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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO | FACULDADE DE ENGENHARIA DISCIPLINA: FENÔMENOS MECÂNICOS COEFICIENTE DE ATRITO ESTATICO EM PLANO INCLINADO ATIVIDADE PRÁTICA AVALIATIVA - 01 ALUNO: DOMINGOS HENRIQUE P.SANTOS MATRÍCULA: 224102623 ALUNO: HILTON DIEGO S. DE OLIVERA MATRÍCULA: 22040205963 ALUNO: REGINA PEREIRA MATRÍCULA: 2240206393 ALUNO: GUSTAVO DE SOUSA SILVA MATRÍCULA:2240107868 ALUNO: LYSS R SANTOS MATRICULA: 2240204097 PROFESSOR(A): LUIZ EDUARDO DATA DA AULA PRÁTICA: 03/04/2025 HORÁRIO DA AULA PRÁTICA: 19:00 as 21:30 SALVADOR ABRIL/2025 3 Sumário 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 3 Materiais Utilizados ............................................................................................ 4 Arranjo Experimental ......................................................................................... 5 Resultados........................................................................................................... Conclusão ........................................................................................................... 8 1. OBJETIVOS .............................................................................................. 11 2. MATERIAIS E MÉTODOS ......................................................................... 13 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................... ....................................... 4. CONCLUSÃO ........................................................................................ ....11 5. BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 12 4 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A força de contato que atua na superfície de um corpo e sempre se opõe à tendência de escorregamento ou deslizamento deste corpo em relação à superfície de um plano é chamada força de atrito. O atrito é causado pelas irregularidades nas superfícies em contato mútuo e depende dos tipos de materiais e de como eles são pressionados juntos. Mesmo as superfícies que aparentam ser muito lisas têm irregularidades microscopias que obstruem o movimento. Vale ressaltar também que o atrito não se restringe a sólidos deslizando uns sobre os outros, pois ocorre em líquidos e gases, chamados coletivamente de fluidos (porque fluem). As forças de atrito são muito importantes na vida cotidiana; provocam desgastes nas peças móveis das máquinas e são responsáveis pelo aumento da energia interna das mesmas, porque as peças aquecem. Por outro lado, sem atrito não haveria transmissão do movimento por correias, não poderíamos caminhar, nem escrever e até mesmo uma corrente de ar poderia fazer com que os móveis se movessem. Para o cálculo da força de atrito (1) existem, além na força normal (N), dois tipos de coeficientes de atrito: coeficiente de atrito dinâmico e estático (μ), esses coeficientes dependem do material do material que compõe o corpo estudado. |𝐹�⃗� | = �⃗��⃗�𝑎𝑎 �⃗�𝑡 .⃗𝐸�⃗� = 𝜇𝐸.|𝑁�⃗⃗� | (Equação 1) Em que: |𝐹⃗|: é a força aplicada em um objeto; �⃗��⃗�𝑎𝑎 �⃗�𝑡 .⃗𝐸�⃗� : é a força de atrito estática; 𝜇𝐸: é o coeficiente de atrito; |𝑁⃗⃗|: é a força normal que exerce sobre o corpo; Para que tal coeficiente seja determinado, é necessário que haja um equacionamento de um corpo P em um plano inclinado como mostra a figura 1. 5 u Esquema de força em um plano inclinado: Com a nálise das forças presentes na figura 1, têm -se que: |𝑃⃗ | = m.g (Equação 2) m.g .𝑐𝑐s𝜃 = |𝑁�⃗⃗� | (Equação 3) .g.sen𝜃 = |�⃗��⃗�𝑎𝑎 �⃗�𝑡 .⃗𝐸�⃗� | (Equação 4) |𝐹�⃗⃗�𝑎�⃗⃗� 𝑡�⃗⃗� .𝐸�⃗⃗� | = 𝜇𝐸 .|𝑁�⃗⃗� | (Equação 5) m.g.sen𝜃𝜃 = 𝜇𝐸.m.g.𝑐os𝜃 (Equação 6) dividindo a Equação 4 pela Equação 6, temos: 𝜇 𝐸 = m.g.senθ m.g.cosθ (Equação 7) 2. Materiais Utilizados - Ripas de madeira. - Papelão, papel, borracha, PVC, veludo. - Transferidores de 180°, Régua de 30 cm. - Ferramentas para a construção dos objetos: tesouras, serras, cola quente, fita adesiva grossa. m 6 3. Arranjo Experimental Inicialmente montamos a estrutura necessária para o experimento conforme imagem abaixo: Figura 1: Experimento em montagem Figura 2: Experimento Montado Os objetos foram colocados sobre o plano inclinado inicialmente com inclinação nula. Em seguida começamos a aumentar essa inclinação até o ponto em que os objetos entre na iminência de começar a deslizar para encontrarmos o coeficiente de atrito estático, o mesmo foi feito para as duas superfícies dos objetos. Já para acharmos o coeficiente de atrito cinético foi necessário diminuímos um pouco a inclinação do plano inclinado até que os objetos deslizassem com velocidade constante. 7 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Com os dados obtidos no procedimento experimental, pôde-se construir as tabelas 1 e 2 que nos dá o número de ângulos de inclinação para cada teste com a BASE de PVC e BASE tecido VELUDO Base 01 PVC Disco de Acrilico Borracha Papelão Medições Angulo COSΘ SENΘ TGΘ Angulo COSΘ SENΘ TGΘ Angulo COSΘ SENΘ TGΘ 1 26 0,899 0,438 0,488 55 0,574 0,819 1,428 38 0,788 0,616 0,781 2 28 0,883 0,469 0,532 41 0,755 0,656 0,869 28 0,883 0,469 0,532 3 23 0,921 0,391 0,424 34 0,829 0,559 0,675 27 0,891 0,454 0,510 4 24 0,914 0,407 0,445 52 0,616 0,788 1,280 30 0,866 0,500 0,577 5 25 0,906 0,423 0,466 46 0,695 0,719 1,036 32 0,848 0,530 0,625 6 24 0,914 0,407 0,445 38 0,788 0,616 0,781 27 0,891 0,454 0,510 7 24 0,914 0,407 0,445 32 0,848 0,530 0,625 31 0,857 0,515 0,601 8 25 0,906 0,423 0,466 36 0,809 0,588 0,727 27 0,891 0,454 0,510 9 28 0,883 0,469 0,532 35 0,819 0,574 0,700 31 0,857 0,515 0,601 10 22 0,927 0,375 0,404 34,5 0,824 0,566 0,687 30 0,866 0,500 0,577 11 23 0,921 0,391 0,424 35 0,819 0,574 0,700 29 0,875 0,485 0,554 Media 24,73 0,908 0,42 0,46 39,86 0,761 0,64 0,86 30,00 0,865 0,50 0,58 Desvio Padrão 1,95 0,015 0,03 0,04 7,78 0,093 0,10 0,27 3,19 0,030 0,05 0,08 Tabela 1 8 Base 02 Veludo Disco de Acrilico Borracha Papelão Medições Angulo COSΘ SENΘ TGΘ Angulo COSΘ SENΘ TGΘ Angulo COSΘ SENΘ TGΘ 1 34 0,829 0,559 0,675 59 0,515 0,857 1,664 35 0,819 0,574 0,700 2 35 0,819 0,574 0,700 54 0,588 0,809 1,376 28 0,883 0,469 0,532 3 33 0,839 0,545 0,649 57 0,545 0,839 1,540 26 0,899 0,438 0,488 4 34 0,829 0,559 0,675 51 0,629 0,777 1,235 28 0,883 0,469 0,532 5 32 0,848 0,530 0,625 54 0,588 0,809 1,376 35 0,819 0,574 0,700 6 39 0,777 0,629 0,810 57 0,545 0,839 1,540 27 0,891 0,454 0,510 7 33 0,839 0,545 0,649 60 0,500 0,866 1,732 28 0,883 0,469 0,532 8 34 0,829 0,559 0,675 59 0,515 0,857 1,664 26 0,899 0,438 0,488 9 35 0,819 0,574 0,700 57 0,545 0,839 1,540 24 0,914 0,407 0,445 10 30 0,866 0,500 0,577 54 0,588 0,809 1,376 26 0,899 0,438 0,488 11 35 0,819 0,574 0,700 55 0,574 0,819 1,428 27 0,891 0,454 0,510 Media 34,00 0,828 0,56 0,676 56,09 0,557 0,83 1,497 28,18 0,880 0,47 0,538 Desvio Padrão 2,24 0,022 0,03 0,058 2,74 0,039 0,03 0,153 3,57 0,031 0,05 0,084 Tabela 2 Com os resultados das tabelas 1 e 2, foi calculado a média aritmética e o desvio padrão populacional em cada superfície. Média aritmética: Desvio padrão: 𝜃 = 𝑛 𝑖𝑖=1 𝑛 𝜃𝑖 (Equação 8) (Equação 9 ∑ 9 Os resultados podem ser vistos abaixo: 𝜃(𝜃 PVC x Disco Acrílico) = 24,73° 𝜃(𝜃 Veludo x Disco Acrílico) = 34° 𝑜(PVC x Disco Acrílico) = 1,95 𝑜𝑜(Veludo x Disco Acrílico) = 2,24 𝜃(𝜃 PVC x Borracha) = 39,86° 𝜃(𝜃 Veludo x Borracha) = 56,09° 𝑜(PVC x Borracha) = 7,78 𝑜(Veludo x Borracha) = 2,74 𝜃(𝜃 PVC x Papelão) = 30° 𝜃(𝜃 Veludo x Papelão) = 28,18° 𝑜(PVC x Papelão) = 3,19 𝑜(Veludo x Papelão) = 3,57 Tabela 3: Número médio de ângulos de inclinação e os seus desvios padrões dos 11 testes para cada superfície A partir dos dados obtidos, podemos calcular o coeficiente de atrito para ambas as superfíciesutilizando a equação 7: 𝜇(PVC x Disco Acrílico) = tan(24,73°) 𝜇(veludo x Disco Acrílico) = tan(34°) 𝜇((PVC x Disco Acrílico) = 0,46 𝜇(veludo x Disco Acrílico) = 0,676 𝜇(PVC x Borracha) = tan(39,86°) 𝜇(veludo x Borracha) = tan(56,09°) 𝜇((PVC x Borracha) = 0,86 𝜇(veludo x Borracha) = 1,497 𝜇(PVC x Papelão) = tan(30°) 𝜇(veludo x Papelão) = tan(28,18°) 𝜇((PVC x Papelão) = 0,58 𝜇(veludo x Papelão) = 0,538 O coeficiente de atrito depende exclusivamente da matéria da superfície de contato e do ângulo de inclinação. Pode-se observar na demonstração com a qual chegou-se à equação 7, as massas e a gravidade são anuladas e assim não interferem no coeficiente de atrito. Os resultados são bastante precisos, pois possuem uma pequena incerteza, mostrando assim a eficácia do experimento realizado. Porém, não foi possível comparar com resultados existentes na literatura e discorrer sobre a exatidão do experimento. Superficie 𝜃𝜃 ± 𝑜𝜃𝜃𝜃 Disco de Acrílico 𝜃𝜃 ± 𝑜𝜃𝜃𝜃 Borracha 𝜃𝜃 ± 𝑜𝜃𝜃𝜃 Papelão PVC Tabela 1 (24,73 ± 1,9)° (39,86 ± 7,8)° (30, ± 3,2)° VELUDO Tabela 2 (34 ± 2,2)° (56,09 ± 2,7)° (28,18 ± 3,6)° 10 5. COMPORTAMENTOS DESTACÁVEIS Durante o experimento, levantou-se uma discussão a respeito do comportamento de dois materiais sobre a base. O primeiro comportamento observado foi o da borracha. Ao mudar sua posição sobre a superfície, observou-se que ela se movia sobre a base com uma inclinação maior quando posicionada na horizontal. Entretanto, na posição vertical, movia-se sobre a base com uma inclinação menor. Essa observação levantou a seguinte questão: a área de contato do objeto influencia a força de atrito? Ao pequisar a respeito, constatou-se que a força de atrito (seja estático ou cinético) independe da área de contato. Essa teoria refuta a observação feita. Entretanto, ao ampliar o entendimento sobre a ciência do material envolvido, descobre-se que o formato da borracha e a forma como ela é posicionada sobre o plano alteram a distribuição da força normal, impondo ela, por sua vez, influência direta à força de atrito. Essa distribuição pode causar microdeformações na superfície de contato, além do que é visível a olho nu. Concluímos que a área geométrica visível não causa alterações na força de atrito dos objetos, não obstante, materiais deformáveis (como a borracha) podem sofrer alterações microscópicas que se correlacionam diretamente com a força normal do objeto, o que, por consequência, influencia tanto a força de atrito quanto o coeficiente de atrito. A superfície de contato só se torna significativa, neste caso específico, por se tratar de um objeto facilmente deformável. No segundo caso, a superfície do papelão com tinta gráfica apresentava maior facilidade de deslizar sobre a base. Para este evento, atribuimos diversas razões, uma delas é que uma ampla variedade de tintas utiliza vernizes para melhorar o aspecto da cor. É essa propriedade que reduz o coeficiente de atrito, facilitando o início do movimento. Por esse motivo, fizemos as observações registradas apenas com o lado sem tinta do papelão. Entender essas interferências no movimento permite aplicar os conceitos em situações reais e cotidianas. Por exemplo, utilizando as propriedades de Coulomb e o estudo da deformação da força normal, conseguimos identificar que técnicas podem ser úteis em contenções de taludes que possuem camadas de argila ou material orgânico em grandes proporções, ou mesmo na engenharia por trás do funcionamento de pastilhas de freio e suas interações com as superfícies. 11 6. Conclusão O experimento realizado demonstrou a possibilidade de comparação do coeficiente de atrito estático e cinético de uma superfície. Para o coeficiente de atrito estático das duas superfícies foi obtido um valor maior do que o valor encontrado para o coeficiente de atrito cinético, comprovando na prática que o coeficiente de atrito estático sempre será maior que o cinético para qualquer superfície. 12 7. BIBLIOGRÁFIA HEWITT, P. G. Física conceitual. 12 ed. Porto alegre: Bookman, 2015. HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física. 10 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. HELENE, Otaviano Augusto Marcondes, VANIN, Vito Roberto. Tratamento Estatístico de Dados em Física Experimental. Edgard Blücher, 2ª edição, 1991.