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INTRODUÇÃO À FOTOGRAFIA

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Prévia do material em texto

C) TÉCNICAS DE EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO VISUAL 
INTRODUÇÃO À FOTOGRAFIA
AUTORA
KASMIN BISCARO ALVES CARNEVALI
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
113
Introdução
Palavras da autora
Introdução
O material didático que apresentamos a você contém os 
conhecimentos históricos, técnicos e estéticos sobre fotografia. Ao final 
de cada unidade, será apresentada uma atividade prática com a finalidade 
de garantir sua aprendizagem no domínio das técnicas de fotografia. O 
conteúdo do caderno foi desenvolvido em quatro unidades, conforme 
especificação abaixo.
Na Unidade 1, vamos entrar em contato com os aspectos 
históricos da evolução da fotografia, seus avanços técnicos e os 
procedimentos utilizados desde o seu aparecimento até os dias atuais.
Em seguida, na Unidade 2, vamos conhecer as técnicas 
da produção fotográfica, a tecnologia das câmeras, os acessórios e a 
apresentação da fotografia.
Na Unidade 3, nos desdobraremos na prática fotográfica, 
conhecendo os recursos do equipamento fotográfico e o seu uso, juntamente 
com as orientações estéticas e técnicas. 
Na Unidade 4, você conhecerá a parte da pós-produção em 
fotografia, quando se fará considerações sobre a edição. 
Orientamos a todos que, além do conhecimento teórico, se 
esforcem em realizar as atividades práticas ao final de cada lição.
Palavras da professora autora
Caro aluno,
Olhe ao seu redor e observe as coisas que estão ao alcance do 
seu campo visual: a paisagem, as construções, as pessoas e os pequenos 
objetos que elas usam e carregam. Dentre essas coisas, pode ser que você 
resolva registrar para mostrar aos seus amigos e parentes. A fotografia é 
uma das formas mais utilizadas para registrar os cenários e as situações 
que as pessoas consideram importantes. 
É praticamente impossível em nossa sociedade atual passar um 
dia sem ver ao menos uma fotografia. Elas estão em todos os lugares: 
na nossa casa, em nossos porta-retratos e álbuns, na publicidade, nas 
revistas, nos livros em pôsteres e nas peças de arte. A importância da 
fotografia é comprovada pela sua presença constante no nosso cotidiano.
Espero que o conteúdo da disciplina Técnicas de Expressão e 
Comunicação Visual – Introdução à Fotografia sirva de apoio didático aos 
colegas em suas disciplinas, atividades pedagógicas e produção artística 
e contribua para que você domine as técnicas utilizadas no registro e 
na produção fotográfica. Lembre-se de que a finalidade deste caderno 
é oferecer aos acadêmicos de Artes os conhecimentos necessários à sua 
formação profissional e artística.
Seja bem vindo ao nosso curso!
Kasmin Biscaro Alves Carnevali
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
114
Orientações 
para estudo
Ementa
Orientações para estudo
Caro aluno,
Você já percebeu que nas laterais externas das páginas deste 
caderno há uma linha vertical cinza. Esta linha não tem apenas uma 
função estética, ela divide a página em duas áreas úteis, convencionadas 
aqui como coluna de conteúdo e coluna de atividades. Na coluna de 
conteúdo, a que consta o texto que você está lendo, serão inseridos os 
conteúdos de nossa disciplina. Na coluna de atividades, serão propostos 
alguns exercícios e leituras complementares. Cada exercício estará 
ao lado do texto correspondente na coluna de conteúdo. Mais adiante 
explicaremos detalhadamente a função de cada coluna.
As palavras em cor vermelha encontram-se no glossário, ao final 
deste estudo. Alguns autores, também destacados em cinza, se encontram 
no índice onomástico no final deste material.
Sugiro que antes de proceder aos exercícios propostos, você 
leia também o manual da sua própria câmera, para que encontre mais 
rapidamente as funções comentadas nas aulas.
É adequado possuir uma câmera com funções manuais, quanto 
menos automática for sua câmera, melhor será sua compreensão das 
noções de luz e movimento.
Lembre-se de que a prática leva à perfeição. Por isso, tenha 
sempre uma câmera por perto e não tenha medo de fotografar qualquer 
coisa em quantidade para praticar os procedimentos apresentados.
Ementa
Princípio fotográfico e a ampliação em papel. Exposição e revelação no 
processo fotográfico. Produtos químicos.
Objetivos de ensino-aprendizagem 
1. Mostrar compreensão do processo histórico que conduziu 
ao aparecimento da fotografia como meio de registro e apreensão da 
realidade através de atividades;
2. Identificar os procedimentos técnicos utilizados na produção 
da imagem fotográfica;
3. Fornecer os conhecimentos e as técnicas necessárias à 
produção de imagens fotográficas de qualidade estética;
4. Demonstrar os procedimentos de revelação, cópia, impressão 
e apresentação da fotografia;
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
115
Unidade1 
História da Fotografia 
5. Usar a imagem fotográfica em meios diversos e em variadas 
aplicações;
6. Apresentar a fotografia como um material de apoio 
multidisciplinar.
Unidade 1 História da Fotografia
Síntese: Nesta unidade você estudará a história da fotografia e a sua 
relação direta com as possibilidades tecnológicas. 
No item 1 você conhecerá o funcionamento de uma câmera 
escura que é a base da câmera fotográfica, e poderá perceber o quanto 
esta ferramenta é simples. Ela é uma caixa fechada e escura que possui 
uma pequena entrada de luz em uma extremidade, e um dispositivo 
sensível à luz em outra. Em toda sua evolução tecnológica, esse princípio 
é o mesmo para todas as câmeras.
O maior desafio da invenção da fotografia foi registrar a imagem 
refletida dentro da câmera, e quem começou este processo foi Niépce 
com sua heliografia, tema que será estudado no item 2. O seu sócio 
inventou o daguerreótipo, tema do item 3.
Nesta época, a imagem fotográfica era única e trabalhosa, feita 
em superfícies como vidro e metal. A invenção da superfície flexível e da 
cópia, a partir de negativos acontece com Fox Talbot e Hecules Florence, 
tema dos itens 4 (Talbot) e 5 (Florence).
A câmera escura 
A câmera escura tem uma pequena abertura que funciona como 
uma lente convergente que, ao passar a luz, possibilita uma visão precisa 
do mundo externo. A luz é uma energia eletromagnética que se propaga 
em linha reta. Quando a luz passa pelo orifício da câmera escura, reflete 
os pontos de luz do objeto a sua frente, invertendo a imagem vertical e 
horizontalmente, conforme Fig. 01.
Fig. 01 – Ilustração de funcionamento de luz numa câmara escura.
Fonte: Adaptação da autora (2011).
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
116
Unidade1 
História da Fotografia 
A câmera escura foi usada por artistas durante muito tempo, 
para desenhar e pintar com exatidão objetos, pessoas e paisagens. No 
processo, o artista olhava por uma tampa de vidro sobre a caixa, dentro 
dela havia um espelho que corrigia a inversão da imagem refletida, o 
desenho era feito copiando essa imagem, conforme a Figura 02.
Fig. 02 - Artista do séc. XVII usando câmera escura para desenhar.
Fonte: Câmara escura tipo caixão (2011).
Vejamos a cronologia aproximada da origem da câmara escura:
•	 Século V a. C. - O estudioso Mo Tzu, na China, e o filósofo 
Aristóteles (384-322 a. C.), na Grécia, elaboraram, separadamente, as 
primeiras teorias sobre a câmera escura, que nada mais era do que um 
quarto (câmara) fechado com um pequeno buraco na parede;
•	 965-1038 - Um erudito árabe chamado Alhazem realizou 
pesquisas sobre o sol, usando a câmera escura. É creditada a ele a sua 
invenção; 
•	 A expressão câmera escura vem do latim camera obscura, 
e foi usada pelo astrônomo Johannes Kepler, em 1604, no tratado Ad 
Vitellionem Paralipomena sobre ótica; 
•	 A câmera escura portátil apareceu no século XVI, com lentes 
e um orifício maior;
•	 Nos séculos XVI e XVII as câmeras escuras portáteis passaram 
a ser usadas por pintores, como Canaletto e Jonhanes Vermeer;
•	 No século XIX foram feitas as primeirasexperiências das 
câmeras escuras com materiais fotossensíveis, convertendo-se em 
câmeras fotográficas.
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
117
Unidade1 
História da Fotografia 
A primeira imagem fotográfica
Fig. 03 - Primeira Fotografia - Joseph Nicéphore Niépce, 1826.
Fonte: Primeira Fotografia...(2011).
•	 Joseph Nicéphore Niépce (1765-1833), um abastado oficial 
da marinha francesa deixou o exército para tornar-se inventor aos 40 anos;
•	 Em sua época, o meio de reprodução de imagens era a 
litografia, um método de impressão que utiliza pedra como matriz. Como 
Niépce não sabia desenhar, tentou obter através da câmera escura uma 
imagem permanente sobre o material litográfico de imprensa. Ele usou 
cloreto de prata como emulsão sensível à luz e deixou em exposição por 
várias horas na câmera escura, então obteve uma imagem fraca que foi 
fixada com ácido nítrico;
•	 Suas primeiras imagens foram chamadas de heliografia (de 
hélios – sol), e eram impressas em negativo; 
•	 Em 1826, Niépce conseguiu obter a primeira imagem em 
positivo da janela do sótão de sua casa na França. Desta vez, ele utilizou 
placas de metal revestidas de prata;
•	 Na época, ao informar a invenção ao rei Jorge IV e à Royal 
Society, ele omitiu partes do processo da heliografia por excesso de 
cautela e não conseguiu a patente. No entanto, ao associar-se ao inventor 
francês Louis-Jaques-Mandé Daguerre (1787-1851), Niépce entregou todo 
o processo;
•	 Niépce morreu em 1833, deixando sua obra nas mãos de 
Daguerre, que passou para a história devido a um golpe de sorte.
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
118
Unidade1 
História da Fotografia 
Daguerreótipo
Fig. 04 – Daguerreótipo.
Fonte: Daguerreotipo...(2011).
•	 Seguindo com as experiências de Niépce, Daguerre acabou 
encontrando uma solução por acidente. O inventor esqueceu uma placa 
emulsionada com iodeto de prata fechada em um armário. No dia seguinte 
ele encontrou uma imagem revelada na placa. Intrigado com os produtos 
que estavam no armário, concluiu, por eliminação, que a imagem tinha 
sido revelada por mercúrio;
•	 Em 1837, Daguerre padroniza o Daguerreótipo. Apesar do 
instrumento apresentar problemas, ele é rapidamente aclamado.
Problemas do daguerreótipo
•	 Tempo de exposição muito longo (de 15 a 30 minutos);
•	 Imagem fraca e espelhada;
•	 A imagem era revelada em uma chapa dura que continuava 
sensível à luz, desaparecendo rapidamente. O fixador encontrado para 
resolver o problema foi uma solução de sal de cozinha aquecida, em que 
se mergulhavam as chapas;
•	 Daguerre, em 1839, vendeu sua invenção ao governo francês 
e passou a receber uma renda vitalícia de 6000 francos anuais, já Isidore 
Niépce, filho de Nicéphore, passou a receber 4000 francos. Posteriormente, 
o daguerreótipo foi declarado pelo governo francês como domínio público; 
•	 Neste mesmo ano, um processo fotográfico distinto foi 
anunciado por William Henry Fox Talbot, na Inglaterra; 
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
119
Unidade1 
História da Fotografia 
A superfície flexível
•	 O inglês Willian Henry Fox-Talbot (1800-1877) era 
descendente de família nobre, membro do parlamento britânico, escritor 
e cientista aficionado e utilizava a câmera escura em seus desenhos de 
viagens;
•	 Talbot buscava alternativas para fugir da patente do 
daguerreótipo, fazendo pesquisas de fotossensibilização por contato. Ele 
mergulhava papel em nitrato de prata e depois de seco, fazia seu contato 
com objetos variados, resultando em siluetas escuras. Então o papel 
poderia se fixado com amoníaco ou solução de sal ou iodeto de potássio. 
Fig. 05 - Desenho fotogênico (1839): Plumas e rendas em negativo por contato.
Fonte: Desenho de plumas e rendas...(2011).
•	 Em 1835, Talbot construiu uma pequena câmera de madeira, 
com somente 6,30 cm2, que sua esposa chamava de “ratoeira”. Nela 
ele colocava papel emulsionado com cloreto de prata, depois a imagem 
negativa era fixada com sal de cozinha e transferida por contato para 
outro papel sensível. Por meio desse processo, Talbot transformava a 
imagem em positivo.
Fig. 06 - Janela da Abadia de Locock: primeira fotografia obtida pelo processo negativo/positivo.
Fonte: Janela...(2011).
•	 O processo que inicialmente foi batizado de calotipia ficou 
conhecido como talbotipia, e foi patenteado na Inglaterra em 1841; 
•	 Depois da invenção, Talbot montou um estúdio, contratou 
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
120
Unidade1 
História da Fotografia 
uma equipe para produzir cópias, fotografou várias paisagens turísticas e 
comercializou as cópias em quiosques e tendas artísticas em toda a Grã 
Bretanha;
•	 Talbot também publicou o primeiro livro de imagens 
fotográficas.
Desvantagens da talbotipia:
•	 Lentidão, a imagem poderia levar até uma hora para formar;
•	 Tamanho reduzido de 2,50 cm2;
•	 Pouca nitidez.
A invenção da fotografia
Fig. 07 - Retrato de
Hercules Florence.
Fonte: Retrato...(2011).
O francês de Nice, Antoine Hercules Romuald Florence chegou 
ao Brasil em 1824, e durante quase 50 anos viveu na Vila de São Carlos, 
atual Campinas no Estado de São Paulo. Ele era desenhista e inventor. A 
contribuição de Antoine Florence segue a seguinte trajetória:
•	 Ele participou como segundo desenhista da expedição 
Langsdorf, entre 1825 e 1829; 
•	 Em 1830, ele inventou seu próprio meio de impressão. 
Assim como Talbot, Hercules Florence buscava usar a luz do sol como 
possibilidade de criar matrizes para a reprodução de imagens. Foi assim 
que ele, em 1832, descobriu o que chamou de photographie (do grego 
fós - luz e ghaphis – escrita); 
•	 Em 1833, Florence fotografou usando uma câmera escura 
com papel sensibilizado para a impressão por contato. A impressão por 
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
121
Unidade1 
História da Fotografia 
contato seria, portanto, a avó do filme negativo usado pelas câmeras 
analógicas;
•	 Hercules Florence antecipou a invenção da fotografia aqui no 
Brasil, em uma pequena vila paulista, sem qualquer conhecimento sobre 
as experiências de Niépce e Talbot; 
•	 Algum tempo depois, porém, ele tomou contato com um 
daguerreótipo trazido ao Brasil pelo abade Compte, em janeiro de 1840, 
rapidamente popularizado pelo imperador D. Pedro II. Em face disso, e 
apesar de estar mais avançado, Hercules Florence desistiu de continuar 
com seu invento.
Fig. 08 – Paisagem de Salto de Itu.
Fonte: Florence (2001).
Fig. 09 - Fotografia de Hercules Florence. 
Note que o interesse é centrado nas artes gráficas.
Fonte: Fotografia de Hercules...(2011).
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografi a
122
Unidade1 
História da Fotografi a 
O Brasil foi um dos primeiros países a adotar a fotografi a. 
Fotógrafos de várias partes do mundo aqui trabalharam, registrando todo 
o país e contribuindo para nossa documentação histórica. D. Pedro II 
era um entusiasta da técnica, registrando a família real ou promovendo 
fotógrafos. 
Fig. 10 - Daguerreótipo do Abade Louis Compte: Paço Imperial, Rio de Janeiro.
Fonte: Daguerreotipo ...(2011).
Fig. 11 - D. Pedro II e a família real.
Fonte: Foto da família real (2011).
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografi a
123
Unidade1 
História da Fotografi a 
Fig.12 - Rio de Janeiro.
Fonte: Malta (2011).
Fig.13 - Panorâmica do Rio de Janeiro.
Fonte: Panorâmica...(2011).
Fig.14 - Os trinta Valérios.
Fonte: Vieira (2011).
Em Os trinta Valérios, 
o fotógrafo elabora 
uma fotomontagem 
em que ele é 
modelo de todos 
os personagens da 
imagem. A fotografi a 
ganhou medalha de 
prata na Exposição 
fotográfi ca nos EUA, 
em 1904.
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
124
Unidade 2
Técnica fotográfica
Aqui finalizamos a Unidade 1. Espero que você tenha gostado 
destajornada pela invenção mais fascinante da imagem, e que os fatos 
e os personagens da história da fotografia aqui apresentados sirvam para 
aguçar sua curiosidade de conhecer mais a respeito. Procure na internet 
os fotógrafos apresentados e suas obras. Divirta-se conhecendo e vendo 
fotografias incríveis. Procure em bibliotecas livros com reproduções de 
fotografias de época e procure diferenciar as técnicas de cada período.
Unidade 2 Técnica fotográfica
Síntese: Nesta unidade você conhecerá os equipamentos necessários para 
a fotografia em suas diversas aplicações, incluindo a câmera fotográfica.
A câmera fotográfica
Saber qual é a melhor câmera para se começar a fotografar é 
a pergunta mais comum feita por aqueles que querem se aventurar na 
técnica. Existem muitos modelos de câmeras fotográficas e elas se prestam a 
diferentes funções, de acordo com as necessidades do fotógrafo. Precisão, 
velocidade, controle, resposta, resolução e foco são alguns dos requisitos 
para a escolha da câmera ideal. É importante que você tenha em mente o 
tipo de imagem que espera conseguir, para decidir qual câmera comprar. 
A aquisição de uma câmera pode ser um investimento ou uma pequena 
aventura, podendo ser encontrada em diferentes preços. É possível ter 
uma boa câmera compacta por menos de 100 reais, outras podem custar 
bem mais que um carro. Existem, ainda, as que podem sair totalmente de 
graça, como a artesanal Pinhole.
Câmera Pinhole
Fig. 15 –Pinhole - Praça Sete (BH)
Fonte: Pinhole (1980).
A câmera Pinhole (literalmente buraco de alfinete) é uma 
Pesquise a produção 
fotográfica no Brasil 
do final do século 
XIXe início do século 
XX, elabore um 
relatório de sua 
pesquisa e poste-o 
no ambiente virtual. 
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
125
Unidade 2
Técnica fotográfica
câmera artesanal que pode ser construída com caixas ou latas. É uma boa 
maneira de entender o funcionamento da câmera escura. A caixa deve ser 
totalmente fechada e escura. Em sua construção, pode ser empregado 
papel com emulsão fotográfica, e a revelação pode ser feita de maneira 
convencional em laboratório químico.
Como fazer uma câmera Pinhole
Vamos construir uma câmera pinhole? Abaixo acompanhe o 
passo a passo de confecção artesanal (Fig. 02):
1 - Limpe uma lata de leite em pó (ou qualquer lata com tampa). 
Faça um furo com um prego, lixe as rebarbas. Pinte o interior da lata de 
preto. Coloque um pedaço de papel alumínio sobre o furo, faça outro 
furinho com um alfinete, quanto menor o furo, mais nítida a imagem;
2 - Em um lugar sem luz, coloque o papel fotográfico dentro da 
lata na extremidade oposta ao furo; 
Fig. 16 – Ilustração de Câmera
Fonte: Do próprio autor.
