adotada para se medir a qualidade de vida da população é o índice de desenvolvimento humano
(IDH). Tendo como meta aumentar o IDH, considere as ações à seguir:
I. Investimento em saneamento.
II. Ações para que todas as crianças tenham acesso à escola.
III. Ações para reduzir a evasão escolar.
IV. Oferta de crédito para aumento do consumo.
V. Investimento em saúde.
São ações efetivas as abordadas nos itens
A
I, II e III.
B
II, III e IV.
C
I, II, IV e V.
D
I, II, III e V.
E
II, III, IV e V.
A alternativa D está correta.
O investimento em saneamento melhora em muito a questão da saúde e, consequentemente, a expectativa
de vida. Crianças em idade escolar fora da escola impactam fortemente o indicador da relação entre anos
médios de estudo e anos esperados de escolaridade. Do mesmo modo, diminuir a evasão eleva a relação
entre anos médios de estudo e anos esperados de escolaridade, pois aproxima os números. A saúde da
população é um critério para avaliação do IDH pois, nessa avaliação, é analisada a taxa de expectativa de
vida da população, por meio da facilidade ou não de acesso aos recursos médicos. O incentivo ao consumo
pela facilidade do crédito estimula a produção porque as vendas aumentam, mas o efeito é localizado e
provoca o endividamento das famílias, tornando essa ação a menos efetiva entre as fornecidas.
Questão 2
Para que o Brasil experimente um período de desenvolvimento econômico relevante e sustentável,
precisamos, entre outras coisas, investir em inovação tecnológica para nos tornarmos mais competitivos no
mundo globalizado. Assinale a opção que indica a área em que há menos necessidade de investimento.Para
que o Brasil experimente um período de desenvolvimento econômico relevante e sustentável, precisamos,
entre outras coisas, investir em inovação tecnológica para nos tornarmos mais competitivos no mundo
globalizado. Assinale a opção que indica a área em que há menos necessidade de investimento.
A
Oportunidades para inovação (temas)
B
Cultura empreendedora
C
Educação
D
Legislação
E
Infraestrutura
A alternativa A está correta.
Como foi visto, a engenharia é a solucionadora de problemas, de forma que cada obstáculo pode ser visto
como uma oportunidade de inovação. Se o engenheiro possuir o olhar crítico para os problemas da sua
região, oportunidades não faltarão. A universidade deve ser o elo entre as novas tecnologias e os
problemas da sociedade. Todas as outras alternativas exigem investimentos e tempo de retorno, pois: -
Mudar a cultura empreendedora pode custar mais de uma geração. - Melhorar a educação exige mais
tempo ainda. - Mudar a legislação tributária e com possibilidades de incentivo a novas empresas também
exige tempo e recursos. - A melhoria da infraestrutura requer investimentos por parte dos governos em
âmbitos federal, estadual e municipal.
Engenheira nuclear
4. A atuação do engenheiro e o mercado de trabalho
Áreas de atuação dos engenheiros
Neste vídeo, serão apresentadas as áreas de atuação das modalidades de engenharia. Assista! 
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Você já deve ter se perguntado por que existem tantas
divisões na engenharia. Provavelmente, já teve a
curiosidade de saber como atua um engenheiro de controle
e automação ou um engenheiro nuclear, por exemplo.
Vamos explorar, a seguir, as atribuições dos engenheiros em
diversas especialidades.
É preciso compreender que o engenheiro,
independentemente da área escolhida, deve ter o mesmo
perfil de formação, que é generalista, humanista, crítica e
reflexiva, que capacita o profissional formado a absorver,
desenvolver novas tecnologias e solucionar problemas.
Em todos os cursos de engenharia, há um conjunto básico de conhecimentos compartilhados em todas as
especializações. O núcleo comum de conhecimento básico abrange os que são aplicáveis a todos os ramos da
engenharia. Isso significa que, durante as disciplinas desse núcleo, estudantes de diferentes especializações,
como engenharia elétrica ou bioquímica, podem compartilhar a mesma sala de aula. Essa interação entre
diferentes perfis é produtiva porque proporciona oportunidades para os alunos conhecerem colegas que
poderão ser seus parceiros de trabalho no futuro.
As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia (DCNs de Engenharia) foram
atualizadas em 2019 e revistas em 2021 pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), substituindo a versão
anterior, de 2002. Sendo assim, o curso de engenharia deve conter uma estrutura que atenda às novas
exigências. Veja!
Núcleo básico
Engloba os conhecimentos comuns a todas as
áreas da engenharia.
Núcleo profissionalizante
Foca em aspectos específicos da prática
profissional.
Núcleo específico
Concentra-se nos conhecimentos específicos
da área de especialização escolhida.
Destaca-se, ainda, a necessidade de promoçãopelas instituições de atividades práticas e de laboratório.
Pode ser natural questionar a relevância de disciplinas como química ou de áreas de estudo das humanas em
cursos de engenharia civil, mecânica ou produção, por exemplo. No entanto, esses conhecimentos e
habilidades devem compor o perfil do engenheiro moderno.
Pessoa operando equipamento em uma fábrica de
produtos químicos
A química permite aos estudantes compreender
os princípios básicos que fundamentam muitos
processos industriais e tecnológicos. Isso pode
auxiliar o desenvolvimento e a aplicação de
materiais, além de ser relevante em áreas como
controle de qualidade, sustentabilidade e
segurança ambiental.
 
Quanto às disciplinas da área de humanas, elas
têm o propósito de ampliar a formação do
engenheiro, tornando-o mais capacitado para
lidar não apenas com aspectos técnicos, mas
também com questões sociais, éticas e de
gestão, além de desenvolver habilidades comportamentais. O engenheiro precisa ser capaz de comunicar-se
eficazmente, trabalhar em equipe, entender o contexto social e legal de seus projetos, e tomar decisões que
considerem o impacto humano e ambiental.
Sobre a diversidade de áreas na engenharia, isso reflete a complexidade e a amplitude das atividades que os
engenheiros podem desempenhar. Cada área tem suas próprias demandas técnicas, tecnológicas e
contextuais. 
Exemplo
Um engenheiro mecânico pode estar envolvido na concepção de máquinas, enquanto um engenheiro
civil pode focar a construção de infraestruturas. 
A especialização permite que os profissionais adquiram competências específicas necessárias para atender às
demandas de suas respectivas áreas de atuação.
Além disso, é importante ressaltar que as atribuições dos engenheiros não são estritamente limitadas pelo
título do curso. O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) estabelece as atribuições por áreas.
Contudo, há flexibilidade para que os engenheiros ampliem suas competências por meio de pós-graduações
ou até mesmo de uma segunda graduação. Isso possibilita que um engenheiro, mesmo formado em uma área
específica, atue em diferentes campos, desde que adquira as habilidades necessárias.
Um exemplo prático é a aplicação da Resolução nº 1.010/2005. Se um profissional se formar em engenharia
civil e, posteriormente, realizar uma pós-graduação em segurança do trabalho, poderá exercer atribuições
relacionadas à segurança do trabalho, sem a necessidade de cursar uma graduação específica em engenharia
de segurança do trabalho.
A tabela de títulos profissionais do Confea, na Resolução nº 473/02, nos apresenta as áreas de atuação dos
engenheiros: 
Engenheiro acústico.
Engenheiro aeroespacial.
Engenheiro aeronáutico.
Engenheiro agrícola.
Engenheiro agrícola e ambiental.
Engenheiro agrimensor.
Engenheiro agrimensor e cartógrafo.
Engenheiro agroindustrial.
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Engenheiro agrônomo.
Engenheiro ambiental.
Engenheiro automotivo.
Engenheiro biomédico.
Engenheiro bioquímico.
Engenheiro cartógrafo.
Engenheiro civil.
Engenheiro de agronegócios.
Engenheiro de alimentos.
Engenheiro de aquicultura.
Engenheiro de bioprocessos e biotecnologia.
Engenheiro de computação.
Engenheiro de comunicações.
Engenheiro de controle e automação.
Engenheiro de energia.
Engenheiro de exploração e produção de petróleo.
Engenheiro de fortificação e construção.
Engenheiro de geodésia.
Engenheiro de infraestrutura aeronáutica.
Engenheiro de materiais.
Engenheiro de minas.
Engenheiro de pesca.
Engenheiro de petróleo.
Engenheiro de plástico.
Engenheiro de produção.
Engenheiro de saúde e segurança.
Engenheiro de segurança do trabalho.
Engenheiro de software.
Engenheiro de telecomunicações.
Engenheiro de transmissão.
Engenheiro de transportes.
Engenheiro eletricista.
Engenheiro em eletrônica.
Engenheiro em eletrotécnica.
Engenheiro em topografia rural.
Engenheiro ferroviário e de logística.
Engenheiro ferroviário e metroviário.
Engenheiro florestal.
Engenheiro geógrafo.
Engenheiro geólogo.
Engenheiro hídrico.
Engenheiro mecânico.
Engenheiro mecânico e de armamento.
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Engenheiro mecânico e de automóvel.
Engenheiro mecânico eletricista.
Engenheiro mecatrônico.
Engenheiro metalurgista.
Engenheiro militar.
Engenheiro naval.
Engenheiro nuclear.
Engenheiro químico.
Engenheiro sanitarista.
Engenheiro sanitarista e ambiental.
Engenheiro têxtil.
Engenheiro topógrafo.
Várias áreas de atuação apresentadas ainda podem conter uma subdivisão, como mostra a tabela a seguir.
Código Título
111-01-00 Engenheiro(a) ambiental 
111-01-01 Engenheiro(a) ambiental e da sustentabilidade
111-01-02 Engenheiro(a) ambiental e energias renováveis
111-01-03 Engenheiro(a) ambiental e sanitarista
111-01-04 Engenheiro(a) ambiental e urbana
111-01-05 Engenheiro(a) de recursos hidricos e do meio ambiente
111-02-00 Engenheiro(a) civil 
111-02-01 Engenheiro(a) civil costeiro(a) e portuário(a)
111-02-02 Engenheiro(a) civil da mobilidade
111-02-03 Engenheiro(a) civil de infraestrutura
111-02-04 Engenheiro(a) civil e ambiental
111-02-05 Engenheiro(a) civil empresarial
Títulos profissionais
Resolução nº 473/2002 - Confea (2002)
São muitas as áreas da engenharia disponíveis para quem quer seguir nessa profissão. Vale a pena pesquisar
a que melhor se encaixa no seu perfil e está alinhada aos seus sonhos e desejos profissionais.
Competências dos engenheiros
Conheça neste vídeo as principais competências e habilidades exigidas dos engenheiros pelo mercado de
trabalho. 
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Engenheiros analisando projetos
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Engenheiros desenvolvem competências a
partir das quais poderão liderar equipes em
diversos segmentos industriais, trabalhar em
grupos multidisciplinares, ter uma visão
holística e estratégica acerca de projetos e
processos e aprender de maneira autônoma.
 
Cabe ao engenheiro especificar, prever e avaliar
os resultados obtidos em seu ramo de atuação
para a sociedade e o meio ambiente, com base
em conhecimentos matemáticos, de física, de
ciências humanas e sociais, atrelados aos
princípios e métodos de análise e projeto da
engenharia.
 
O engenheiro deve analisar a viabilidade econômica, aspectos políticos, sociais, éticos e de segurança
durante sua atuação, além de executar e fiscalizar projetos e serviços técnicos, emitindo pareceres e laudos a
partir de perícias e avaliações.
No capítulo 2 da Resolução CNE/CES nº 2/2019, o art. 3º versa sobre perfil e competências esperadas de um
egresso dos cursos de engenharia:
Ter visão holística e humanista, além de ser crítico, reflexivo, criativo, cooperativo e ético, com forte
formação técnica.
Estar apto a pesquisar, desenvolver, adaptar e utilizar novas tecnologias, com atuação inovadora e
empreendedora.
Ser capaz de reconhecer as necessidades dos usuários e formular, analisar e resolver, de forma
criativa, os problemas de engenharia.
Adotar perspectivas multidisciplinares e transdisciplinares em sua prática cotidiana.
Considerar aspectos globais, políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e de segurança e
saúde no trabalho.
Atuar com isenção e comprometimento com a responsabilidade social e o desenvolvimento
sustentável.
No mesmo capítulo, o art. 4º prevê que o curso de engenharia deve proporcionar aos seus egressos, ao longo
da formação, as seguintes competências gerais:
Formular e conceber soluções desejáveis de engenharia, analisando e compreendendo os usuários
dessas soluções e seu contexto.
Analisar e compreender fenômenos físicos e químicos por meio de modelos simbólicos e outros,
verificados e validados por experimentação.
Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos (bens e serviços), componentes ou processos.
Implantar, supervisionar e controlar soluçõesde engenharia.
Comunicar-se eficazmente nas formas escrita, oral e gráfica.
Trabalhar e liderar equipes multidisciplinares.
Conhecer e aplicar, com ética, a legislação e os atos normativos no exercício da profissão.
Aprender de forma autônoma e lidar com situações e contextos complexos, atualizando-se em relação
aos avanços da ciência, da tecnologia e dos desafios da inovação.
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Após um extenso processo de consulta e debate envolvendo diversas entidades representativas acadêmicas,
industriais e profissionais – como a Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge), a
Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) –, as
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para os cursos de Engenharia foram revisadas em 2019. Essa
atualização resultou em mudanças consideráveis nos projetos pedagógicos, adotando uma abordagem
baseada em competências em vez de uma simples transmissão de conteúdo.
As novas DCNs enfatizam a importância da prática, estimulando a criatividade e a inovação, a utilização de
metodologias de aprendizado ativo, uma variedade de métodos de avaliação, bem como o apoio e a
orientação aos estudantes iniciantes.
Além disso, reconheceu-se a necessidade de investir na formação e valorização de docentes, entre outras
preocupações levantadas durante o processo de revisão.
Atribuições do Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia (Crea)
Neste vídeo, você verá as atribuições gerais do engenheiro segundo o sistema Crea/Confea. Assista! 
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
O controle do exercício profissional no Brasil se dá pela regulamentação da profissão pela legislação federal.
Dois conselhos fazem a gestão profissional: o Confea e o Crea.
O sistema Confea é uma instituição federal com sede em Brasília, responsável pela fiscalização e
regulamentação das profissões de engenharia, agronomia, geografia, geologia e meteorologia. Sua criação
data de 1966, por meio da Lei Federal nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, sancionada pelo presidente da
República.
As atribuições do Confea incluem a elaboração de resoluções e decisões, que têm caráter de lei.
Uma das resoluções mais significativas é a anotação de responsabilidade técnica (ART), que define
a responsabilidade técnica legal em relação às atividades profissionais. De acordo com o art. 2º
dessa resolução, a ART deve ser emitida sempre que um serviço profissional for prestado,
independentemente de haver um contrato formal.
As taxas relacionadas à ART são estabelecidas pelo próprio Confea, conforme especificado no art. 2º,
parágrafo 2º. A ausência da ART sujeita o profissional ou a empresa a multas e outras penalidades, conforme
previsto no art. 73 da Lei nº 5.194/1966.
O sistema Crea complementa o Confea em âmbito estadual, existindo um conselho em cada estado da
federação. Cada Crea pode criar sua própria legislação específica.
Exemplo
O Crea-SP tem normativos que abordam questões como a expedição de acervo técnico, fiscalização de
serviços técnicos, celebração de contratos com entidades de classe, entre outros. 
Fiscalização de obras
As atribuições do Crea incluem a fiscalização
do exercício profissional e o registro
profissional de engenheiros e agrônomos em
cada estado. Conforme a legislação do Confea,
a emissão da ART só é possível para
profissionais registrados no estado em que
estão atuando.
 
A fiscalização é realizada por fiscais que
verificam a regularidade do exercício
profissional, tanto em empresas privadas
quanto públicas, assegurando o cumprimento
das responsabilidades técnicas das atividades
em curso.
 
Caso seja constatada alguma irregularidade, como a falta de responsável técnico ou a ausência de registro no
Crea, são lavradas notificações – e, se necessário, autos de infração, dando início a processos administrativos
para correção das irregularidades.
Vamos analisar um caso sobre a atuação do Confea e do Crea.
Exemplo
Você é um engenheiro designado para prestar consultoria em uma indústria que está passando por
um processo de adequação em suas instalações. Durante uma inspeção, você descobre que não há
um responsável técnico pelo gerenciamento da execução do projeto, como exigido pelos órgãos de
classe. O diretor da empresa argumenta que o simples atendimento à notificação de fiscalização seria
suficiente, dispensando a necessidade de acompanhamento técnico das atividades.
Considerando que a profissão de engenheiro é regulamentada por lei, qual seria a abordagem correta
a adotar diante dessa situação?
Como engenheiro, sua responsabilidade é garantir o cumprimento de leis e regulamentos que regem a
profissão. É importante destacar que a Lei nº 5.194/1966 estabelece que o exercício das atividades
dessas profissões é garantido apenas para aqueles devidamente registrados nos conselhos regionais.
Além disso, o art. 6º da mesma lei determina que é considerado exercício ilegal da profissão realizar
atos ou prestar serviços públicos ou privados sem o devido registro nos conselhos regionais.
A Lei nº 6.496/1977, por sua vez, estabelece a obrigatoriedade da ART para contratos de execução de
obras ou prestação de serviços profissionais relacionados à engenharia e à agronomia, sejam verbais
ou escritos.
Portanto, diante da falta de um responsável técnico e tendo em vista as exigências legais, negar o
pedido do diretor da empresa é a abordagem correta. Você deve então elaborar uma proposta técnica
detalhada, contemplando a responsabilidade pela execução dos serviços e garantir a emissão da ART
respectiva. Uma vez aprovada a proposta, é obrigatório formalizar a atividade por meio de um
contrato, especificando claramente as atividades a ser realizadas pelo profissional.
Ao agir de acordo com leis e regulamentos, você assegura a conformidade legal e a qualidade técnica
do trabalho, protegendo tanto os interesses da empresa quanto sua própria reputação profissional.
Código de ética
Conheça neste vídeo os códigos de ética do engenheiro. 
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A ética é um elemento que deve ser considerado em todas as esferas sociais, incluindo o mundo profissional.
Os profissionais dessa área precisam aderir a um código de conduta que não apenas estabelece obrigações,
mas também protege seus direitos específicos.
A falta de um responsável técnico durante a execução de projetos pode ser uma violação ética, de
acordo com leis e regulamentos que regem a profissão. É dever dos engenheiros respeitar o código
de ética profissional e garantir que suas ações estejam alinhadas com os padrões éticos
estabelecidos.
O código de ética profissional da engenharia, conforme estabelecido pela Resolução nº 1.002/2002 (Confea,
2002), adota o Código de Ética Profissional da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da
Geografia e da Meteorologia, abordando uma série de princípios, deveres, condutas vedadas, direitos e
infrações éticas que os engenheiros devem observar em sua prática profissional.
O art. 8º da resolução cita que a prática da profissão é fundada em determinados princípios éticos nos quais o
profissional deve pautar sua conduta, como veremos a seguir.
Do objetivo da profissão: I - A profissão é bem social da humanidade e o profissional é o agente capaz
de exercê-la, tendo como objetivos maiores a preservação e o desenvolvimento harmônico do ser
humano, de seu ambiente e de seus valores; Da natureza da profissão: II – A profissão é bem cultural da
humanidade construído permanentemente pelos conhecimentos técnicos e científicos e pela criação
artística, manifestando-se pela prática tecnológica, colocado a serviço da melhoria da qualidade de vida
do homem; Da honradez da profissão: III - A profissão é alto título de honra e sua prática exige conduta
honesta, digna e cidadã; Da eficácia profissional: IV - A profissão realiza-se pelo cumprimento
responsável e competente dos compromissos profissionais, munindo-sede técnicas adequadas,
assegurando os resultados propostos e a qualidade satisfatória nos serviços e produtos e observando a
segurança nos seus procedimentos; Do relacionamento profissional: V - A profissão é praticada através
do relacionamento honesto, justo e com espírito progressista dos profissionais para com os gestores,
ordenadores, destinatários, beneficiários e colaboradores de seus serviços, com igualdade de
tratamento entre os profissionais e com lealdade na competição; Da intervenção profissional sobre o
meio: VI - A profissão é exercida com base nos preceitos do desenvolvimento sustentável na intervenção
sobre os ambientes natural e construído e da incolumidade das pessoas, de seus bens e de seus
valores; Da liberdade e segurança profissionais: VII - A profissão é de livre exercício aos qualificados,
sendo a segurança de sua prática de interesse coletivo.
(Resolução nº 1.002/2002)
A ética na engenharia não se limita apenas ao cumprimento das leis e regulamentos, mas também se estende
ao comportamento responsável, à integridade e ao compromisso com o bem-estar humano e com o
desenvolvimento sustentável.
Você já ouviu falar do juramento da engenharia? É uma promessa solene que os engenheiros fazem ao se
formar, algo que vai além do simples exercício da profissão. O exemplo citado a seguir é o mais utilizado.
Embora a autoria do texto original não seja conhecida, inúmeras vezes ele é citado como juramento na
formatura dos cursos de engenharia:
Engenheiro fazendo juramento com mão no peito e
palma da mão aberta
Homem segurando uma prancheta no campo
“Prometo que, no cumprimento do meu dever
de engenheiro, não me deixarei cegar pelo
brilho excessivo da tecnologia, de forma a não
me esquecer de que trabalho para o bem do
homem e não da máquina. Respeitarei a
natureza, evitando projetar ou construir
equipamentos que destruam o equilíbrio
ecológico ou poluam, além de colocar todo o
meu conhecimento científico a serviço do
conforto e desenvolvimento da humanidade.
Assim sendo, estarei em paz comigo e com
Deus”.
 
Essas palavras nos lembram da responsabilidade que temos como engenheiros, não apenas em relação aos
projetos técnicos, mas também ao impacto que eles têm nas pessoas e no mundo ao nosso redor. É uma
inspiração constante para nos mantermos fiéis aos mais altos padrões éticos e morais em nossa prática
profissional.
Documentação técnica de responsabilidade do
engenheiro
Neste vídeo, serão discutidos alguns dos documentos técnicos emitidos pelos engenheiros. Assista! 
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No exercício da engenharia, é responsabilidade do engenheiro redigir documentos, como laudos, pareceres
técnicos e relatórios técnicos, especificamente no campo da engenharia diagnóstica, que se dedica à
avaliação de processos. Seu objetivo é identificar a origem de fenômenos ou anomalias, com base em causas
específicas observadas durante vistorias técnicas.
É importante ressaltar que o termo perícia é frequentemente utilizado de forma equivocada para qualquer
atividade de vistoria.
A engenharia diagnóstica consiste na avaliação
e produção de recomendações com base em
análises, utilizando conhecimentos técnicos e
científicos para atender a um padrão de
qualidade ou desempenho de referência. São
empregados diversos termos e definições
específicos para atender às diferentes
necessidades técnicas.
 
Pareceres técnicos ou relatórios técnicos são
ferramentas importantes para atividades de
vistoria e elaboração de documentos, sendo
utilizados em diversas situações, como avaliação técnica ou financeira de projetos, construções, imóveis,
entre outras atividades de engenharia.
Documentos com finalidade jurídica, inseridos na engenharia legal, devem apresentar conteúdo objetivo, com
propósito claro de elucidar questões definidas pelo juiz ao perito.
Documentos em uma mesa ao lado do martelo do juiz
As principais vertentes da engenharia legal incluem
avaliações periciais e a engenharia diagnóstica,
especialmente no que diz respeito a patologias
construtivas. O laudo técnico é considerado prova técnica
em processos judiciais e serve como referência para a
sentença do juiz.
Após a emissão do laudo, os assistentes técnicos
nomeados pelas partes envolvidas no processo podem
emitir pareceres técnicos, também considerados provas e
utilizados na sentença. Em casos raros, o laudo pode ser
inconclusivo, exigindo uma nova perícia determinada pelo juiz.
Comentário
Além do Crea e das ABNT, há outras entidades relevantes para o desenvolvimento da engenharia
diagnóstica, como o Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape), fundado em 1979
em São Paulo. É uma entidade sem fins lucrativos composta por engenheiros, agrônomos e arquitetos
que atuam nas áreas de avaliação, perícias de engenharia e inspeções prediais, buscando padronizar,
normatizar e disseminar conhecimento nesse campo. 
Para a produção desses documentos, é necessário realizar uma vistoria detalhada com o objetivo de
identificar a origem de determinado evento. De acordo com a NBR nº 13.752/1996 (Perícias de engenharia na
construção civil), vistoria e perícia se diferenciam pelos seguintes aspectos. Vejamos!
A engenharia diagnóstica oferece oportunidades de trabalho tanto no âmbito judicial quanto extrajudicial. No
Brasil, é comum tentar resolver questões de forma extrajudicial, em que a avaliação técnica é frequentemente
necessária por meio de pareceres técnicos elaborados por especialistas. Se não houver acordo entre as
partes, o processo pode seguir para o campo judicial, envolvendo a nomeação de um perito pelo juiz para
elaborar um laudo técnico, bem como pareceres dos assistentes técnicos das partes envolvidas. 
A distinção entre os termos "técnico" e "de avaliações" é importante, sendo definida pelas normas técnicas da
ABNT, especialmente relacionadas à engenharia de avaliações e à avaliação pericial. Veja a seguir os tipos de
pareceres.
1
Laudo
Esse termo é reservado para o trabalho do perito no campo da engenharia legal, ligado ao direito e
utilizado para esclarecer aspectos técnico-legais em demandas judiciais.
Vistoria 
Envolve a análise minuciosa dos elementos
constituintes para caracterizar aspectos
como tipo, conservação, padrão, idade, vícios
ou anomalias.
Perícia 
É definida como uma atividade técnica
realizada por profissional qualificado
para investigar e esclarecer fatos, avaliar
bens e determinar causas de eventos
específicos.
2Laudos de avaliações
São elaborados para classificar bens tangíveis e intangíveis, incluindo imóveis, máquinas, veículos,
entre outros. Esses documentos devem seguir recomendações importantes, como a capacitação
profissional adequada, o sigilo dos resultados, a utilização correta de métodos e a coleta precisa de
dados.
3
Laudos de técnicos
Devem seguir as diretrizes estabelecidas pela NBR 13.752, incluindo a identificação das partes
envolvidas, a descrição dos requisitos atendidos, o relato da vistoria, o diagnóstico da situação
encontrada, entre outros aspectos.
4
Relatório técnico
É produzido a partir de um levantamento completo da inspeção de uma edificação e é destinado ao
requerente ou solicitante.
5
Parecer técnico
É uma opinião ou esclarecimento emitido por um profissional legalmente habilitado sobre um
assunto de sua especialidade. Ambos devem obedecer às normas técnicas e às diretrizes
estabelecidas pela NBR 13.752.
Com o avanço da engenharia legal, surgem outras formas de relatórios técnicos, como os resultantes de
vistorias cautelares de vizinhança e os procedimentos técnicos de recebimento de obras.
Tais documentos são encomendados por construtoras, condomínios e associações de moradores para avaliar
condições de imóveis, identificar vícios construtivos e verificar conformidade com normas técnicas vigentes.
A linguagem da documentação
Nos documentos técnicos, a linguagem utilizada deve ser clara, objetiva e direta. Embora termos técnicos
sejam comuns, é importante facilitar o entendimento pormeio de explicações e ferramentas de linguagem,
permitindo que até mesmo pessoas sem domínio da especialidade compreendam os conceitos e fenômenos
técnicos.
A norma NBR 13.752 estabelece diretrizes para perícias na construção civil e a NBR 14.653-1 define
procedimentos gerais para a avaliação de bens. Essa padronização visa garantir a clareza e a consistência dos
documentos, facilitando sua compreensão e utilização.
Além disso, todo documento técnico, como relatórios, pareceres ou laudos, deve conter a data, o local e a
assinatura do profissional responsável por sua elaboração. Isso legitima o documento, especialmente em
processos judiciais.
A emissão da ART também é obrigatória e deve constar no documento, garantindo a responsabilidade do
profissional pela sua elaboração.
Verificando o aprendizado
Questão 1
Em uma universidade, o curso de engenharia civil passou por uma revisão curricular para se adequar às
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia (DCNs de Engenharia) atualizadas
em 2019. O novo currículo foi projetado para incluir um núcleo básico, um núcleo profissionalizante e um
núcleo específico.
 
Tendo como base o caso explicado, o núcleo básico do curso de engenharia civil deve abordar
A
matérias como matemática, química e física.
B
matérias relacionadas à prática profissional da engenharia civil.
C
conhecimentos profissionalizantes de engenharia civil.
D
disciplinas voltadas para a área de estruturas.
E
aspectos teóricos de outras engenharias.
A alternativa A está correta.
De acordo com o art. 1º da DCN, "todas as habilitações do curso de Engenharia devem contemplar os
seguintes conteúdos básicos, dentre outros: Administração e Economia; Algoritmos e Programação; Ciência
dos Materiais; Ciências do Ambiente; Eletricidade; Estatística. Expressão Gráfica; Fenômenos de
Transporte; Física; Informática; Matemática; Mecânica dos Sólidos; Metodologia Científica e Tecnológica; e
Química".
Questão 2
O código de ética profissional da engenharia, estabelecido pela Resolução nº 1.002/2002 do Confea, define os
princípios éticos que os engenheiros devem seguir em sua prática profissional. Esses princípios abordam
desde o objetivo da profissão até o relacionamento profissional e a intervenção sobre o meio ambiente.
 
Qual dos seguintes princípios éticos destacados na citada resolução ressalta a importância do relacionamento
honesto e justo dos profissionais com todos os envolvidos em seus serviços?
A
A eficácia profissional.
B
A honradez da profissão.
C
A liberdade e segurança profissionais.
D
A intervenção profissional sobre o meio.
E
O objetivo da profissão.
A alternativa B está correta.
Esse princípio ético destaca a necessidade de uma conduta honesta, digna e cidadã por parte dos
profissionais, incluindo o relacionamento honesto e justo com todos os envolvidos em seus serviços.
5. Conclusão
Considerações finais
Neste material, vimos o papel da engenharia na construção da civilização ocidental até o processo evolutivo
da industrialização atual e sua importância como agente estratégico de desenvolvimento de um país. Assim,
podemos concluir que a engenharia e o desenvolvimento são indissociáveis e que os desafios são infinitos. 
Que isso sirva como elemento motivador e de orgulho para que, ao longo de toda a formação e atuação
profissional, você tenha uma postura ativa diante das oportunidades de aprendizagem e de transformação da
sociedade! 
Podcast
Para finalizar, confira agora um apanhado geral do conteúdo abordado.
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Fala, mestre!
No vídeo, a pessoa relata a importância do estudo em sua vida, destacando que, apesar das dificuldades,
estudar era visto como a única saída e oportunidade. Ao se dedicar aos estudos, tinha em mente aprender e
se preparar para concursos. Além disso, menciona a realização de diversos estágios, como no Instituto
Nacional de Tecnologia e na General Electric, na área de lâmpadas, destacando como essas experiências
foram fundamentais durante a graduação.
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Confira as indicações que separamos especialmente para você!
 
Para saber mais sobre os assuntos explorados neste tema, assista: Inteligência Artificial – IBM,
Discovery Brasil.
 
Para saber mais sobre os assuntos explorados neste material, leia:
História dos engenheiros e da engenharia, parte de A Engenharia e os Engenheiros ao Longo da
História, de Estéfano Viszconde Veraszto e colaboradores (2003).
Indústria 4.0, publicação da Firjan (2016) dentro da coleção de Cadernos Senai de Inovação.
Indústria 4.0 pede engenheiro empreendedor e comunicativo, reportagem publicada no portal
do Instituto de Engenharia, São Paulo, 2018.
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Entenda mais o impacto da inteligência artificial na sociedade lendo o artigo Inteligência artificial e
sociedade: avanços e riscos, de Jaime Simão Sichman, publicado na revista Estudos Avançados, v. 35,
n. 101, em 2021.
 
Leia também o artigo Inteligência artificial, o futuro da medicina e a educação médica, de Luiz Carlos
Lobo, publicado na Revista Brasileira de Educação Médica, v. 42, n. 3, em 2018.
Referências
AGENDA brasileira para a Indústria 4.0. Indústria 4.0. Brasília, DF, s.d.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MANTENEDORAS DE ENSINO SUPERIOR. ABMES. Diretrizes curriculares
nacionais do curso de graduação em engenharia. Brasília, DF: ABMES, 2019.
 
BRASIL. Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966. Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto
e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1966.
 
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução
nº 2, de 24 de abril de 2019. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em
Engenharia. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2019.
 
BURNS, E. M. História da civilização ocidental: do homem das cavernas até a bomba atômica – o drama da
raça humana. Rio de Janeiro: Globo, 1975.
 
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. CONFEA. Resolução nº 473, de 26 de novembro de
2002. Institui tabela de títulos profissionais do Sistema Confea/Crea e dá outras providências. Brasília, DF:
Confea, 2002ª.
 
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. CONFEA. Resolução nº 1.002, de 26 de novembro de
2002. Adota o código de ética profissional da engenharia, da arquitetura, da agronomia, da geologia, da
geografia e da meteorologia e dá outras providências. Brasília, DF: Confea, 2002b.
 
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. CONFEA. Resolução nº 1.010, de 22 de agosto de
2005. Dispõe sobre a regulamentação da atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e
caracterização do âmbito de atuação dos profissionais inseridos no Sistema Confea/Crea, para efeito de
fiscalização do exercício profissional. Brasília, DF: Confea, 2005.
 
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. FIRJAN. Indústria 4.0. Rio de Janeiro: Firjan,
2016. (Cadernos Senai de Inovação).
 
HOLTZAPPLE, M. T.; REECE, W. D. Introdução à engenharia. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
 
MATIAS, L. Indústria 4.0 pede engenheiro empreendedor e comunicativo. Folha de São Paulo, 5 dez. 2018.
Consultada na internet em: 7 maio 2024.
 
• 
• 
SACOMANO, J. B. et al. Indústria 4.0: conceitos e fundamentos. São Paulo: Blücher, 2018.
 
VOLPATO, N. (org.). Manufatura aditiva: tecnologias e aplicações da impressão 3D. São Paulo: Blücher, 2018.
 
VERASZTO, E. V. et al. A engenharia e os engenheiros ao longo da história. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA, 31., Rio de Janeiro. Anais [...] Rio de Janeiro: Abenge, 2003.
 
ZANINI, A. Sistemas cyber-físicos e cidades inteligentes. New York: Developer Works- IBM, 2015.
	Engenharia e desenvolvimento
	1. Itens iniciais
	Propósito
	Objetivos
	Introdução
	Conteúdo interativo
	1. Engenharia na construção da civilização ocidental
	Conceitos deengenharia
	Conceitos de engenharia
	Conteúdo interativo
	Construção de um conceito para a engenharia
	Saiba mais
	S. E. Lindsay
	Vannevar Bush
	T. J. Hoover e J. C. L. Fish
	John C. Calhoun Jr.
	Comitê de Certificação de Engenharia e Tecnologia dos Estados Unidos
	Saiba mais
	Engenhosidade e história
	Saiba mais
	Engenharia no Egito
	Conteúdo interativo
	Egito
	A relevância do arado
	Surgimento do arado
	Utilização de animais
	Criação da aiveca
	Arados em ferro
	O surgimento dos metais
	O cobre
	Metalúrgicos egípcios
	Pepita de cobre nativo
	Lingote de cobre
	O ferro
	A invenção da roda
	Grécia Antiga e as primeiras cidades
	Conteúdo interativo
	Saiba mais
	A preocupação ambiental na Grécia Antiga
	Invenções do Império Macedônico e Romano
	Conteúdo interativo
	Império Macedônico
	Império Romano
	Aquedutos
	Antigo aqueduto romano
	Roda d’água
	Complexo de Barbegal
	Pontes
	Represas
	Estradas
	Construções
	Engenharia após Império Romano
	Conteúdo interativo
	Idade Média
	Saiba mais
	Curiosidade
	Verificando o aprendizado
	2. Processo evolutivo da industrialização
	Formalização do estudo de engenharia
	Conteúdo interativo
	De 17 mil para 180 mil
	300 mil
	4 milhões
	Curiosidade
	1833
	1842
	1847
	Segunda Revolução Industrial
	Conteúdo interativo
	Holdings
	Truste
	Cartel
	Saiba mais
	Terceira Revolução Industrial
	Conteúdo interativo
	Introdução à Indústria 4.0
	Conteúdo interativo
	Robôs autônomos (robôs colaborativos)
	Simulação digital
	Integração de sistemas
	Internet das coisas (IoT)
	Cibersegurança
	Computação na nuvem
	Manufatura aditiva (ou impressão 3D)
	Realidade aumentada (RA)
	Big data
	Aplicações e impactos da Indústria 4.0
	Conteúdo interativo
	Manufatura aditiva (impressão 3D)
	Saiba mais
	Inteligência artificial (IA)
	Data do marco zero oficial, na conferência de Dartmouth, onde todos os pensadores do tema estavam presentes e o campo da pesquisa foi batizado.
	Frank Rosenblatt apresenta uma máquina chamada Mark 1, que utilizava um algoritmo denominado perceptron, baseado em uma rede neural de uma camada que classificava resultados. No ano seguinte, surge a linguagem de programação LISP, que virou padrão em IA.
	Surge o termo machine learning, que descreve um sistema que daria aos computadores a capacidade de aprender algumas funções sem terem sido programados diretamente para isso.
	Nasce ELIZA, o primeiro chatbot do mundo. Tratava-se de uma psicanalista virtual que conversava automaticamente, utilizando respostas baseadas em palavras-chave em estruturas sintáticas.
	Surge o Robô Shakey, apresentando mobilidade e alguma autonomia de ação e fala. Apesar das falhas, teve a sua funcionalidade.
	Surgem os sistemas especialistas, que realizam atividades complexas específicas de um campo do conhecimento, superando os humanos em velocidade de raciocínio e base de conhecimento.
	A explosão da internet comercial na segunda metade da década trouxe a necessidade da IA para aperfeiçoar os buscadores que vasculhavam a rede automaticamente em busca de informações adequadas.
	Derrota do campeão mundial de xadrez Garry Kasparov para o Deep Blue, da IBM, um marco da IA.
	A Boston Dynamics apresenta o Big Dog, um robô com formas inspiradas nos cachorros e especializado em se movimentar em terrenos de difícil acesso para humanos. Surgem também os veículos autônomos, outra evolução relevante, um caso bastante complexo de gerenciamento de vários sensores. Sem dúvida, um dos destaques da Quarta Revolução Industrial.
	É a vez do processamento da linguagem natural com o reconhecimento de voz e o surgimento de assistentes virtuais como a Siri da Apple, a Alexa da Amazon, a Cortana da Microsoft e o Google Assistente. O Watson da IBM começou a ganhar fama e ser aplicado em vários campos, como direito e saúde. No mesmo ano, um projeto de curso on-line gratuito de inteligência artificial de Sebastian Thrun e de Peter Norvig, na Universidade de Stanford, teve grande sucesso, com mais de 160 mil alunos de 190 países. A partir daí, surgiu a Udacity, uma universidade focada em tecnologia prática, barata, acessível e eficaz para o mundo.
	A Google dá mais um salto em pesquisa em vídeos utilizando o deep learning, que pode ser aplicado em visão computacional, permitindo que o sistema lide com a compreensão das imagens obtidas por meio de câmeras.
	O Facebook introduz o DeepFace, um sistema de reconhecimento facial que alcançou níveis de precisão comparáveis aos dos humanos.
	O AlphaGo, um programa de IA desenvolvido pela DeepMind, empresa do Google, derrota o campeão mundial de Go, considerado um dos jogos mais complexos do mundo. Há avanços no desenvolvimento de veículos autônomos, com empresas como a Tesla, Google e Uber realizando testes extensivos de carros sem motorista.
	A OpenAI lança o Generative Pre-trained Transformer (GPT), um modelo de linguagem baseado em IA capaz de gerar texto semelhante ao humano.
	Big data
	Volume
	Velocidade
	Variedade
	Internet das coisas (IOT)
	Exemplo
	Computação em nuvem
	Sistemas ciber-físicos (CPS)
	Conclusão
	Verificando o aprendizado
	3. A engenharia e o desenvolvimento
	Desenvolvimento e crescimento
	Conteúdo interativo
	Desenvolvimento econômico X Crescimento econômico
	Primeira
	Segunda
	Terceira
	Comentário
	Comentário
	Área 1
	Área 2
	Área 3
	Dica
	Engenharia mais consciente
	Conteúdo interativo
	Engenharia sustentável
	Comentário
	Qualidade de vida
	Índice 1
	Índice 2
	Índice 3
	Verificando o aprendizado
	4. A atuação do engenheiro e o mercado de trabalho
	Áreas de atuação dos engenheiros
	Conteúdo interativo
	Núcleo básico
	Núcleo profissionalizante
	Núcleo específico
	Exemplo
	Competências dos engenheiros
	Conteúdo interativo
	Atribuições do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea)
	Conteúdo interativo
	Exemplo
	Exemplo
	Código de ética
	Conteúdo interativo
	Documentação técnica de responsabilidade do engenheiro
	Conteúdo interativo
	Comentário
	Laudo
	Laudos de avaliações
	Laudos de técnicos
	Relatório técnico
	Parecer técnico
	A linguagem da documentação
	Verificando o aprendizado
	5. Conclusão
	Considerações finais
	Podcast
	Conteúdo interativo
	Fala, mestre!
	Conteúdo interativo
	Explore +
	Referênciase uma grande biblioteca.
São figuras proeminentes do Museu de Alexandria o
matemático grego Euclides, que fundou o estudo da
geometria consolidado no famoso tratado Os elementos, e
Arquimedes, que inventou o chamado parafuso de
Arquimedes e formulou o princípio da alavanca e do
empuxo, bem como projetou várias armas de guerra.
Império Romano
Com a morte de Alexandre, o império subdividiu-se e
somente em 27 AEC se estabeleceu o Império Romano,
considerado o maior da história da civilização ocidental, conectando a Europa, a Ásia e a África. Tal impédio
perdurou até 475 EC, marcando o fim da Idade Antiga e o início da Idade Média, período este muito fértil para
a engenharia, com muitas inovações e aperfeiçoamentos.
Aquedutos
A seguir, vamos conhecer e entender melhor algumas engenharias desenvolvidas pelo Império Romano.
Antigo aqueduto romano
Roma possuía um consumo de água per capita
similar ao atual, sendo alimentada por 14
aquedutos a um volume diário de 10 mil metros
cúbicos. Os aquedutos podiam medir até 100
quilômetros, captando a água e transportando-
a até os reservatórios próximos da cidade.
Roda d’água
Os romanos foram precursores na utilização da
água como fonte de energia, que movimentava
as chamadas rodas d'água, principalmente para
moer grãos, ideia muito difundida pela costa do
Mediterrâneo.
Complexo de Barbegal
Em Barbegal, França, os romanos construíram,
no século IV, um inacreditável complexo de
rodas d´água alimentado por um único
aqueduto de 2 metros de largura, com uma
inclinação de 30°, que alimentava um conjunto
de 8 pares de rodas d’água para moer.
O complexo de Barbegal tinha uma capacidade para produzir até 2,8 toneladas diárias de farinha que, em
grande parte, era embarcada no porto de Arles para Roma. A água também era conduzida e armazenada em
reservatórios para a chamada mineração hidráulica. Os romanos desenvolveram uma técnica denominada 
ruina montium que se mostrou devastadora como o próprio nome sugere (destruição da montanha). A ideia
baseava-se em utilizar a força hidráulica de grandes volumes de água desviada, que forçavam a erosão e o
carreamento de grandes volumes de sedimentos que eram minuciosamente manipulados, para procurar
pepitas e resíduos de ouro. 
Os romanos não pouparam esforços para que, ao longo de 2 séculos, cerca de 60 mil trabalhadores
retirassem mais de 1,5 toneladas de ouro das minas de Las Médulas, região da Espanha que abrigava
fabulosos veios de ouro. Para isso, foram utilizados complexos sistemas de aquedutos e canais, incluindo o
armazenamento em grandes tanques a uma cota de aproximadamente 250 metros acima do nível das minas,
gerando poderosa pressão hidráulica para o desmonte das rochas. 
A mina de ouro romana de Las Médulas
Com o andamento dos trabalhos, novos túneis eram cavados para direcionar o fluxo da água em alta pressão
em novas áreas de interesse, e o rastro de destruição se formava. Talvez esse processo tenha sido o primeiro
grande impacto ambiental localizado causado pela ação humana. 
Pontes
Os romanos construíram muitas pontes entre as maiores já construídas até então, sempre utilizando o arco
como recurso e, muitas vezes, um núcleo de concreto.
Represas
Os romanos construíram muitas represas para armazenar água para abastecimento e mineração. A represa de
Proserpina, na Espanha, já possui 2 mil anos e ainda abastece a região para irrigação.
Estradas
Pode-se dizer que a rede de estradas romanas foi o maior legado do império, visto que, além dos exércitos e
mercadorias, também passaram ideias e influências culturais, filosóficas e religiosas, incluindo o cristianismo. 
A gigantesca rede atingiu cerca de 80 mil quilômetros no auge do império (117 EC) e conectou a Europa, o
Oriente Médio e o Norte da África, numa área hoje ocupada por mais de 30 países. Inicialmente, serviam para
o transporte das tropas e suprimentos e se tornaram rotas de comércio e de mensagens. Ao analisarmos, essa
rede explica a gigantesca Igreja Católica Apostólica Romana e expressões como “Todos os caminhos levam a
Roma” e “Quem tem boca vai a Roma”. 
EC
A sigla "EC" significa Era Cristã.
Diversas vias importantes saíam de Roma. A via Ápia, a mais importante, ia até Brindisi, cidade portuária com
saída para o leste. As vias Salária e Flamínia seguiam na direção do Mar Adriático, dando acesso aos Bálcãs e
às regiões cruzadas pelos rios Reno e Danúbio. A via Aurélia dava acesso à Península Ibérica, e a via Ostiense
levava até Óstia, porto com acesso mais fácil para viagens à África. 
Rede de estradas do Império Romano
As estradas romanas eram cuidadosamente projetadas e construídas para serem duradouras. Seus
traçados privilegiavam trechos retilíneos e, quando tinham que acompanhar os contornos do
terreno, procuravam manter a horizontalidade.
O processo construtivo tinha início com a escavação de duas valas paralelas, geralmente com distância de 4
metros. Na sequência, a região central era escavada até que se encontrasse solo firme, como se fosse uma
espécie de canal. 
A região escavada era preenchida por camadas de diferentes materiais. A primeira era de pedregulhos ou
entulho, seguida por pedras pequenas ou achatadas, eventualmente ligadas por argamassa. Por fim, uma
camada de cascalho ou pedra britada. 
Trecho da via Flamínia próximo de Roma
A superfície variava entre o cascalho
compactado e uma pavimentação com grandes
placas lisas de pedra, sempre mais altas no
centro, com um leve caimento lateral para as
bordas da via, para que as águas provenientes
da chuva escorressem lateralmente. Esse
processo foi tão bem-sucedido, que algumas
estradas estão em uso até hoje.
 
