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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
O que se entende por costumes?
R: o costume é uma prática gerada espontaneamente pelas forças sociais e ainda, segundo alguns autores, de forma inconsciente.
O Direito costumeiro pode ser definido como conjunto de normas de conduta social, criadas
espontaneamente pelo povo, através do uso reiterado, uniforme e que gera a certeza de
obrigatoriedade, reconhecidas e impostas pelo Estado.
Quais são as espécies de costumes?
R: a) Costume “Secundum Legem” – Há divergência doutrinária quanto ao significado desta espécie.Para alguns ela se caracteriza quando a prática social corresponde à lei.
b) Costume “Praeter Legem” – É o que se aplica supletivamente, na hipótese de lacuna da lei. Esta espécie é admitida pela generalidade das legislações.
c) Costume “Contra Legem” – É a chamada consuetudo abrogatoria, que se caracteriza pelo fato de a prática social contrariar as normas de Direito escrito.
Conceitue Jurisprudência:
R: Para os ordenamentos jurídicos filiados ao sistema anglo-americano, a jurisprudência constitui uma
Importante forma de expressão do Direito.
A jurisprudência pode ser considerada fonte formal do direito? Explique apontando a divergências doutrinarias.
R: Sim. Para os ordenamentos jurídicos filiados ao sistema anglo-americano, a jurisprudência constitui uma importante forma de expressão do Direito.
Nos Estados que seguem a tradição romano-germânica, a cujo sistema vincula-se o Direito brasileiro,
não obstante alguma divergência doutrinária, prevalece o entendimento de que o papel da jurisprudência
limita-se a revelar o Direito preexistente.
No Estado moderno, estruturado na clássica divisão dos três
poderes, o papel dos tribunais não poderá ir além da interpretação ou integração do Direito a ser
aplicado. Se os juízes passassem a criar o Direito, haveria uma intromissão arbitrária na área de
competência do Legislativo.
Bustamante y Montoro salienta que “se a jurisprudência fosse uma fonte de Direito, se converteria em uma prisão intelectual para o próprio Supremo Tribunal, escravizado, depois que houvesse reiterado uma norma elaborada por ele”.
Os juízes devem ser leais guardiões da lei e o seu papel consiste, como assinala Bacon,
em ius dicere e não em ius dare, isto é, a sua função é de interpretar o Direito e não de criá-lo.
PARA ENTENDER SE A JURISPRUDÊNCIA É OU NÃO FONTE FORMAL DO DIREITO PRECISAMO ENTENDER “O QUE SÃO FONTES DO DIREITO?”
São fontes do direito  as origens do direito, ou seja, o lugar ou a matéria prima  pela qual nasce o direito. Estas fontes podem ser materiais ou formais.
 
A fonte material  refere-se ao organismo que tem poderes para sua elaboração e criação. O artigo 22, I, da Constituição Federal estabelece que a União Federal é a fonte de produção do Direito Penal. Isso quer dizer que os Estados e os Municípios não detêm o poder de legislar sobre o Direito Penal.
 
As fontes formais são aquelas pela qual o direito se manifesta. As fontes formais podem ser imediatas e mediatas.
 
As fontes formais imediatas são as normas legais.
Importa observar que um dos mais importantes princípios de direito, no âmbito penal, é a disposição constitucional que estabelece que no direito penal brasileiro não há crime sem que haja lei anterior que o defina nem pena sem  prévia cominação legal.
Isso quer dizer que se não existir uma norma legal que defina uma ação como ilícita, ainda que de alguma forma a ação seja danosa a outrem ou à  coletividade, não haverá crime e por conseqüência não haverá punição no âmbito penal, embora possa tê-lo no âmbito civil.
Assim,  a lei é a única fonte imediata do Direito Penal.
 
As fontes formais mediatas  são os costumes, os  princípios gerais do direito a jurisprudência e a doutrina.  O artigo 4º. da  Lei de Introdução ao Código Civil dispõe que quando a lei for omissa , o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
 
Entretanto, no Direito Penal, a fonte mediata é direcionada para substanciar o órgão encarregado de produzir as leis, vez que apenas a existência de meros costumes, ainda que arraigados no convívio da comunidade, não autoriza o juiz a aplicar uma penalidade ao suposto infrator.
 
Portanto importa destacar, mais uma vez, que no Direito Penal, por determinação constitucional, não há crime sem que haja lei anterior que o defina nem pena sem prévia cominação legal, sendo esta, portanto, a principal diferença entre os princípios que orientam os direitos civil e penal.
Faça a distinção entre súmula e súmula vinculante:
R: súmula é uma síntese do entendimento jurídico a respeito de uns determinados
temas a partir de reiteradas decisões sobre mesma matéria.
Conceitue Doutrina:
R: São estudos e teorias, desenvolvidos pelos juristas, com o objetivo de interpretar e sistematizar as normas vigentes e de conceber novos institutos jurídicos, reclamados pelo momento histórico. É a communis opinio doctorum.
O que se entende por analogia? 
R: A analogia é a utilização de certo dispositivo legal adequado para certa situação, para regular outra semelhante.
Quais são as espécies de analogia?
R: Muitos autores distinguem duas espécies de analogia: a legal e a jurídica.
ANALOGIA LEGIS - legal LEGIS
Extraída da própria lei, quando a norma é colhida de outra disposição legislativa, ou de um complexo de disposições legislativa.
ANALOGIA JURIS - jurídica
Extraída filosoficamente dos princípios gerais que disciplinam determinado instituto jurídico.
O que significa equidade?
R: A equidade é o princípio pelo qual o direito se adapta a realidade da vida sociojurídica,
Conformando-se com a ética e a boa-razão, salvando as lacunas do Direito para 
Melhorá-lo e enobrecê-lo, tal como demonstram os pretores da Roma antiga.
O conceito de equidade como critério interpretativo, permite adequar
a norma ao caso concreto e chegar à solução justa.

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