3 – Tampe a lata bem fechada, coloque uma fita isolante sobre 
o furo, ela vai servir de “disparador”, abra a fita quando for fotografar 
e feche novamente quando terminar a sensibilização do papel. O mesmo 
procedimento pode ser usado em qualquer caixa com tampa. 
Depois, é levar a câmera em um laboratório fotográfico que 
ainda use o processo químico. Até você pode revelar o papel, se possuir os 
ingredientes de laboratório.
Em nossos dias, 
ainda é possível 
encontrar fotógrafos 
apaixonados pela 
câmera artesanal. 
Existem livros 
sobre o assunto e 
algumas referências 
na internet. Por 
exemplo, um manual 
completo da pinhole 
pode ser encontrado 
no site http://www.
Eba.Ufmg.Br/cfalieri/
index.Html.
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
126
Unidade 2
Técnica fotográfica
Câmeras analógicas
As câmeras analógicas são as que são carregadas com filmes. O 
filme é revestido de uma emulsão sensível à luz, que registra a imagem 
quando a objetiva é aberta. Este tipo de câmera reinou absoluto até a 
década de 90. Atualmente, seu uso limita-se a câmeras de grande formato 
ou continuam sendo usadas por aficionados. Existem ótimos e variados 
modelos analógicos dos mais simples até os mais complexos. A grande 
vantagem da analógica é a qualidade impecável da imagem para impressão.
Fig. 17 – Câmera Fotográfica
Fonte: Câmera... (2011).
Câmeras digitais 
As câmeras digitais possuem os mesmos princípios de 
funcionamento das câmeras com filme. No lugar do filme existe um sensor 
eletrônico da luz que atravessa a lente.
Hoje, as câmeras digitais estão em toda parte e são muito 
populares. Elas estão em aparelhos eletrônicos diversos, como 
computadores, celulares, MPs, além de apresentarem uma grande oferta 
de formatos e modelos. Nós podemos ir das compactas até as de grande 
formato e os preços também variam muito.
Não vale a pena elencar as características tecnológicas de cada 
modelo, como por exemplo, a resolução. Isso porque a obsolescência do 
mercado digital deixará qualquer informação desatualizada em pouco 
tempo.
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
127
Unidade 2
Técnica fotográfica
Câmera compacta
As câmeras compactas são leves, práticas e rendem boas e belas 
fotos. Elas apresentam resolução de qualidade abaixo da média, e apesar 
das limitações técnicas, é a primeira opção dos fotógrafos iniciantes por 
ser a mais simples de usar. Todas as marcas populares oferecem diversas 
câmeras desse tipo. A lente fixa é equivalente a 35 mm. O zoom, que já foi 
uma grande limitação deste tipo de câmera, está cada vez mais avançado. 
Mas é bom saber que o zoom deve ser ótico (da objetiva) e não digital 
(zoom simulado pela câmera). Suas vantagens são: (a) é portátil; (b) é 
muito leve e discreta; e (c) o seu preço é acessível. 
Fig. 18- Câmera Fotográfica 
Fonte: Câmera (2011).
Câmera Bridge
É uma câmera avançada que faz a transição entre as compactas 
amadoras e as profissionais. Ela tem recursos avançados que são 
característicos das câmeras SLRs, como opções manuais de exposição e 
foco e saída de imagem em RAW. Ela também apresenta outros recursos 
comuns, como: zoom mais potente; encaixe para diversos acessórios na 
objetiva; e uma caixa opcional para uso embaixo d’água. As vantagens 
desse tipo de câmara são: (a) elas são mais leves e discretas que as SRLS; 
(b) zoom significativo; (c) várias funções manuais; e (d) custo médio. 
Fig. 19 –Câmera Fotográfica Nikon.
Fonte: Câmera Fotográfica (2011).
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
128
Unidade 2
Técnica fotográfica
Câmera SLR (Single Lens Reflex) 
Fig. 20 – Câmera SLR.
Fonte: Câmera...(2011).
A câmera SLR também é chamada de monoreflex ou 
simplesmente reflex. Ela é muito utilizada por profissionais ou amadores 
aplicados na arte fotográfica. O seu funcionamento é o mesmo da câmera 
escura usada pelos desenhistas do séc. XVI. A imagem que você vê no visor 
óptico (chamado de viewfinder ou ocular) é a mesma que atravessa a lente, 
desviada internamente por um prisma e um espelho que só é levantado de 
sua posição normal na hora do clique, para permitir a passagem da luz até 
o sensor (ou filme).
A escolha desse tipo de câmera pelos profissionais se deve à 
possibilidade de trocas de objetivas, e funções totalmente manuais. 
A câmera SLR também é chamada de monoreflex ou 
simplesmente reflex. Ela é muito utilizada por profissionais ou amadores 
aplicados na arte fotográfica. O seu funcionamento é o mesmo da câmera 
escura usada pelos desenhistas do séc. XVI. A imagem que você vê no visor 
óptico (chamado de viewfinder ou ocular) é a mesma que atravessa a lente, 
desviada internamente por um prisma e um espelho que só é levantado de 
sua posição normal na hora do clique, para permitir a passagem da luz até 
o sensor (ou filme). 
Fig. 21 – Câmera SLR.
Fonte: Câmera...(2011).
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
129
Unidade 2
Técnica fotográfica
Fig. 22- Percurso da luz dentro da câmera monoreflex digital.
Câmera Canon EOS.
Fonte: Infográfico, da autora.
7 Câmera de médio formato 
A câmera de médio formato é utilizada por profissionais, 
apresenta qualidade topde linha e custo elevado. As fotos que produz 
são extremamente nítidas, de grande profundidade de campo. Elas são 
usadas principalmente em ensaios de moda. 
Fig. 23 – Câmera Hasselblad.
Fonte: Câmera...(2011).
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
130
Unidade 2
Técnica fotográfica
Fig. 24 - Fotografia de David LaChapelle com câmera de médio formato.
Fonte: LaChapelle (2010).
Câmera de grande formato
As câmeras de grande formado utilizam filmes de película em 
grande formato. Elas são próprias para fotografias que serão impressas em 
tamanho grande e imagens que requerem extrema nitidez e detalhamento.
Fig. 25 -Fotógrafo Patrick Demarchelier e sua câmera de grande formato.
Fonte: Fotógrafo...(2011).
Veja no ambiente 
virtual o material 
postado sobre a 
distorção que ocorre 
com as câmeras que 
não são monoreflex: 
a paralaxe. Leia-o. 
Depois, poste no 
fórum da unidade 
uma explicação 
sobre o que você 
entendeu.
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografi a
131
Unidade 2
Técnica fotográfi ca
Partes da câmera
Você já sabe que o corpo da câmera é uma caixa escura 
hermeticamente fechada. Até a luz alcançar a superfície sensível, seja 
fi lme ou sensor, existem mecanismos que recebem e controlam o modo 
como ela entra na câmera. Conheça agora os mecanismos que fazem uma 
foto perfeita:
1. Objetivas (Lentes);
2. Diafragma;
3. Obturador;
4. Filme ou sensor eletrônico.
Objetiva diafragma obturador
sensor ou filme
Fig. 26 - Partes de uma câmera.
Fonte: Ilustração da autora. 
1. Objetiva - A objetiva é a lente da câmera, ela fi ca no 
lugar do orifício da caixa, e é, na verdade, um conjunto de lentes que se 
interagem, oferecendo a imagem de diferentes maneiras. Existem vários 
tipos de lentes, de acordo com cada fi nalidade desejada pelo fotógrafo;
2. Diafragma - Regula a quantidade de luz que entra na câmera, 
controlando o tamanho da abertura que permite a entrada da luz. Esse 
recurso altera a iluminação da fotografi a. Quanto maior a abertura maior 
a luminosidade perdendo em nitidez. Quanto menor a abertura maior a 
nitidez e menor a luminosidade;
3. Obturador – Funciona como uma cortina que abre e fecha, 
permitindo ou barrando a entrada da luz, controlando o tempo que a luz 
incide na superfície sensível (sensor ou fi lme). O obturador e o diafragma 
devem ser compreendidos para o total domínio da arte fotográfi ca, o 
domínio que se obtém pelo controle da abertura (diafragma) e exposição 
(obturador).
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
132
Unidade 2
Técnica fotográfica
Abertura e exposição
A abertura e a exposição trabalham juntas para que a câmera 
controle e limite a quantidade de luz. Um bom exemplo é a imagem de 
uma torneira enchendo um copo, quanto mais você abrir a torneira mais 
água terá e mais rápido o copo será cheio; quanto menos você abrir a 
torneira, menos água e mais tempo para encher o copo. Entenda isso como 
a torneira sendo a abertura, a água como a luz, o tempo para encher o 
copo a exposição, e o copo como a superfície sensível (sensor ou filme). 
A mediação das velocidades do obturador é demonstrada em frações de 
segundo, conforme exemplo abaixo:
1 seg. ½ seg. ¼ seg. 1/8 seg. 1/16 seg. 1/60 seg. 1/125 seg. 
1/250 seg. 1/500 seg. 1/1.000 seg. 1/2.000 seg. 1/4.000 seg. 1/8.000 seg.
Os valores das velocidades podem variar de uma câmera para 
outra. As câmeras profissionais possuem um número maior de possibilidades 
de abertura e mais ainda de velocidades do obturador. As velocidades 
médias são as mais versáteis.
Fig. 27 - Foto de abertura f/18, velocidade do obturador de 1/125 seg., distância focal 200 mm. Menina 
pulando.
Fonte: Foto de Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.
Na Fig. 27, uma velocidade média foi suficiente para congelar 
o salto da menina e destacá-la, deixando o fundo borrado. O segredo para 
deixar a menina nítida foi acompanhar o movimento com a câmera. 
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
133
Unidade 2
Técnica fotográfica
Fig. 28 - Imagem com nitidez. – Menino pulando no rio.
Fonte: Foto de Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.
Na Fig. 28, o fundo e o menino estão nítidos, a velocidade do 
obturador usada foi mais rápida: 1/500 seg. abertura f/11, distância focal 
180 mm.
Geralmente, a falta de ajuste da exposição pode ocasionar 
fotos perdidas por subexposição ou superexposição:
Fig. 29 (1) – Imagem com pouca luz (subexposição). Fig. 29 (2) – Imagem com muita luz. (superexposição).
Fonte: Fotos de Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.
Na primeira foto um problema de subexposição, a velocidade 
não foi suficiente para a imagem: 1/250 seg. f/5.6, distância focal 35 
mm. Na segunda, o problema foi a exposição excessiva: 1/40 seg. f/2.8, 
distância focal 35 mm. Mas também é possível criar efeitos interessantes 
no uso combinado de velocidade e abertura.
A fotografia abaixo foi feita em pouca condição de luz, mas 
a abertura grande e a velocidade lenta acrescentaram luminosidade e 
movimento a uma cena comum. Velocidade de ¼ seg. f/2.7 35 mm.
 
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
134
Unidade 2
Técnica fotográfica
Fig. 30 - “Madrugada” – Câmera compacta, velocidade de ¼ seg. f/2.7 35mm.
Fonte: Fotografia de Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.
Objetiva – É um sistema de lentes e mecanismos que são 
responsáveis pela captação de luz refletida no objeto, convergindo cada 
raio de luz formando um ponto no plano focal, onde deve estar a superfície 
sensível à luz, que pode ser uma emulsão química sobre papel ou película 
ou um sensor eletrônico. Há objetivas para diversas distâncias focais, as 
mais curtas são as chamadas grande-angulares, com um ângulo de visão 
bem amplo, e as mais longas, teleobjetivas, ampliam motivos distantes, 
com um ângulo de visão bem mais estreito. Existem também objetivas de 
ângulo fixo, ou simplesmente objetivas. A objetiva mais versátil é a zoom, 
que permite várias distâncias focais. As câmeras monoreflex permitem a 
troca de objetivas, para alcance de diferentes focos.
O que é distância focal
A distância focal é medida em milímetros a partir do ponto nodal, 
que por sua vez é o centro imaginário em que os raios de luz convergem 
até o plano focal (sensor ou filme). Quanto maior for o tamanho da imagem 
e/ou do filme, maior a distância focal.
Fig. 31 - Distância focal.
Fonte: Ilustração da autora.
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
135
Unidade 2
Técnica fotográfica
Veja, no gráfico a seguir, algumas opções de objetivas e suas 
respectivas distâncias focais, a profundidade de campo e o ângulo de visão: 
Fig. 32 – Exemplos de fotos com objetivas diferentes.
Fonte: Imagens de Kasmin Carnevali.Acervo pessoal.
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
136
Unidade 2
Técnica fotográfica
Objetivas macro
Uma objetiva macro de 100 mm é adequada para fotografar 
objetos mínimos e planos de detalhe distante o suficiente para não 
interferir na imagem com sombra ou movimento.
Ajustes de macro em objetivas zoom variam da reprodução de 
um oitavo do tamanho natural (1:8), a metade do tamanho natural (1:2)
Além de serem ótimas para fotografar pequenos insetos e 
objetos minúsculos como moedas, esse tipo de objetiva serve para isolar 
detalhes e pode fazer belos close-ups.
Como controlar o foco
Uma objetiva macro de 100 mm é adequada para fotografar 
objetos mínimos e planos de detalhe distante o suficiente para não 
interferir na imagem com sombra ou movimento.
Fig. 33 – Exemplos de foco.
Fonte: Ilustração e fotografias da autora.
A profundidade de campo depende de três fatores principais: a 
abertura, a distância focalizada e a distância focal real da objetiva. Você 
pode alterar o efeito mudando um ou mais desses três itens.
 Ao alterar a abertura, é possível manipular a profundidade de 
campo. Aumentar a abertura significadiminuir a profundidade de campo, 
assim como diminuir a abertura faz aumentar a profundidade de campo. 
Os objetos próximos também fazem a profundidade de campo 
diminuir, em relação aos objetos focalizados à maior distância.
Pela objetiva é possível variar a profundidade de campo através 
do zoom, conforme a figura abaixo:
Confira outros 
acessórios e 
equipamentos 
fotográficos no 
guia do material 
fotográfico postado 
no ambiente virtual.
Dica!
Para 
focalizar um 
retrato sem erro, 
ajuste o foco nos 
olhos do modelo, 
mesmo que alguma 
parte da fotografia 
esteja ligeiramente 
desfocada, isso não 
fará diferença se 
os olhos estiverem 
nítidos. 
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
137
Unidade 2
Técnica fotográfica
Fig. 34 - Zona de profundidade.
Fonte: Ilustração da autora.
Acima você pode ver um exemplo de variação de profundidade de 
campo a partir da abertura, neste caso uma objetiva de 70 mm focalizada 
a dez metros: na primeira faixa uma abertura de f/2.8; na segunda de f/8; 
e na terceira de f/22. 
É possível maximizar a profundidade de campo para obter 
uma fotografia totalmente nítida, bem como é possível minimizar a 
profundidade de campo de forma a deixar apenas um motivo nítido.
Abaixo um exemplo de como tirar proveito da profundidade de 
campo, para valorizar o motivo desfocando o fundo, a distância focal é de 
184 mm e abertura f/6.3.
Fig. 35 – Imagem como profundidade de campo. 
Fonte: Fotografia de Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.
Mas, conseguir o foco manualmente não é importante para você, 
pois ainda existe a possibilidade do autofoco, ou foco automático. Nas 
câmeras digitais básicas, o foco é por volta de 3 metros com profundidade 
de campo entre 1,5 metros.
Se a opção é pelo foco manual, saiba que quanto mais 
profissional e avançada forem a câmera e o conjunto de objetivas, maior 
a possibilidade de controle do foco.
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
138
Unidade 2
Técnica fotográfica
Plano focal
O plano focal é a superfície que recebe a luz. Ella pode ser uma 
superfície flexível emulsionada com substâncias químicas sensíveis à luz 
ou a um sensor fotossensível. 
Filme
Nas câmeras analógicas nós usamos o filme de película. O filme 
é uma superfície flexível, que possui várias camadas em uma gelatina que 
aglutina grãos de prata e outros reagentes. A camada da emulsão de prata 
é sensível à luz, e outras substâncias são responsáveis pela revelação e 
fixação da imagem. 
Existem tipos diferentes de filme, o filme preto-e-branco, o 
filme de impressão colorida e o filme de slide colorido. Ao comprar o 
seu filme, é preciso saber se o formato é o adequado à sua câmera, e 
qual a sensibilidade do filme (velocidade) você deseja. Existem ótimas 
marcas de filmes, e a escolha depende mais do fator empírico e pessoal, 
portanto. Uma opção econômica é o filme rebobinado, preparado pela 
loja que vende o produto.
Outros tipos de filme: o filme de grande formato que é uma 
chapa que deve ser carregada individualmente em câmeras especiais de 
grande formato; e também o filme instantâneo, que é o filme usado nas 
câmeras analógicas instantâneas como a Polaroid.
Sensibilidade ISO/ASA – A emulsão sobre o papel ou película 
fotográfica ou das células do sensor eletrônico responde aos raios de luz 
formando a imagem, isso acontece em segundos. Portanto, a resposta 
da emulsão também está envolvida com o tempo. Por isso, além da 
sensibilidade do filme, nós dizemos velocidade do filme. O tempo que a 
imagem leva para se formar se relaciona com a sensibilidade da superfície 
que a recebe, esta sensibilidade é chamada de escala ISO (International 
Standart Organization - Organização Internacional de Normas) ou ASA 
(American Standart Association – Associação Americana de Normas). Um 
filme mais rápido pode ter melhor desempenho em situações de pouca luz, 
entre outras vantagens, mas a imagem fica mais granulada, o que pode 
tanto ser um recurso estético como um problema. O uso de sensibilidades 
altas também favorece fotografias de maior contraste. No caso dos filmes, 
estes são comprados no valor ISO específicos, já nas câmeras digitais, 
ele sempre pode ser regulado. O valor ISO pode ir geralmente de 60 a 
6.000, dependendo do modelo da câmera. Os números mais baixos são 
os de menor sensibilidade e os mais altos de maior sensibilidade. Seu uso 
depende dos efeitos e ambientes que se quer na fotografia. Em uma praia, 
por exemplo, o adequado é uma sensibilidade menor como ISO 100, para 
Disponha 4 objetos 
em sequência 
diagonal, fotografe 
alternando o foco, 
ou seja, mire a 
objetiva no primeiro 
plano, depois no 
plano de fundo e 
depois no objeto 
central, depois 
procure colocar 
todos os objetos em 
foco. Fotografe-os 
e poste as fotos no 
ambiente.
 Veja no 
ambiente virtual 
o texto de John 
Hedgecoe sobre 
a composição do 
filme.
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
139
Unidade 2
Técnica fotográfica
que a foto não fique superexposta. Já em um museu ou teatro, onde se 
pode fotografar sem o uso do flash, é melhor ajustar o ISO para 400 ou 
mais.
Sensor da câmera digital – O sensor é composto de uma grade 
de elementos pictóricos microscópicos sensíveis à luz, os chamados pixels. 
Cada pixel institui um sinal elétrico que é processado eletronicamente e 
depois é convertido em sinal digital, e então o sinal é enviado ao sistema 
de memória da câmera. Existem dois tipos de sensor: 
CCD (Charge Coupled Device) – Também chamado de dispositivo 
de acoplamento de carga, ele possui sensores individuais que escaneam a 
imagem e as cargas obtidas são enviadas e lidas uma linha por vez;
CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor) - Constitui 
uma matriz em que cada pixel possui seu próprio circuito, de modo que 
a câmera pode ler o valor registrado de cada elemento separadamente.
Pixels – São medidos em milhões de pixels ou megapixels. É o 
que indica a resolução da imagem na câmera. Embora seja muito melhor 
ter maior resolução, é preciso saber se você realmente precisa de tanto 
investimento. Para imagens para a Web, e-mail, apresentações de PPS, é 
possível trabalhar com menos de 2 mega. Por sua vez, para impressões, é 
melhor de 4 mega para cima, pois quanto maior o tamanho da impressão 
maior é o número de megapixels utilizados.
Balanço do branco – Está relacionado com a temperatura da 
cor. A temperatura é medida para que a câmera digital ajuste os brancos e 
todas as cores de modo a parecer o mais natural possível. No entanto, esse 
recurso pode ser usado não apenas para deixar a fotografia próxima à visão 
humana, mas também pode ser subvertido para enfatizar um determinado 
“clima” da foto. 
Fig. 36 – Balanço do branco.
Fonte: Imagens da autora. 
Experimente os 
vários modos 
do balanço do 
branco da sua 
câmera, procure 
fotografar o 
mesmo objeto 
para observar 
melhor a 
diferença de 
um para outro. 
Outra coisa muito 
importante: é 
hora de pegar o 
manual da sua 
câmera e conferir 
o que você pode 
encontrar sobre 
o que aqui foi 
apresentado. 
Procure os ajustes 
de exposição, 
foco, iso, balanço 
do branco e 
possibilidades 
de abertura e 
velocidade.
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
140
Unidade 3 
Composição 
fotográfica 
Aqui finalizamos a Unidade 2, espero que você tenha iniciado 
uma grande amizade com a técnica da fotografia. Pratique os conceitos 
vistos e prepare-se para acrescentar arte à sua técnica, agora, na Unidade 3.
Unidade 3 Composição fotográfica
Síntese: Nesta unidade você conhecerá os elementos que compõem um 
ato fotográfico, suas funções específicas e o seu enquadramento.
 
A composição é o que faz uma foto ser interessante. Os elementos 
que compõem uma foto são pensados como um conjunto de valores com 
funções específicas. A primeira coisa a ser pensada no ato fotográfico é o 
enquadramento da composição.
Fig. 37 – Fotografiade moda.
Fonte: Parkinson (2011).
Na fotografia de moda acima (Fig. 37), o enquadramento é feito 
para chamar a atenção para as bolsas. O avião no primeiro plano serve de 
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
141
Unidade 3 
Composição 
fotográfica 
cobertura para destacar a modelo, o contraste entre horizontal (avião), 
horizontal amenizado (chapéu), vertical (modelo), horizontal (paisagem) 
confere ritmo à composição. O ponto central está no pulso que carrega 
uma das bolsas, a segunda bolsa segue a linha em diagonal, a mudança de 
altura entre uma e outra enfatiza o design de cada uma delas. Com isso, a 
produção da modelo é limpa, elegante e serve como plano de fundo junto 
com a paisagem, tudo para destacar as duas bolsas.
Você pode se perguntar: Uma foto exige tanta geometria? Se 
sim, por quê? O enquadramento de uma foto não é obra do acaso e exige 
uma compreensão total do que o fotógrafo vê. Cada elemento da cena 
tem valores de peso, saturação, tonalidade, forma, movimento, volume e 
linha, tudo que se exige de um trabalho de artes visuais.
Temas e enquadramento
Existem temas clássicos da fotografia, bem como truques de 
enquadramento que facilitam a ação de fotografar uma boa foto. Conheça 
alguns truques realizados por grandes mestres da arte fotográfica de 
diversas épocas e estilos.
(a) Molduras naturais 
No exemplo da bela fotografia do francês Eugene Atget, 
fotografada na década de 20, as árvores são a moldura natural da paisagem 
na bucólica paisagem parisiense (Fig. 38). Na segunda foto, a arquitetura 
é que vai fazer o papel da moldura (Fig. 39).
 Fig. 38 - Parc de sceaux. Fig. 39 – Rue de Seine.
Fonte: Atget (2011).
Eugene Atget é considerado o primeiro fotógrafo urbano, sua 
preferência por bairros e ruas desertas do amanhecer rendeu belíssimas 
fotografias e um precioso documento da história urbana de uma Paris que 
não existe mais. Suas fotografias, além de belas, constituem uma fonte 
Vá ao ambiente 
virtual e leia a 
lista de fotógrafos 
que também 
foram pintores. 
Procure na 
internet imagens 
de pintura e 
fotografia de 
cada um deles 
e poste no blog 
na unidade (não 
se esqueça de 
citar o título e a 
fonte). 
Vá ao ambiente 
virtual e leia os 
dois textos sobre 
os temas tirados 
de dois clássicos 
da literatura 
sobre fotografia: 
uma visão de 
Atget por Susan 
Sontag, e o link 
para a discussão 
sobre o fotógrafo 
e o instrumento 
do fotógrafo, de 
Vilém Flusser. 
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
142
Unidade 3 
Composição 
fotográfica 
documental inestimável. Atget usava uma pesada e já antiquada câmera 
para a sua época, do tipo dos chamados lambe-lambes, fotógrafos de 
praça do início do século vinte. O fato de usar um equipamento antiquado, 
longe de prejudicar a estética deste fotógrafo pioneiro no estilo, o 
favoreceu, pela textura e aspecto ligeiramente melancólico das imagens 
de força poética e surrealista. Uma prova que o fotógrafo é quem faz o 
equipamento não o contrário.
(b) Geometrização 
 Fig. 40 – Postes.
 Fonte: Modotti (2011).
 
Na geometrização é importante escolher o ângulo perfeito. 
No caso da fotografia dos postes de Tina Modotti, o ângulo é central e 
simétrico, com destaque para a perspectiva ao infinito (Fig. 40). No caso 
dos prédios de Michael Wolf, o ângulo parte da direita numa composição 
assimétrica com o grande prédio em primeiro plano e um segundo prédio 
em perspectiva, o efeito é reforçado pelo corte do topo e base dos 
prédios, deixando as janelas como padrões condutores de perspectiva, 
proporcionando um aspecto propositadamente artificial.
(c) Usando a exposição conceitualmente 
O tempo é o conceito da fotografia do contemporâneo Michael 
Wesely. Na Fig. 42, o fotógrafo deixou o obturador aberto por bastante 
tempo; a imagem mostra uma Brasília sem pessoas, vazia, a única indicação 
de movimento é a bandeira. A fotografia funciona como uma cena de um 
filme.
Fotografe sua 
própria moldura 
natural, as praças 
arborizadas são 
ótimos locais 
para este tipo de 
composição, prédios 
altos também. 
Saia pela cidade 
e aproveite para 
conhecê-la melhor, 
fotografando-a. 
Que tal fazer isso 
com um grupo de 
colegas?
Tina Modotti (1896-
1942) nasceu na 
itália e migrou para 
os EUA aos 16 anos. 
Foi atriz, modelo e 
fotógrafa. Abandonou 
a fotografia ao 
se engajar no 
partido comunista 
como ativista 
revolucionária.
Fig. 41 – Transparent city.
Fonte: Wolf (2011).
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
143
Unidade 3 
Composição 
fotográfica 
Fig. 42– Setor Bancário Sul.
Fonte: Wesely (2011).
(d) Usando luz natural 
Fig. 43 – Refugiados do Tigray (1985). 
Fonte: Salgado (1985).
Saiba que um bom fotógrafo precisa conhecer os horários da 
luz natural e os seus cenários. Na Fig. 43, o jogo de luz entre as árvores 
e a poeira confere beleza e dramaticidade à foto do brasileiro Sebastião 
Salgado. Na foto, as linhas diagonais dos raios de luz enchem a cena, 
atingindo cada uma das pessoas sob as árvores. Os meios tons de cinza 
são intensos, o uso de filtro vermelho para ressaltar os contrastes é uma 
possibilidade, a profundidade de campo é bem grande, indicando uma 
poderosa teleobjetiva, o resultado é de nitidez e riqueza de detalhes. 
A câmera utilizada pelo fotógrafo era uma DSRL profissional com ampla 
gama de abertura e foco.
Michael Wolf, 
fotógrafo 
contemporâneo
Que utiliza a 
solidão das 
megalópoles 
como tema 
principal.
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
144
Unidade 3 
Composição 
fotográfica 
(e) Contraste de pesos
Fig. 44 – MST.
Fonte: Salgado (1985).
Na Fig. 44, vemos mais uma fotografia de Sebastião Salgado, o 
contraste de pesos está entre a horizontal marcada pela multidão e seus 
braços e instrumentos de trabalho, as linhas finas e verticais são leves, 
enquanto a massa dos trabalhadores em conjunto é pesada e horizontal. 
Sebastião Salgado tem um trabalho fotojornalístico de conceito fortemente 
social e planetário de grande força estética.
(f) Usando linhas como referência 
Fig. 45 – Colhedor de algodão.
Fonte: Lange (1940).
 
A composição da fotógrafa americana Dorothea Lange (1895-
1965) é expressiva e movimentada, é um retrato grandioso de força e 
compaixão, as linhas da mão são as mesmas da composição. O efeito 
poderoso é dado pelo enquadramento em close feito em um ângulo abaixo 
do modelo. Em primeiro plano, a mão marcada pelos espinhos do algodão 
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
145
Unidade 3 
Composição 
fotográfica 
cobre a boca e os olhos estão sob a sombra, mesmo assim o retrato diz 
quem é esse homem, e por ele sentimos empatia. O conjunto de linhas é 
todo de diagonais que se encontram ligeiramente ao centro. O trabalho 
de Dorothea Lange também é de fotojornalismo de cunho social. Sua 
sensibilidade e técnica impecável colocaram suas fotos nos acervos dos 
museus e galerias de arte mais importantes do mundo.
(g) Efeitos de luz e sombra
O fotógrafo de moda norueguês Solve Sundsbo aproveitou uma 
fonte de luz vinda de objeto com linhas, como uma janela com grades. As 
sombras contornam o objeto fotografado, conferindo dinamismo e impacto 
gráfico. O uso econômico de cores enfatiza as linhas. Veja como toda a 
produção é em preto e branco (cabelo, olhos e unhas), o único destaque 
vai para os lábios em amarelo.
