Aula 02 e 03 - Introdução a Embriologia e Histologia (Tecido Epitelial e Conjuntivo)

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Biossistemas do Corpo Humano 
Prof.º Hermann Husch
Prof.º Carlos Izidoro
Introdução à Embriologia 
Fertilização
Após a ejaculação do sêmen no canal vaginal, alguns espermatozoides são transportados por intermédio do útero até as ampolas uterinas situadas próximas à extremidade ovariana das tubas uterinas.
Clivagem do zigoto
Após a fertilização, ocorrem rápidas divisões celulares mitóticas do zigoto, chamadas de clivagem e os produtos deste processo são os blastômeros.
Mórula: é o conjunto de 12 a 32 blastômeros, formado através do processo de clivagem do zigoto.
Então, o que é Zigoto
O zigoto é a primeira célula de um novo ser humano, formada pela união do óvulo e do espermatozoide
Clivagem do zigoto
Clivagem do zigoto
No momento que a mórula chega no útero ela sofre mudanças que a convertem em blastocisto.
O blastocisto adere superficialmente a parede do útero até se implantar na cavidade do endométrio. 
Na terceira semana embrionária...
Período em que ocorrem: 
Gastrulação: formação do disco trilaminar. Processo que estabelece no embrião as três camadas granulativas (ECTODERMA – MESODERMA – ENDODERMA). 
As três camadas são responsáveis pela formação de todos os tecidos do corpo.
Neurulação: formação da notocorda e do tubo neural. 
Na terceira semana embrionária...
O mesoderma embrionário é um pouco mais diverso e se divide em:
Mesoderma lateral dará origem aos tecidos cardíacos, hematológico, vascular e muscular liso. Ele também formará o baço os tecidos linfático e adiposo. 
Mesoderma intermediário é responsável pela formação do trato urinário inferior, rins e sistema reprodutor. 
Mesoderma paraxial origina primeiramente os somitos. 
Na terceira semana embrionária...
O mesoderma diferencia-se em células chamadas MESEQUIMAIS (ou MESÊNQUIMA): é um tecido conjuntivo primitivo, organizado de forma frouxa. 
Capacidade de formar:
Cartilagens;
Ossos;
Tecido conjuntivo propriamente dito;
Tecido adiposo;
Tecido hematopoiético;
Músculos.
Na terceira semana embrionária...
Mesoderma paraxial se espessa e se divide em blocos dispostos longitudinalmente: SOMITOS. 
Os somitos se diferenciam em componentes rígidos e estruturais do corpo como ossos, ligamentos, tendões, cartilagens, músculos esqueléticos e também dão origem à derme. 
Na terceira semana embrionária...
Cada somito, divide-se em 2 regiões:
No final da terceira semana...
ESCLERÓTOMO- vértebras e costelas
DERMÁTOMO– pele
MIÓTOMO- músculos
5ª a 9ª semana
Final da 5ª semana - 42 a 44 somitos.
Origem à maior parte do esqueleto axial (cabeça, pescoço e tronco) e à musculatura associada.
8ª semana - os principais órgãos e sistemas já estão formados. FINAL DO PERÍODO EMBRIONÁRIO.
No período fetal (da 9° semana até o nascimento) o corpo do feto cresce mais rapidamente, e todos os órgãos e sistemas encerram a sua diferenciação.
Introdução à Histologia
Histologia
TECIDO é um 
conjunto 
organizado 
de células 
diferenciadas e adaptadas a uma determinada 
função, 
incluindo a 
Matriz Extracelular.
Histologia
Matriz Extracelular
 é um 
conjunto 
de 
substâncias 
entre as células
Matriz Extracelular
Tecidos
Tecidos
TECIDO EPITELIAL 
Tecido Epitelial
É um tecido constituído por células justapostas, com forte aderência entre elas e pouca matrix extracelular entre as células. 
Tecido Epitelial
Tecido Conjuntivo
TECIDO EPITELIAL 
Funções:
Revestimento (pele, mucosas, serosas)
Absorção (intestino)
Secreção (glândulas)
Percepção de estímulos.
Tipos básicos: 
Tecido epitelial de revestimento.
Tecido epitelial glandular.
TECIDO EPITELIAL 
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TECIDO EPITELIAL 
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Atividade
Tecido Epitelial
Como o tecido epitelial é classificado e quais são suas principais características?
