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CC-2_1-Macroeconomia-Aula 3-Un 3

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UNISEB
Centro Universitário
Macroeconomia
6/3/2013
Profa. Emiliane 
Januário
Módulo
UNISEB
Centro Universitário
Nível de preços e 
indicadores de 
inflação
Unidade 3
2.1
Inflação
Inflação é o aumento generalizado e 
contínuo no nível geral de preços de uma 
economia.
Resulta em perda de poder de compra da 
moeda.
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Exercício
A alta das taxas de inflação prejudica os
tomadores de empréstimos ou os credores?
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Variação do PIB e inflação
Ano 88 89 90 91 92 93 94
PIB% -0,1 3,2 -4,3 1,0 -0,5 4,9 5,9
Infl.% 980,2 1.304 1.620 472,7 1119 2.477 916,4
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Ano 95 96 97 98
PIB% 4,2 2,8 3,0 1,5
Infl.% 22,41 9,56 5,22 1,66
Fonte: IpeaData
Planos de estabilização
• O Plano Cruzado (1986), o Plano Bresser
(1987), o Plano Verão (1989) incluíam
congelamento de preços e salários. O 
governo já não tinha credibilidade. 
• O Plano Collor se diferencia pelo bloqueio
das aplicações financeiras, inclusive 
depósitos e poupanças.
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Inflação
• Deflação é a redução generalizada do 
nível de preços da economia.
• Hiperinflação é quando os preços
aumentam tanto que as pessoas não
procuram reter esse ativo, dada a rapidez
com que diminui seu poder de compra.
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Inflação
Consequências da inflação
• Provoca distorções na alocação de 
recursos da economia e perde-se a noção 
dos preços relativos. Não se sabe se as 
coisas estão caras ou baratas.
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Inflação
• Traz efeitos sobre a distribuição de renda, 
uma vez que nem todos os preços sobem
no mesmo ritmo, ao mesmo tempo.
• Pode afetar as finanças públicas, pois
corrói a arrecadação fiscal do governo.
• Aumenta os chamados custos de 
transação da economia.
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• Elevadas taxas de inflação, em níveis
superiores ao aumento dos preços
internacionais, encarecem o produto
nacional em relação ao produzido no 
exterior, o que desestimula a exportação.
• Influencia negativamente na formação das 
expectativas em relação ao futuro.
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Exercício
A deflação é boa ou ruim para uma
economia?
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Inflação
As medidas adotadas para combater a 
inflação geralmente contraem o 
crescimento econômico e aumentam o 
desemprego.
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Índice de preços ao consumidor 
(IPC)
• É uma medida do custo geral dos bens e 
serviços comprados por um consumidor.
• Calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística).
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Cálculo do IPC
• Etapa 1: determinação da cesta de bens 
considerando os mais consumidos.
Ex.: 4 litros de leite e 2 pacotes de 
biscoito
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Cálculo do IPC
Ano Preço do leite Preço do biscoito
2004 1 2
2005 2 3
2006 3 4
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Etapa 2: levantamento dos preços de cada 
um dos bens e serviços.
• Etapa 3: escolha do ano-base (2004) e 
cálculo do índice de preços ao 
consumidor a cada ano.
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Ano Preço Quantia Preço Quantia Total
2004 1 4 2 2 8
2005 2 4 3 2 14
2006 3 4 4 2 20
• Etapa 4: escolha do ano-base e cálculo 
do IPC.
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Ano IPC
2004 8/8 . 100 = 100
2005 14/8 . 100 = 175
2006 20/8 . 100 = 250
• Etapa 5: uso do índice de preços ao 
consumidor para cálculo da taxa de 
inflação em relação ao ano seguinte
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Ano Taxa de inflação
2005 (175 – 100) / 100.100 = 75%
2006 (250 – 175) / 175.100 = 43%
IGP= Índice Geral de Preços, calculado pela 
FGV. É um índice baseado na evolução de 
três outros índices:
IGP = 0,6 IPA + 0,3 IPC + 0,1 INCC
Pesquisado entre os dias 1 a 30 de cada 
mês. É usado em contratos de prazo mais 
longo, como aluguel.
Índices de preços no Brasil
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Índice Instituto Periodicidade Metodologia (base)
INPC
Índice Nacional de 
Preços ao 
Consumidor
IBGE Mensal
Famílias com renda 
mensal entre 1 e 8 
salários mínimos
IGP-DI
Índice Geral de 
Preços -
Disponibilidade 
Interna
FGV Mensal
Ponderação de 
índices, relativos ao 
atacado (60%), ao 
consumidor (30%) e 
à construção (10%)
IPCA
Índice Nacional de 
Preços ao 
Consumidor Amplo
IBGE Mensal
Famílias com renda 
mensal entre 1 e 40 
salários mínimos
IPC
Índice de Preços ao 
Consumidor
FIPE Mensal
Famílias com renda 
mensal entre 1 e 20 
salários mínimos
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Exercício
Existe um índice que calcule a “verdadeira” 
inflação em um país?
