Buscar

11- Juizado_Especial_ Civil_Estadual

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

JUIZADOS ESPECIAIS 
(1ª parte)
Thyago Luis Barrêto Braga
Procurador Público Efetivo do Município de João Pessoa, Ex-Analista Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, Ex-Assessor Jurídico de Desembargador do TJPB, Professor de Direito Processual Civil da Faculdade Maurício de Nassau de João Pessoa e Professor em nível de Pós-Graduação da Faculdade Maurício de Nassau – JP / Escola Superior da Advocacia – ESA/PB
INTRODUÇÃO: CONSIDERAÇÕES CONSTITUCIONAIS ACERCA DOS JUIZADOS ESPECIAIS
A criação dos Juizado Especial Cíveis e Criminais foi uma inovação da atual Constituição Federal de 1988, estando previsto em seu artigo 98, inciso I, que assim dispõe: 
“Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;”
Analisemos cada um dos elementos acima destacados (negritados): 
a) A criação dos Juizados Especiais cabe à União (Juizados Especiais Federais – regidos pela Lei Federal n. 10.259/2001) e aos Estados (Juizados Especiais Estaduais – regidos pela Lei Federal n. 9.099/95);
b) Os juizados poderão ser providos por juízes togados (juízes de carreira, vitaliciados) ou por juízes togados E leigos (estes são advogados que desempenham a função de juiz em sede de juizados, de forma temporária, mediante prévia aprovação em seleção pública);
b.1) A figura do juiz leigo existe no Juizado Especial Estadual (vide artigos 37 e 40 da Lei Federal n. 9.099/95)
b.2) Por outro lado, inexiste juiz leigo em sede de Juizado Especial Federal por ausência de previsão legal da Lei nº. 10.259/2001.
c) Na esfera cível, os Juizados são competentes para o julgamento das causas de menor complexidade 
c.1) A menor complexidade diz respeito às provas que necessitam ser produzidas. Destarte, as demandas que exigem a realização de provas periciais, em regras mais complexas, não podem ser interpostas em sede de juizado especial; 
c.2. Tratando-se de competência para julgamento de demandas de menor complexidade, deve-se observar ainda que:
	Nos juizados especiais federais, podem ser propostas, em regra, demandas de até 60 (sessenta) salários mínimos (artigo 3º da Lei nª 10.259/2001);
Nos juizados especiais estaduais, podem ser propostas, em regra, demandas de até 40 (quarenta) salários mínimos (artigo 3º, inciso I, da Lei 9.099/95).
d) O procedimento do Juizado Especial é especial (e não comum), qualificado, ademais, como “procedimento sumariíssimo”. Observa-se, portanto, que o Constituinte, desde o início, já impôs que o rito do Juizado fosse bastante célere, diferenciado. 
e) Os recursos interpostos contra sentenças proferidas em sede de Juizados Especiais (Recursos Inominados) serão julgados pelas Turmas Recursais (turmas compostas por juízes de primeiro grau), não se cogitando no julgamento destes recursos pelo Tribunal de Justiça ou pelo Tribunal Regional Federal. 
Observação 1: O Tribunal de Justiça é órgão judiciário composto por juízes de 2º grau (denominados de Desembargadores Estaduais).
Observação 2: O Tribunal Regional Federal é órgão judiciário composto por juízes de 2º grau (apesar da Constituição Federal resguardar a denominação “Desembargador” apenas para os juízes de 2º grau dos Tribunais Estaduais, os juízes de 2º grau dos TRF´s são comumente denominados de Desembargadores Federais). 
Bons estudos!
Prof. Thyago Barreto Braga
Canais de Contato:
Facebook: Thyago Braga
E-mail: thyagobraga@hotmail.com

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais