Buscar

Teste em Animais

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Teste em Animais
O ministro da ciência e tecnologia, Marco Antônio Raupp, defendeu o uso de animais em testes científicos e condenou o “resgate” dos cães da raça Beagle do Instituto Royal. Segundo Raupp não havia irregularidades ou maus tratos no local. Além disso, a retirada de cães do instituto afeta o teste anticâncer, “Testar somente em ratos prejudica a pesquisa é necessário outros animais.”, diz cientista. O ministro Marco Antônio Raupp ainda disse, “Existem legislações, licenciamento e fiscalização, o instituto Royal está perfeitamente dentro dos parâmetros legais”.
O Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), já havia vistoriado o instituto Royal, sem constatar problemas. Raupp também rejeitou o argumento de que outros países aboliram o teste em animais,”Esta afirmação é falsa”, disse o ministro.
Todos os testes envolvendo animais são previamente submetidos ao comitê de ética para o uso em experimentação animal, respeitando os preceitos éticos estabelecidos pelo CONCEA. O instituto Royal trabalha desde o planejamento experimental até a execução de estudos pré-clínicos destinados a diferentes tipos de setores (produtos farmacêuticos, químicos, veterinários, aditivos para ração, alimentos, entre outros.)
A comunidade cientifica deixa bem claro que os estudos e pesquisas feitas nas dependências do instituto são elaboradas por profissionais capacitados de renome internacional, e contam, inclusive com acompanhamento de representantes de entidades protetora dos animais.
O diretor cientifico do instituto Royal, João Antônio Peigas Henriques, disse em uma entrevista ao SBT, “Temos respeito e carinho por eles,(os animais), pelo bem que fazem para a segurança da saúde.”
Argumentos a favor do uso de animais nas pesquisas científicas: 
Os testes são imprescindíveis para se conhecer os efeitos fisiológicos de uma nova substância no organismo como um todo.
As alternativas ainda não substituem os testes reais em animais.
Os testes têm uma grande margem de acerto em predizer os efeitos de novas substâncias em organismos humanos, mesmo feitos em animais, que têm organismos diferentes.
Com animais de laboratório se produzem vacinas e soros fundamentais para a vida humana como o soro antiofídico (contra picada de cobras), que é feito ao se inocular pequenas e sucessivas doses de veneno de cobra em cavalos. Ou a vacina contra a difteria, botulismo e tétano.
O estudo da evolução do câncer tem de ser feito em animais. 
Argumentos contra o uso de animais nas pesquisas científicas
A medicina humana não pode ser baseada em medicina veterinária, já que os animais são diferentes histológica, anatômica, genética, imunológica e fisiologicamente.
Animais e humanos reagem diferentemente a substâncias. Por exemplo, algumas drogas são cancerígenas em homens mas não em animais e o arsênico pode ser aplicado em enormes doses em cabritos e não causariam nenhum mal a estes, no entanto, no homem apenas uma gota o levaria à morte.
Doenças que ocorrem naturalmente e doenças artificialmente induzidas diferem com freqüência e substancialmente.
Noventa por cento dos canceres no ser humano são devidos a medicamentos, pesticidas, aditivos alimentares, todos "testados com êxito" em animais.
As práticas experimentais como LD50, draize eye, de toxidades alcoólica e tabaco, experimentos armamentistas/militares, na área de psicologia, pesquisas dentárias, testes de colisão, dissecação, práticas médico-cirúrgicas e outros experimentos diversos podem ser prontamente abolidos, por métodos realmente seguros já são conhecidos, tais como simulador por computador, manipulação e estudos de modelos anatômicos, cultura-celular e tissular, autópsias e estudos post mortem, técnicas não invasivas, técnicas de cromatografia e espectografia de massas, realidade virtual e inúmeras outras. 
Desafios
Apesar de a comunidade científica internacional ter  avançado nos estudos e pesquisas, as análises dos fármacos, ainda, depende de testes com animais. Por exemplo,não é possível fazer testes de sensibilidade, de potência de vacinas, de compatibilidade biológica de próteses (como as mamárias) e produtos terapêuticos sem o uso de animais. O grande desafio, ainda, é desenvolver métodos alternativos capazes de reduzir ou subsistir os animais nos experimentos científicos para todas as análises necessárias. O membro do CONCEA, José Mauro Granjeiro diz. “Hoje não é possível substituir ou reduzir o uso animal para tudo que se precisa para avaliar a segurança e eficácia de produtos de interesse biomédico”.
Segundo ele, todos os materiais que entram em contato com o corpo humano, seja na parte externa ou interna, exigem testes “in vivo” para se concluir sobre sua segurança e eficácia. Isso porque uma célula individual não responde como organismo, por ficar isolada na placa de cultivo, na qual não é possível obter todas as respostas desejadas quando se compara com o teste realizado com animal. “Isso significa que precisamos desenvolver ainda uma ciência de ponta, avançada, para melhorar os métodos alternativos”, diz Granjeiro. “Isto é, a substituição completa dos ensaios in vivo (animais) pelos ensaios in vitro ainda depende de muito estudo.”
E sobre o instituto Royal, O membro do Concea vê como “negativa” a invasão de ativistas ao Instituto Royal, pois se trata de crime. “Não é por esse caminho, nem por meio da violência, nem pela destruição do trabalho realizado que será resolvido  o desafio de promover a substituição do uso de animais nas pesquisas”, diz. “A retirada dos animais que estavam em experimentação destruiu os estudos em andamento”.
Segundo Granjeiro, os pesquisadores do Brasil trabalham com muita atenção e ética no âmbito do uso de animais. “Lógico que sempre há espaço para melhoria, e o Concea e a própria comunidade científica vêm promovendo avanço por meio da regulamentação da Lei Arouca”, assegura. Diante disso, ele reforça: “Parar a pesquisa com animais não é a solução”. Para ele, o “único caminho possível” é o da ciência, com ética no uso dos animais, e com pesquisa de qualidade que, efetivamente,  transforme o trabalho realizado em resultado confiável. “A ciência é fundamental para que possamos inovar nos métodos alternativos”, diz.
Testes em Animais que beneficiaram o mundo
Primeiro pesquisador a desenvolver uma vacina antirrábica, Louis Pasteur (1827-1895) contribuiu enormemente na validação de métodos científicos com testes em animais; Carlos Chagas (1878-1934) fez experiências com saguis e insetos em seus estudos sobre a malária e na descoberta da doença de Chagas; a vacina contra a poliomielite só foi possível graças a pesquisas que Albert Sabin (1906-1993) fez em dezenas de macacos. Em comum, esses três cientistas têm, além do renome internacional, o fato de terem entrado para a história pela grande contribuição ao avanço da ciência para o benefício da humanidade.
Legislação
Decreto 6.899 de 15 de julho de 2009
Dispõe sobre a composição do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal - CONCEA, estabelece as normas para o seu funcionamento e de sua Secretaria-Executiva, cria o Cadastro das Instituições de Uso Científico de Animais - CIUCA, mediante a regulamentação do artigo 25 da Lei nº 11.794, de 08.10.2008.
Lei 11.794, de 08 de outubro de 2008
Regulamenta o inciso VII do § 1º do art. 225 da Constituição Federal, estabelecendo procedimentos para o uso científico de animais; revoga a Lei nº 6.638, de 8 de maio de 1979; e dá outras providências.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando