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Disciplina Farmácia Hospitalar Caroline Tannus MANIPULAÇÕES MAGISTRAIS EM FARMÁCIA HOSPITALAR A manipulação magistral em farmácia hospitalar requer cuidados especiais, em seu preparo para que se evite um medicamento de má qualidade que ao invés de tratar irá prejudicar o paciente. Existe uma série de recomendações que se deva ter no preparo de um medicamento. • Preparação farmacêutica: - forma farmacêutica cuja formulação não é padrão, sendo destinada ao tratamento de um paciente especifico. Avaliação necessidade da preparação farmacêutica • há no mercado formulação comercial? • Se sim: - Os PA da formulação comercial são similares ? - As concentrações dos PA são adequada? - As características físico-quimicas dos adjuvantes são adequadas as necessidades do paciente? Substituir por formulação comercial Área de Manipulação • Deve estar situado longe da área de dispensação • Deve ser isolado de possível contaminação química, por partículas ou poeira • Não deve conter materiais não utilizados para manipulação • Caixas e embalagens não devem ser abertas na área de manipulação • Deve conter uma pia para lavagem dos materiais e mãos Disciplina Farmácia Hospitalar Caroline Tannus • Desejável controle de temperatura e umidade • Deve ser bem iluminada • Deve ser limpa diariamente nunca durante a manipulação Superfície de manipulação • Deve ser: - lisa - impermeável - Sem rasuras ou frestas - Limpa com detergente apropriado, no mínimo antes e depois de cada operação. Equipamentos BALANÇAS • Desejável sensibilidade de no mínimo 1mg • Devem ser mantidas em ambientes secos e sobre superfícies firmes e planas • Devem ser calibradas no mínimo anualmente • Os materiais a serem pesados não devem ser manuseados com as mãos VIDRARIA • Deve-se escolher material cujo o volume a medir seja no mínimo 20% da capacidade nominal. • Seringas calibradas devem ser preferidas para medir líquidos viscosos (glicerina, óleo mineral) e de pequeno volume (abaixo de 2 ml). • Líquidos opacos devem ser pesados • Volumes menores 1 ml utilizar micropipetas Disciplina Farmácia Hospitalar Caroline Tannus PARAMENTAÇÃO Deve prevenir contaminação do produto e exposição do manipulador • Recomenda-se: - Avental - Máscaras - Toucas - Luvas - Óculos de segurança Pessoal-treinamento - Procedimentos em caso de exposição à produtos tóxicos - Interpretação das prescrições médicas - Cálculos (concentração e diluição) - Uso de literatura para verificação de solubilidade, estabilidade, compatibilidade, etc. Matérias primas • Devem ser fornecidas por fabricantes ou distribuidores pré-qualificados • No mínimo na especificação grau farmacêutico • Se utilizar especialidade farmacêutica para uso injetável como matéria-prima, lembra que: - Formas farmacêuticas de liberação controlada não devem ser trituradas para obtenção do PA -Adjunvantes presentes podem afetar biodisponibilidade do produto Manipulado Disciplina Farmácia Hospitalar Caroline Tannus • Se utilizar especialidade farmacêutica para uso injetável como matéria- prima,lembrar que: - Principio ativo pode ser uma pró-droga, não sendo ativo quando administrado por outra via - Estabilidade de droga pode ser comprometida em pH gástrico Armazenamento matéria-primas • Todas MP devem ser estocadas de acordo com as recomendações do fabricante • Limite de temperatura USP-NF: -Ambiente 15 à 30º C -Refrigeração 2 à 8º C -Congelamento - 20 à -10º C -Matérias primas potencialmente tóxicas devem ser armazenadas separadas Documentação •Fórmula Master deve conter: -Componentes e quantidades/concentração de cada componente -Etapas de manipulação -Recomendações de armazenagem -Estabilidade/data de validade -Referencia da formulação •Fixa ou ordem de manipulação deve conter: -Responsável pela manipulação -Farmacêutico supervisor Disciplina Farmácia Hospitalar Caroline Tannus -Número do lote -Quantidade ou concentração dos componentes utilizados -Ordem de mistura, incluindo procedimentos não inscritos no formulário •Certificação dos componentes utilizados: -Potencia -Pureza -Umidade -Documentação da eficácia e efeitos adversos quando da administração ao paciente Estabilidade • FF líquidas são mais propensas instabilização: -Hidrolise -Fotólise -Reações óxido-redução -Prazo de validade -Depende da mensuração das variáveis citadas -Na prática, pode-se encapsular dose a ser administrada, preparando-se suspensão/solução no momento da administração • Formas farmacêuticas -Quando PA for proveniente especialidade farmacêutica, utilizar 25% prazo validade restante ou meses, o que for menor -Quando PA for obtido de fornecedor pré-qualificado, prazo de validade deve ser menor que 6 meses -Em outro casos, prazo validade deve ser durante tempo de tratamento ou 30 dias, o Disciplina Farmácia Hospitalar Caroline Tannus que for menor Etiquetagem • As etiquetas devem incluir: -Nome genérico ou químico do PA -Quantidade/concentração do PA -Formas farmacêuticas liquidas: mg/ml, mEq/ml, %(p/v) ou % (v/v) -Formas farmacêuticas sólidas: g. mg ou mcg -Discriminação e quantidade de excipiente e veículos -Número do lote -Data de validade -Orientação na armazenagem -Nome do farmacêutico responsável -Deve-se evitar nomes usuais da formulação (Por ex.: solução de Johnson’s)
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