Fig.46 – Fotografia para editorial de beleza.
Fonte: Sundsbo (2010).
(h) Nus 
Os nus são um grande tema da fotografia artística. No exemplo, 
mais uma fotografia de Solve Sundsbo para um editorial de beleza. A maior 
dica sobre fotografar nus é o cuidado com a luz, ela tanto pode deixar 
sua foto bela como de mau gosto. A luz indireta é a mais indicada. Outro 
fator importante é a pose do modelo mais o seu enquadramento, é preciso 
acompanhar as linhasdo corpo e usar as sombras para modelar a forma. 
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
146
Unidade 3 
Composição 
fotográfica 
Fig. 47 – Fotografia para editorial de beleza, 
Fonte: Sundsbo (2010).
(i) Superfícies refletoras e transparências
Fig. 48 – Fotografia de garrafa e mulher fumando
Fonte: Penn (2011).
Esta fotografia de Irving Penn (1917-2009) apresenta conceito 
narrativo, composição simétrica e jogo de tons. Ele trabalha com o 
elemento principal fora de foco no plano de fundo. Essa ousadia faz com 
que a foto de transparência não seja um lugar comum, existe um duplo da 
modelo na imagem refletida. Fotos de superfícies refletoras, como vidros 
e líquidos, são fáceis de fazer e de efeito interessante, no entanto, é 
muito explorada, exigindo maior criatividade do fotógrafo.
Técnicas 
de expressão e 
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Introdução
 À Fotografia
147
Unidade 3 
Composição 
fotográfica 
(j) Jogo de contrastes
Mais uma foto do elegante Irving Penn, uma natureza morta 
minimalista. Os contrastes passam pela cor: quente e fria; tamanho e 
direção. A natureza morta é um tema herdado da pintura ainda presente 
na fotografia, inovar é um desafio. No exemplo, a extrema simplicidade é 
a graça da foto.
Fig. 49 – Natureza morta.
Fonte: Penn (2011).
(l) Perspectiva
Na Fig. 50, as linhas em perspectiva dão dinamismo e direção a 
uma foto, é mais um exemplo de superfície refletora com o chão molhado 
de chuva. É uma fotografia do mestre do método compositivo Henri Cartier-
Bresson. Suas fotografias são extremamente elaboradas espacialmente. 
Ele também era pintor.
Fig. 50 – Chão molhado de chuva
Fonte: Cartier-Bresson (2011).
Leia o texto de 
Fayga Ostrower 
sobre a fotografia, 
de Henri Cartier-
Bresson no 
ambiente virtual. 
Imprima a imagem 
do texto, depois 
coloque uma folha 
transparente sobre 
a reprodução 
impressa e desenhe 
as linhas principais 
da imagem. 
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
148
Unidade 3 
Composição 
fotográfica 
(m) Correspondência de formas e cores
Ellen-von-unwerth utiliza a correspondência entre o vermelho 
vivo do batom da modelo com uma toalha estampada de Marylin Monroe. 
O enquadramento fecha no close duplo modelo e estampa, o fundo preto 
da toalha separa e destaca os elementos da foto. As cores, a exposição e 
o contraste foram intensificados na edição digital. Os azuis criam áreas de 
brilho no plano de fundo, em contraste com o preto e vermelho chapados 
do primeiro plano, o desfocado enfatiza a profundidade.
Fig.51– Fotografia modelo e estampa de Marylin Monroe
Fonte: Von- Unerth (2011).
(n) Retratos
Em tempos de Photoshop é bom saber que o melhor retrato 
é aquele em que o retratado aparece tal como é. Um bom exemplo é 
esta foto do ícone dos anos 60 Janis Joplin, a personalidade irreverente 
e psicodélica da cantora foi brilhantemente capturada pelo lendário 
Helmut Newton (1920-2004). Um bom retrato é isso, é preciso deixar a 
pessoa relaxada para que ela se mostre. O fotógrafo deve conversar com 
o modelo e conhecer os seus pontos fortes visualmente. Um fundo neutro 
valoriza a figura, já cenários e fundos decorados servem para construir um 
personagem ou podem dizer algo sobre a profissão e status da pessoa. 
Fig. 52 - Janis Joplin, 
Fonte: Newton (2011).
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
149
Unidade 3 
Composição 
fotográfica 
(o) Regra dos terços
Uma maneira prática de definir o enquadramento é fazer uso 
da regra dos terços. A maioria das câmeras digitais oferece o recurso da 
visualização de uma grade que se constitui de três linhas e três colunas. O 
enquadramento é feito usando esta grade como referência. A idéia é ver 
a foto como um conjunto de retângulos com informações variadas, que 
podem ser posicionadas de acordo com o olhar do fotógrafo e encaixar os 
motivos que irão aparecer na foto dentro destas linhas e colunas.
Fig. 53 – Regra dos terços.
Fonte: ilustração da autora.
Veja um exemplo de aplicação da regra dos terços:
Fig. 54- Jean-Paul Sartre.
Fonte: Cartier-Bresson (2011).
Na Fig. 54, a linha da direita passa exatamente no centro do 
rosto do filósofo, o enquadramento é assimétrico, mas equilibrado pela 
perspectiva da ponte, com a linha direita passando pelo poste de luz. 
Observe que embora o retratado não esteja no centro do quadro é o único 
perfeitamente em foco. Existe nesta composição um notável jogo de 
valores: de peso, de luz, de tom e forma.
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
150
Unidade 3 
Composição 
fotográfica 
(p) Fotografia colorida ou preto-e-branco?
A fotografia P&B parece mais artística que a colorida por motivos 
históricos e também por estar mais perto do controle da imagem, ou seja, 
ao suprimir da cor, a informação contida na foto é mais clara, e os elementos 
estéticos ficam mais evidentes como exposição, luz e tonalidades, por 
exemplo. Já a fotografia colorida é tida como comum, por estar associada 
às imagens cotidianas realizadas por amadores. No entanto, cada uma 
contém um caráter próprio e ambas podem ser altamente estéticas.
(q) Fotojornalismo
Fig. 55 - Desembarque na Normandia.
Fonte: Capra (2011).
A fotografia de caráter jornalístico pretende informar antes de 
tudo. Grandes nomes da fotografia se dedicaram ao fotojornalismo, como 
Henri Cartier-Bresson e Robert Capra, autor da foto acima. Capra estava 
presente no desembarque na Normandia, momento crucial da Segunda 
Grande Guerra. Na Fig. 55, a imagem borrada exemplifica bem o que é 
estar em uma situação de risco, comum neste tipo de trabalho. O fotógrafo 
acompanhou a tropa no desembarque e estava exposto aos mesmos riscos 
dos soldados, mas no lugar de armas ele carregava uma câmera. Como 
estavam sob fogo intenso, Capra fez várias fotos freneticamente e a 
qualidade da imagem não tinha como ser controlada, no entanto, elas 
diziam exatamente o que estava ocorrendo. Robert Capra morreu ao pisar 
em uma mina, enquanto documentava a Guerra da Indochina.
Pratique a regra 
dos terços. 
Escolha 3 objetos 
e posicione-os 
de maneiras 
diferentes e 
enquadre nas 
linhas e colunas 
da grade. Mesmo 
que sua câmera 
não ofereça este 
recurso, procure 
imaginar as linhas 
no quadro. Faça 
pelo menos 4 
fotos, modificando 
os objetos de lugar 
entre uma e outra.
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
151
Unidade 3 
Composição 
fotográfica 
(r) Padrões 
Fig. 56 – Crianças da Espanha.
Fonte: Cartier-Bresson (2011).
O uso de padrões ajuda a dar ritmo à imagem. Na fotografia de 
Henri Cartier-Bresson (Fig. 56), as janelas do prédio ao fundo valorizam 
as crianças do primeiro plano. Na imagem abaixo (Fig. 57), de André 
Kertéz, as árvores formam um padrão linear, basicamente o padrão é uma 
repetição de um tema em uma organização espacial elaborada.
Fig. 57 – Gelo e árvores
Fonte: Kertéz (2011).
(s) Fotografia de Arte
Na fotografia de Arte, o conceito é mais importante que a 
própria qualidade técnica, como se pode comprovar no trabalho de Cindy 
Sherman, uma artista plástica que fez da fotografia seu instrumento de 
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
152
Unidade 4 
Edição de fotos
trabalho. Cindy sempre trabalhou com o conceito do feminismo em suas 
imagens, ela mesma é sua modelo em todas as fotos que fez em uma 
carreira que vem desde os anos 60. Ao longo do tempo, suas mulheres 
questionaram valores impostos pela sociedade como comportamento e 
beleza. 
Fig. 58 – Posse de modelo Fig. 59 – Imagem em pintura.
Fonte: Sherman (2011).
(t) Enquadramento de rostos
Close- pode ser extreme (corta queixo 
e testa), também pode ser o do queixo 
à testa e até um pouco do pescoço.
Meio plano Americano-
Do alto da cabeça até o 
peito.
Plano Americano-
Do alto da cabeça até a 
cintura.
Fig. 60 – (1)Foto de modelo. Fig.61 –(2) Foto de modelo. Fig. 62–(3) Foto de modelo.
Fonte: solvesundsbo.info.
Aqui terminamos mais uma unidade, espero que seja o início de 
uma longa jornada de experimentações e belas fotografias!
Unidade 4 Edição de fotos 
Síntese: Agora você conhecerá a parte da pós-produção em fotografia. 
Isso se refere principalmente à edição, que vai da seleção das imagens 
até seus retoques e montagens.
As fotografias podem ser editadas tanto em um laboratório 
 Confira no 
ambiente 
virtual o Guia 
da Iluminação 
para a 
Fotografia. 
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
153
Unidade 4 
Edição de fotos
químico como em um computador, com um programa de edição adequado. 
Existem vários programas que trabalham com ferramentas de edição 
fotográfica, eles variam de preço e recursos técnicos imensamente, e 
o programa que você verá aqui é o top de linha Photoshop da Adobe. 
Veremos os recursos básicos, o suficiente para corrigir problemas comuns 
de fotografias, como iluminação, enquadramento e cor. Não mencionarei 
versões do software, pois estas serão sempre desatualizadas devido aos 
lançamentos constantes, mas conhecendo as ferramentas básicas você 
estará pronto para utilizar qualquer versão do programa.
Edição básica
Para começar, crie uma pasta para salvar as imagens dos 
exercícios. Depois, procure observar a área de trabalho do Photoshop:
Fig. 63 – Área de trabalho do photoshop.
Fonte: Imagem criada pela autora (2011).
Ajuste de exposição
Para ajustar a exposição de fotos utilizando um programa 
Photoshop, siga corretamente todas as indicações abaixo:
a) Abra a imagem estadual.jpg da nossa pasta de imagens do 
Ambiente Virtual, salve e abra no Photoshop;
b) Vá ao Menu Imagens/ajustes/exposição:
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
154
Unidade 4 
Edição de fotos
Fig. 64 – Menu imagem do photoshop.
Fonte: Imagem criada pela autora (2011).
O Menu Imagem possui os comandos que dizem respeito às 
propriedades da imagem como: modo, formato, tamanho, resolução. No 
submenu Ajustes estão os comandos para alterar os ajustes de tom, luz e 
cor;
c) É preciso treinar os olhos para encontrar o ajuste ideal, isso 
você adquire com o tempo. Sutilmente vá deslizando a chave da Exposição 
até encontrar um ponto em que os degraus da escada comecem a aparecer, 
mas interrompa antes que a imagem fique granulada. A fotografia está 
subexposta, para complicar, existem pontos extremos de branco e preto, 
o que dificulta.
Por isso, não se preocupe em deixar a escada totalmente clara.
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
155
Unidade 4 
Edição de fotos
Fig. 65 – Controle de exposição.
Fonte: Imagem criada pela autora (2011).
Mantenha ativa a opção Visualizar, os Conta-Gotas são para 
referência de tons, não vamos usá-los agora, nem o Deslocamento. Já a 
Correção de Gama você pode utilizar, caso a imagem comece a “estourar”. 
Faça uma transformação sutil, porque vamos continuar trabalhando nela, 
quando estiver pronto clique OK.
Ajuste de brilho e contraste
Vá para Imagem/Ajustes/Brilho/Contraste, deslize o controle 
do brilho com calma e observe a imagem mudar, ajuste o contraste da 
mesma forma. Quanto menor for o tamanho e a resolução da imagem, 
menos se pode ajustar, porque os pixels começam a surgir.
Fig. 66 – Ajuste de brilho e contraste.
Fonte: Imagem criada pela autora (2011).
Técnicas 
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Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
156
Unidade 4 
Edição de fotos
Acrescentar cor
Saiba que é possível acrescentar cor em fotografias P&B 
facilmente. Este recurso costuma ser utilizado para dar um aspecto de 
época para as fotos no conhecido tom sépia. 
a) Continue com a imagem que você trabalhou até agora, abra 
o Menu Imagem/Ajustes/Preto-e-Branco;
b) Selecione Colorir e ajuste Matiz e Saturação, OK.
Fig. 67 – Preto-e-branco.
Fonte: Imagem criada pela autora (2011).
Rotação e corte
Para conhecer a rotação e o corte de uma fotografia, observe 
o exemplo da Fig. 67. Embora a casa seja interessante, o enquadramento 
não foi favorável, a imagem além da linha do horizonte torta, cortou parte 
do telhado, deixando a composição desequilibrada.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 68 – Recorte: antes.
Fonte: Imagem criada pela autora (2011).
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Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
157
Unidade 4 
Edição de fotos
Fig. 69 – Recorte: depois.
Fonte: Imagem criada pela autora (2011).
Objetivo: corrigir a linha do horizonte e tornar a fotografia mais atraente
No processo, foi preciso renunciar à apresentação total dos 
elementos da casa, para realçar alguns detalhes da arquitetura, isolando 
o interesse. A adoção da estratégia ressaltou as formas das janelas, bem 
como o portão, as cores, sombras e brilhos do sol. No Ambiente Virtual 
você encontrará as imagens usadas nos exemplos. Para a realização deste 
exercício abra a imagem casa.jpg.
Como girar a foto 
Fig. 70– Girar.
Fonte: Imagem criada pela autora (2011).
Técnicas 
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Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografi a
158
Unidade 4 
Edição de fotos
a) Com a ferramenta de seleção acionada (clique sobre ela), vá 
ao Menu selecionar/tudo ou use os atalhos de tecla ctrl+a (a de all – tudo);
b) Use o comando ctrl+t (transformation) ou Menu editar/
transformação livre. Aparecerão alças em volta da imagem para serem 
arrastadas, transformando o tamanho e a posição do objeto selecionado. 
Posicione o cursor um pouco acima de uma das alças dos cantos da imagem 
até aparecer uma seta curva de duas pontas, clique e rode a imagem até a 
posição desejada, solte e clique duas vezes sobre a imagem para fi nalizar. 
No Menu visualizar, selecione réguas e linhas guia, para marcar 
a posição das linhas da fotografi a. No exemplo, eu usei uma linha guia 
para alinhar a casa pelas janelas. 
Para adquirir uma linha guia, basta posicionar o cursor 
(ferramenta de seleção) sobre a régua, pressionar o mouse e arrastar a 
linha até o local desejado. 
No processo, eu usei a linha do parapeito das janelas como 
referência. 
Aprenda como cortar uma foto
a) Com a linha do horizonte ajustada é hora de cortar a foto. 
Use a ferramenta corte (crop), clique e arraste o cursor fazendo uma 
moldura, depois puxe as alças até que a moldura fi que na forma a ser 
cortada, fi nalize com duplo clique.
Fig. 71 – Ajuste do corte.
Fonte: Imagem criada pela autora (2011).
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
159
Unidade 4 
Edição de fotos
Como fazer ajustes rápidos
Alguns recursos dos programas de edição podem resolver 
rapidamente pequenos ajustes. O Photoshop oferece vários deles. Vejamos 
alguns:
PROBLEMA: a fotografia poderia ser mais vibrante, o fundo, 
apesar de neutro tem uma série de ruídos.
SOLUÇÃO: você pode escurecer o fundo de maneira uniforme e 
tornar as flores mais vibrantes. 
 
Fig. 72 e 73 – Orquídeas.
Fonte: Imagem criada pela autora (2011).
a) Abra a imagem flores.jpg na pasta imagens do Ambiente 
Virtual. Salve-a em uma pasta que você deverá criar só para as imagens 
dos exercícios; 
b) Abra a imagem no Photoshop, vá ao Menu Imagem/aplicar 
imagem/mesclagem: multiplicar, OK.
Fig. 74– Aplicar imagem.
Fonte: Imagem criada pela autora (2011).
Você pode e deve experimentar as outras possibilidades de 
mesclagem do comando aplicar imagem. O que ele faz é combinar a 
fotografia que você abriu com algo que esteja na camada inferior, neste 
caso é o plano de fundo da sua fotografia.
Como trabalhar com camadas no Photoshop
Técnicas 
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Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
160
Unidade 4 
Edição de fotos
O Photoshop trabalha com camadas, é com elas que podemos 
editar partes da imagem e, ao mesmo tempo, preservar a imagem original. 
As camadas funcionam como folhas sobrepostas que podem ser recortadas, 
modificadas e misturadas como papéis transparentes.Como realizar mistura criativa por camadas
a) Abra a imagem amazonas.jpg na nossa pasta de imagens do 
Ambiente Virtual. Depois volte ao Menu Arquivo/inserir, abra itacoatiara.
jpg, em seguida dê um clique duplo para encaixá-la sobre a primeira. Você 
verá que as linhas em xis sobre a imagem desaparecem, isso quer dizer 
que ela está pronta para ser editada;
b) Vá ao Menu Janela/camadas ou clique em f7 para abrir a 
caixa de camadas. Veja que ao inserir outra imagem o Photoshop cria 
automaticamente uma segunda camada. Observe que em cada camada 
você encontra uma miniatura da imagem pertencente a ela, conforme 
imagem abaixo:
Fig. 75 – Camadas.
Fonte: Imagem criada pela autora (2011).
c) Abra a lista de misturas que se encontra sob a palavra 
camadas, clique na chavinha ao lado e escolha Luz Brilhante;
Técnicas 
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Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
161
Unidade 4 
Edição de fotos
Fig. 76 – Mesclagens.
Fonte: Imagem criada pela autora (2011).
d) Veja que as duas camadas foram unidas em um efeito 
transparente. Você pode e deve experimentar as outras possibilidades da 
lista para conhecê-las;
e) Você pode ajustar o Preenchimento para amenizar o 
resultado, bem como pode usar apenas as opções de Opacidade ou 
preenchimento isoladamente, dependendo da sua intenção de mistura. 
Técnicas 
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Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
162
Unidade 4 
Edição de fotos
Fig. 77- Controle de preenchimento da camada.
 Fonte: Imagem criada pela autora (2011).
Veja as duas imagens originais e como ficou a mistura final:
+
=
Fig.78 – Duas fotografias mescladas.
Fonte: Imagem criada pela autora (2011).
Como usar as ferramentas de seleção
As ferramentas são usadas para 
selecionar partes de uma imagem 
para edição, existentes na barra de 
ferramentas.
Para abrir a lista de máscaras, clique 
sobre com o botão esquerdo do 
mouse.
 
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
163
Unidade 4 
Edição de fotos
Exemplo: Ferramenta de seleção de tons (Varinha mágica):
a) Abra bicicleta.jpg e selecione a ferramenta varinha mágica. 
Ela funciona melhor sobre uma superfície uniforme ou chapada. Evite a 
ferramenta quando a variação tonal for demasiada. No exemplo, vamos 
modificar a cor da parede atrás da bicicleta;
b) Clique com a varinha sobre o local indicado. É preciso que 
toda a área da parede seja selecionada. Observe os seguintes aspectos: 
A área de seleção é indicada por uma linha tracejada:
Você pode ajustar a tolerância da seleção, quanto maior for 
o número, mais pixels. Por isso, vá com calma para encontrar o ponto 
certo, a seleção não pode extrapolar para além da área desejada, nem 
ficar aquém; 
Para continuar selecionando mais de uma 
área, acione a opção Adicionar à seleção, conforme 
imagem ao lado.
c) Agora vamos modificar a cor da área 
selecionada pela varinha. No Menu Imagem/Matiz/
Saturação, selecione a opção Colorir, ajuste os 
controles de Matiz, Saturação e Luminosidade até 
encontrar a cor desejada. No nosso exemplo, a 
parede laranja ficou azul.
ð
Fig. 79 – Imagens controles do photoshop, fotografia bicicletas.
Fonte: Imagem criada pela autora (2011).
Técnicas 
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Comunicação Visual 
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 À Fotografia
164
Unidade 4 
Edição de fotos
Para finalizar, desfaça a seleção com Ctrl+D, ou Menu Selecionar/
Cancelar Seleção.
Como realizar recorte e uso de camadas para edição 
Agora você verá como selecionar parte de uma 
imagem para ajustes variados. Desta vez, a 
seleção da área será feita com a 
Ferramenta Laço Poligonal. Inicie em qualquer 
ponto da imagem com um clique do mouse, 
solte e arraste a linha contornando a área a ser 
“recortada” e clique quando precisar mudar a 
direção do traço, use a ferramenta tal como se 
ela fosse uma tesoura e vá clicando a cada curva 
que fizer. Ao fim, quando a linha encontrar o 
ponto inicial, aparecerá um pequeno círculo 
sobre o cursor, isso quer dizer que a imagem 
encontrou seu fim, dê um clique duplo para 
finalizar, a imagem ficará dentro de uma área 
tracejada.
Fig. 80 – (1) -O cantor e compositor Lúcio Bahia.
Fonte: Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.
A idéia é selecionar uma parte da imagem para destaque com 
algum tipo de ajuste.
Ajustes de camada
Depois de terminar a seleção, olhe na caixa de camadas e clique 
no ícone Criar nova camada de preenchimento ou de ajuste. Essa ação 
abrirá uma lista de ajustes.
Técnicas 
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Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
165
Unidade 4 
Edição de fotos
No momento, vamos usar a opção 
Preto-e-branco, apenas a área 
selecionada vai ser modificada. 
Ajuste os controles de cor P&B.
Fig. 80-(2) – O cantor e compositor Lúcio Bahia.
Fonte: Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.
Como duplicar e aplicar efeito em camada
Crie uma nova camada para aplicar um efeito. 
Para isso, clique sobre a camada da imagem com o 
botão direito e sobre: Duplicar Camada. Também 
é possível inverter a seleção, e desta vez você irá 
aplicar um filtro de efeito na parte do fundo da 
imagem do tocador de violão.
a) Inverter a seleção: ainda com a seleção do 
músico, ou refaça para treinar o recorte, Menu 
Selecionar/Inverter (ou Shift+Ctrl+I);
Técnicas 
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Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
166
Unidade 4 
Edição de fotos
b) Agora é o fundo da foto que está selecionado:
Fig. 80- (3) – O cantor e compositor Lúcio Bahia.
 Fonte: Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.
Delete o fundo. Você só perceberá que o fundo foi deletado, 
se olhar na caixa de camadas. Para visualizar o recorte, desabilite a 
visibilidade da 1ª camada, clicando sobre o ícone de um olho ao lado da 
miniatura: 
Lembre-se de voltar a visualizar a camada depois, também tenha 
certeza de estar na camada correta. Veja como ficou o fundo recortado: 
Fig. 80 –(4) O cantor e compositor Lúcio Bahia.
Fonte: Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.
c) Agora é hora de aplicar o efeito. Vamos mudar o plano focal 
tornando o fundo embaçado. Volte para a 1ª camada, selecionando-a, é 
nela que o efeito será aplicado.
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
167
d) Vá ao Menu Filtro/Desfoque/Desfoque de lente. Você se 
lembrou de acionar o ícone de visualização da camada? 
Fig. 80 –(5)- O cantor e compositor Lúcio Bahia.
Fonte: Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.
Esta unidade serve como um breve guia de exercícios. Espero 
que a partir de agora você tenha um bom começo na edição de fotografias. 
Saiba que muito ainda há para ser visto. A partir de agora é só praticar e 
exercitar a criatividade com lindas fotografias.
Espero que você tenha se divertido!
Referências
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pt.wikipedia.org.br/wiki/Eugene-atget.> Acesso em fev. 2011.
BUSSELLE, M. Tudo sobre fotografia. São Paulo: Pioneira, 1990.
CÂMARA ESCURA TIPO CAIXÃO. Disponível em:<http://www.cotianet.com.
br/photo/hist/camesc.html> Acesso em: abr. 2011.
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Acesso em: fev. 2011.
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Acesso em: fev. 2011.
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Acesso em: fev. 2011.
CÂMERA FOTOGRÁFICA HASSELBLAD. Disponível em: <http://www.
fotomondo.com> Acesso em: fev. 2011.
CAPRA, R. Desembarque na Normandia. Disponível em: <html://www. 
magnun.com> Acesso em: fev 2011.
Na sala 
virtual, abra 
o documento 
intitulado 
Tutoriais on 
line Photoshop 
e veja outros 
exercícios para 
praticar.
Referências
Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
168
CARTIER-BRESSON, H. Chão molhado. Disponível em: <html://www. 
magnun.com> Acesso em: abr. 2011.
___________. Jean-Paul Sartre. Disponível em: <html://www.magnun.
com> Acesso em: fev. 2011.
___________. Crianças da Espanha. Disponível em: <html://www. 
magnun.com> Acesso em: fev. 2011.
DAGUERREOTIPO. Disponível em:<http://www.fotobank.com-daguerreotipo.html> Acesso em: abr. 2011.
FALIERI, C. Pinhole. Belo Horizonte, 1980. (Fotografia – Série Imagens 
Enlatadas).
FOTO DA FAMÍLIA REAL. Disponível em: <http://www.brasilfoto.net> 
Acesso em: fev. 2011.
FOTOGRAFIA DE HERCULES FLORENCE. Disponível em:<http://www. 
cotianet-fotografia-camaraescura.html> Acesso em: fev. 2011. 
FOTOGRÁFO COM SUA MÁQUINA FOTOGRÁFICA. Disponível em: <html://
www.vogue.uk> Acesso em: abr. 2011.
HEDGECOE, J. O novo manual de fotografia: guia completo para todos os 
formatos. São Paulo: Ed. Senac, 2005.
JANELA DA ABADIA. Disponível em: <html://www.cotianet-fotografia.
html> Acesso em: abr. 2011.
KERTÉZ, A. Gelo e árvores. Disponível em: <html://www.seculoprodigioso.
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LA CHAPELLE, D. Fotografia de David La Chapelle com câmera. Disponível 
em: <html://WWW.lachapelle.com> Acesso em: abr. 2011.
LANGE, D. Colhedor de algodão, 1940. Disponível em: <html://www. 
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LANGFORD, M.; SAWDON, R.; FOX, A. Fotografia Básica de Langford: guia 
completo para fotógrafos.8 ed. São Paulo: Bookman, 2008. 
LEITE, J. R. T. Arte no Brasil II. São Paulo: Ed. Abril, 1976.
MALTA, C. Fotografia do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.
brasilfoto.net> Acesso em: fev. 2011.
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normamparkinson.com> Acesso em: abr. 2011.
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www.master-of-photography.com/p/Penn/Penn.html> Acesso em: abr. 
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Técnicas 
de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
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WOLF, M. Transparent city. Disponível em: <html://www.photomichaelwolf.
com> Acesso em : fev. 2011.
Glossário
Abertura: Abertura da objetiva, cuja função é limitar a quantidade de luz 
que chega ao filme ou ao sensor de imagem. 
Exposição: Quantidade total de luz usada para criar a imagem.
Profundidade de campo: Medida de quanto uma fotografia está em foco, 
do ponto mais próximo da câmera até o ponto mais distante em que ambos 
estejam nítidos.
Zoom: Objetiva com ângulo de visão variável.
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de expressão e 
Comunicação Visual 
Introdução
 À Fotografia
170
Currículo da professora-autora
Kasmin Biscaro Alves Carnevali possui graduação em Educação Artística pela 
Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, mestrado em Comunicação 
em Linguagens pela Universidade Tuiuti do Paraná. Atua como professora 
no Departamento de Artes da Universidade Federal do Amazonas - UFAM. 
Como artista visual realizou exposições como: Bárbara - Fotografia Digital, 
na Galeria do Largo - AM; Livramento - Fotografia e ação comunitária, na 
Oca Gabriel Gentil – AM; Fila – Fotografia, no Espaço Cultural Muiraquitã 
– AM; Coleção outros interiores/polaróides fake – Fotografia e Pintura, na 
Galeria do Icbeu – AM. Ganhadora de várias premiações, dentre elas: Do 
artesanal ao digital, poéticas com novos aparatos tecnológicos pessoais, 
pela Rede Nacional de Artes Visuais/FUNARTE 2008 – MG; Projeto Diário de 
indefinições fotográficas, FUNARTE, Modalidade Fotografia/2009; Projeto 
visual: Cinema parado, Secretaria Estadual da Cultura do Amazonas - 
PROARTE 2010-11, categoria Artes Visuais.
Currículo
 da
professora autora

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