Função depuradora – tornar puro, livre de impurezas
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Classificação: estratificação
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 Tecido Epitelial 
Características: formato
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TECIDO EPITELIAL : ARRANJOS CELULARES
SIMPLES:
Pavimentoso:
Cúbico:
Cilíndrico:
ESTRATIFICADO:
Pavimentoso 
Queratinizado 
e não queratinizado:
Cúbico:
Cilíndrico:
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Tecido epitelial glandular
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Glândulas exócrinas:
São formadas a partir de epitélios de revestimento cujas células proliferam e invadem o tecido conjuntivo subjacente, mantendo sua conexão com o epitélio, formando ductos tubulares de células epiteliais, que conduzem as secreções.
Glândulas endócrinas
Também derivam de proliferação de tecido epitelial, no entanto, sua conexão com o epitélio é interrompida durante o desenvolvimento. Não apresentam ductos e sua secreção é liberada diretamente no sangue. 
TECIDO EPITELIAL GLANDULAR
Este tipo de tecido epitelial forma glândulas. Portanto, são células epiteliais capazes de sintetizar, armazenar e secretar determinadas substâncias. Tipos de glândula:
Exócrinas: eliminam secreções para fora do corpo ou para o interior do tubo digestório através de ductos. 
 Ex: Sudoríparas, Salivares, Sebáceas, Gástricas, Entéricas.
Endócrinas: eliminam suas secreções, os hormônios, diretamente no sangue. 
 Ex: Hipófise anterior, Tireóide, Paratireóides, Adrenais.
TECIDO CONJUNTIVO
TECIDO CONJUNTIVO: CARACTERÍSTICAS GERAIS 
Apresenta grande quantidade de matriz extracelular e tipos celulares variados. 
 É um dos tecidos mais abundantes do corpo, apresenta uma distribuição ampla. 
Suas características modificam-se conforme a região do corpo.
Rico em suprimento sanguíneo e nervoso.
TECIDO CONJUNTIVO: COMPOSIÇÃO
 
	
TECIDO CONJUNTIVO
CÉLULAS
MATRIZ EXTRACELULAR
FIBRAS PROTEICAS: colágenas, elásticas e reticulares
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL
FIBROBLASTOS
MACRÓFAGOS
MASTÓCITOS
ADIPÓCITOS
PLASMÓCITOS
LINFÓCITOS
TECIDO CONJUNTIVO: MATRIZ EXTRACELULAR
 MATRIZ EXTRACELULAR: é o material existente entre as células, sendo o principal constituinte do tecido conjuntivo. É formada por:
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL: 
Mistura complexa de água, glicosaminoglicanos, proteoglicanos, glicoproteínas. Incolor e transparente.
É o meio de troca de substâncias (água e moléculas orgânicas) entre as células e o sangue. 
Pode ter composição variada, sendo mais ou menos densa: sua densidade, ou “firmeza”, varia conforme sua localização no corpo. 
TECIDO CONJUNTIVO: MATRIZ EXTRACELULAR
 B. FIBRAS DE PROTEÍNAS: podem ser dos seguintes tipos:
Colágenas: predominância de colágeno tipo I, formam feixes de fibras brancas, fortes e resistentes à tração, mas com alguma flexibilidade (tendões, ligamentos, ossos e cartilagens). A vitamina C é um cofator importante para a síntese de colágeno no organismo.
Reticulares: formadas por colágeno tipo III, mais finas, são ramificadas e formam uma rede firme que liga o tecido conjuntivo aos tecidos vizinhos.
Elásticas: mais finas, fortes, mas podem ser muito esticadas (camada subcutânea, paredes dos vasos sanguíneos e o tecido pulmonar). Compostas pela proteína elastina.
EXEMPLOS DE FIBRAS
Fibras reticulares em córtex de glândula adrenal. Coloração com sais de prata.
Derme da pele corada seletivamente para Fibras elásticas. Coloração HE.
Fibras colágenas da derme da pele. Observa-se núcleos de fibroblastos nas setas. Coloração HE.
TECIDO CONJUNTIVO: CÉLULAS
FIBROBLASTOS – são as células mais comuns do tecido conjuntivo, produzem as fibras de colágeno e elastina e também elementos da substância fundamental (proteoglicanos, glicosaminoglicanos) . Quando reduzem sua atividade de síntese dessas substâncias, passa a chamar-se fibrócito.
MACRÓFAGOS- células de defesa, capazes de fagocitar bactérias, vírus e outros agentes patogênicos.
MASTÓCITOS- células de defesa e das reações alérgicas, secretam substâncias mediadoras destes processos (heparina, histamina). 
PLASMÓCITO- células de defesa, produtoras de anticorpos
LEUCÓCITO- célulasde defesa, produzem anticorpos e combatem agentes patogênicos.
ADIPÓCITOS- células que armazenam energia, sob a forma de gordura. 
ESPECIALIZAÇÕES DO TECIDO CONJUNTIVO
Pelo fato de ter funções como armazenamento, defesa, sustentação, preenchimento, transporte, existem diferentes tipos de tecido conjuntivo no corpo: 
TECIDO CONJUNTIVO
TC PROPRIAMENTE DITO
TC FROUXO
TC DENSO: MODELADO E NÃO MODELADO
TC ELÁSTICO
TC ESPECIALIZADO
ADIPOSO
CARTILAGEM
OSSO
SANGUE
TECIDO CONJUNTIVO FROUXO
 Características: fibras proteicas (colágeno e elastina)entrelaçadas frouxamente entre as numerosas células. Muita substância fundamental. Células típicas: fibroblastos, macrófagos, mastócitos, plasmócitos, adipócitos, leucócitos.
 Funções: Suporte, preenchimento, cicatrização, nutrição e proteção.
 Localização: parte profunda da pele, em volta dos vasos sanguíneos, nervos e órgãos.
TECIDO CONJUNTIVO DENSO MODELADO
 Características: fibras colágenas abundantes, espessas,resistentes e arranjadas em fileiras. Pouca substância fundamental. Menor número de células que o tecido conjuntivo frouxo.
 Funções: estiramento (em sentido único), resistência, estabilização das articulações.
 Localização: tendões e ligamentos.
TECIDO CONJUNTIVO DENSO NÃO MODELADO
 Características: arranjo irregular das fibras colágenas, poucas fibras elásticas. A principal célula é o fibroblasto.
 Funções: tecido capaz de restistir a tensão em várias direções, fornece suporte estrutural.
 Localização: válvulas cardíacas, derme da pele. 
TECIDO CONJUNTIVO ELÁSTICO
Características: presença de muitas fibras elásticas, arranjadas em fileiras. que podem se distender livremente, voltando facilmente à sua posição normal. 
Funções: distender-se livremente, voltando facilmente à sua posição original.
Localização: alvéolos pulmonares, artérias.
TECIDO CONJUNTIVO ADIPOSO
 Características: formado pelos adipócitos, que armazenam triglicerídeos (reserva energética). Núcleos celulares dispostos na periferia destas células.
 Funções: reserva energética, proteção e isolamento térmico.
 Localização: parte profunda da pele, em volta dos órgãos e das articulações. 
TECIDO CONJUNTIVO CARTILAGINOSO
Funções: sustentação, elasticidade e resistência a tração. É uma forma de tecido conjuntivo especializado com consistência rígida. 
Localização: orelhas, traquéia, nariz, discos intervertebrais, superfícies das articulações.
Características: fibras colágenas e elásticas, substância fundamental rica em ácido hialurônico e glicosaminoglicanos sulfatados, o que dão consistência firme à cartilagem. Não possui inervação, nem vascularização.
Células: As células típicas são os condroblastos e condócitos. Estas são células produtoras de colágeno, proteoglicanos e glicoproteínas.
Tipos: cartilagem hialina, elástica e fibrocartilagm.
CARTILAGEM: ASPECTOS GERAIS
Matriz extracelular com lacunas: espaços onde estão os condrócitos. Pode haver mais de um condrócito na mesma lacuna.
Pericôndrio: tecido conjuntivo denso modelado que envolve a cartilagem. Fonte de novos condrócitos, altamente vascularizada; responsável pela nutrição e oxigenação da cartilagem.
Origem Traquéia:, C: condrócitos, M: matriz, P:pericondrio, Cb: condroblastos 
CARTILAGEM HIALINA
É a forma mais abundante de cartilagem. Encontrada no esqueleto embrionário, na parede das fossas nasais, traquéia e brônquios, extremidade ventral das costelas e superfícies articulares de ossos longos. 
Descrição: matriz rígida, condrócitos nas lacunas, fibras colágenas formam uma rede imperceptível.
CARTILAGEM ELÁSTICA
Função de manter a forma e a estrutura, ao mesmo tempo que tem grande elasticidade. Encontrada na orelha externa e na epiglote.
Descrição: similar a cartilagem hialina, porém com mais fibras elásticas na matriz. 
FIBROCARTILAGEM 
Função de resistência a tensão, com capacidade de absorver impactos. Formam os discos intervertebrais, discos articulares dos joelhos, sínfise púbica. 
Descrição: matriz similar a cartilagem hialina, porém, menos rígida e com fibras colágenas espessas e dispostas em fileiras. 
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