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Causas da inflação
• Teoria clássica
- Inflação está relacionada ao valor da 
moeda e não ao valor dos bens.
- O equilíbrio entre a oferta e a demanda
por moeda determina o valor da moeda e 
o nível de preços.
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Causas da inflação
• Teoria keynesiana
- A inflação é alta porque os governos
necessitam emitir moeda para financiar
seus gastos.
- Os gastos do governo são financiados de 
duas maneiras: via empréstimos ou via 
emissão de moeda.
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• Teoria estruturalista
- Teoria da inflação adequada às 
características dos países em 
desenvolvimento e explica as altas taxas 
de inflação experimentadas por esses 
países.
- Esses países continham setores com 
estruturas arcaicas, incapazes de reagir
aos acontecimentos do mercado
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- Os empresários respondiam a um 
aumento de demanda com aumento dos 
preços.
- Criação de cláusulas de indexação de 
contratos que realimentam continuamente
a indexação.
- Os preços começam a ser determinados
pela expectativa da inflação futura.
Tipos de inflação
• Inflação de demanda: causada quando a 
demanda pelos produtos é maior que a 
oferta desses produtos.
• O excesso de demanda pode ser causado
por uma grande expansão monetária.
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Como combater a inflação de 
demanda?
• Monetaristas: o governo deve restringir a 
quantidade de moeda em circulação.
• Fiscalistas: é preciso controlar os gastos
do governo, reduzir o consumo e o 
investimento via aumento da carga
tributária.
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• Os keynesianos acreditam que, mesmo 
gerando inflação, um aumento da 
quantidade de moeda na economia pode 
estimular as empresas a produzirem mais, 
o que aumentaria o PIB e o nível de 
emprego. Isso justificaria o Governo emitir 
moeda em épocas de recessão.
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• Inflação de custos: pode ser considerada 
uma inflação de oferta, é causada pelo 
aumento dos custos das empresas, 
repassados aos preços. 
• Existe grande dificuldade no combate à 
inflação de custos. Recomenda-se o 
controle direto de preços por meio de uma
política salarial rígida e fiscalização dos 
lucros de empresas monopolistas e 
oligopolistas.
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• Para conter a inflação de custo mantendo
alto nível de emprego, as autoridades
podem adotar medidas de estímulo à 
demanda (política monetária ou fiscal).
• A queda da demanda em virtude do 
aumento de preços acarretaria redução
de produção e emprego.
• No entanto, essas medidas podem causar
novos aumentos de preços (inflação de 
demanda).
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31
• Inflação inercial: causada pelos 
mecanismos de correção monetária 
(indexação) da economia, que fazem com 
que os agentes econômicos estejam 
sempre corrigindo seus preços com base 
na inflação passada, fazendo assim com 
que a inflação presente repita a inflação 
passada, e a inflação futura repita a 
presente. 
• O instrumento de combate a esse tipo de 
inflação consiste em congelamento de 
preços e posterior medida em termos
monetários ou fiscais.
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Exercício
A inflação de demanda é causada por altos 
níveis de consumo. O aumento do consumo
afeta de forma positiva o crescimento do 
PIB. Assim, não poderíamos dizer que a 
inflação alta pode impulsionar o 
crescimento econômico?
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Sistema de metas inflacionárias
O que é – Mecanismo pelo qual o Banco 
Central anuncia publicamente metas para a 
inflação que devem ser atingidas, 
principalmente, por meio de política de juros. 
Se a inflação ameaça ultrapassar a meta, os 
juros sobem para controlá-la.
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Sistema de metas inflacionárias
• Como funciona – As metas são públicas 
e o Banco Central deve prestar 
regularmente informações sobre as 
medidas tomadas para atingi-las. Em 
caso de descumprimento das metas, o 
Banco Central deve explicar os motivos.
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• Meta inflacionária para 2009: 4,5%
• Inflação oficial: 4,31%
• Meta inflacionária para 2010: 4,5%
• Inflação oficial: 5,91%
• Meta inflacionária para 2011: 4,5%
• Inflação oficial: 6,5%
• Meta inflacionária para 2012:4,5%
• Inflação oficial: 5,84%
• O IPCA é o indicador usado pelo governo
para estabelecer e avaliar as metas de 
inflação.
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Vantagens
• A credibilidade do sistema reduz as 
pressões por aumentos de preços e 
salários.
• Transparência.
• Evita que o governo manipule os juros
com objetivos que não sejam os da 
política econômica.
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Desvantagens
• Implica sacrifícios, como a possibilidade
de os juros subirem muito.
• Penaliza a política econômica com 
prejuízos para o crescimento e o 
emprego.
• Teme-se que o Banco Central não
consiga credibilidade para suas metas.
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