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C) TÉCNICAS DE EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO VISUAL INTRODUÇÃO À FOTOGRAFIA AUTORA KASMIN BISCARO ALVES CARNEVALI Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 113 Introdução Palavras da autora Introdução O material didático que apresentamos a você contém os conhecimentos históricos, técnicos e estéticos sobre fotografia. Ao final de cada unidade, será apresentada uma atividade prática com a finalidade de garantir sua aprendizagem no domínio das técnicas de fotografia. O conteúdo do caderno foi desenvolvido em quatro unidades, conforme especificação abaixo. Na Unidade 1, vamos entrar em contato com os aspectos históricos da evolução da fotografia, seus avanços técnicos e os procedimentos utilizados desde o seu aparecimento até os dias atuais. Em seguida, na Unidade 2, vamos conhecer as técnicas da produção fotográfica, a tecnologia das câmeras, os acessórios e a apresentação da fotografia. Na Unidade 3, nos desdobraremos na prática fotográfica, conhecendo os recursos do equipamento fotográfico e o seu uso, juntamente com as orientações estéticas e técnicas. Na Unidade 4, você conhecerá a parte da pós-produção em fotografia, quando se fará considerações sobre a edição. Orientamos a todos que, além do conhecimento teórico, se esforcem em realizar as atividades práticas ao final de cada lição. Palavras da professora autora Caro aluno, Olhe ao seu redor e observe as coisas que estão ao alcance do seu campo visual: a paisagem, as construções, as pessoas e os pequenos objetos que elas usam e carregam. Dentre essas coisas, pode ser que você resolva registrar para mostrar aos seus amigos e parentes. A fotografia é uma das formas mais utilizadas para registrar os cenários e as situações que as pessoas consideram importantes. É praticamente impossível em nossa sociedade atual passar um dia sem ver ao menos uma fotografia. Elas estão em todos os lugares: na nossa casa, em nossos porta-retratos e álbuns, na publicidade, nas revistas, nos livros em pôsteres e nas peças de arte. A importância da fotografia é comprovada pela sua presença constante no nosso cotidiano. Espero que o conteúdo da disciplina Técnicas de Expressão e Comunicação Visual – Introdução à Fotografia sirva de apoio didático aos colegas em suas disciplinas, atividades pedagógicas e produção artística e contribua para que você domine as técnicas utilizadas no registro e na produção fotográfica. Lembre-se de que a finalidade deste caderno é oferecer aos acadêmicos de Artes os conhecimentos necessários à sua formação profissional e artística. Seja bem vindo ao nosso curso! Kasmin Biscaro Alves Carnevali Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 114 Orientações para estudo Ementa Orientações para estudo Caro aluno, Você já percebeu que nas laterais externas das páginas deste caderno há uma linha vertical cinza. Esta linha não tem apenas uma função estética, ela divide a página em duas áreas úteis, convencionadas aqui como coluna de conteúdo e coluna de atividades. Na coluna de conteúdo, a que consta o texto que você está lendo, serão inseridos os conteúdos de nossa disciplina. Na coluna de atividades, serão propostos alguns exercícios e leituras complementares. Cada exercício estará ao lado do texto correspondente na coluna de conteúdo. Mais adiante explicaremos detalhadamente a função de cada coluna. As palavras em cor vermelha encontram-se no glossário, ao final deste estudo. Alguns autores, também destacados em cinza, se encontram no índice onomástico no final deste material. Sugiro que antes de proceder aos exercícios propostos, você leia também o manual da sua própria câmera, para que encontre mais rapidamente as funções comentadas nas aulas. É adequado possuir uma câmera com funções manuais, quanto menos automática for sua câmera, melhor será sua compreensão das noções de luz e movimento. Lembre-se de que a prática leva à perfeição. Por isso, tenha sempre uma câmera por perto e não tenha medo de fotografar qualquer coisa em quantidade para praticar os procedimentos apresentados. Ementa Princípio fotográfico e a ampliação em papel. Exposição e revelação no processo fotográfico. Produtos químicos. Objetivos de ensino-aprendizagem 1. Mostrar compreensão do processo histórico que conduziu ao aparecimento da fotografia como meio de registro e apreensão da realidade através de atividades; 2. Identificar os procedimentos técnicos utilizados na produção da imagem fotográfica; 3. Fornecer os conhecimentos e as técnicas necessárias à produção de imagens fotográficas de qualidade estética; 4. Demonstrar os procedimentos de revelação, cópia, impressão e apresentação da fotografia; Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 115 Unidade1 História da Fotografia 5. Usar a imagem fotográfica em meios diversos e em variadas aplicações; 6. Apresentar a fotografia como um material de apoio multidisciplinar. Unidade 1 História da Fotografia Síntese: Nesta unidade você estudará a história da fotografia e a sua relação direta com as possibilidades tecnológicas. No item 1 você conhecerá o funcionamento de uma câmera escura que é a base da câmera fotográfica, e poderá perceber o quanto esta ferramenta é simples. Ela é uma caixa fechada e escura que possui uma pequena entrada de luz em uma extremidade, e um dispositivo sensível à luz em outra. Em toda sua evolução tecnológica, esse princípio é o mesmo para todas as câmeras. O maior desafio da invenção da fotografia foi registrar a imagem refletida dentro da câmera, e quem começou este processo foi Niépce com sua heliografia, tema que será estudado no item 2. O seu sócio inventou o daguerreótipo, tema do item 3. Nesta época, a imagem fotográfica era única e trabalhosa, feita em superfícies como vidro e metal. A invenção da superfície flexível e da cópia, a partir de negativos acontece com Fox Talbot e Hecules Florence, tema dos itens 4 (Talbot) e 5 (Florence). A câmera escura A câmera escura tem uma pequena abertura que funciona como uma lente convergente que, ao passar a luz, possibilita uma visão precisa do mundo externo. A luz é uma energia eletromagnética que se propaga em linha reta. Quando a luz passa pelo orifício da câmera escura, reflete os pontos de luz do objeto a sua frente, invertendo a imagem vertical e horizontalmente, conforme Fig. 01. Fig. 01 – Ilustração de funcionamento de luz numa câmara escura. Fonte: Adaptação da autora (2011). Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 116 Unidade1 História da Fotografia A câmera escura foi usada por artistas durante muito tempo, para desenhar e pintar com exatidão objetos, pessoas e paisagens. No processo, o artista olhava por uma tampa de vidro sobre a caixa, dentro dela havia um espelho que corrigia a inversão da imagem refletida, o desenho era feito copiando essa imagem, conforme a Figura 02. Fig. 02 - Artista do séc. XVII usando câmera escura para desenhar. Fonte: Câmara escura tipo caixão (2011). Vejamos a cronologia aproximada da origem da câmara escura: • Século V a. C. - O estudioso Mo Tzu, na China, e o filósofo Aristóteles (384-322 a. C.), na Grécia, elaboraram, separadamente, as primeiras teorias sobre a câmera escura, que nada mais era do que um quarto (câmara) fechado com um pequeno buraco na parede; • 965-1038 - Um erudito árabe chamado Alhazem realizou pesquisas sobre o sol, usando a câmera escura. É creditada a ele a sua invenção; • A expressão câmera escura vem do latim camera obscura, e foi usada pelo astrônomo Johannes Kepler, em 1604, no tratado Ad Vitellionem Paralipomena sobre ótica; • A câmera escura portátil apareceu no século XVI, com lentes e um orifício maior; • Nos séculos XVI e XVII as câmeras escuras portáteis passaram a ser usadas por pintores, como Canaletto e Jonhanes Vermeer; • No século XIX foram feitas as primeirasexperiências das câmeras escuras com materiais fotossensíveis, convertendo-se em câmeras fotográficas. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 117 Unidade1 História da Fotografia A primeira imagem fotográfica Fig. 03 - Primeira Fotografia - Joseph Nicéphore Niépce, 1826. Fonte: Primeira Fotografia...(2011). • Joseph Nicéphore Niépce (1765-1833), um abastado oficial da marinha francesa deixou o exército para tornar-se inventor aos 40 anos; • Em sua época, o meio de reprodução de imagens era a litografia, um método de impressão que utiliza pedra como matriz. Como Niépce não sabia desenhar, tentou obter através da câmera escura uma imagem permanente sobre o material litográfico de imprensa. Ele usou cloreto de prata como emulsão sensível à luz e deixou em exposição por várias horas na câmera escura, então obteve uma imagem fraca que foi fixada com ácido nítrico; • Suas primeiras imagens foram chamadas de heliografia (de hélios – sol), e eram impressas em negativo; • Em 1826, Niépce conseguiu obter a primeira imagem em positivo da janela do sótão de sua casa na França. Desta vez, ele utilizou placas de metal revestidas de prata; • Na época, ao informar a invenção ao rei Jorge IV e à Royal Society, ele omitiu partes do processo da heliografia por excesso de cautela e não conseguiu a patente. No entanto, ao associar-se ao inventor francês Louis-Jaques-Mandé Daguerre (1787-1851), Niépce entregou todo o processo; • Niépce morreu em 1833, deixando sua obra nas mãos de Daguerre, que passou para a história devido a um golpe de sorte. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 118 Unidade1 História da Fotografia Daguerreótipo Fig. 04 – Daguerreótipo. Fonte: Daguerreotipo...(2011). • Seguindo com as experiências de Niépce, Daguerre acabou encontrando uma solução por acidente. O inventor esqueceu uma placa emulsionada com iodeto de prata fechada em um armário. No dia seguinte ele encontrou uma imagem revelada na placa. Intrigado com os produtos que estavam no armário, concluiu, por eliminação, que a imagem tinha sido revelada por mercúrio; • Em 1837, Daguerre padroniza o Daguerreótipo. Apesar do instrumento apresentar problemas, ele é rapidamente aclamado. Problemas do daguerreótipo • Tempo de exposição muito longo (de 15 a 30 minutos); • Imagem fraca e espelhada; • A imagem era revelada em uma chapa dura que continuava sensível à luz, desaparecendo rapidamente. O fixador encontrado para resolver o problema foi uma solução de sal de cozinha aquecida, em que se mergulhavam as chapas; • Daguerre, em 1839, vendeu sua invenção ao governo francês e passou a receber uma renda vitalícia de 6000 francos anuais, já Isidore Niépce, filho de Nicéphore, passou a receber 4000 francos. Posteriormente, o daguerreótipo foi declarado pelo governo francês como domínio público; • Neste mesmo ano, um processo fotográfico distinto foi anunciado por William Henry Fox Talbot, na Inglaterra; Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 119 Unidade1 História da Fotografia A superfície flexível • O inglês Willian Henry Fox-Talbot (1800-1877) era descendente de família nobre, membro do parlamento britânico, escritor e cientista aficionado e utilizava a câmera escura em seus desenhos de viagens; • Talbot buscava alternativas para fugir da patente do daguerreótipo, fazendo pesquisas de fotossensibilização por contato. Ele mergulhava papel em nitrato de prata e depois de seco, fazia seu contato com objetos variados, resultando em siluetas escuras. Então o papel poderia se fixado com amoníaco ou solução de sal ou iodeto de potássio. Fig. 05 - Desenho fotogênico (1839): Plumas e rendas em negativo por contato. Fonte: Desenho de plumas e rendas...(2011). • Em 1835, Talbot construiu uma pequena câmera de madeira, com somente 6,30 cm2, que sua esposa chamava de “ratoeira”. Nela ele colocava papel emulsionado com cloreto de prata, depois a imagem negativa era fixada com sal de cozinha e transferida por contato para outro papel sensível. Por meio desse processo, Talbot transformava a imagem em positivo. Fig. 06 - Janela da Abadia de Locock: primeira fotografia obtida pelo processo negativo/positivo. Fonte: Janela...(2011). • O processo que inicialmente foi batizado de calotipia ficou conhecido como talbotipia, e foi patenteado na Inglaterra em 1841; • Depois da invenção, Talbot montou um estúdio, contratou Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 120 Unidade1 História da Fotografia uma equipe para produzir cópias, fotografou várias paisagens turísticas e comercializou as cópias em quiosques e tendas artísticas em toda a Grã Bretanha; • Talbot também publicou o primeiro livro de imagens fotográficas. Desvantagens da talbotipia: • Lentidão, a imagem poderia levar até uma hora para formar; • Tamanho reduzido de 2,50 cm2; • Pouca nitidez. A invenção da fotografia Fig. 07 - Retrato de Hercules Florence. Fonte: Retrato...(2011). O francês de Nice, Antoine Hercules Romuald Florence chegou ao Brasil em 1824, e durante quase 50 anos viveu na Vila de São Carlos, atual Campinas no Estado de São Paulo. Ele era desenhista e inventor. A contribuição de Antoine Florence segue a seguinte trajetória: • Ele participou como segundo desenhista da expedição Langsdorf, entre 1825 e 1829; • Em 1830, ele inventou seu próprio meio de impressão. Assim como Talbot, Hercules Florence buscava usar a luz do sol como possibilidade de criar matrizes para a reprodução de imagens. Foi assim que ele, em 1832, descobriu o que chamou de photographie (do grego fós - luz e ghaphis – escrita); • Em 1833, Florence fotografou usando uma câmera escura com papel sensibilizado para a impressão por contato. A impressão por Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 121 Unidade1 História da Fotografia contato seria, portanto, a avó do filme negativo usado pelas câmeras analógicas; • Hercules Florence antecipou a invenção da fotografia aqui no Brasil, em uma pequena vila paulista, sem qualquer conhecimento sobre as experiências de Niépce e Talbot; • Algum tempo depois, porém, ele tomou contato com um daguerreótipo trazido ao Brasil pelo abade Compte, em janeiro de 1840, rapidamente popularizado pelo imperador D. Pedro II. Em face disso, e apesar de estar mais avançado, Hercules Florence desistiu de continuar com seu invento. Fig. 08 – Paisagem de Salto de Itu. Fonte: Florence (2001). Fig. 09 - Fotografia de Hercules Florence. Note que o interesse é centrado nas artes gráficas. Fonte: Fotografia de Hercules...(2011). Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografi a 122 Unidade1 História da Fotografi a O Brasil foi um dos primeiros países a adotar a fotografi a. Fotógrafos de várias partes do mundo aqui trabalharam, registrando todo o país e contribuindo para nossa documentação histórica. D. Pedro II era um entusiasta da técnica, registrando a família real ou promovendo fotógrafos. Fig. 10 - Daguerreótipo do Abade Louis Compte: Paço Imperial, Rio de Janeiro. Fonte: Daguerreotipo ...(2011). Fig. 11 - D. Pedro II e a família real. Fonte: Foto da família real (2011). Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografi a 123 Unidade1 História da Fotografi a Fig.12 - Rio de Janeiro. Fonte: Malta (2011). Fig.13 - Panorâmica do Rio de Janeiro. Fonte: Panorâmica...(2011). Fig.14 - Os trinta Valérios. Fonte: Vieira (2011). Em Os trinta Valérios, o fotógrafo elabora uma fotomontagem em que ele é modelo de todos os personagens da imagem. A fotografi a ganhou medalha de prata na Exposição fotográfi ca nos EUA, em 1904. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 124 Unidade 2 Técnica fotográfica Aqui finalizamos a Unidade 1. Espero que você tenha gostado destajornada pela invenção mais fascinante da imagem, e que os fatos e os personagens da história da fotografia aqui apresentados sirvam para aguçar sua curiosidade de conhecer mais a respeito. Procure na internet os fotógrafos apresentados e suas obras. Divirta-se conhecendo e vendo fotografias incríveis. Procure em bibliotecas livros com reproduções de fotografias de época e procure diferenciar as técnicas de cada período. Unidade 2 Técnica fotográfica Síntese: Nesta unidade você conhecerá os equipamentos necessários para a fotografia em suas diversas aplicações, incluindo a câmera fotográfica. A câmera fotográfica Saber qual é a melhor câmera para se começar a fotografar é a pergunta mais comum feita por aqueles que querem se aventurar na técnica. Existem muitos modelos de câmeras fotográficas e elas se prestam a diferentes funções, de acordo com as necessidades do fotógrafo. Precisão, velocidade, controle, resposta, resolução e foco são alguns dos requisitos para a escolha da câmera ideal. É importante que você tenha em mente o tipo de imagem que espera conseguir, para decidir qual câmera comprar. A aquisição de uma câmera pode ser um investimento ou uma pequena aventura, podendo ser encontrada em diferentes preços. É possível ter uma boa câmera compacta por menos de 100 reais, outras podem custar bem mais que um carro. Existem, ainda, as que podem sair totalmente de graça, como a artesanal Pinhole. Câmera Pinhole Fig. 15 –Pinhole - Praça Sete (BH) Fonte: Pinhole (1980). A câmera Pinhole (literalmente buraco de alfinete) é uma Pesquise a produção fotográfica no Brasil do final do século XIXe início do século XX, elabore um relatório de sua pesquisa e poste-o no ambiente virtual. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 125 Unidade 2 Técnica fotográfica câmera artesanal que pode ser construída com caixas ou latas. É uma boa maneira de entender o funcionamento da câmera escura. A caixa deve ser totalmente fechada e escura. Em sua construção, pode ser empregado papel com emulsão fotográfica, e a revelação pode ser feita de maneira convencional em laboratório químico. Como fazer uma câmera Pinhole Vamos construir uma câmera pinhole? Abaixo acompanhe o passo a passo de confecção artesanal (Fig. 02): 1 - Limpe uma lata de leite em pó (ou qualquer lata com tampa). Faça um furo com um prego, lixe as rebarbas. Pinte o interior da lata de preto. Coloque um pedaço de papel alumínio sobre o furo, faça outro furinho com um alfinete, quanto menor o furo, mais nítida a imagem; 2 - Em um lugar sem luz, coloque o papel fotográfico dentro da lata na extremidade oposta ao furo; Fig. 16 – Ilustração de Câmera Fonte: Do próprio autor. 3 – Tampe a lata bem fechada, coloque uma fita isolante sobre o furo, ela vai servir de “disparador”, abra a fita quando for fotografar e feche novamente quando terminar a sensibilização do papel. O mesmo procedimento pode ser usado em qualquer caixa com tampa. Depois, é levar a câmera em um laboratório fotográfico que ainda use o processo químico. Até você pode revelar o papel, se possuir os ingredientes de laboratório. Em nossos dias, ainda é possível encontrar fotógrafos apaixonados pela câmera artesanal. Existem livros sobre o assunto e algumas referências na internet. Por exemplo, um manual completo da pinhole pode ser encontrado no site http://www. Eba.Ufmg.Br/cfalieri/ index.Html. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 126 Unidade 2 Técnica fotográfica Câmeras analógicas As câmeras analógicas são as que são carregadas com filmes. O filme é revestido de uma emulsão sensível à luz, que registra a imagem quando a objetiva é aberta. Este tipo de câmera reinou absoluto até a década de 90. Atualmente, seu uso limita-se a câmeras de grande formato ou continuam sendo usadas por aficionados. Existem ótimos e variados modelos analógicos dos mais simples até os mais complexos. A grande vantagem da analógica é a qualidade impecável da imagem para impressão. Fig. 17 – Câmera Fotográfica Fonte: Câmera... (2011). Câmeras digitais As câmeras digitais possuem os mesmos princípios de funcionamento das câmeras com filme. No lugar do filme existe um sensor eletrônico da luz que atravessa a lente. Hoje, as câmeras digitais estão em toda parte e são muito populares. Elas estão em aparelhos eletrônicos diversos, como computadores, celulares, MPs, além de apresentarem uma grande oferta de formatos e modelos. Nós podemos ir das compactas até as de grande formato e os preços também variam muito. Não vale a pena elencar as características tecnológicas de cada modelo, como por exemplo, a resolução. Isso porque a obsolescência do mercado digital deixará qualquer informação desatualizada em pouco tempo. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 127 Unidade 2 Técnica fotográfica Câmera compacta As câmeras compactas são leves, práticas e rendem boas e belas fotos. Elas apresentam resolução de qualidade abaixo da média, e apesar das limitações técnicas, é a primeira opção dos fotógrafos iniciantes por ser a mais simples de usar. Todas as marcas populares oferecem diversas câmeras desse tipo. A lente fixa é equivalente a 35 mm. O zoom, que já foi uma grande limitação deste tipo de câmera, está cada vez mais avançado. Mas é bom saber que o zoom deve ser ótico (da objetiva) e não digital (zoom simulado pela câmera). Suas vantagens são: (a) é portátil; (b) é muito leve e discreta; e (c) o seu preço é acessível. Fig. 18- Câmera Fotográfica Fonte: Câmera (2011). Câmera Bridge É uma câmera avançada que faz a transição entre as compactas amadoras e as profissionais. Ela tem recursos avançados que são característicos das câmeras SLRs, como opções manuais de exposição e foco e saída de imagem em RAW. Ela também apresenta outros recursos comuns, como: zoom mais potente; encaixe para diversos acessórios na objetiva; e uma caixa opcional para uso embaixo d’água. As vantagens desse tipo de câmara são: (a) elas são mais leves e discretas que as SRLS; (b) zoom significativo; (c) várias funções manuais; e (d) custo médio. Fig. 19 –Câmera Fotográfica Nikon. Fonte: Câmera Fotográfica (2011). Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 128 Unidade 2 Técnica fotográfica Câmera SLR (Single Lens Reflex) Fig. 20 – Câmera SLR. Fonte: Câmera...(2011). A câmera SLR também é chamada de monoreflex ou simplesmente reflex. Ela é muito utilizada por profissionais ou amadores aplicados na arte fotográfica. O seu funcionamento é o mesmo da câmera escura usada pelos desenhistas do séc. XVI. A imagem que você vê no visor óptico (chamado de viewfinder ou ocular) é a mesma que atravessa a lente, desviada internamente por um prisma e um espelho que só é levantado de sua posição normal na hora do clique, para permitir a passagem da luz até o sensor (ou filme). A escolha desse tipo de câmera pelos profissionais se deve à possibilidade de trocas de objetivas, e funções totalmente manuais. A câmera SLR também é chamada de monoreflex ou simplesmente reflex. Ela é muito utilizada por profissionais ou amadores aplicados na arte fotográfica. O seu funcionamento é o mesmo da câmera escura usada pelos desenhistas do séc. XVI. A imagem que você vê no visor óptico (chamado de viewfinder ou ocular) é a mesma que atravessa a lente, desviada internamente por um prisma e um espelho que só é levantado de sua posição normal na hora do clique, para permitir a passagem da luz até o sensor (ou filme). Fig. 21 – Câmera SLR. Fonte: Câmera...(2011). Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 129 Unidade 2 Técnica fotográfica Fig. 22- Percurso da luz dentro da câmera monoreflex digital. Câmera Canon EOS. Fonte: Infográfico, da autora. 7 Câmera de médio formato A câmera de médio formato é utilizada por profissionais, apresenta qualidade topde linha e custo elevado. As fotos que produz são extremamente nítidas, de grande profundidade de campo. Elas são usadas principalmente em ensaios de moda. Fig. 23 – Câmera Hasselblad. Fonte: Câmera...(2011). Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 130 Unidade 2 Técnica fotográfica Fig. 24 - Fotografia de David LaChapelle com câmera de médio formato. Fonte: LaChapelle (2010). Câmera de grande formato As câmeras de grande formado utilizam filmes de película em grande formato. Elas são próprias para fotografias que serão impressas em tamanho grande e imagens que requerem extrema nitidez e detalhamento. Fig. 25 -Fotógrafo Patrick Demarchelier e sua câmera de grande formato. Fonte: Fotógrafo...(2011). Veja no ambiente virtual o material postado sobre a distorção que ocorre com as câmeras que não são monoreflex: a paralaxe. Leia-o. Depois, poste no fórum da unidade uma explicação sobre o que você entendeu. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografi a 131 Unidade 2 Técnica fotográfi ca Partes da câmera Você já sabe que o corpo da câmera é uma caixa escura hermeticamente fechada. Até a luz alcançar a superfície sensível, seja fi lme ou sensor, existem mecanismos que recebem e controlam o modo como ela entra na câmera. Conheça agora os mecanismos que fazem uma foto perfeita: 1. Objetivas (Lentes); 2. Diafragma; 3. Obturador; 4. Filme ou sensor eletrônico. Objetiva diafragma obturador sensor ou filme Fig. 26 - Partes de uma câmera. Fonte: Ilustração da autora. 1. Objetiva - A objetiva é a lente da câmera, ela fi ca no lugar do orifício da caixa, e é, na verdade, um conjunto de lentes que se interagem, oferecendo a imagem de diferentes maneiras. Existem vários tipos de lentes, de acordo com cada fi nalidade desejada pelo fotógrafo; 2. Diafragma - Regula a quantidade de luz que entra na câmera, controlando o tamanho da abertura que permite a entrada da luz. Esse recurso altera a iluminação da fotografi a. Quanto maior a abertura maior a luminosidade perdendo em nitidez. Quanto menor a abertura maior a nitidez e menor a luminosidade; 3. Obturador – Funciona como uma cortina que abre e fecha, permitindo ou barrando a entrada da luz, controlando o tempo que a luz incide na superfície sensível (sensor ou fi lme). O obturador e o diafragma devem ser compreendidos para o total domínio da arte fotográfi ca, o domínio que se obtém pelo controle da abertura (diafragma) e exposição (obturador). Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 132 Unidade 2 Técnica fotográfica Abertura e exposição A abertura e a exposição trabalham juntas para que a câmera controle e limite a quantidade de luz. Um bom exemplo é a imagem de uma torneira enchendo um copo, quanto mais você abrir a torneira mais água terá e mais rápido o copo será cheio; quanto menos você abrir a torneira, menos água e mais tempo para encher o copo. Entenda isso como a torneira sendo a abertura, a água como a luz, o tempo para encher o copo a exposição, e o copo como a superfície sensível (sensor ou filme). A mediação das velocidades do obturador é demonstrada em frações de segundo, conforme exemplo abaixo: 1 seg. ½ seg. ¼ seg. 1/8 seg. 1/16 seg. 1/60 seg. 1/125 seg. 1/250 seg. 1/500 seg. 1/1.000 seg. 1/2.000 seg. 1/4.000 seg. 1/8.000 seg. Os valores das velocidades podem variar de uma câmera para outra. As câmeras profissionais possuem um número maior de possibilidades de abertura e mais ainda de velocidades do obturador. As velocidades médias são as mais versáteis. Fig. 27 - Foto de abertura f/18, velocidade do obturador de 1/125 seg., distância focal 200 mm. Menina pulando. Fonte: Foto de Kasmin Carnevali. Acervo pessoal. Na Fig. 27, uma velocidade média foi suficiente para congelar o salto da menina e destacá-la, deixando o fundo borrado. O segredo para deixar a menina nítida foi acompanhar o movimento com a câmera. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 133 Unidade 2 Técnica fotográfica Fig. 28 - Imagem com nitidez. – Menino pulando no rio. Fonte: Foto de Kasmin Carnevali. Acervo pessoal. Na Fig. 28, o fundo e o menino estão nítidos, a velocidade do obturador usada foi mais rápida: 1/500 seg. abertura f/11, distância focal 180 mm. Geralmente, a falta de ajuste da exposição pode ocasionar fotos perdidas por subexposição ou superexposição: Fig. 29 (1) – Imagem com pouca luz (subexposição). Fig. 29 (2) – Imagem com muita luz. (superexposição). Fonte: Fotos de Kasmin Carnevali. Acervo pessoal. Na primeira foto um problema de subexposição, a velocidade não foi suficiente para a imagem: 1/250 seg. f/5.6, distância focal 35 mm. Na segunda, o problema foi a exposição excessiva: 1/40 seg. f/2.8, distância focal 35 mm. Mas também é possível criar efeitos interessantes no uso combinado de velocidade e abertura. A fotografia abaixo foi feita em pouca condição de luz, mas a abertura grande e a velocidade lenta acrescentaram luminosidade e movimento a uma cena comum. Velocidade de ¼ seg. f/2.7 35 mm. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 134 Unidade 2 Técnica fotográfica Fig. 30 - “Madrugada” – Câmera compacta, velocidade de ¼ seg. f/2.7 35mm. Fonte: Fotografia de Kasmin Carnevali. Acervo pessoal. Objetiva – É um sistema de lentes e mecanismos que são responsáveis pela captação de luz refletida no objeto, convergindo cada raio de luz formando um ponto no plano focal, onde deve estar a superfície sensível à luz, que pode ser uma emulsão química sobre papel ou película ou um sensor eletrônico. Há objetivas para diversas distâncias focais, as mais curtas são as chamadas grande-angulares, com um ângulo de visão bem amplo, e as mais longas, teleobjetivas, ampliam motivos distantes, com um ângulo de visão bem mais estreito. Existem também objetivas de ângulo fixo, ou simplesmente objetivas. A objetiva mais versátil é a zoom, que permite várias distâncias focais. As câmeras monoreflex permitem a troca de objetivas, para alcance de diferentes focos. O que é distância focal A distância focal é medida em milímetros a partir do ponto nodal, que por sua vez é o centro imaginário em que os raios de luz convergem até o plano focal (sensor ou filme). Quanto maior for o tamanho da imagem e/ou do filme, maior a distância focal. Fig. 31 - Distância focal. Fonte: Ilustração da autora. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 135 Unidade 2 Técnica fotográfica Veja, no gráfico a seguir, algumas opções de objetivas e suas respectivas distâncias focais, a profundidade de campo e o ângulo de visão: Fig. 32 – Exemplos de fotos com objetivas diferentes. Fonte: Imagens de Kasmin Carnevali.Acervo pessoal. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 136 Unidade 2 Técnica fotográfica Objetivas macro Uma objetiva macro de 100 mm é adequada para fotografar objetos mínimos e planos de detalhe distante o suficiente para não interferir na imagem com sombra ou movimento. Ajustes de macro em objetivas zoom variam da reprodução de um oitavo do tamanho natural (1:8), a metade do tamanho natural (1:2) Além de serem ótimas para fotografar pequenos insetos e objetos minúsculos como moedas, esse tipo de objetiva serve para isolar detalhes e pode fazer belos close-ups. Como controlar o foco Uma objetiva macro de 100 mm é adequada para fotografar objetos mínimos e planos de detalhe distante o suficiente para não interferir na imagem com sombra ou movimento. Fig. 33 – Exemplos de foco. Fonte: Ilustração e fotografias da autora. A profundidade de campo depende de três fatores principais: a abertura, a distância focalizada e a distância focal real da objetiva. Você pode alterar o efeito mudando um ou mais desses três itens. Ao alterar a abertura, é possível manipular a profundidade de campo. Aumentar a abertura significadiminuir a profundidade de campo, assim como diminuir a abertura faz aumentar a profundidade de campo. Os objetos próximos também fazem a profundidade de campo diminuir, em relação aos objetos focalizados à maior distância. Pela objetiva é possível variar a profundidade de campo através do zoom, conforme a figura abaixo: Confira outros acessórios e equipamentos fotográficos no guia do material fotográfico postado no ambiente virtual. Dica! Para focalizar um retrato sem erro, ajuste o foco nos olhos do modelo, mesmo que alguma parte da fotografia esteja ligeiramente desfocada, isso não fará diferença se os olhos estiverem nítidos. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 137 Unidade 2 Técnica fotográfica Fig. 34 - Zona de profundidade. Fonte: Ilustração da autora. Acima você pode ver um exemplo de variação de profundidade de campo a partir da abertura, neste caso uma objetiva de 70 mm focalizada a dez metros: na primeira faixa uma abertura de f/2.8; na segunda de f/8; e na terceira de f/22. É possível maximizar a profundidade de campo para obter uma fotografia totalmente nítida, bem como é possível minimizar a profundidade de campo de forma a deixar apenas um motivo nítido. Abaixo um exemplo de como tirar proveito da profundidade de campo, para valorizar o motivo desfocando o fundo, a distância focal é de 184 mm e abertura f/6.3. Fig. 35 – Imagem como profundidade de campo. Fonte: Fotografia de Kasmin Carnevali. Acervo pessoal. Mas, conseguir o foco manualmente não é importante para você, pois ainda existe a possibilidade do autofoco, ou foco automático. Nas câmeras digitais básicas, o foco é por volta de 3 metros com profundidade de campo entre 1,5 metros. Se a opção é pelo foco manual, saiba que quanto mais profissional e avançada forem a câmera e o conjunto de objetivas, maior a possibilidade de controle do foco. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 138 Unidade 2 Técnica fotográfica Plano focal O plano focal é a superfície que recebe a luz. Ella pode ser uma superfície flexível emulsionada com substâncias químicas sensíveis à luz ou a um sensor fotossensível. Filme Nas câmeras analógicas nós usamos o filme de película. O filme é uma superfície flexível, que possui várias camadas em uma gelatina que aglutina grãos de prata e outros reagentes. A camada da emulsão de prata é sensível à luz, e outras substâncias são responsáveis pela revelação e fixação da imagem. Existem tipos diferentes de filme, o filme preto-e-branco, o filme de impressão colorida e o filme de slide colorido. Ao comprar o seu filme, é preciso saber se o formato é o adequado à sua câmera, e qual a sensibilidade do filme (velocidade) você deseja. Existem ótimas marcas de filmes, e a escolha depende mais do fator empírico e pessoal, portanto. Uma opção econômica é o filme rebobinado, preparado pela loja que vende o produto. Outros tipos de filme: o filme de grande formato que é uma chapa que deve ser carregada individualmente em câmeras especiais de grande formato; e também o filme instantâneo, que é o filme usado nas câmeras analógicas instantâneas como a Polaroid. Sensibilidade ISO/ASA – A emulsão sobre o papel ou película fotográfica ou das células do sensor eletrônico responde aos raios de luz formando a imagem, isso acontece em segundos. Portanto, a resposta da emulsão também está envolvida com o tempo. Por isso, além da sensibilidade do filme, nós dizemos velocidade do filme. O tempo que a imagem leva para se formar se relaciona com a sensibilidade da superfície que a recebe, esta sensibilidade é chamada de escala ISO (International Standart Organization - Organização Internacional de Normas) ou ASA (American Standart Association – Associação Americana de Normas). Um filme mais rápido pode ter melhor desempenho em situações de pouca luz, entre outras vantagens, mas a imagem fica mais granulada, o que pode tanto ser um recurso estético como um problema. O uso de sensibilidades altas também favorece fotografias de maior contraste. No caso dos filmes, estes são comprados no valor ISO específicos, já nas câmeras digitais, ele sempre pode ser regulado. O valor ISO pode ir geralmente de 60 a 6.000, dependendo do modelo da câmera. Os números mais baixos são os de menor sensibilidade e os mais altos de maior sensibilidade. Seu uso depende dos efeitos e ambientes que se quer na fotografia. Em uma praia, por exemplo, o adequado é uma sensibilidade menor como ISO 100, para Disponha 4 objetos em sequência diagonal, fotografe alternando o foco, ou seja, mire a objetiva no primeiro plano, depois no plano de fundo e depois no objeto central, depois procure colocar todos os objetos em foco. Fotografe-os e poste as fotos no ambiente. Veja no ambiente virtual o texto de John Hedgecoe sobre a composição do filme. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 139 Unidade 2 Técnica fotográfica que a foto não fique superexposta. Já em um museu ou teatro, onde se pode fotografar sem o uso do flash, é melhor ajustar o ISO para 400 ou mais. Sensor da câmera digital – O sensor é composto de uma grade de elementos pictóricos microscópicos sensíveis à luz, os chamados pixels. Cada pixel institui um sinal elétrico que é processado eletronicamente e depois é convertido em sinal digital, e então o sinal é enviado ao sistema de memória da câmera. Existem dois tipos de sensor: CCD (Charge Coupled Device) – Também chamado de dispositivo de acoplamento de carga, ele possui sensores individuais que escaneam a imagem e as cargas obtidas são enviadas e lidas uma linha por vez; CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor) - Constitui uma matriz em que cada pixel possui seu próprio circuito, de modo que a câmera pode ler o valor registrado de cada elemento separadamente. Pixels – São medidos em milhões de pixels ou megapixels. É o que indica a resolução da imagem na câmera. Embora seja muito melhor ter maior resolução, é preciso saber se você realmente precisa de tanto investimento. Para imagens para a Web, e-mail, apresentações de PPS, é possível trabalhar com menos de 2 mega. Por sua vez, para impressões, é melhor de 4 mega para cima, pois quanto maior o tamanho da impressão maior é o número de megapixels utilizados. Balanço do branco – Está relacionado com a temperatura da cor. A temperatura é medida para que a câmera digital ajuste os brancos e todas as cores de modo a parecer o mais natural possível. No entanto, esse recurso pode ser usado não apenas para deixar a fotografia próxima à visão humana, mas também pode ser subvertido para enfatizar um determinado “clima” da foto. Fig. 36 – Balanço do branco. Fonte: Imagens da autora. Experimente os vários modos do balanço do branco da sua câmera, procure fotografar o mesmo objeto para observar melhor a diferença de um para outro. Outra coisa muito importante: é hora de pegar o manual da sua câmera e conferir o que você pode encontrar sobre o que aqui foi apresentado. Procure os ajustes de exposição, foco, iso, balanço do branco e possibilidades de abertura e velocidade. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 140 Unidade 3 Composição fotográfica Aqui finalizamos a Unidade 2, espero que você tenha iniciado uma grande amizade com a técnica da fotografia. Pratique os conceitos vistos e prepare-se para acrescentar arte à sua técnica, agora, na Unidade 3. Unidade 3 Composição fotográfica Síntese: Nesta unidade você conhecerá os elementos que compõem um ato fotográfico, suas funções específicas e o seu enquadramento. A composição é o que faz uma foto ser interessante. Os elementos que compõem uma foto são pensados como um conjunto de valores com funções específicas. A primeira coisa a ser pensada no ato fotográfico é o enquadramento da composição. Fig. 37 – Fotografiade moda. Fonte: Parkinson (2011). Na fotografia de moda acima (Fig. 37), o enquadramento é feito para chamar a atenção para as bolsas. O avião no primeiro plano serve de Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 141 Unidade 3 Composição fotográfica cobertura para destacar a modelo, o contraste entre horizontal (avião), horizontal amenizado (chapéu), vertical (modelo), horizontal (paisagem) confere ritmo à composição. O ponto central está no pulso que carrega uma das bolsas, a segunda bolsa segue a linha em diagonal, a mudança de altura entre uma e outra enfatiza o design de cada uma delas. Com isso, a produção da modelo é limpa, elegante e serve como plano de fundo junto com a paisagem, tudo para destacar as duas bolsas. Você pode se perguntar: Uma foto exige tanta geometria? Se sim, por quê? O enquadramento de uma foto não é obra do acaso e exige uma compreensão total do que o fotógrafo vê. Cada elemento da cena tem valores de peso, saturação, tonalidade, forma, movimento, volume e linha, tudo que se exige de um trabalho de artes visuais. Temas e enquadramento Existem temas clássicos da fotografia, bem como truques de enquadramento que facilitam a ação de fotografar uma boa foto. Conheça alguns truques realizados por grandes mestres da arte fotográfica de diversas épocas e estilos. (a) Molduras naturais No exemplo da bela fotografia do francês Eugene Atget, fotografada na década de 20, as árvores são a moldura natural da paisagem na bucólica paisagem parisiense (Fig. 38). Na segunda foto, a arquitetura é que vai fazer o papel da moldura (Fig. 39). Fig. 38 - Parc de sceaux. Fig. 39 – Rue de Seine. Fonte: Atget (2011). Eugene Atget é considerado o primeiro fotógrafo urbano, sua preferência por bairros e ruas desertas do amanhecer rendeu belíssimas fotografias e um precioso documento da história urbana de uma Paris que não existe mais. Suas fotografias, além de belas, constituem uma fonte Vá ao ambiente virtual e leia a lista de fotógrafos que também foram pintores. Procure na internet imagens de pintura e fotografia de cada um deles e poste no blog na unidade (não se esqueça de citar o título e a fonte). Vá ao ambiente virtual e leia os dois textos sobre os temas tirados de dois clássicos da literatura sobre fotografia: uma visão de Atget por Susan Sontag, e o link para a discussão sobre o fotógrafo e o instrumento do fotógrafo, de Vilém Flusser. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 142 Unidade 3 Composição fotográfica documental inestimável. Atget usava uma pesada e já antiquada câmera para a sua época, do tipo dos chamados lambe-lambes, fotógrafos de praça do início do século vinte. O fato de usar um equipamento antiquado, longe de prejudicar a estética deste fotógrafo pioneiro no estilo, o favoreceu, pela textura e aspecto ligeiramente melancólico das imagens de força poética e surrealista. Uma prova que o fotógrafo é quem faz o equipamento não o contrário. (b) Geometrização Fig. 40 – Postes. Fonte: Modotti (2011). Na geometrização é importante escolher o ângulo perfeito. No caso da fotografia dos postes de Tina Modotti, o ângulo é central e simétrico, com destaque para a perspectiva ao infinito (Fig. 40). No caso dos prédios de Michael Wolf, o ângulo parte da direita numa composição assimétrica com o grande prédio em primeiro plano e um segundo prédio em perspectiva, o efeito é reforçado pelo corte do topo e base dos prédios, deixando as janelas como padrões condutores de perspectiva, proporcionando um aspecto propositadamente artificial. (c) Usando a exposição conceitualmente O tempo é o conceito da fotografia do contemporâneo Michael Wesely. Na Fig. 42, o fotógrafo deixou o obturador aberto por bastante tempo; a imagem mostra uma Brasília sem pessoas, vazia, a única indicação de movimento é a bandeira. A fotografia funciona como uma cena de um filme. Fotografe sua própria moldura natural, as praças arborizadas são ótimos locais para este tipo de composição, prédios altos também. Saia pela cidade e aproveite para conhecê-la melhor, fotografando-a. Que tal fazer isso com um grupo de colegas? Tina Modotti (1896- 1942) nasceu na itália e migrou para os EUA aos 16 anos. Foi atriz, modelo e fotógrafa. Abandonou a fotografia ao se engajar no partido comunista como ativista revolucionária. Fig. 41 – Transparent city. Fonte: Wolf (2011). Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 143 Unidade 3 Composição fotográfica Fig. 42– Setor Bancário Sul. Fonte: Wesely (2011). (d) Usando luz natural Fig. 43 – Refugiados do Tigray (1985). Fonte: Salgado (1985). Saiba que um bom fotógrafo precisa conhecer os horários da luz natural e os seus cenários. Na Fig. 43, o jogo de luz entre as árvores e a poeira confere beleza e dramaticidade à foto do brasileiro Sebastião Salgado. Na foto, as linhas diagonais dos raios de luz enchem a cena, atingindo cada uma das pessoas sob as árvores. Os meios tons de cinza são intensos, o uso de filtro vermelho para ressaltar os contrastes é uma possibilidade, a profundidade de campo é bem grande, indicando uma poderosa teleobjetiva, o resultado é de nitidez e riqueza de detalhes. A câmera utilizada pelo fotógrafo era uma DSRL profissional com ampla gama de abertura e foco. Michael Wolf, fotógrafo contemporâneo Que utiliza a solidão das megalópoles como tema principal. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 144 Unidade 3 Composição fotográfica (e) Contraste de pesos Fig. 44 – MST. Fonte: Salgado (1985). Na Fig. 44, vemos mais uma fotografia de Sebastião Salgado, o contraste de pesos está entre a horizontal marcada pela multidão e seus braços e instrumentos de trabalho, as linhas finas e verticais são leves, enquanto a massa dos trabalhadores em conjunto é pesada e horizontal. Sebastião Salgado tem um trabalho fotojornalístico de conceito fortemente social e planetário de grande força estética. (f) Usando linhas como referência Fig. 45 – Colhedor de algodão. Fonte: Lange (1940). A composição da fotógrafa americana Dorothea Lange (1895- 1965) é expressiva e movimentada, é um retrato grandioso de força e compaixão, as linhas da mão são as mesmas da composição. O efeito poderoso é dado pelo enquadramento em close feito em um ângulo abaixo do modelo. Em primeiro plano, a mão marcada pelos espinhos do algodão Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 145 Unidade 3 Composição fotográfica cobre a boca e os olhos estão sob a sombra, mesmo assim o retrato diz quem é esse homem, e por ele sentimos empatia. O conjunto de linhas é todo de diagonais que se encontram ligeiramente ao centro. O trabalho de Dorothea Lange também é de fotojornalismo de cunho social. Sua sensibilidade e técnica impecável colocaram suas fotos nos acervos dos museus e galerias de arte mais importantes do mundo. (g) Efeitos de luz e sombra O fotógrafo de moda norueguês Solve Sundsbo aproveitou uma fonte de luz vinda de objeto com linhas, como uma janela com grades. As sombras contornam o objeto fotografado, conferindo dinamismo e impacto gráfico. O uso econômico de cores enfatiza as linhas. Veja como toda a produção é em preto e branco (cabelo, olhos e unhas), o único destaque vai para os lábios em amarelo. Fig.46 – Fotografia para editorial de beleza. Fonte: Sundsbo (2010). (h) Nus Os nus são um grande tema da fotografia artística. No exemplo, mais uma fotografia de Solve Sundsbo para um editorial de beleza. A maior dica sobre fotografar nus é o cuidado com a luz, ela tanto pode deixar sua foto bela como de mau gosto. A luz indireta é a mais indicada. Outro fator importante é a pose do modelo mais o seu enquadramento, é preciso acompanhar as linhasdo corpo e usar as sombras para modelar a forma. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 146 Unidade 3 Composição fotográfica Fig. 47 – Fotografia para editorial de beleza, Fonte: Sundsbo (2010). (i) Superfícies refletoras e transparências Fig. 48 – Fotografia de garrafa e mulher fumando Fonte: Penn (2011). Esta fotografia de Irving Penn (1917-2009) apresenta conceito narrativo, composição simétrica e jogo de tons. Ele trabalha com o elemento principal fora de foco no plano de fundo. Essa ousadia faz com que a foto de transparência não seja um lugar comum, existe um duplo da modelo na imagem refletida. Fotos de superfícies refletoras, como vidros e líquidos, são fáceis de fazer e de efeito interessante, no entanto, é muito explorada, exigindo maior criatividade do fotógrafo. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 147 Unidade 3 Composição fotográfica (j) Jogo de contrastes Mais uma foto do elegante Irving Penn, uma natureza morta minimalista. Os contrastes passam pela cor: quente e fria; tamanho e direção. A natureza morta é um tema herdado da pintura ainda presente na fotografia, inovar é um desafio. No exemplo, a extrema simplicidade é a graça da foto. Fig. 49 – Natureza morta. Fonte: Penn (2011). (l) Perspectiva Na Fig. 50, as linhas em perspectiva dão dinamismo e direção a uma foto, é mais um exemplo de superfície refletora com o chão molhado de chuva. É uma fotografia do mestre do método compositivo Henri Cartier- Bresson. Suas fotografias são extremamente elaboradas espacialmente. Ele também era pintor. Fig. 50 – Chão molhado de chuva Fonte: Cartier-Bresson (2011). Leia o texto de Fayga Ostrower sobre a fotografia, de Henri Cartier- Bresson no ambiente virtual. Imprima a imagem do texto, depois coloque uma folha transparente sobre a reprodução impressa e desenhe as linhas principais da imagem. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 148 Unidade 3 Composição fotográfica (m) Correspondência de formas e cores Ellen-von-unwerth utiliza a correspondência entre o vermelho vivo do batom da modelo com uma toalha estampada de Marylin Monroe. O enquadramento fecha no close duplo modelo e estampa, o fundo preto da toalha separa e destaca os elementos da foto. As cores, a exposição e o contraste foram intensificados na edição digital. Os azuis criam áreas de brilho no plano de fundo, em contraste com o preto e vermelho chapados do primeiro plano, o desfocado enfatiza a profundidade. Fig.51– Fotografia modelo e estampa de Marylin Monroe Fonte: Von- Unerth (2011). (n) Retratos Em tempos de Photoshop é bom saber que o melhor retrato é aquele em que o retratado aparece tal como é. Um bom exemplo é esta foto do ícone dos anos 60 Janis Joplin, a personalidade irreverente e psicodélica da cantora foi brilhantemente capturada pelo lendário Helmut Newton (1920-2004). Um bom retrato é isso, é preciso deixar a pessoa relaxada para que ela se mostre. O fotógrafo deve conversar com o modelo e conhecer os seus pontos fortes visualmente. Um fundo neutro valoriza a figura, já cenários e fundos decorados servem para construir um personagem ou podem dizer algo sobre a profissão e status da pessoa. Fig. 52 - Janis Joplin, Fonte: Newton (2011). Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 149 Unidade 3 Composição fotográfica (o) Regra dos terços Uma maneira prática de definir o enquadramento é fazer uso da regra dos terços. A maioria das câmeras digitais oferece o recurso da visualização de uma grade que se constitui de três linhas e três colunas. O enquadramento é feito usando esta grade como referência. A idéia é ver a foto como um conjunto de retângulos com informações variadas, que podem ser posicionadas de acordo com o olhar do fotógrafo e encaixar os motivos que irão aparecer na foto dentro destas linhas e colunas. Fig. 53 – Regra dos terços. Fonte: ilustração da autora. Veja um exemplo de aplicação da regra dos terços: Fig. 54- Jean-Paul Sartre. Fonte: Cartier-Bresson (2011). Na Fig. 54, a linha da direita passa exatamente no centro do rosto do filósofo, o enquadramento é assimétrico, mas equilibrado pela perspectiva da ponte, com a linha direita passando pelo poste de luz. Observe que embora o retratado não esteja no centro do quadro é o único perfeitamente em foco. Existe nesta composição um notável jogo de valores: de peso, de luz, de tom e forma. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 150 Unidade 3 Composição fotográfica (p) Fotografia colorida ou preto-e-branco? A fotografia P&B parece mais artística que a colorida por motivos históricos e também por estar mais perto do controle da imagem, ou seja, ao suprimir da cor, a informação contida na foto é mais clara, e os elementos estéticos ficam mais evidentes como exposição, luz e tonalidades, por exemplo. Já a fotografia colorida é tida como comum, por estar associada às imagens cotidianas realizadas por amadores. No entanto, cada uma contém um caráter próprio e ambas podem ser altamente estéticas. (q) Fotojornalismo Fig. 55 - Desembarque na Normandia. Fonte: Capra (2011). A fotografia de caráter jornalístico pretende informar antes de tudo. Grandes nomes da fotografia se dedicaram ao fotojornalismo, como Henri Cartier-Bresson e Robert Capra, autor da foto acima. Capra estava presente no desembarque na Normandia, momento crucial da Segunda Grande Guerra. Na Fig. 55, a imagem borrada exemplifica bem o que é estar em uma situação de risco, comum neste tipo de trabalho. O fotógrafo acompanhou a tropa no desembarque e estava exposto aos mesmos riscos dos soldados, mas no lugar de armas ele carregava uma câmera. Como estavam sob fogo intenso, Capra fez várias fotos freneticamente e a qualidade da imagem não tinha como ser controlada, no entanto, elas diziam exatamente o que estava ocorrendo. Robert Capra morreu ao pisar em uma mina, enquanto documentava a Guerra da Indochina. Pratique a regra dos terços. Escolha 3 objetos e posicione-os de maneiras diferentes e enquadre nas linhas e colunas da grade. Mesmo que sua câmera não ofereça este recurso, procure imaginar as linhas no quadro. Faça pelo menos 4 fotos, modificando os objetos de lugar entre uma e outra. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 151 Unidade 3 Composição fotográfica (r) Padrões Fig. 56 – Crianças da Espanha. Fonte: Cartier-Bresson (2011). O uso de padrões ajuda a dar ritmo à imagem. Na fotografia de Henri Cartier-Bresson (Fig. 56), as janelas do prédio ao fundo valorizam as crianças do primeiro plano. Na imagem abaixo (Fig. 57), de André Kertéz, as árvores formam um padrão linear, basicamente o padrão é uma repetição de um tema em uma organização espacial elaborada. Fig. 57 – Gelo e árvores Fonte: Kertéz (2011). (s) Fotografia de Arte Na fotografia de Arte, o conceito é mais importante que a própria qualidade técnica, como se pode comprovar no trabalho de Cindy Sherman, uma artista plástica que fez da fotografia seu instrumento de Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 152 Unidade 4 Edição de fotos trabalho. Cindy sempre trabalhou com o conceito do feminismo em suas imagens, ela mesma é sua modelo em todas as fotos que fez em uma carreira que vem desde os anos 60. Ao longo do tempo, suas mulheres questionaram valores impostos pela sociedade como comportamento e beleza. Fig. 58 – Posse de modelo Fig. 59 – Imagem em pintura. Fonte: Sherman (2011). (t) Enquadramento de rostos Close- pode ser extreme (corta queixo e testa), também pode ser o do queixo à testa e até um pouco do pescoço. Meio plano Americano- Do alto da cabeça até o peito. Plano Americano- Do alto da cabeça até a cintura. Fig. 60 – (1)Foto de modelo. Fig.61 –(2) Foto de modelo. Fig. 62–(3) Foto de modelo. Fonte: solvesundsbo.info. Aqui terminamos mais uma unidade, espero que seja o início de uma longa jornada de experimentações e belas fotografias! Unidade 4 Edição de fotos Síntese: Agora você conhecerá a parte da pós-produção em fotografia. Isso se refere principalmente à edição, que vai da seleção das imagens até seus retoques e montagens. As fotografias podem ser editadas tanto em um laboratório Confira no ambiente virtual o Guia da Iluminação para a Fotografia. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 153 Unidade 4 Edição de fotos químico como em um computador, com um programa de edição adequado. Existem vários programas que trabalham com ferramentas de edição fotográfica, eles variam de preço e recursos técnicos imensamente, e o programa que você verá aqui é o top de linha Photoshop da Adobe. Veremos os recursos básicos, o suficiente para corrigir problemas comuns de fotografias, como iluminação, enquadramento e cor. Não mencionarei versões do software, pois estas serão sempre desatualizadas devido aos lançamentos constantes, mas conhecendo as ferramentas básicas você estará pronto para utilizar qualquer versão do programa. Edição básica Para começar, crie uma pasta para salvar as imagens dos exercícios. Depois, procure observar a área de trabalho do Photoshop: Fig. 63 – Área de trabalho do photoshop. Fonte: Imagem criada pela autora (2011). Ajuste de exposição Para ajustar a exposição de fotos utilizando um programa Photoshop, siga corretamente todas as indicações abaixo: a) Abra a imagem estadual.jpg da nossa pasta de imagens do Ambiente Virtual, salve e abra no Photoshop; b) Vá ao Menu Imagens/ajustes/exposição: Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 154 Unidade 4 Edição de fotos Fig. 64 – Menu imagem do photoshop. Fonte: Imagem criada pela autora (2011). O Menu Imagem possui os comandos que dizem respeito às propriedades da imagem como: modo, formato, tamanho, resolução. No submenu Ajustes estão os comandos para alterar os ajustes de tom, luz e cor; c) É preciso treinar os olhos para encontrar o ajuste ideal, isso você adquire com o tempo. Sutilmente vá deslizando a chave da Exposição até encontrar um ponto em que os degraus da escada comecem a aparecer, mas interrompa antes que a imagem fique granulada. A fotografia está subexposta, para complicar, existem pontos extremos de branco e preto, o que dificulta. Por isso, não se preocupe em deixar a escada totalmente clara. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 155 Unidade 4 Edição de fotos Fig. 65 – Controle de exposição. Fonte: Imagem criada pela autora (2011). Mantenha ativa a opção Visualizar, os Conta-Gotas são para referência de tons, não vamos usá-los agora, nem o Deslocamento. Já a Correção de Gama você pode utilizar, caso a imagem comece a “estourar”. Faça uma transformação sutil, porque vamos continuar trabalhando nela, quando estiver pronto clique OK. Ajuste de brilho e contraste Vá para Imagem/Ajustes/Brilho/Contraste, deslize o controle do brilho com calma e observe a imagem mudar, ajuste o contraste da mesma forma. Quanto menor for o tamanho e a resolução da imagem, menos se pode ajustar, porque os pixels começam a surgir. Fig. 66 – Ajuste de brilho e contraste. Fonte: Imagem criada pela autora (2011). Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 156 Unidade 4 Edição de fotos Acrescentar cor Saiba que é possível acrescentar cor em fotografias P&B facilmente. Este recurso costuma ser utilizado para dar um aspecto de época para as fotos no conhecido tom sépia. a) Continue com a imagem que você trabalhou até agora, abra o Menu Imagem/Ajustes/Preto-e-Branco; b) Selecione Colorir e ajuste Matiz e Saturação, OK. Fig. 67 – Preto-e-branco. Fonte: Imagem criada pela autora (2011). Rotação e corte Para conhecer a rotação e o corte de uma fotografia, observe o exemplo da Fig. 67. Embora a casa seja interessante, o enquadramento não foi favorável, a imagem além da linha do horizonte torta, cortou parte do telhado, deixando a composição desequilibrada. Fig. 68 – Recorte: antes. Fonte: Imagem criada pela autora (2011). Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 157 Unidade 4 Edição de fotos Fig. 69 – Recorte: depois. Fonte: Imagem criada pela autora (2011). Objetivo: corrigir a linha do horizonte e tornar a fotografia mais atraente No processo, foi preciso renunciar à apresentação total dos elementos da casa, para realçar alguns detalhes da arquitetura, isolando o interesse. A adoção da estratégia ressaltou as formas das janelas, bem como o portão, as cores, sombras e brilhos do sol. No Ambiente Virtual você encontrará as imagens usadas nos exemplos. Para a realização deste exercício abra a imagem casa.jpg. Como girar a foto Fig. 70– Girar. Fonte: Imagem criada pela autora (2011). Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografi a 158 Unidade 4 Edição de fotos a) Com a ferramenta de seleção acionada (clique sobre ela), vá ao Menu selecionar/tudo ou use os atalhos de tecla ctrl+a (a de all – tudo); b) Use o comando ctrl+t (transformation) ou Menu editar/ transformação livre. Aparecerão alças em volta da imagem para serem arrastadas, transformando o tamanho e a posição do objeto selecionado. Posicione o cursor um pouco acima de uma das alças dos cantos da imagem até aparecer uma seta curva de duas pontas, clique e rode a imagem até a posição desejada, solte e clique duas vezes sobre a imagem para fi nalizar. No Menu visualizar, selecione réguas e linhas guia, para marcar a posição das linhas da fotografi a. No exemplo, eu usei uma linha guia para alinhar a casa pelas janelas. Para adquirir uma linha guia, basta posicionar o cursor (ferramenta de seleção) sobre a régua, pressionar o mouse e arrastar a linha até o local desejado. No processo, eu usei a linha do parapeito das janelas como referência. Aprenda como cortar uma foto a) Com a linha do horizonte ajustada é hora de cortar a foto. Use a ferramenta corte (crop), clique e arraste o cursor fazendo uma moldura, depois puxe as alças até que a moldura fi que na forma a ser cortada, fi nalize com duplo clique. Fig. 71 – Ajuste do corte. Fonte: Imagem criada pela autora (2011). Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 159 Unidade 4 Edição de fotos Como fazer ajustes rápidos Alguns recursos dos programas de edição podem resolver rapidamente pequenos ajustes. O Photoshop oferece vários deles. Vejamos alguns: PROBLEMA: a fotografia poderia ser mais vibrante, o fundo, apesar de neutro tem uma série de ruídos. SOLUÇÃO: você pode escurecer o fundo de maneira uniforme e tornar as flores mais vibrantes. Fig. 72 e 73 – Orquídeas. Fonte: Imagem criada pela autora (2011). a) Abra a imagem flores.jpg na pasta imagens do Ambiente Virtual. Salve-a em uma pasta que você deverá criar só para as imagens dos exercícios; b) Abra a imagem no Photoshop, vá ao Menu Imagem/aplicar imagem/mesclagem: multiplicar, OK. Fig. 74– Aplicar imagem. Fonte: Imagem criada pela autora (2011). Você pode e deve experimentar as outras possibilidades de mesclagem do comando aplicar imagem. O que ele faz é combinar a fotografia que você abriu com algo que esteja na camada inferior, neste caso é o plano de fundo da sua fotografia. Como trabalhar com camadas no Photoshop Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 160 Unidade 4 Edição de fotos O Photoshop trabalha com camadas, é com elas que podemos editar partes da imagem e, ao mesmo tempo, preservar a imagem original. As camadas funcionam como folhas sobrepostas que podem ser recortadas, modificadas e misturadas como papéis transparentes.Como realizar mistura criativa por camadas a) Abra a imagem amazonas.jpg na nossa pasta de imagens do Ambiente Virtual. Depois volte ao Menu Arquivo/inserir, abra itacoatiara. jpg, em seguida dê um clique duplo para encaixá-la sobre a primeira. Você verá que as linhas em xis sobre a imagem desaparecem, isso quer dizer que ela está pronta para ser editada; b) Vá ao Menu Janela/camadas ou clique em f7 para abrir a caixa de camadas. Veja que ao inserir outra imagem o Photoshop cria automaticamente uma segunda camada. Observe que em cada camada você encontra uma miniatura da imagem pertencente a ela, conforme imagem abaixo: Fig. 75 – Camadas. Fonte: Imagem criada pela autora (2011). c) Abra a lista de misturas que se encontra sob a palavra camadas, clique na chavinha ao lado e escolha Luz Brilhante; Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 161 Unidade 4 Edição de fotos Fig. 76 – Mesclagens. Fonte: Imagem criada pela autora (2011). d) Veja que as duas camadas foram unidas em um efeito transparente. Você pode e deve experimentar as outras possibilidades da lista para conhecê-las; e) Você pode ajustar o Preenchimento para amenizar o resultado, bem como pode usar apenas as opções de Opacidade ou preenchimento isoladamente, dependendo da sua intenção de mistura. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 162 Unidade 4 Edição de fotos Fig. 77- Controle de preenchimento da camada. Fonte: Imagem criada pela autora (2011). Veja as duas imagens originais e como ficou a mistura final: + = Fig.78 – Duas fotografias mescladas. Fonte: Imagem criada pela autora (2011). Como usar as ferramentas de seleção As ferramentas são usadas para selecionar partes de uma imagem para edição, existentes na barra de ferramentas. Para abrir a lista de máscaras, clique sobre com o botão esquerdo do mouse. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 163 Unidade 4 Edição de fotos Exemplo: Ferramenta de seleção de tons (Varinha mágica): a) Abra bicicleta.jpg e selecione a ferramenta varinha mágica. Ela funciona melhor sobre uma superfície uniforme ou chapada. Evite a ferramenta quando a variação tonal for demasiada. No exemplo, vamos modificar a cor da parede atrás da bicicleta; b) Clique com a varinha sobre o local indicado. É preciso que toda a área da parede seja selecionada. Observe os seguintes aspectos: A área de seleção é indicada por uma linha tracejada: Você pode ajustar a tolerância da seleção, quanto maior for o número, mais pixels. Por isso, vá com calma para encontrar o ponto certo, a seleção não pode extrapolar para além da área desejada, nem ficar aquém; Para continuar selecionando mais de uma área, acione a opção Adicionar à seleção, conforme imagem ao lado. c) Agora vamos modificar a cor da área selecionada pela varinha. No Menu Imagem/Matiz/ Saturação, selecione a opção Colorir, ajuste os controles de Matiz, Saturação e Luminosidade até encontrar a cor desejada. No nosso exemplo, a parede laranja ficou azul. ð Fig. 79 – Imagens controles do photoshop, fotografia bicicletas. Fonte: Imagem criada pela autora (2011). Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 164 Unidade 4 Edição de fotos Para finalizar, desfaça a seleção com Ctrl+D, ou Menu Selecionar/ Cancelar Seleção. Como realizar recorte e uso de camadas para edição Agora você verá como selecionar parte de uma imagem para ajustes variados. Desta vez, a seleção da área será feita com a Ferramenta Laço Poligonal. Inicie em qualquer ponto da imagem com um clique do mouse, solte e arraste a linha contornando a área a ser “recortada” e clique quando precisar mudar a direção do traço, use a ferramenta tal como se ela fosse uma tesoura e vá clicando a cada curva que fizer. Ao fim, quando a linha encontrar o ponto inicial, aparecerá um pequeno círculo sobre o cursor, isso quer dizer que a imagem encontrou seu fim, dê um clique duplo para finalizar, a imagem ficará dentro de uma área tracejada. Fig. 80 – (1) -O cantor e compositor Lúcio Bahia. Fonte: Kasmin Carnevali. Acervo pessoal. A idéia é selecionar uma parte da imagem para destaque com algum tipo de ajuste. Ajustes de camada Depois de terminar a seleção, olhe na caixa de camadas e clique no ícone Criar nova camada de preenchimento ou de ajuste. Essa ação abrirá uma lista de ajustes. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 165 Unidade 4 Edição de fotos No momento, vamos usar a opção Preto-e-branco, apenas a área selecionada vai ser modificada. Ajuste os controles de cor P&B. Fig. 80-(2) – O cantor e compositor Lúcio Bahia. Fonte: Kasmin Carnevali. Acervo pessoal. Como duplicar e aplicar efeito em camada Crie uma nova camada para aplicar um efeito. Para isso, clique sobre a camada da imagem com o botão direito e sobre: Duplicar Camada. Também é possível inverter a seleção, e desta vez você irá aplicar um filtro de efeito na parte do fundo da imagem do tocador de violão. a) Inverter a seleção: ainda com a seleção do músico, ou refaça para treinar o recorte, Menu Selecionar/Inverter (ou Shift+Ctrl+I); Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 166 Unidade 4 Edição de fotos b) Agora é o fundo da foto que está selecionado: Fig. 80- (3) – O cantor e compositor Lúcio Bahia. Fonte: Kasmin Carnevali. Acervo pessoal. Delete o fundo. Você só perceberá que o fundo foi deletado, se olhar na caixa de camadas. Para visualizar o recorte, desabilite a visibilidade da 1ª camada, clicando sobre o ícone de um olho ao lado da miniatura: Lembre-se de voltar a visualizar a camada depois, também tenha certeza de estar na camada correta. Veja como ficou o fundo recortado: Fig. 80 –(4) O cantor e compositor Lúcio Bahia. Fonte: Kasmin Carnevali. Acervo pessoal. c) Agora é hora de aplicar o efeito. Vamos mudar o plano focal tornando o fundo embaçado. Volte para a 1ª camada, selecionando-a, é nela que o efeito será aplicado. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 167 d) Vá ao Menu Filtro/Desfoque/Desfoque de lente. Você se lembrou de acionar o ícone de visualização da camada? Fig. 80 –(5)- O cantor e compositor Lúcio Bahia. Fonte: Kasmin Carnevali. Acervo pessoal. Esta unidade serve como um breve guia de exercícios. Espero que a partir de agora você tenha um bom começo na edição de fotografias. Saiba que muito ainda há para ser visto. A partir de agora é só praticar e exercitar a criatividade com lindas fotografias. Espero que você tenha se divertido! Referências ATGET, E. Parque de Sceaux e rua Seine. Disponível em: <html://www. pt.wikipedia.org.br/wiki/Eugene-atget.> Acesso em fev. 2011. BUSSELLE, M. Tudo sobre fotografia. São Paulo: Pioneira, 1990. 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Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 169 Glossário _________. Natureza morta. Disponível em: <html://www.master-of- photography.com/p/Penn/Penn.html> Acesso em: abr. 2011. PLUMAS E RENDAS. Disponível em: <http://www.cotianet-fotografia- camaraescura.html> Acesso em: abr. 2011. PRIMEIRA FOTOGRAFIA. Disponível em:<http://www.cotianet-fotografia- camaraescura.html >Acesso em: abr. 2011. RETRATO DE HERCULES FLORENCE, (1875). Disponível em: <http://www. iconica.com.br/?tag=hercules-florence.html> Acesso em: fev. 2011. SALGADO, S. Refugiados do Tigray, 1985. Disponível em: <html://www. wikipédia.org/wiki/sebastiaosalgado> Acesso em: fev. 2011. __________.MST. _________. Disponível em: <html://www.wikipedia. org/sebastiaosalgado> Acesso em: abr. 2011. SALTO DE ITU. Disponível em: <http://www. riotiete.sites.uol.com.br/ historia.06.html> Acesso em fev. 2011. SHERMAN, C. Posse de modelo. 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Exposição: Quantidade total de luz usada para criar a imagem. Profundidade de campo: Medida de quanto uma fotografia está em foco, do ponto mais próximo da câmera até o ponto mais distante em que ambos estejam nítidos. Zoom: Objetiva com ângulo de visão variável. Técnicas de expressão e Comunicação Visual Introdução À Fotografia 170 Currículo da professora-autora Kasmin Biscaro Alves Carnevali possui graduação em Educação Artística pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, mestrado em Comunicação em Linguagens pela Universidade Tuiuti do Paraná. Atua como professora no Departamento de Artes da Universidade Federal do Amazonas - UFAM. Como artista visual realizou exposições como: Bárbara - Fotografia Digital, na Galeria do Largo - AM; Livramento - Fotografia e ação comunitária, na Oca Gabriel Gentil – AM; Fila – Fotografia, no Espaço Cultural Muiraquitã – AM; Coleção outros interiores/polaróides fake – Fotografia e Pintura, na Galeria do Icbeu – AM. Ganhadora de várias premiações, dentre elas: Do artesanal ao digital, poéticas com novos aparatos tecnológicos pessoais, pela Rede Nacional de Artes Visuais/FUNARTE 2008 – MG; Projeto Diário de indefinições fotográficas, FUNARTE, Modalidade Fotografia/2009; Projeto visual: Cinema parado, Secretaria Estadual da Cultura do Amazonas - PROARTE 2010-11, categoria Artes Visuais. Currículo da professora autora
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