Já falamos das pontes romanas, mas ainda não
falamos dos túneis, um desafio para os
recursos da época. Um belo exemplo é o túnel
do desfiladeiro Furlo, na via Flamínia (78 EC). Com 5 metros de largura e também 5 de altura, o túnel se
estende por 40 metros escavados em rocha maciça. Desse modo, a rede de estradas romanas se constitui em
um dos maiores empreendimentos da humanidade.
Construções
A arquitetura e as construções romanas formam um capítulo à parte, mas não há como não se mencionar o
Coliseu e o Pantheon. 
Construído em 8 anos, o Coliseu, com capacidade de até 80 mil pessoas, foi concluído em 80 EC. Maior
anfiteatro já arquitetado, era utilizado para combates de gladiadores e para espetáculos públicos, como
encenações, execuções, simulações de batalhas famosas e dramas da mitologia clássica. Atualmente, é
considerado uma das 7 maravilhas do mundo moderno. 
O Pantheon é um edifício muito especial, sendo uma das estruturas mais bem preservadas da Roma Antiga.
De planta circular, possui um grande pórtico na entrada, que conduz a um ambiente coberto por uma cúpula
de concreto, que por sua vez contém uma abertura central e que permite a iluminação natural. Trata-se da
maior cúpula de concreto não armado da história. O diâmetro, de 43,3 metros, tem a mesma dimensão da
altura da abertura (óculo). 
Interior do Coliseu 
Foto: Diliana Nikolova
Fachada do Coliseu 
Foto: shutterstock.com
Dicionário Enciclopédico Brockhaus e Efron
Engenharia após Império Romano
Conheça neste vídeo as contribuições e invenções na engenharia após o Império Romano.
Cúpula de concreto com a abertura central 
Foto: Luciano Mortula
Pantheon 
Foto: shutterstock.com
Catedral de Notre-Dame, Paris, 1163 a 1245
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Idade Média
O fim do Império Romano marcou o começo da Idade Média, período que teve início em 476 e foi até 1453,
com a conquista de Constantinopla pelos turcos-otomanos. 
A ruptura ocorrida na Europa alterou o ritmo do desenvolvimento local, mas a preservação do Império
Bizantino manteve a efervescência. Enquanto a Europa experimentava tempos de estagnação, os árabes
desenvolviam conhecimento até o século XII. Trata-se de um período denominado Alta Idade Média. 
Saiba mais
No mundo antigo, o grego era o idioma da ciência. Com o crescimento do Império Romano, o
conhecimento eraextraído e traduzido para o latim. No entanto, na transição para a Idade Média, o
conhecimento grego foi se tornando restrito, uma vez que a Igreja Católica passou a reter o
conhecimento em um período entre os séculos V e XVII, constituindo o que poderia ser chamado de
monopólio do saber. 
Nos séculos XI e XII, os dois mundos voltaram a interagir por meio dos mercadores árabes do Mediterrâneo.
Várias inovações foram incorporadas e impactaram a produção agrícola e artesanal. 
Técnicas como plantação em curvas de nível, rodízio de culturas, técnicas hidráulicas, uso correto do cavalo,
moinhos de vento, aperfeiçoamento do tear, evolução nas embarcações, uso da bússola, do papel, da pólvora
e do canhão, bem como o posterior surgimento da imprensa impactaram de forma significativa. 
Tal fato ocasionou um crescimento sem precedentes na
produção agrícola e no intercâmbio de produtos, o que
alterou as relações sociais e econômicas da Europa, que
partiram da Península Ibérica até o centro da Europa. Os
entrepostos comerciais se fortaleceram e deram origem a
uma nova classe, os burgueses.
Surgiram as grandes catedrais e as primeiras universidades
que necessitaram se alimentar dos sábios do oriente como
primeiros professores. Muitos vieram de Alexandria, local
que preservou os conhecimentos da Grécia Antiga.
O final da Idade Média é um período de profundas
contradições. Quando a peste negra de 1347 desintegrou cidades política e economicamente, coube à Igreja o
papel de coordenar os trabalhos de restauração meidante a autoridade do papa.
A Europa entra em um período de vazio intelectual até ter início a Renascença, centrada na Itália, primeira
região a se recuperar da peste negra. Conforme sua localização estratégica, a Itália tornou-se o centro do
tráfego entre Europa e o Oriente Médio. 
Nesse período, houve um rápido desenvolvimento de sistemas administrativos, práticas bancárias e
conhecimentos financeiros em geral. A matemática (álgebra, geometria e trigonometria) começou a ser
utilizada na construção, na navegação, na cartografia e no levantamento topográfico. As artes começaram a
florescer e as instituições de ensino começaram a conquistar autonomia em relação à Igreja. 
Curiosidade
Outro feito relevante da engenharia se encontra na área naval, pois a evolução das embarcações
permitiu às grandes navegações a descoberta das Américas e a sua incorporação em forma de colônia. 
A ciência também se desenvolve com Copérnico, que conclui que a Terra gira em torno do Sol, e com Kepler,
ao unir a astronomia e a física, excluindo o divino e estabelecendo as leis do movimento planetário. Por sua
vez, Galileu deu continuidade à obra de Kepler e organizou o ramo da mecânica na física, escrevendo a obra O
ensaiador, que trata do método científico. 
No ano da morte de Galileu, nasce Isaac Newton que, após se formar, em apenas 18 meses de reclusão por
causa da peste bubônica, elaborou as chamadas leis de Newton, as quais deram início à ciência moderna.
Assim, a grande revolução se deu por meio do desenvolvimento de modelos matemáticos capazes de
representar o comportamento físico e encontrar valores experimentais. 
Após retornar a Cambridge, publicou suas ideias somente 17 anos depois, em 1684, no livro denominado 
Principia, considerada a mais influente obra escrita por uma única pessoa em toda a história da humanidade.
Foi a consolidação da ciência moderna com Newton e do método científico, que deram suporte à ideia de que
não bastava entender o mundo: era preciso modificá-lo. 
O método científico estabeleceu as bases da ciência moderna e proporcionou a formação científica que dá
sustentação à engenharia. 
Vimos que, ao longo de alguns milhares de anos, a engenharia vem se desenvolvendo com muita intuição e
engenhosidade, mas sem muita organização e método, apesar das fantásticas realizações. 
O que esperar da engenharia sustentada pela ciência moderna?
Vamos entrar na Era da Industrialização, com o primeiro grande salto promovido pela Revolução Industrial.
Verificando o aprendizado
Questão 1
A engenhosidade humana, que mais tarde se transformou formalmente na engenharia, sempre esteve
presente desde a pedra lascada. Em alguns momentos da história, essa engenhosidade criou condições para
que modelos e conceitos fundamentais para a civilização ocidental, como a democracia, surgissem e fossem
até efetivamente implementados. Qual das construções abaixo pode ser associada a esta afirmação?
A
A pirâmide de Djoser, no Egito, projetada por Imhotep, tido como o primeiro engenheiro.
B
A cidade de Roma, centro do Império Romano, responsável pelo período mais fértil da engenhosidade humana.
C
A cidade de Atenas, com o projeto que associou arquitetura funcional e engenharia.
D
A cidade de Paris, que reuniu tantas condições relativas à engenhosidade que sediou a primeira escola de
engenharia.
E
O Pantheon, uma das estruturas mais bem preservadas da Roma Antiga.
A alternativa C está correta.
O projeto da cidade de Atenas reservava áreas para funções específicas e favorecia a participação ativa
dos cidadãos na vida pública. Dessa forma, a cidade promoveu o desenvolvimento do conhecimento,
colaborando para que se tornasse a base da civilização ocidental, nos campos da filosofia e da cidadania,
transformando-a no berço da democracia.
Questão 2
A engenhosidade humana sempre se preocupou com a produtividade do trabalho, criando inovações que
facilitassem a execução das atividades mediante ferramentas específicas ou pela criação de máquinas que
substituíssem os humanos no trabalho. Aponte, entre as inovações listadas, a responsável por um impacto
ambiental relevante.
A
O arado associado à tração animal.
B
A roda d’água associada em série para moer trigo.
C
A técnica romana para a construção de sua gigantesca rede de estradas.
D
A mineração hidráulica.
E
A construção de pontes.
A alternativa D está correta.
O direcionamento do fluxo da água sob pressão destruía os maciços de terra para viabilizar a mineração, e
o rastro de destruição se transformou em um grande impacto ambiental causado pela ação humana.
2. Processo evolutivo da industrialização
Formalização do estudo de engenharia
Conheça neste vídeo a história da engenharia no Brasil e como o estudo de engenharia evoluiu.
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Foi a partir da consolidação da ciência moderna que surgiram as escolas formais de engenharia no final do
século XVIII e teve início a chamada Revolução Industrial, a partir da máquina a vapor de James Watt. 
O Brasil foi pioneiro, uma vez que a primeira escola de engenharia foi fundada na França em 1747 e, em 1792,
foi fundada no Rio de Janeiro, onde hoje se encontra o Museu Histórico Nacional, a Real Academia de
Artilharia, Fortificação e Desenho, a primeira escola de formação de engenheiros das Américas. A primeira
escola norte-americana foi a Academia Militar de West Point, em 1802. 
Motor a vapor
Após sucessivas transformações na Real Academia, duas escolas surgiram. Em 1839, surgiu a Escola Militar,
que deu origem ao IME, e em 1858, surgiu a Escola Central, para formação de engenheiros civis, que deu
origem à atual Escola Politécnica da UFRJ. Os cursos sempre possuíram base científica na sua formação,
assim permanecendo até hoje. 
Instituto Militar de Engenharia - IME
Adam Smith.
Toda essa evolução tecnológica só foi possível porque os processos de fabricação evoluíram com a criação
das chamadas máquinas ferramentas, e muitas delas se beneficiaram do acoplamento de uma máquina a
vapor. Estamos falando de tornos mecânicos, fresadora mecânica, esmeril, plaina mecânica, processos de
soldagem, furadeira, serra mecânica, laminadores, trefiladora e extrusora.
As ciências econômicas e o sistema capitalista nasceram desse ciclo produtivo. A base conceitual já havia
sido descrita por Adam Smith em seu célebre livro denominado Uma investigação da natureza e as causas da
riqueza das nações, publicado em 1776. 
Adam Smith
Foi o primeirofilósofo moral a reconhecer que as ações de mercado mereciam um estudo cuidadoso e
em tempo integral numa moderna disciplina das ciências sociais. Aos 14 anos, Smith foi para a
Universidade de Glasgow, onde se tornou mestre e fascinou-se pelas ideias do professor Francis
Hutcheson, aprendendo Liberalismo Clássico, Direito Natural e Economia Política. 
Essa obra ficou conhecida como A riqueza das
nações e ressaltava a importância do trabalho
humano, embora defendesse que a divisão
social do trabalho seria a chave para a
produtividade e, consequentemente, para a
geração de riqueza do país.
 
Em seu livro é desenvolvido um estudo de caso
de fabricação de alfinetes. Se um operário tiver
que, sozinho, fabricar um alfinete, tendo que
ele mesmo ir buscar a matéria-prima e produzi-
lo, teria uma produtividade baixíssima se
comparada a um sistema industrial, em que
cada operário é responsável por uma etapa da
fabricação. Em uma análise detalhada, são
listadas 18 atividades distintas que devem ser divididas por 10 funcionários.
Em seu livro é desenvolvido um estudo de caso de fabricação de alfinetes. Se um operário tiver que, sozinho,
fabricar um alfinete, tendo que ele mesmo ir buscar a matéria-prima e produzi-lo, teria uma produtividade
baixíssima se comparada a um sistema industrial, em que cada operário é responsável por uma etapa da
fabricação. Em uma análise detalhada, são listadas 18 atividades distintas que devem ser divididas por 10
funcionários. 
Adam Smith evidencia que a organização da divisão social do trabalho, limitada pelo tamanho do mercado,
passa a ser a chave da riqueza de uma nação e não mais a quantidade de ouro, como pregava o
mercantilismo. Nessa fase, o mercado entra como limitador da riqueza, já que de nada adianta aumentar a
produção se não houver para quem vender. 
O mercado se baseia em forças opostas. De um lado, o produtor quer vender o máximo possível pelo maior
preço e, de outro, o consumidor, que busca o menor preço. Embora em um primeiro momento possa parecer
uma contradição caótica, na verdade representa a ordem natural do sistema econômico, que se equilibra na
concorrência e na livre iniciativa. 
Smith era contra qualquer intervenção do governo, seja para garantir monopólio ou subsídios, e considerou
que o ideal seria uma atuação limitada do setor público, que deveria estimular o comércio e a educação,
incluindo saneamento, rodovias, ferrovias, portos, correios, escolas e igrejas, e via a educação pública e
gratuita como uma garantia de crescimento da produtividade do trabalho e, consequentemente, da riqueza
daquela nação. O Estado também deveria proteger a sociedade de ataques externos, estabelecer e criar leis
de justiça e utilizar as instituições públicas como reguladores do excesso de lucro, estimulando a concorrência
entre as empresas. 
Os cientistas e engenheiros eram considerados fundamentais para as invenções, mas a observação
do sistema de produção era primordial para importantes melhorias. 
A industrialização gerou muitos impactos sociais. A busca por emprego provocou o êxodo rural e o
crescimento da vida urbana, transformando as cidades em centros de produção e consumo e reposicionando
o campo em uma situação economicamente secundária.
De 17 mil para 180 mil
A cidade de Manchester, por exemplo,
experimentou um crescimento populacional de
17 mil habitantes em 1760 para 180 mil em
1830.
300 mil
Muitos locais chegaram a 300 mil habitantes na
metade do século XIX, como Birmingham,
Bradford, Bristol, Leeds, Liverpool e Sheffield.
4 milhões
Em 1880, Londres chegou a 4 milhões de
habitantes.
A distribuição foi alterada de tal forma que, em 1850, a Inglaterra possuía 52% de população rural, percentual
que caiu para 31% em 1880 e para 22% em 1910.
O início da industrialização trouxe tempos difíceis para a população, com altos custos sociais para a classe
trabalhadora, que era vista como um acessório das máquinas que representavam a modernidade e o capital,
pois eram os principais recursos do novo processo produtivo.
Curiosidade
O excesso de trabalho trouxe jornadas diárias de até 16 horas em 6 dias por semana, e o crescimento
acelerado das cidades tornou precárias as condições habitacionais, ocasionando o surgimento de
cortiços. 
Como não poderia deixar de ser, cresceu o movimento sindical, que obteve as seguintes conquistas:
1833
A jornada de trabalho diminuiu para 12 horas
nas indústrias têxteis.
1842
Foi proibido o trabalho infantil e de mulheres
nas minas de carvão.
1847
A jornada de mulheres e crianças foi limitada a
10 horas.
A sociedade se reorganizou e o poder absolutista do mercantilismo foi perdendo o controle diante do
crescimento da classe burguesa e do fortalecimento do liberalismo econômico como previu Adam Smith. Mais
uma vez, vemos a engenharia modificando substancialmente a forma de vida das pessoas. 
O mundo observou a transformação da Inglaterra em uma potência baseada em um fenômeno tecnológico que
trouxe a industrialização, ampliou mercados, alterou de forma significativa a relação capital-trabalho e
promoveu o capitalismo como forma de organização política e econômica.
Segunda Revolução Industrial
Descubra neste vídeo as inovações trazidas pela Segunda Revolução Industrial para a engenharia. Assista! 
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Muitas inovações foram atribuídas à Segunda Revolução Industrial, mas algumas não podem deixar de serem
citadas:
A siderurgia evoluiu com os novos processos para a produção do aço, viabilizando a construção de
pontes e edifícios, além de melhorar a produção de máquinas, trilhos e ferramentas.
 
Os meios de transporte evoluíram de tal forma que, além da ampliação das ferrovias, surgiram os
automóveis e os aviões.
 
A invenção da lâmpada incandescente.
 
O desenvolvimento e a infraestrutura para geração, produção e distribuição da energia elétrica e as
bases da engenharia elétrica.
 
A invenção dos meios de comunicação (telégrafo, telefone, cinema, rádio e televisão).
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A invenção da geladeira.
 
A evolução da química aplicada, com a descoberta de novos materiais e do múltiplo uso do petróleo, e
as bases da engenharia química.
 
A invenção de novos armamentos, como metralhadoras.
 
O avanço da medicina, com a invenção de antibióticos, vacinas, conhecimentos sobre novas doenças e
técnicas cirúrgicas.
Quando falamos das ideias de Adam Smith sobre o capitalismo, vimos que a livre iniciativa e a livre
concorrência são condições fundamentais para regular e equilibrar o mercado, de forma que produtores e
consumidores possam conviver em um ponto de equilíbrio que seja bom para os dois lados. Não pode ser o
mais caro possível como é desejo do produtor, tampouco o mais barato possível, como é desejo do
consumidor. 
Existem ações que podem burlar esse equilíbrio, aumentando o preço dos produtos por meio da diminuição da
concorrência. Como empresas e indústrias podem concentrar capital, é possível que as grandes consigam
comprar as menores, ficando sozinhas no mercado e eliminando a concorrência, o que chamamos de
monopólio. 
Holdings, trustes e cartéis são formas distintas de união de empresários com interesses comuns
para, contra os consumidores, aumentarem seus lucros. 
Holdings
As holdings podem ser entendidas como
empresas distintas com o mesmo dono. Na
prática, podem se estabelecer por meio de
empresários poderosos que compram ações e
controlam empresas do mesmo ramo,
transformando a livre concorrência em uma
farsa.
Truste
Os trustes são formados por empresas que
surgem a partir da fusão de empresas do
mesmo ramo. Ao invés das empresas A e B
competirem, elas se fundem e seus donos viram
sócios, diminuindo a concorrência. Dependendo
da parcela de mercado de cada uma, a fusão
pode aproximá-las do domínio do mercado, ou
até mesmo do monopólio.
Cartel
No que diz respeito ao cartel, trata-se de uma
união secreta de empresas do mesmo ramo,
que combinam e praticam o mesmo preço final
ao consumidor, eliminando alivre concorrência.
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Saiba mais
Atualmente, o Brasil possui leis que proíbem trustes e cartéis, sendo o controle feito pelo Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade). No entanto, as holdings são difíceis de serem combatidas,
pois são operações de compras de ações nas bolsas de valores. 
Como já vimos, a evolução da engenharia é constante e gradativamente vai aumentando de complexidade e
especificidade. Essa evolução também ocorre na formação do engenheiro, que começa a ter que atender a
essas questões e refleti-las. Repare que, aqui nesse texto, já mencionamos as engenharias civil, mecânica,
elétrica, química e de produção.
Terceira Revolução Industrial
Explore neste vídeo as inovações da Terceira Revolução Industrial. 
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O trabalho na indústria mais uma vez é reestruturado com a adoção de um método polivalente, flexível, menos
hierarquizado e integrado em equipes, num sistema em que a criatividade individual dos trabalhadores é
valorizada. A relação entre produção e consumo é refletida no modelo just in time da Toyota, que preconiza o
estoque mínimo e o máximo de racionalização para evitar desperdícios. Dessa forma, a mão de obra não
qualificada vai sendo marginalizada do mercado de trabalho na indústria. 
Nesse período, também vimos a exploração espacial, o
crescimento da informática, a internet, a telefonia celular, a
biotecnologia, a nanotecnologia, o sensoriamento remoto, o
GPS e tantas outras tecnologias que fazem parte do nosso
dia a dia.
Atualmente, temos um mundo globalizado em que novas
regiões industriais de alta tecnologia unem centros
produtores de tecnologias e centros de pesquisa, formando
tecnopolos, como o Vale do Silício (Califórnia, EUA), a Route
128 (Boston, EUA), Tóquio-Yokohama (Japão), o corredor M4 (Londres), entre tantos outros. No Brasil, temos
o eixo São Paulo–Campinas–São Carlos, que reúne a USP e a Unicamp.
Introdução à Indústria 4.0
Neste vídeo, você compreenderá a importância e as inovações da Quarta Revolução Industrial. Assista! 
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Surgido na Alemanha em 2011, o termo Indústria 4.0 está associado à digitalização, automação e interconexão
de processos de fabricação. Países como Alemanha, China, Estados Unidos e Japão foram pioneiros no
desenvolvimento e adoção da Indústria 4.0, impulsionando a inovação e a competitividade em diversos
setores.
A Indústria 4.0 não se tratava de uma iniciativa isolada, mas sim parte de dez projetos da Alemanha para
moldar seu futuro em várias áreas, nas seguintes temáticas:
Energias renováveis.
Restauração na geração de energia.
Medicina individualizada.
Melhoria na saúde por meio de medidas preventivas.
Vida independe para idosos.
Mobilidade sustentável.
Smart Service World (serviços impulsionados por tecnologias avançadas).
Indústria 4.0.
Identidades seguras.
Cidade futura, neutra em CO2, energeticamente eficiente e adaptada ao clima.
Indústria 4.0 e Quarta Revolução Industrial são termos frequentemente usados de forma intercambiável, mas
pode haver uma sutil distinção entre eles. Acompanhe!
A base para a transformação digital e a automação avançada na indústria está em nove tecnologias
habilitadoras da Indústria 4.0 que costumam ser chamadas de Pilares da Indústria 4.0. Veja!
Robôs autônomos (robôs colaborativos)
São máquinas capazes de realizar tarefas sem intervenção humana
direta. Equipados com sensores, sistemas de percepção e algoritmos de
tomada de decisão que lhes permitem navegar em ambientes complexos,
interagir com objetos e realizar tarefas variadas, como montagem,
inspeção, transporte e até mesmo interação social em alguns casos.
Simulação digital
Envolve o uso de modelos computacionais para representar e simular o
comportamento de sistemas físicos, processos ou fenômenos. Na
indústria, a simulação digital é utilizada para projetar e testar produtos,
processos de fabricação e sistemas de controle antes de sua
implementação física, reduzindo custos e tempo de desenvolvimento.
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Indústria 4.0 
Refere-se especificamente à aplicação de
tecnologias digitais e conectividade na
indústria. O foco principal está na criação de
fábricas inteligentes e na otimização da
produção por meio da integração de
tecnologias digitais.
Quarta Revolução Industrial 
É um conceito mais amplo que engloba
não apenas a transformação digital da
indústria, mas também mudanças
sociais, econômicas e culturais
decorrentes da convergência de
tecnologias emergentes.
Integração de sistemas
Envolve a conexão e coordenação de diferentes sistemas de informação
e controle dentro de uma organização ou entre organizações, visando
melhorar a comunicação, a eficiência operacional e a tomada de
decisões. Isso inclui a integração de sistemas de produção, logística,
gestão de inventário, entre outros.
Internet das coisas (IoT)
É a interconexão de dispositivos físicos, máquinas e objetos a partir da
internet, permitindo a coleta, troca e análise de dados em tempo real.
Esses dispositivos incluem desde eletrodomésticos e veículos até
sensores industriais e equipamentos de produção, possibilitando uma
série de aplicações, como monitoramento remoto, manutenção preditiva
e automação de processos.
Cibersegurança
São práticas, tecnologias e medidas adotadas para proteger sistemas de
computador, redes e dados contra ataques cibernéticos, roubo de
informações, acesso não autorizado e outras ameaças à segurança
digital. Na indústria, a cibersegurança visa garantir integridade,
confidencialidade e disponibilidade de dados críticos e sistemas de
controle.
Computação na nuvem
Refere-se à entrega de serviços de computação, como armazenamento
de dados, processamento e software, através da internet em vez de
utilizar recursos locais, como servidores físicos ou infraestrutura de TI.
Oferece escalabilidade, flexibilidade e acesso sob demanda a recursos
de computação, permitindo que empresas e organizações reduzam
custos, aumentem a eficiência e inovem com mais rapidez.
Manufatura aditiva (ou impressão 3D)
É o processo de fabricação que constrói objetos tridimensionais camada
por camada a partir de materiais como plástico, metal ou cerâmica.
Diferentemente dos métodos tradicionais de fabricação, que envolvem a
remoção de material, oferece maior liberdade de design, personalização
e redução de resíduos, além de facilitar a prototipagem rápida e a
produção sob demanda.
Realidade aumentada (RA)
É a tecnologia que combina elementos virtuais com o mundo real,
tornando possível visualizar informações digitais sobrepostas ao
ambiente físico em tempo real. Na indústria, é usada para fornecer
instruções de trabalho, suporte à manutenção, visualização de dados de
sensores e outras informações úteis diretamente nos locais de trabalho,
melhorando a eficiência, a precisão e a segurança das operações.
Big data
Tem a ver com o volume, a velocidade e a variedade de dados gerados
continuamente em diversas fontes, como transações comerciais,
interações em mídias sociais, dispositivos IoT e sensores industriais. O
termo também inclui tecnologias e técnicas utilizadas para coletar,
armazenar, processar e analisar dados, visando extrair insights,
identificar padrões e tomar decisões informadas em tempo hábil.
A pesquisa sobre a Indústria 4.0 revela uma transformação substancial nos processos industriais,
impulsionada por tecnologias e inovações que estão criando fábricas inteligentes e sistemas de produção
altamente eficientes, flexíveis e conectados, com impacto em toda a cadeia de valor.
Contudo, a adoção bem-sucedida requer não apenas investimentos em tecnologia, mas também mudanças
organizacionais e culturais. As empresas que se adaptam a essas mudanças têm o potencial de impulsionar a
inovação, aumentar a competitividade e criar oportunidades de negócios, enquanto enfrentam desafios como
cibersegurança, integração de sistemas e capacitação de funcionários.A Indústria 4.0 representa não apenas uma evolução nos processos industriais, mas também uma revolução na
forma como interagimos com o mundo ao nosso redor, com potencial para impulsionar o crescimento
econômico e o progresso social em escala global.
Aplicações e impactos da Indústria 4.0
Conheça neste vídeo os casos de sucesso e os impactos da Indústria 4.0. 
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Veja a seguir aplicações e impactos sobre as tecnologias da Indústria 4.0.
Manufatura aditiva (impressão 3D)
O uso de impressoras 3D tem aumentado essa manufatura. A ideia do processo também conhecido como 
fabricação digital é criar um objeto real a partir de um modelo digital 3D elaborado em um tipo de software
denominado modelador de sólidos.
A técnica utilizada consiste no depósito de camadas de material, de forma repetitiva, até que o objeto se
forme. Pensar em uma impressora doméstica nos leva a uma situação de criação de protótipos plásticos,
muitas vezes em escala reduzida.
Saiba mais
A manufatura aditiva oferece várias vantagens, como prototipagem rápida, baixo custo para pequenas
quantidades, liberdade de formas e complexidade com customização, além de sustentabilidade ao
minimizar resíduos e consumo de material e energia. 
Existem algumas tecnologias diferentes de manufatura aditiva, sendo as principais FDM, a mais difundida, SLA
e SLS. 
Modelagem por fusão e deposição (fused deposition modeling - FDM): Como tecnologia mais
acessível, é também a mais popular. Trata-se do uso de insumo plástico em forma de fio, que alimenta
a impressora que o derrete (fusão) e cuidadosamente acrescenta camada por camada, em alta
precisão, até imprimir o objeto por completo.
Estereografia (service level agreement - SLA): Essa técnica utiliza resina como insumo. O processo
também consiste no depósito repetitivo de camadas, mas a resina é solidificada pela ação de um feixe
de laser ultravioleta. É muito precisa e possui acabamento superior mesmo em peças pequenas, sendo
bastante utilizada na criação de moldes.
Sinterização seletiva a laser (selective laser sintering - SLS): Esse processo utiliza insumo em forma de
pó, normalmente polímeros. Se dá por meio de laser de alta potência, que aglutina as camadas do
material na impressão do objeto.
Já existem processos de manufatura aditiva em metal, como a sinterização direta de metal a laser (DMLS), um
processo bem semelhante ao SLS, mas que utiliza como insumos titânio e aço em pó. Outras tecnologias,
como selective laser melting e binderjetting ainda têm custo muito elevado e, por isso, só empresas de alto
investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&;D) as utilizam. 
Inteligência artificial (IA)
Grande estrela da Quarta Revolução Industrial, a IA não é um recurso recente. Engana-se quem pensa que seu
início se desenrolou nas plataformas que geram textos automaticamente.
O computador sempre foi visto como um possível substituto da nossa inteligência, o cérebro eletrônico. Como
ciência, pode-se dizer que a IA teve início na década de 1950, com Alan Turing, e desde então vem evoluindo
lado a lado com os computadores.
Vejamos um pouco mais sobre essa linha do tempo:
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1956
Data do marco zero oficial, na conferência de Dartmouth, onde todos os pensadores do tema estavam
presentes e o campo da pesquisa foi batizado.
1957
Frank Rosenblatt apresenta uma máquina chamada Mark 1, que utilizava um algoritmo denominado 
perceptron, baseado em uma rede neural de uma camada que classificava resultados. No ano
seguinte, surge a linguagem de programação LISP, que virou padrão em IA.
1959
Surge o termo machine learning, que descreve um sistema que daria aos computadores a capacidade
de aprender algumas funções sem terem sido programados diretamente para isso.
1964
Nasce ELIZA, o primeiro chatbot do mundo. Tratava-se de uma psicanalista virtual que conversava
automaticamente, utilizando respostas baseadas em palavras-chave em estruturas sintáticas.
1969
Surge o Robô Shakey, apresentando mobilidade e alguma autonomia de ação e fala. Apesar das
falhas, teve a sua funcionalidade.
1980
Surgem os sistemas especialistas, que realizam atividades complexas específicas de um campo do
conhecimento, superando os humanos em velocidade de raciocínio e base de conhecimento.
1990
A explosão da internet comercial na segunda metade da década trouxe a necessidade da IA para
aperfeiçoar os buscadores que vasculhavam a rede automaticamente em busca de informações
adequadas.
1997
Derrota do campeão mundial de xadrez Garry Kasparov para o Deep Blue, da IBM, um marco da IA.
2005
A Boston Dynamics apresenta o Big Dog, um robô com formas inspiradas nos cachorros e
especializado em se movimentar em terrenos de difícil acesso para humanos. Surgem também os
veículos autônomos, outra evolução relevante, um caso bastante complexo de gerenciamento de
vários sensores. Sem dúvida, um dos destaques da Quarta Revolução Industrial.
2011
É a vez do processamento da linguagem natural com o reconhecimento de voz e o surgimento de
assistentes virtuais como a Siri da Apple, a Alexa da Amazon, a Cortana da Microsoft e o Google
Assistente. O Watson da IBM começou a ganhar fama e ser aplicado em vários campos, como direito e
saúde. No mesmo ano, um projeto de curso on-line gratuito de inteligência artificial de Sebastian
Thrun e de Peter Norvig, na Universidade de Stanford, teve grande sucesso, com mais de 160 mil
alunos de 190 países. A partir daí, surgiu a Udacity, uma universidade focada em tecnologia prática,
barata, acessível e eficaz para o mundo.
2012
A Google dá mais um salto em pesquisa em vídeos utilizando o deep learning, que pode ser aplicado
em visão computacional, permitindo que o sistema lide com a compreensão das imagens obtidas por
meio de câmeras.
2014
O Facebook introduz o DeepFace, um sistema de reconhecimento facial que alcançou níveis de
precisão comparáveis aos dos humanos.
2016
O AlphaGo, um programa de IA desenvolvido pela DeepMind, empresa do Google, derrota o campeão
mundial de Go, considerado um dos jogos mais complexos do mundo. Há avanços no
desenvolvimento de veículos autônomos, com empresas como a Tesla, Google e Uber realizando
testes extensivos de carros sem motorista.
2018
A OpenAI lança o Generative Pre-trained Transformer (GPT), um modelo de linguagem baseado em IA
capaz de gerar texto semelhante ao humano.
A inteligência artificial continuará a ser integrada em diversos produtos e serviços, desde assistentes virtuais
e dispositivos domésticos inteligentes até sistemas de saúde e veículos autônomos. Espera-se que a IA
continue a evoluir em direção a sistemas mais sofisticados e autônomos, com foco crescente na ética e na
governança, para garantir seu uso responsável e benéfico para a sociedade.
Big data
O termo se consolidou como denominação para a área que trata de grandes conjuntos de dados que devem
ser armazenados e processados. 
O volume de dados produzidos cresceu vertiginosamente. Para termos mais noção desse aumento, um
levantamento de 2019 mostra que metade da população mundial está conectada. Com toda essa gente, o que
acontece em 1 minuto? 
3,8 milhões de buscas no Google.
40 milhões de mensagens (Facebook + WhatsApp)
4,5 milhões de vídeos sendo visualizados no YouTube.
390 mil aplicativos baixados na Google Play e na Apple Store.
A quantidade de dados é absurda, mas essa não é a única variável relevante. São três os pilares do big data:
Volume
A quantidade é tão grande que é difícil ter a
noção da ordem de grandeza.
Velocidade
A importância da velocidade é associada ao
tempo de resposta, mas, quanto maior a
extensão da pesquisa, mais demorada será a
resposta. Na prática, quanto mais próximo do
tempo real, melhor.
Variedade
Os dados não estão organizados e
estruturados. São textos, sensores, áudios,
vídeos, buscas, catracas etc.
• 
• 
• 
• 
Internet das coisas (IOT)
A internet of things (IoT) pode ser vista como uma forma de comunicação entre objetos ou entre objetose
pessoas. Algumas situações simples e corriqueiras podem esclarecer sua utilidade. 
Situações simples podem esclarecer a utilidade. 
Exemplo
Imagine uma prateleira de supermercado que vai se esvaziando à medida que as pessoas retiram
determinado produto. Essa prateleira pode ser inteligente e avisar que está na hora de repor. Para isso,
basta instalar um sensor que tenha essa percepção e envie determinado tipo de sinal para o sistema
interpretar a necessidade de reposição.É algo similar ao que ocorre com nosso próprio corpo. Quando
damos uma topada, sofremos um corte ou vemos e ouvimos algo, nossos sensores avisam ao cérebro,
que processa a informação. 
Dessa forma, podemos ter uma rede tão complexa quanto quisermos, atuando em casa, em um carro, em um
edifício, em um hospital, em uma indústria, em toda uma cidade. 
Computação em nuvem
No início da computação, os chamados computadores de grande porte eram acessados por terminais
utilizados por usuários que compartilhavam recursos de armazenamento e processamento do computador.
Com o passar do tempo, surgiram os computadores pessoais (PCs) e as pessoas passaram a administrar seus
próprios recursos, tanto de espaço de armazenamento quanto de processamento, bem como os programas
instalados. 
Com a internet, em um primeiro momento, os sites ficavam armazenados em algum servidor, assim como os
bancos de dados e nossos e-mails. Os dados costumavam fluir muito mais da web para nossa máquina do que
o contrário. Em geral, carregávamos informações para a internet a fim de enviá-las por e-mail. Passados mais
alguns anos, já tínhamos espaço de armazenamento na chamada nuvem, onde guardamos fotos, mensagens,
agenda de telefone do celular etc.
O barateamento dos recursos e o aumento da velocidade e estabilidade da rede viabilizaram o uso de
software instalado em servidores, em vez de na máquina pessoal. Isso eliminou a necessidade de recursos
avançados no computador, que se torna uma espécie de terminal conectado a serviços com capacidades
quase infinitas.
Sistemas ciber-físicos (CPS)
Os dispositivos inteligentes estão se sofisticando e tendo suas capacidades ampliadas a baixo custo. Atuam
no ambiente em que estão instalados, coletando informações por meio de sensores ou operando
modificações pelos chamados atuadores. 
As redes sem fio de alta velocidade e de sinal 4G permitem a atuação colaborativa entre dispositivos,
estabelecendo um sistema.
A conjugação desses recursos torna possível que um ambiente seja virtualizado a partir da criação de um tipo
de computação em nuvem que gerencie a comunicação entre os dispositivos instalados no ambiente físico de
interesse e os dispositivos externos. 
Os chamados sistemas ciberfísicos (cyber-physical systems – CPS) atuam promovendo a sinergia entre os
mundos virtual e físico em um tipo de colaboração que permite tanto o monitoramento quanto a modificação
remota do ambiente físico. Quanto maior a inteligência distribuída, mais profundo será o conhecimento do
sistema, possibilitando ações mais precisas. 
A princípio, não há limitações para a aplicação dos CPS, já tendo sido utilizados nos sistemas produtivos
industriais, em hospitais, na gestão de eficiência energética, em edifícios inteligentes, na agricultura e em
sistemas de transportes, entre outras tantas possibilidades. Em um nível mais complexo, os CPS atuarão
futuramente na gestão das cidades inteligentes. 
Conclusão
Vimos que a engenharia vem modificando e moldando a civilização com suas conquistas e realizações. São
inúmeras conquistas em todas as áreas, mas também muitos problemas, principalmente ambientais.
No final do século XX, a condição do meio ambiente atingiu níveis alarmantes e a palavra sustentabilidade
passou a fazer parte do vocabulário comum. Recuperar o meio ambiente se tornou um problema global.
O mundo ainda está dividido entre países desenvolvidos, em desenvolvimento e subdesenvolvidos. No
entanto, é difícil separar o social do ambiental, o que levou ao surgimento da responsabilidade socioambiental.
Assim, a engenharia se humanizou. Embora sempre tenha sido um vetor de desenvolvimento, agora o
desenvolvimento tornou-se um desafio para a engenharia.
Mas, afinal, o que pode ser considerado desenvolvimento? Para desenvolver um país, certamente são
necessários crescimento econômico e geração de riqueza, mas agora a medida do desenvolvimento inclui
indicadores sociais, uma vez que miséria e desenvolvimento não se misturam.
Verificando o aprendizado
Questão 1
A história nos mostra que, desde sempre, o ser humano procura formas de facilitar seu trabalho e incrementar
sua produtividade. São as chamadas inovações tecnológicas que modificam a forma de viver com suas novas
ferramentas, equipamentos e processos. A engenharia civil se desenvolveu antes da formalização da profissão
e a engenharia mecânica, por meio da máquina a vapor, tornou-se a base da Primeira Revolução Industrial.
Vimos também que podemos associar a engenharia elétrica à Segunda Revolução Industrial e a engenharia de
controle e automação à Terceira. Essa busca pela produtividade lançou as bases da engenharia de produção.
Dentro desse contexto evolutivo da engenharia de produção pode-se afirmar:
A
No desenvolvimento da engenharia de produção, assim como no desenvolvimento da Engenharia Civil, não
houveram fatos marcantes. Já que, desde a Idade da Pedra Lascada, o homem busca produtividade nas suas
atividades.
B
A engenheira de produção surgiu de forma espontânea e natural, com as indústrias iniciais da Primeira
Revolução Industrial.
C
As principais bases da segunda revolução industrial, que culminaram na engenharia de produção, foram o
Talylorismo e Fordismo que marcaram a organização do processo industrial.
D
A engenharia de produção surgiu conceitualmente com as ideias de Adam Smith, que pregava a livre
concorrência e a competitividade como base para a riqueza das nações.
E
A engenharia de produção surgiu com a escola militar que deu origem ao IME.
A alternativa C está correta.
A energia elétrica (Segunda Revolução Industrial) trouxe diversas possiblidades e a sua geração se deu a
partir de motores a gasolina, de hidrelétricas e, mais tarde, de motores nucleares, por exemplo, trazendo a
indústria do petróleo, a nuclear, as telecomunicações, a eletrônica etc. Dessa forma, as engenharias
começaram a se multiplicar no período da Segunda Revolução Industrial, o que gerou a necessidade de
gerenciar todas essas tarefas de engenharia, ideias surgiram em prol de melhorar e organizar o processo
produtivo, surgindo assim a necessidade da formação dos engenheiros de produção.
Questão 2
Após a formalização da profissão de engenheiro e a proliferação das escolas de engenharia, entramos em um
período contínuo de desenvolvimento tecnológico, que foi marcado por algumas inovações disruptivas e que,
por isso, foi identificado como sendo composto por quatro revoluções industriais. Assinale a alternativa que
melhor se encaixa como o período em que as diversas habilitações de engenharia começaram a surgir.
A
Movimento natural a partir da propagação das escolas de engenharia.
B
O capitalismo e o livre mercado a partir das ideias de Adam Smith.
C
A máquina a vapor.
D
A energia elétrica, marco da Segunda Revolução Industrial.
E
A manufatura aditiva.
A alternativa D está correta.
A energia elétrica (Segunda Revolução Industrial) trouxe diversas possiblidades e a sua geração se deu a
partir de motores a gasolina, de hidrelétricas e, mais tarde, de motores nucleares, por exemplo, trazendo a
indústria do petróleo, a nuclear, as telecomunicações, a eletrônica etc. Dessa forma, as engenharias
começaram a se multiplicar no período da Segunda Revolução Industrial.
3. A engenharia e o desenvolvimento
Desenvolvimento e crescimento
Assista ao vídeo e compreenda a relação entre desenvolvimento econômico e crescimento econômico. 
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Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Desenvolvimento econômico X Crescimento econômico
A complexidadedo tema desenvolvimento tem início no seu próprio escopo. No contexto da engenharia, a
abordagem mais óbvia é a do desenvolvimento tecnológico, que mesmo não sendo mencionado
explicitamente, é plenamente percebido. 
De uma forma mais genérica, podemos pensar nos países desenvolvidos e nos chamados países em
desenvolvimento. A primeira coisa que vem à cabeça da maioria das pessoas, ao pensar em um país
desenvolvido, é se tratar de um país rico. Em sequência, temos que pensar em desenvolvimento econômico e
em crescimento econômico, que seriam formas de entrar no clube dos desenvolvidos.
Você acredita que as inovações tecnológicas implantadas pela engenharia promovem o crescimento
econômico?
Para começar, o que pode ser considerado uma inovação tecnológica? 
Vamos construir esse conceito. 
Pode-se classificar a inovação em três dimensões: 
Primeira
Quanto ao objeto (produto ou processo).
Segunda
Quanto ao impacto causado no mercado.
Terceira
Quanto ao modelo de negócios.
Vamos imaginar inicialmente a inovação no âmbito de uma empresa. Parece muito claro que uma inovação
bem-sucedida possa trazer crescimento econômico para uma empresa, uma vez que pode alavancar suas
vendas e aumentar sua participação no mercado.
E se pensarmos em termos de país?
Ao pensarmos somente no mercado interno, o reposicionamento de uma empresa no mercado pode apenas
redistribuir as participações dos concorrentes. Eventualmente, o mercado pode até se ampliar, mas o que é
fundamental para o país é criar uma efervescência capaz de trazer investimentos externos e aumentar as
exportações, alavancando o crescimento econômico. 
Agora, podemos responder positivamente. As inovações tecnológicas são fundamentais para promover o
crescimento econômico. 
E o desenvolvimento econômico?
Já vimos que o crescimento econômico é fundamental para o desenvolvimento econômico, mas o salto do
crescimento para o desenvolvimento é complexo, uma vez que não é natural e normalmente depende de
políticas de Estado para que seja acelerado.
Comentário
Obviamente, existe uma série de acontecimentos que podem ser desencadeados naturalmente a partir
do crescimento econômico que favorecem o desenvolvimento. O crescimento econômico gera empregos
e renda, o que aumenta o consumo e o bem-estar, eleva a arrecadação de impostos, e todos os índices
que medem o desenvolvimento podem melhorar, gerando uma tendência ao progresso. 
Ao pensarmos no complexo contexto brasileiro, que envolve dimensões continentais e disparidades sociais
gigantescas, seria necessário um período de crescimento econômico de quanto tempo para naturalmente
equilibrarmos socialmente o país? 
Muito difícil responder a essa pergunta, mas apesar da lógica desse raciocínio, fica claro que, havendo o
crescimento econômico, é preciso política de Estado que promova o desenvolvimento, com investimentos em
infraestrutura que tanto favoreçam a população diretamente quanto gerem condições de sustentação para o
crescimento econômico. Por infraestrutura, entende-se saneamento, escolas, hospitais, estradas, portos,
aeroportos, habitação etc. 
Já podemos responder à pergunta positivamente, mas com ressalvas: as inovações tecnológicas implantadas
pela Engenharia promovem o crescimento econômico, criando todas as condições para o desenvolvimento do
país, desde que haja política de Estado adequada a esSe propósito. 
Como podemos relacionar a engenharia ao desenvolvimento?
Vimos que o mundo evoluiu ao longo da história e os países foram se desenvolvendo com mais ou menos
sucesso, de acordo com as inovações tecnológicas que implantavam. Vamos pensar em uma missão
hipotética de desenvolver o Brasil. 
Segundo o nosso raciocínio, precisamos criar condições que favoreçam o surgimento das inovações
tecnológicas. 
Quais são os nossos pontos fracos?
Precisamos muito de engenheiros, de profissionais de informática, de pesquisa científica nas áreas de
física, química e biologia, bem como de pesquisa aplicada em engenharia e TI.
Precisamos de políticas que favoreçam a inovação.
Precisamos de cultura empreendedora e de políticas de incentivo.
• 
• 
• 
Comentário
Muitos profissionais só pensam em emprego ou concurso. Os dois estão escassos e não possuem o
potencial transformador da inovação. Quem emprega um engenheiro? Essa resposta é fácil: outro
engenheiro. Se inundarmos o mercado de engenheiros, precisaremos de muitas pequenas empresas de
sucesso. 
Como podemos iniciar esse processo?
O começo e a sustentação certamente passam por uma revolução na educação, que deve ser iniciada no
ensino fundamental. E quem não é criança? Nós que não somos mais crianças temos que nos adaptar para
sobreviver. Lembre-se de que, em um mundo dinâmico e de grandes mudanças, o sucesso está bem mais
próximo da capacidade de adaptação do que da força. 
Diante de uma visão macro, a engenharia nos dá três grandes áreas de atuação dentro de cada habilitação
(ambiental, civil, computação, controle e automação, elétrica, mecânica, petróleo, produção, química,
telecomunicações etc.): 
Área 1
Projeto de produtos, sistemas e processos
produtivos.
Área 2
Atuação no ciclo de vida do empreendimento,
inclusive em sua gestão e manutenção.
Área 3
Atuação na formação de novos engenheiros.
Por enquanto, ainda não podemos formular a resposta, mas já sabemos que precisamos reunir condições que
favoreçam a formação maciça de profissionais ligados à tecnologia para que possamos promover
conhecimento e inovação. 
Algum país já fez isso com sucesso?
Sim, a Coreia do Sul investiu massivamente na formação e teve um retorno espetacular em tempo reduzido. 
Talvez você já esteja até pensando em inovar, mas logo vem à cabeça a figura do inventor, daquela pessoa
genial que cria algo que vai revolucionar o mundo. No entanto, não é por aí. 
Em primeiro lugar, somos ou seremos engenheiros. Enquanto as pessoas fogem dos problemas, eles são a
nossa razão de ser e caso não tenhamos nenhum problema a ser resolvido, estaremos perigosamente sem
serviço, principalmente nesses tempos de inteligência artificial. 
Dica
É necessário ter em mente que cada problema representa uma oportunidade, e que um mesmo problema
pode ser atacado de forma diferenciada, dependendo de características regionais, seja por soluções
inéditas ou por aperfeiçoamentos ou adaptações. 
Devemos inundar o país de profissionais competentes, criativos, inovadores e empreendedores para que, a
partir de uma atmosfera propícia à inovação tecnológica, seja possível de fato gerar e operar o
desenvolvimento do país. Como não poderia deixar de ser, trata-se de uma parceria entre a população e o
Estado com um objetivo comum. De qualquer forma, antes de essa parceria acontecer, temos que fazer nossa
parte e atuar com esse espírito. Além de ser um bom caminho para o sucesso individual ou de um pequeno
grupo de pessoas, será mais uma contribuição para que a transformação global aconteça. 
Vamos continuar nossa conversa com outra visão a respeito da evolução e das inovações históricas que já
vimos. 
Engenharia mais consciente
Entenda neste vídeo o conceito de engenharia sustentável e os seus impactos na qualidade de vida. 
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Engenharia sustentável
Em mais de uma oportunidade, foi comentado o impacto ambiental gerado pelo processo de mineração
adotado pelo Império Romano. De forma simplória, podemos dizer que, em uma história linda de mais de 2 mil
anos, maltratamos tanto o planeta em aproximadamente um século, que nos assustamos e reagimos. 
As soluções de engenharia muitas vezes trouxeram problemas novos, principalmente os relacionados aos
impactos ambientais, antes desprezados. Normalmente, os insumos são recursos naturais que foram
consumidos de forma quase compulsiva, incluindo o desmatamento pela exploração da madeira. 
A poluição atmosférica causada pela
industrialização, pelos transportes e pela
geração de energia; a poluição dos corpos
hídricos causada pela falta de saneamento,
pelos resíduosengenharia
	Conceitos de engenharia
	Conteúdo interativo
	Construção de um conceito para a engenharia
	Saiba mais
	S. E. Lindsay
	Vannevar Bush
	T. J. Hoover e J. C. L. Fish
	John C. Calhoun Jr.
	Comitê de Certificação de Engenharia e Tecnologia dos Estados Unidos
	Saiba mais
	Engenhosidade e história
	Saiba mais
	Engenharia no Egito
	Conteúdo interativo
	Egito
	A relevância do arado
	Surgimento do arado
	Utilização de animais
	Criação da aiveca
	Arados em ferro
	O surgimento dos metais
	O cobre
	Metalúrgicos egípcios
	Pepita de cobre nativo
	Lingote de cobre
	O ferro
	A invenção da roda
	Grécia Antiga e as primeiras cidades
	Conteúdo interativo
	Saiba mais
	A preocupação ambiental na Grécia Antiga
	Invenções do Império Macedônico e Romano
	Conteúdo interativo
	Império Macedônico
	Império Romano
	Aquedutos
	Antigo aqueduto romano
	Roda d’água
	Complexo de Barbegal
	Pontes
	Represas
	Estradas
	Construções
	Engenharia após Império Romano
	Conteúdo interativo
	Idade Média
	Saiba mais
	Curiosidade
	Verificando o aprendizado
	2. Processo evolutivo da industrialização
	Formalização do estudo de engenharia
	Conteúdo interativo
	De 17 mil para 180 mil
	300 mil
	4 milhões
	Curiosidade
	1833
	1842
	1847
	Segunda Revolução Industrial
	Conteúdo interativo
	Holdings
	Truste
	Cartel
	Saiba mais
	Terceira Revolução Industrial
	Conteúdo interativo
	Introdução à Indústria 4.0
	Conteúdo interativo
	Robôs autônomos (robôs colaborativos)
	Simulação digital
	Integração de sistemas
	Internet das coisas (IoT)
	Cibersegurança
	Computação na nuvem
	Manufatura aditiva (ou impressão 3D)
	Realidade aumentada (RA)
	Big data
	Aplicações e impactos da Indústria 4.0
	Conteúdo interativo
	Manufatura aditiva (impressão 3D)
	Saiba mais
	Inteligência artificial (IA)
	Data do marco zero oficial, na conferência de Dartmouth, onde todos os pensadores do tema estavam presentes e o campo da pesquisa foi batizado.
	Frank Rosenblatt apresenta uma máquina chamada Mark 1, que utilizava um algoritmo denominado perceptron, baseado em uma rede neural de uma camada que classificava resultados. No ano seguinte, surge a linguagem de programação LISP, que virou padrão em IA.
	Surge o termo machine learning, que descreve um sistema que daria aos computadores a capacidade de aprender algumas funções sem terem sido programados diretamente para isso.
	Nasce ELIZA, o primeiro chatbot do mundo. Tratava-se de uma psicanalista virtual que conversava automaticamente, utilizando respostas baseadas em palavras-chave em estruturas sintáticas.
	Surge o Robô Shakey, apresentando mobilidade e alguma autonomia de ação e fala. Apesar das falhas, teve a sua funcionalidade.
	Surgem os sistemas especialistas, que realizam atividades complexas específicas de um campo do conhecimento, superando os humanos em velocidade de raciocínio e base de conhecimento.
	A explosão da internet comercial na segunda metade da década trouxe a necessidade da IA para aperfeiçoar os buscadores que vasculhavam a rede automaticamente em busca de informações adequadas.
	Derrota do campeão mundial de xadrez Garry Kasparov para o Deep Blue, da IBM, um marco da IA.
	A Boston Dynamics apresenta o Big Dog, um robô com formas inspiradas nos cachorros e especializado em se movimentar em terrenos de difícil acesso para humanos. Surgem também os veículos autônomos, outra evolução relevante, um caso bastante complexo de gerenciamento de vários sensores. Sem dúvida, um dos destaques da Quarta Revolução Industrial.
	É a vez do processamento da linguagem natural com o reconhecimento de voz e o surgimento de assistentes virtuais como a Siri da Apple, a Alexa da Amazon, a Cortana da Microsoft e o Google Assistente. O Watson da IBM começou a ganhar fama e ser aplicado em vários campos, como direito e saúde. No mesmo ano, um projeto de curso on-line gratuito de inteligência artificial de Sebastian Thrun e de Peter Norvig, na Universidade de Stanford, teve grande sucesso, com mais de 160 mil alunos de 190 países. A partir daí, surgiu a Udacity, uma universidade focada em tecnologia prática, barata, acessível e eficaz para o mundo.
	A Google dá mais um salto em pesquisa em vídeos utilizando o deep learning, que pode ser aplicado em visão computacional, permitindo que o sistema lide com a compreensão das imagens obtidas por meio de câmeras.
	O Facebook introduz o DeepFace, um sistema de reconhecimento facial que alcançou níveis de precisão comparáveis aos dos humanos.
	O AlphaGo, um programa de IA desenvolvido pela DeepMind, empresa do Google, derrota o campeão mundial de Go, considerado um dos jogos mais complexos do mundo. Há avanços no desenvolvimento de veículos autônomos, com empresas como a Tesla, Google e Uber realizando testes extensivos de carros sem motorista.
	A OpenAI lança o Generative Pre-trained Transformer (GPT), um modelo de linguagem baseado em IA capaz de gerar texto semelhante ao humano.
	Big data
	Volume
	Velocidade
	Variedade
	Internet das coisas (IOT)
	Exemplo
	Computação em nuvem
	Sistemas ciber-físicos (CPS)
	Conclusão
	Verificando o aprendizado
	3. A engenharia e o desenvolvimento
	Desenvolvimento e crescimento
	Conteúdo interativo
	Desenvolvimento econômico X Crescimento econômico
	Primeira
	Segunda
	Terceira
	Comentário
	Comentário
	Área 1
	Área 2
	Área 3
	Dica
	Engenharia mais consciente
	Conteúdo interativo
	Engenharia sustentável
	Comentário
	Qualidade de vida
	Índice 1
	Índice 2
	Índice 3
	Verificando o aprendizado
	4. A atuação do engenheiro e o mercado de trabalho
	Áreas de atuação dos engenheiros
	Conteúdo interativo
	Núcleo básico
	Núcleo profissionalizante
	Núcleo específico
	Exemplo
	Competências dos engenheiros
	Conteúdo interativo
	Atribuições do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea)
	Conteúdo interativo
	Exemplo
	Exemplo
	Código de ética
	Conteúdo interativo
	Documentação técnica de responsabilidade do engenheiro
	Conteúdo interativo
	Comentário
	Laudo
	Laudos de avaliações
	Laudos de técnicos
	Relatório técnico
	Parecer técnico
	A linguagem da documentação
	Verificando o aprendizado
	5. Conclusão
	Considerações finais
	Podcast
	Conteúdo interativo
	Fala, mestre!
	Conteúdo interativo
	Explore +
	Referências

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