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SISTEMAS DE PRODUÇÃO VEGETAL Aspectos físicos, químicos e biológicos dos solos - Uma revisão - Principais aspectos físicos dos solos Os solos são constituídos por uma mistura de partículas sólidas (mineral e orgânica), ar e água, formando um sistema trifásico, sólido, gasoso e líquido: ASPECTOS FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS DOS SOLOS Principais aspectos físicos dos solos SOLO: Um sistema trifásico composto por: a) Fase sólida (matriz do solo); b) Fase líquida (solução do solo); c) Fase gasosa (ar do solo). Um solo é considerado fisicamente ideal para o crescimento das plantas quando apresenta boa retenção de água, bom arejamento, bom suprimento de calor e pouca resistência ao crescimento radicular. A importância prática de se entender o comportamento físico do solo está associada ao seu uso e manejo apropriado, ou seja, orientar irrigação, drenagem, preparo e conservação de solo e água; As partículas da fase sólida variam grandemente em tamanho, forma e composição química e a sua combinação nas várias configurações possíveis forma a chamada matriz do solo; Como propriedades físicas importantes, tem-se: a) Textura do solo: distribuição de tamanho de partículas; b) Estrutura do solo: arranjo das partículas em agregados; c) Porosidade do solo: O espaço do solo não ocupado por sólidos e ocupado pela água e ar compõem o espaço poroso, definido como sendo a proporção entre o volume de poros e o volume total de um solo. A textura do solo é definida pela proporção relativa das classes de tamanho de partículas de um solo. A Sociedade Brasileira de Ciência do Solo define quatro classes de tamanho de partículas menores do que 2 mm, usadas para a definição da classe de textura dos solos: a) Areia grossa – 2 a 0,2 mm ou 2000 a 200 μm b) Areia fina – 0,2 a 0,05 mm ou 200 a 50 μm c) Silte – 0,05 a 0,002 mm ou 50 a 2 μm d) Argila – menor do que 2 μm a) Textura do solo Desconsiderando a presença da matéria orgânica e de partículas maiores do que 2 mm no solo, o total de partículas de um solo é igual ao somatório da proporção de areia, silte e argila, de maneira que um solo pode ter de 0 a 100% de areia, de silte e de argila; O número possível de arranjamento resultante da combinação das proporções de classes de partículas é muito grande, o que impulsionou o desenvolvimento de um sistema de classificação gráfico e funcional para definição das classes de textura dos solos; O sistema consta da sobreposição de triângulos que representam a quantidade de argila, silte e areia do solo; A avaliação da textura é feita diretamente no campo e em laboratório. No campo, a estimativa é baseada na sensação ao tato ao manusear uma amostra de solo. A areia manifesta sensação de aspereza, o silte maciez e a argila maciez e plasticidade e pegajosidade quando molhada; No laboratório, a amostra de solo é dispersa numa suspensão e, por peneiramento e sedimentação, se determina exatamente a proporção de areia e argila e por diferença a de silte. TRIÂNGULO DE CLASSES TEXTURAIS DOS SOLOS A estrutura do solo refere-se ao agrupamento e organização das partículas do solo em agregados e relaciona-se com a distribuição das partículas e agregados num volume de solo; De acordo com a organização das partículas muitos tipos de agregados estruturais podem se formar. O tipo de agregado presente num solo determina o tipo de estrutura do solo. Uma descrição geral desses tipos é apresentada a seguir: a) Granular: agregados arredondados formados predominantemente na superfície do solo sob influência marcada da matéria orgânica e atividade microbiológica; b) Laminar: são de formato laminar e formados por influência do material de origem ou em horizontes muito compactados; c) Prismática e colunar: formam-se em ambientes mal drenados e em horizontes subsuperficiais com pequena influência da matéria orgânica; d) blocos angulares e subangulares: os agregados têm formato cubóide e formam-se em ambientes moderadamente a bem drenados nos subsolos. A variação do tipo de estrutura do solo é bastante usada na classificação de solos e variam claramente quando varia o tipo de solo. b) Estrutura dos solos ESTRUTURA DOS SOLOS c) Porosidade do solo O espaço do solo não ocupado por sólidos e ocupado pela água e ar, compõem o espaço poroso, definido como sendo a proporção entre o volume de poros e o volume total de um solo; É de grande importância para o crescimento das raízes e movimento de ar, água e solutos no solo; A textura e s estrutura dos solos explicam em grande parte o tipo, tamanho e quantidade dos poros; Podem ser classificados em: a) Microporos – após saturados com água, a retém contra a gravidade. São importantes para a retenção e armazenamento de água nos solos; b) Macroporos – após saturados com água, não a retém, ou são esvaziados pela ação da gravidade. São importantes para aeração e infiltração de água nos solos. Aspectos químicos dos solos pH dos solos Material orgânico – é todo material de origem orgânica, reconhecível ou não, que contenha o elemento carbono em sua estrutura. Húmus – Substância de natureza orgânica já em estádio avançado de alteração, não sendo possível reconhecer sua origem. Matéria orgânica dos solos Calagem dos solos Calagem é uma etapa do preparo do solo para cultivo agrícola na qual se aplica calcário com os objetivos de elevar os teores de cálcio e magnésio, neutralização do alumínio trivalente (elemento tóxico para as plantas) e corrigir o pH do solo, para um desenvolvimento satisfatório das culturas. Calagem dos solos CTC dos solos Condutividade elétrica dos solos Alta concentração de sais na zona das raízes é uma limitação severa em muitos solos de regiões áridas e semi-áridas; A salinidade constitui-se fator importante na avaliação da produtividade dos solos. Aspectos biológicos dos solos Ciclo do nitrogênio
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