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FUNDAMENTOS DA CONTROLADORIA - CUSTOS 2

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Administração de Custos
FORMAÇÃO DE CUSTO DE MATERIAIS DE ESTOQUE
O custo de aquisição de matérias primas e outros materiais destinados a produção, quando considerada uma empresa de caráter industrial, constituindo normalmente um componente de expressão significativa, deverá compreender a somatória dos valores correspondentes a:
O preço de custo da matéria prima.
As despesas de transporte até o local de estocagem.
Os prêmios de seguros para transporte.
Os impostos não recuperáveis.
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Portanto, podemos definir que NÃO integrarão o custo de aquisição dos materiais destinados ao estoque, para imediata ou posterior aplicação no processo produtivo, quando considerada uma empresa de caráter industrial, os valores correspondentes a:
Os Impostos Recuperáveis (ICMS e IPI).
Os valores de depósitos transitórios ou recuperáveis.
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Portanto, podemos afirmar que o processo de formação de custo de materiais ou produtos adquiridos pela empresa, para posterior incorporação ao processo produtivo ou revenda, dependerá da forma de tratamento fiscal ou tributação no momento da venda dos produtos decorrentes.
Em resumo, podemos a firmar que serão recuperados os impostos pagos na entrada do material ou produto na empresa, sempre que o produto final ou mesmo, aquele objeto de revenda, esteja sujeito a incidência do tributo na saída da empresa.
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Através do exemplo a seguir podemos analisar o tratamento a ser dado a uma nota fiscal de compra de material ou produto para revenda, destacando-se os seguintes valores da mercadoria e impostos:
Valor Bruto do Material ou Produto Adquirido pela Empresa: R$ 100,00
Valor do IPI Calculado na Nota Fiscal de Compra: R$ 20,00
Valor da Nota Fiscal Fatura/Duplicata de Compra: R$ 120,00
Valor do ICMS incluso no preço da mercadoria (destacado NF): R$ 18,00
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Administração de Custos
Portanto, com base nos aspectos fiscais, podemos identificar diferentes situações fiscais e, conseqüentemente, de tratamento de custos, que resultarão em valores alternativos, quando da entrada dos materiais ou produtos nas contas de estoque, destacando-se:
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Quando o produto na venda pela empresa for tributado pelo IPI e ICMS o custo global a ser contabilizado na aquisição dos materiais, será de: R$ 82,00.
Quando o produto na venda pela empresa for tributado pelo IPI e isento de ICMS o custo global a ser contabilizado na aquisição dos materiais, será de: R$ 100,00.
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Administração de Custos
Quando o produto na venda pela empresa for tributado pelo ICMS e isento de IPI o custo global a ser contabilizado na aquisição dos materiais, será de R$ 102,00.
Quando o produto na venda pela empresa for isento de IPI e ICMS o custo global a ser contabilizado na aquisição dos materiais, será de R$ 120,00.
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Administração de Custos
CRITÉRIOS DE AVALIZAÇÃO DE ESTOQUE DE MATERIAIS E PRODUTOS
A avaliação dos materiais e produtos em estoque deverá merecer atenção especial do órgão de custos a fim de proporcionar o desenvolvimento dos seguintes trabalhos:
A apuração do custo dos produtos fabricados no período.
A apuração do custo dos produtos vendidos no período.
A apuração de estoques no final de cada período contábil.
A apuração do resultado bruto de cada período contábil.
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Dentre os critérios para avaliação de estoques de materiais e produtos podemos destacar:
FIFO (First In – First Out)
Também conhecido como PEPS (primeiro a entrar – primeiro a sair) através do qual o custo dos produtos fabricados ou vendidos em cada período contábil será determinado em função dos materiais ou produtos mais antigos integrados dos estoques. Quando da avaliação dos estoques obedecido ao critério FIFO (first in – first out), teremos como resultado contábil o seguinte:
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Maior Valor de Estoque no Final do Período.
Menor Valor de Custo dos Produtos Vendidos no Período.
Maior Lucro ou Menor Prejuízo no Período.
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LIFO (Last In – First Out)
Também conhecido com UEPS (ultimo a entrar – primeiro a sair), através do qual o custo dos produtos fabricados ou vendidos em cada período contábil, será determinado em função dos materiais ou produtos mais recentes entrados no estoque. Quando da avaliação dos estoques obedecido ao critério LIFO (last in – first out), teremos como resultado contábil o seguinte:
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Menor Valor de Estoque no Final do Período.
Maior Valor de Custos dos Produtos Vendidos no Período.
Menor Lucro ou Maior Prejuízo no Período.
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AVERAGE (Média Ponderada)
Também conhecido como o Sistema de Custo Médio Ponderado, através do qual o custo dos produtos fabricados e vendidos em cada período contábil, será determinado em função da média ponderada, considerados os materiais e produtos existentes em estoque.
Podemos também decidir entre o custo médio ponderado diário ou mensal para fins de apuração de custo dos produtos fabricados e/ou vendidos no período contábil. Deve-se entender por custo médio pondera do mensal aquele obtido após serem realizadas todas as entradas de materiais e/ou produtos adquiridos no período contábil, apurando-se, a seguir, um custo médio a ser aplicado na valorização das baixas decorrentes das vendas do período.
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Administração de Custos
Considerada a não aceitação do ponto de vista tributário do critério de avaliação com base no LIFO (LAST IN – FIRST OUT) e, por outro lado, que para a empresa o resultado para fins tributários, decorrente da aplicação do critério de avaliação FIFO (FIRST IN – FIRST OUT) não se apresenta, em condições normais, como o mais conveniente, as empresas tendem, em sua quase totalidade, a optarem pelo critério de avaliação com base no custo médio ponderado dos seus materiais e produtos em estoque.
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ANÁLISE COMPARATIVA DE RESULTADO ENTRE OS SISTEMAS FIFO E LIFO
Após a análise dos critérios de avaliação, podemos concluir sobre as conseqüências decorrentes da sua utilização, em termos de influência nos resultados da empresa, destacando os pontos a seguir:
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FIFO: Adotado o sistema de avaliação de estoque FIFO teremos as seguintes conseqüências: Estoque Final Maior – Custos de Produção Menor – Lucro do Período Maior – Impostos de Renda a Pagar Maior – Dividendos aos Acionistas Maior.
LIFO: Adotado o sistema de avaliação de estoque LIFO teremos as seguintes conseqüências: Estoque Final Menor – Custo de Produção Maior – Lucro do Período Menor – Imposto de Renda a Pagar Menor – Dividendos aos Acionistas Menor.
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Administração de Custos
Em síntese, após a análise dos diversos critérios de avaliação de estoques, podemos concluir sobre as suas conseqüências, através do quadro a seguir:
PONTO DE ANÁLISE	FIFO		LIFO		AVERAGE
				(PEPS)		(UEPS)		(MÉDIO)
Est. Final 		(+)Maior		(-)Menor	Médio
Custos Prod. do Período
Contábil			(-)Menor	(+)Maior		Médio
Lucro Apurado no Período 
Contábil			(+)Maior		(-)Menor	Médio
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PONTO DE ANÁLISE	FIFO		LIFO		AVERAGE
				(PEPS)		(UEPS)		MÉDIA
Prej. Apurado no Período
Contábil			(-)Menor	(+)Maior		Médio
Imposto de Renda	(+)Maior		(-)menor	Médio
Conclusão em Termos de Utilização
dos diferentes Critérios de Avaliação
de Estoques			
				não é bom	Não é bom	Critério Aceito
				p/ a empr	p/ o governo	por Ambos
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Administração de Custos
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE QUEBRAS E PERDAS DE ESTOQUE
Quando da análise de perdas de estoque, consideradas como tal aquelas identificadas no processo produtivo, em termos operacionais e de tratamento contábil de custos, podemos identificar as seguintes situações básicas:
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A -Quebras e Perdas de Caráter Comportamental
	Poderão ser classificadas nesta categoria
as perdas de produção identificadas como de caráter comportamental e, portanto, passíveis, de projeção estimativa pela gerência técnica. As perdas consideradas de caráter comportamental deverão fazer parte integrante da especificação técnica de produção e, portanto, serão tratadas como um componente do custo do produto.
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B - Quebras e Perdas de Caráter Extraordinário
	Serão classificadas nesta categoria as perdas de produção identificadas como de caráter extraordinário e, portanto, não previsíveis em termos gerenciais. As perdas consideradas de caráter extraordinário não deverão fazer parte integrante do custo de produção devendo ser tratada como um custo global do período contábil e não como custo de produtos específicos.
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Administração de Custos
Em síntese, podemos afirmar que as perdas de caráter comportamental, previsíveis ou estimadas deverão constituir um componente de custo direto do produto a ser objeto de precificação. Por outro lado, as perdas extraordinárias ou seja, aquelas de caráter não previsível, deverão ser consideradas como um custo global da operação, não sendo, portanto, objeto de precificação mas sim, objeto de cobertura pelo resultado global obtido pela empresa.
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Administração de Custos
A DEFINIÇÃO DO PLANO DE CENTROS DE CUSTOS
A definição do plano de apropriação de custos ou plano de centros de custos, constitui um ponto de fundamental importância para a otimização do sistema de apuração de custos. A sua definição possibilitará a apropriação dos valores de gastos por centro de custo responsável, considerada a estrutura orgânica e operacional da empresa.
Para otimização do processo de análise gerencial, a definição do plano de centros de custos deverá obedecer algumas regras básicas de caráter conceitual e organizacional, destacando-se:
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Administração de Custos
O plano de centros de custos deverá ser desenvolvido a partir da estrutura orgânica da empresa, através da sua codificação com base no organograma estrutural.
Além do organograma da empresa, o plano de centros de custos poderá considerar pontos operacionais mais detalhados, destacando-se como tal, linhas de produção, regiões de vendas ou operações específicas mesmo que transitórias.
Um centro de custos poderá ser de caráter produtivo, auxiliar, técnico, mercadológico, administrativo ou neutro.
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Administração de Custos
Um centro de custos, no tocante a apropriação de custos, poderá receber e/ou distribuir valores representativos de despesas e custos operacionais.
Um centro de custo poderá identificar simultaneamente um centro de receita e, portanto, ser objeto de uma apuração de resultado específico.
Cada centro de custo deverá identificar, sempre que possível, apenas uma gerência ou responsável 
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Administração de Custos
As projeções de caráter orçamentário, deverão se desenvolver de forma consistente, obedecido ao plano de centros de custos.
A definição do sistema de informações gerenciais deverá se desenvolver de forma perfeitamente integrada com o plano de centros de custos da empresa.
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Administração de Custos
Para fins de classificação contábil, recomenda-se que a codificação do plano de centros de custos se processe de forma perfeitamente segregada do código identificador da natureza específica de gasto. Tal prática apresentará acentuadas vantagens e simplificação, quando do processamento de informações contábeis e gerenciais, destacando-se, nesta última, os relatórios de projeção e análise orçamentária.
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DISTRIBUIÇÃO E RATEIO DE CUSTOS FIXOS DE PRODUÇÃO
	Quando da análise de uma empresa industrial podemos identificar duas categorias ou agrupamentos básicos de custos de produção:
Os custos de produção identificáveis diretamente a uma operação, componente básico ou produto específico.
Os custos de produção de caráter auxiliar ou de suporte não alocáveis diretamente a um produto ou operação específica, mas que, para fins de absorção, deverão ser objeto de apropriação através da utilização de técnicas de rateio.
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Administração de Custos
A título de custos auxiliares ou de suporte identificamos aqueles componentes normalmente representativos de custos fixos, destacando-se como exemplo os gastos com a gerência industrial, segurança, almoxarifado, laboratório, refeitório, transportes internos, controle de qualidade, planejamento e controle de produção, serviços gerais e outros de natureza mais específica, dependendo da natureza e do grau de complexidade da empresa.
O tratamento dos custos fixos de produção, para fins de apropriação contábil e gerencial, deverá obedecer o seguinte:
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Administração de Custos
Para fins contábeis e, portanto, atendido o sistema de custeio por absorção, os custos de caráter auxiliar deverão ser objeto de apropriação obedecidos critérios e bases de rateio consideradas razoáveis e aprovados pela empresa.
Para fins gerenciais e, portanto, atendido o sistema de custos direto, os custos de caráter auxiliar, normalmente representativos de custos fixos, serão tratados como custos do período contábil dispensando a realização de rateios de custos auxiliares quando de comportamento fixo.
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Administração de Custos
	Portanto, considerada uma empresa que, para fins de análise de custos de produção, utiliza um sistema gerencial de custeio direto, o rateio de custos auxiliares ou de suporte poderá ser objeto de simplificação contábil, da seguinte forma:
Efetuar uma distribuição dos gastos de caráter auxiliar, de forma simplificada, com base nos custos diretos de materiais e/ou mão obra direta, ou ainda
Distribuir os gastos de caráter auxiliar com base na somatória de custos de materiais e mão de obra direta.
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Administração de Custos
A aplicação de formulações simplificadas para rateio de custos de caráter auxiliar, possibilitará a eliminação de todo um processo mais complexo para rateio de valores de custos fixos, normalmente de pouca expressão em termos de tomada de decisão gerencial. Neste caso, consideramos que fins de tomada de decisão, a empresa estará utilizando as informações obtidas através do sistema de custeio direto, análise abc (activity based costing) e outras de natureza gerencial.

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