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Apostila do professor Alessandro_.pdf

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Prof. Ms. Alessandro Araújo Mendes
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
- DIREITO CONSTITUCIONAL: Ramo do direito público que regula a
organização geral do Estado e os direitos e deveres das instituições
e dos cidadãos.
- CONSTITUIÇÃO FEDERAL: É “a lei fundamental e suprema de um
Estado, que contém normas referentes à estruturação do Estado, à
formação dos poderes públicos, forma de governo e aquisição do
poder de governar, distribuição de competências, direitos, garantias
e deveres dos cidadãos.”1
- PODER CONSTITUINTE: É a manifestação da soberania, da
vontade política e social de um povo organizado, a qual se expressa
por meio de sua lei máxima, a constituição.
1 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional.29ªed. São Paulo: Atlas, 2013.
- Classificação: Quanto ao:
- ORIGEM: Promulgada/Programática/Democrática ou outorgada;
- ESTABILIDADE: Imutável; rígida; flexível ou semi-flexível;
- EXTENSÃO ou FINALIDADE: Sintéticas ou analíticas.
- CONTEÚDO: Material ou formal;
- FORMA: Escrita ou não-escrita;
-MODO DE ELABORAÇÃO: Dogmática ou histórica;
- Quanto à classificação, como se configura a CONSTITUIÇÃO
FEDERAL DO BRASIL DE 1988? Resp.: É promulgada, rígida,
analítica, formal, escrita, dogmática. (PRAFED).
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
Artigo 1º, CF:
“A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em
Estado Democrático de Direito e tem como
-a soberania;
- a cidadania;
- a dignidade da pessoa humana;
- os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
- e o pluralismo político.
República – Forma de governo que se caracteriza pela eleição 
periódica do Chefe de Estado. 
Federação – É a existência de vários Estados que, uma vez unidos, 
formam uma soberania por meio do Estado Federal que os 
representa.
Soberania – Supremacia do Estado brasileiro na ordem de política 
externa e interna.
Cidadania – É a titularidade dos direitos políticos e civis de cada 
cidadão, os quais devem ser garantidos e preservados.
- ENTES FEDERATIVOS: União, Estados, Municípios, Distrito Federal.
União – Exerce as atribuições de soberania; não é um Estado 
membro, mas os representa nas políticas internacionais. Possui 
autonomia administrativa e financeira.
Estados Membros – Possuem autonomia administrativa e 
financeira, mas não possuem soberania. Estão ligados à União.
Municípios – São entes federativos que compõem os estados, 
possuindo certa autonomia administrativa e financeira, estando 
vinculados aos estados que estão localizados.
Distrito Federal – Local onde está a sede do governo federal; não
pode ser dividido em municípios; possui autonomia administrativa
e financeira; regida por lei orgânica; (Art. 1º, 18, 32, ss, CF).
Obs: A União será responsável pelo Poder Judiciário, MP, Defensoria
Pública, polícia civil, polícia militar e o corpo de bombeiros militar
do DF; além de outros serviços públicos serão financiados pela
União por meio de um fundo próprio. (art. 21, XIV da CF).
Obs: Territórios – Não são entes federativos; mas uma
descentralização administrativa-territorial da União. Não possuem
autonomia política. Com a CF/1988, não possuem regulamentação.
OBJETIVOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL:
Art. 3º Constituem fundamentais da República
Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES DA UNIÃO
Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
- PODER LEGISLATIVO: (Art. 44, ss):
Tem a função típica de elaborar leis. Na esfera federal é exercido pelo
Congresso Federal (Câmara dos Deputados e do Senado). Nos estados
(Assembléias Legislativa) e municípios (Câmaras Municipais).
Art. 59 - O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas; GRAU DE HIERARQUIA (NESTA ORDEM).
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
- CÂMARA DE DEPUTADOS:
- Atualmente possui 513 deputados federais (varia em cada eleição);
- Eleitos proporcionalmente pelo número populacional do Estado-membro;
- Mandato de 4 anos;
- Não pode haver menos de 8 e nem mais que 70 Deputados Federais
representado os Estados-membros.
- SENADO FEDERAL:
- 81 membros (3 por Estado-membro e DF) – (não varia em cada eleição);
- Eleitos pelo sistema majoritário (maioria dos votos);
- Mandato de 8 anos (sendo que 1/3 e 2/3 se renovam a cada 4 anos);
- As duas casas do Congresso Nacional são representadas pela “Mesa” da Câmara
de Deputados e pela “Mesa” do Senado Federal, cada uma tendo seu presidente.
- O Congresso Nacional também é representado por uma “Mesa” , a qual é
presidida pelo Presidente do Senado Federal.
* Obs: Ambas possuem funções atípicas: fiscalização, investigação, controle, etc.
Ex: CPI’s.
- PODER EXECUTIVO:
Tem a função típica de “executar”, ou seja, administrar de acordo
com o que dizem as leis. O Poder Executivo da União é exercido pelo
Presidente da República; dos Estados pelos Governadores e dos Municípios
pelos Prefeitos. Excepcionalmente, elaboraram leis (legislar), sendo uma
função atípica.
- É exercido pelo Presidente da República e auxiliado pelos Ministros de
Estado(Ministérios);
- Mandado de 4 anos, juntamente com o vice-presidente;
- Pode se reeleger uma vez (EC nº 16/97);
- Em caso de impedimento do Presidente da República, ou vacância do
respectivo cargo, serão chamados sucessivamente para exercer o cargo:
- Vice-Presidente;
- Presidente da Câmara dos Deputados;
- Presidente do Senado Federal;
- Presidente do Supremo Tribunal Federal.
- Obs: Funções atípicas do Poder Executivo Federal: legislar (Decretos
regulamentares, Medidas Provisórias, Leis Delegadas, regulamentos,
portarias); julgar (comissões de disciplina, sindicâncias, etc.).
-PODER JUDICIÁRIO:
Tem a função de decidir litígios, aplicando as leis aos casos que lhes
chegam. Tem a função de jurisdizer (dizer o direito), por meio da tutela
jurisdicional (representa o Estado).
Obs: Os Estados possuem os três poderes; os municípios só possuem os
poderes Executivo e Legislativo (não possuem judiciário).
Obs: O Distrito Federal possui Executivo e Legislativo (Câmara Legislativa); o
Judiciário é gerido pela União.
- DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (Título II) / DIREITOS E DEVERES 
INDIVIDUAIS E COLETIVOS (Cap. I - Art. 5º da CF/88):
- Fazer uma leitura analítica do artigo 5º da CF/88.
 Princípio da Igualdade (Art. 5º, caput c/c inciso I, CF/88);
Ex: Inclusão escolar; exercício de profissões; etc.
 Princípio da Legalidade (Art. 5º, II, CF/88);
Ex: Fazer (Declaração do IR; pagar impostos: IPTU, IVA, etc.); Não fazer
(leis penais: não matar, não roubar, etc.);
 Princípio da Dignidade da Pessoa Humana (Art. 5º III, c/c Art. 1º, III,
CF/88); Ex: Tratamento digno ao ser humano; não agredir fisicamente,
psicologicamente e moralmente; ver situações das prisões, tortura, etc).
 Princípio da Liberdade de expressão (Art. 5º, IV e IX, CF/88); Ex: Artigos
em jornais, internete; peças teatrais, produções científicas e literárias –
devem identificar quem os produziu).
 Princípio da Liberdade de ofício ou trabalho (Art. 5º, XIII, CF/88). Ex:
qualquer pessoa pode realizar qualquer atividade remunerada, exercer
qualquer trabalho, desde que preencha os requisitos legais para tal
atividade).
 Princípio da liberdade de ir e vir (Art. 5º, caput c/c incisoXV, CF/88); Ex:
qualquer pessoa pode mudar-se, com ou seus bens, para qualquer parte do
território brasileiro sem prévia autorização das autoridades).
 Princípio do Direito à Propriedade (Art. 5º, caput c/c inciso XXII, CF/88).
Ex: Qualquer pessoa poderá adquirir bens móveis, imóveis e semoventes.
 Princípio da Proteção aos Direitos Autorais (Art. 5º, XXVII, CF/88); Ex: A
elaboração de um livro de literatura. (Lei de Direito Autorais - Lei nº 9.610/98
– 70 anos de proteção).
 Princípio da Proteção do Consumidor (Art. 5º, XXXII, CF/88); Ex:
Comprar e vender; prestações de serviços: água, energia, planos de saúde,
telefonia, etc.
 Princípio da Anterioridade da Lei Penal (Art. 5º, XXXIX, CF/88); Ex: Uma
pessoa só poderá ser condenada por algum ato se estiver expressamente
prevista na lei, bem como a pena a ser aplicada. Ex1: Art. 121, CP - Homicídio
simples: Matar alguém: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos. Ex2:
Furar fila (de banco, de supermercado, etc.) não é crime.
 Princípio da Irretroatividade da Lei Penal (Art. 5º, XL, CF/88); Ex: Porte e
posse de armas – antes de 22/12/2003 não era crime; com o advento da Lei
10.826/03, esta prática ficou proibida.
 Princípio do Devido Processo Legal (Art. 5º, LIV, CF/88); Ex: A toda
pessoa acusada de algo, o Estado deverá instaurar uma sequência de
procedimentos e atos para se chegar a uma decisão – chamada de Processo
(Processo Civil, Penal, Militar, Trabalhista, etc.).
 Princípio do Contraditório e Ampla Defesa (art. 5º, LV, CF/88); Ex: O
indivíduo que estiver sendo processado tem o direito de ter acesso aos autos
do processo para poder conhecer do que está sendo acusado e poder se
defender amplamente por meio de provas permitidas na justiça brasileira –
tanto administrativamente quanto judicialmente.
 Princípio da Assistência Judicial Gratuita (Art. 5º, LXXIV, CF/88); Ex:
Pessoa que não tem condições de pagar as custas processuais – Defensoria
Pública.
 Princípio da Gratuidade de Certidões aos Pobres (Art. 5º, LXXVI,
CF/88); Ex: Emissão de Certidões de Nascimento e de óbito aos que se
declararem pobre na forma da lei.
DIREITOS SOCIAIS (Art. 6º ao 11º, CF)
- Art. 6º: São direitos sociais:
-Educação; - Saúde; - Alimentação;
- Trabalho; - Moradia; - Lazer;
- Segurança; - Previdência Social; - Proteção à maternidade;
- Proteção à infância; - Assistência aos desamparados.
- Art. 7º: São direitos do trabalhador:
- Proteção contra despedidas injustas;
- Seguro-desemprego;
- FGTS;
- Salário Mínimo;
- Piso salarial;
- Irredutibilidade de salários 
(exceções);
- 13º Salário;
- Proibida a retenção do salário;
- Salário –família;
- Jornada de 8 horas;
- Jornada de 6 horas em trabalhos de
revezamento;
- Repouso semanal remunerado
(preferência aos domingos);
- Férias anuais;
- Hora extra;
- Licença a gestante e paternidade;
- Aviso Prévio (30 dias);
- Aposentadoria;
- Creches (filhos até 5 anos);
- Art. 8º:
- Não precisa de autorização para se fundar sindicatos;
- Proibida a criação de mais de um sindicato profissional no mesmo
município;
- É pago uma taxa anual de contribuição da categoria profissional,
independentemente de estar filiado;
- Ninguém é obrigado a filiar-se ou manter-se filiado a sindicatos;
- O aposentado pode votar e ser votado;
- O sindicalizado eleito não poderá ser demitido caso queira concorrer, a
partir do registro da sua candidatura. Se eleito, não poderá ser demitido pelo
prazo de um ano após o término do mandato, salvo por justa causa por falta
grave.
- Art. 9º: Direito a greve;
- Art. 11: Os empregados têm direito de eleger um representante nas
empresas com mais de 200 empregados.
- IV, Art. 7º: SALÁRIO MÍNIMO.
- Fixado em lei;
- Nacionalmente unificado;
- Deve ser reajustado periodicamente;
- Vedada a sua vinculação para qualquer fim; (Ex: como índice de correção
monetária, condenações judiciais, contratos, etc.)
- Atender às necessidade vitais básicas e da família:
- moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte
e previdência social.
- Decisão do STF:
“SALÁRIO MÍNIMO - VINCULAÇÃO PROIBIDA - PREVIDÊNCIA -
CONTRIBUIÇÃO. A razão de ser da parte final do inciso IV do artigo 7º da
Carta Federal - "...vedada a vinculação para qualquer fim;" - é evitar que
interesses estranhos aos versados na norma constitucional venham a ter
influência na fixação do valor mínimo a ser observado”. (RE 197072 / SC -
SANTA CATARINA. Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, publ. 08/06/2001).
- SALÁRIO FAMÍLIA:
O salário-família é um valor pago ao empregado e ao
trabalhador avulso, de acordo com o número de filhos ou
equiparados que possua. Filhos maiores de quatorze anos não tem
direito, exceto no caso dos inválidos (para quem não há limite de
idade).
Para ter direito, o cidadão precisa enquadrar-se no limite
máximo de renda estipulado pelo governo federal. Quem possui
remuneração mensal de até R$ 725,02 recebe R$ 37,18 por
dependente. Já quem possui remuneração mensal entre R$ 725,03
e R$ 1.089,72 recebe R$ 26,20 por dependente. (Ministério da
Previdência Social).
LEI 8.662/93
– LEI QUE REGUAMENTA A PROFISSÃO DE ASSISTENTE SOCIAL.
- Art. 2º - Só pode exercer que tiver diploma em curso de graduação em
Serviço Social, oficialmente reconhecido;
- Inciso III – “Agentes Sociais” ou qualquer denominação que tenha nos
órgãos públicos – só poderão ser exercidas por Assistentes Sociais.
- Parágrafo Único – Deverá requerer registro no Conselho Regional onde
pretende exercer a profissão.
- Art. 4º - Competências do Assistente Social:
- Avaliar, elaborar, implementar, coordenar, executar, encaminhar, orientar,
planejar, assessorar, etc;
- Políticas públicas sociais, programas e projetos;
- Indivíduos, grupos e à população em geral;
- Benefícios e Serviços Sociais; entre outros.
Art. 5º - Atribuições privativas dos Assistentes Sociais:
- Toda atividade relacionada à área de Serviço Social;
- Coordenar Unidades de Serviço Social;
- Consultorias e assessorias à Administração Pública;
- Vistorias, perícias, laudos;
- Treinamento, avaliação e supervisão de estagiários em Serviço Social;
- Coordenar cursos de graduação e pós-graduação de Serviço Social;
- Fiscalizar a profissão por meio do Conselho Regional e Federal; Etc.
- Art. 5º-A – Duração do trabalho: 30 horas semanais;
- Art. 7º - Siglas - Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos
Regionais de Serviço Social (CRESS) – representam a classe juridicamente;
- Art. 8º - CFESS – Órgão superior da categoria:
- Aprova o Código de Ética Profissional, os Regimentos Internos dos CRESS;
- Organiza, orienta e fiscaliza os CRESS;
- Órgão máximo recursal (para deliberação – Art. 9º);
Art. 10 – Competências dos CRESS:
-É órgão executivo e de primeira instância;
- Organizar, manter, zelar, fiscalizar as atividades de Assistente Social nas
respectivas regiões;
- Expedir a Carteira Profissional de Assistente Social;
- Aplicar as sanções do Código de Ética;
- Elaborar o Regimento Interno;
- Art. 11 – O CFESS terá sede no Distrito Federal;
- Art. 12. Em cada capital de Estado, de Território e no Distrito Federal, haverá
um Conselho Regional de Serviço Social (CRESS);
- Art. 13 – Uma vez inscrito no CRESS o profissional se sujeitará ao
pagamento de uma anuidade compulsória;
- Art. 14. Parágrafo único. Somente os estudantes de Serviço Social, sob
supervisão direta de Assistente Social em pleno gozo de seus direitos
profissionais, poderão realizar estágio de Serviço Social.
- Art. 16. Os CRESS aplicarão as seguintes penalidades aos infratores dos
dispositivos desta Lei:
I - multa no valor de uma a cinco vezes a anuidade vigente;
II - suspensão de um a dois anos de exercício da profissão ao Assistente Social
que, no âmbitode sua atuação, deixar de cumprir disposições do Código de Ética,
tendo em vista a gravidade da falta;
III - cancelamento definitivo do registro, nos casos de extrema gravidade ou de
reincidência contumaz.
- Art. 17 – A Carteira Profissional de Assistente Social provará o exercício da
profissão e servirá de documento de identidade em todo o território nacional.
- Art. 19 – Fomento / Manutenção do CFESS:
I - por contribuições, taxas e emolumentos arrecadados pelos CRESS;
II - por doações e legados;
III - por outras rendas.
-
Art. 20 – CFESS e os CRESS contarão cada um com nove membros efetivos:
- Presidente;
- Vice-Presidente;
- Dois Secretários;
- Dois Tesoureiros;
- Três membros do Conselho Fiscal
Também contará com nove suplentes, eleitos dentre os Assistentes
Sociais, por via direta, para um mandato de três anos, de acordo com as normas
estabelecidas em Código Eleitoral aprovado pelo fórum instituído pelo art. 9º
desta lei.
Parágrafo único - As delegacias seccionais contarão com três membros
efetivos: um Delegado, um Secretário e um Tesoureiro, e três suplentes, eleitos
dentre os Assistentes Sociais da área de sua jurisdição, nas condições previstas
neste artigo.
LEI nº 12.317/2010
- Lei especial que trata somente da duração do trabalho do Assistente Social;
- Possui apenas três artigos;
- Foi esta lei que acrescentou o “art. 5º-A” à lei 8.662/93;
- Fixando a duração do trabalho do(a) Assistente Social em 30 horas
semanais.
- Também previu a adequação das jornadas de trabalho nos contratos que
estavam em vigor para que passassem a ter apenas 30 horas semanais, não
podendo, para tanto, reduzir o salário.
CÓDIGO DE ÉTICA DO ASSISTENTE SOCIAL
- Resolução CFSS nº 273/93; (36 artigos).
- Antes havia o Código de Ética de 1986;
- I. Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas
políticas a ela inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos
indivíduos sociais;
- II. Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do
autoritarismo;
- III. Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de
toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das
classes trabalhadoras;
- IV. Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da
participação política e da riqueza socialmente produzida;
- V. Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure
universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e
políticas sociais, bem como sua gestão democrática;
- VI. Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito,
incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente
discriminados e à discussão das diferenças;
- VII. Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais
democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o
constante aprimoramento intelectual;
- VIII. Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção
de uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, etnia e
gênero;
- IX. Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que
partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos/as
trabalhadores/as;
- X. Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com
o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional;
- XI. Exercício do Serviço Social sem ser discriminado/a, nem discriminar, por
questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade,
orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição física.
- Direitos e responsabilidades do (a) Assistente Social (art. 2º ao 4º):
 Defesa das prerrogativas profissionais;
 Liberdade no exercício da profissão;
 Inviolabilidade do local de trabalho, arquivos e documentos – Sigilo
Profissional;
 Aprimoramento profissional;
Dever de desempenhar suas atividades com eficiência e
responsabilidade;
 Dever de participar de programas de socorro à população em
situação de calamidade pública; entre outros.
- Relações Profissionais (art. 5º ao 6º):
 Garantir a plena informação sobre as possibilidades e
consequências das situações apresentadas;
 Esclarecer ao usuário, ao iniciar os trabalhos, sobre os objetivos e
amplitudes da sua atuação profissional;
 É vedado usar da sua autoridade para cercear o direito do usuário;
 É vedado se aproveitar das situações dos usuários para obter
vantagens;
- Relações com as instituições empregadoras (art. 7º ao 9º):
 Direito de ter condições dignas de trabalho;
 Ter livre acesso à população usuária; a informações
 Dever de denunciar falhas nos regulamentos, normas e programas;
 Defender os interesse legítimos que interessam à população usuária;
 Ter transparência quanto às verbas sob sua responsabilidade; etc.
- Relação com Assistentes Sociais e outros(as) Profissionais (art. 10 e 11):
 Ser solidário com outros profissionais;
 Repassar aos seus substitutos informações para a continuidade do
trabalho;
 Incentivar a prática profissional interdisciplinar;
 Vedado intervir no trabalho de outro profissional, exceto se for
solicitado;
 Vedado se prevalecer de cargos de chefia para abusar da autoridade;
 Prejudicar deliberadamente o trabalho de outros profissionais
- Relações com entidades da categoria e demais organizações da sociedade
civil (art. 12 ao 14):
 Direito de participar de entidades científicas;
 Direito de apoiar ou participar de movimentos sociais e organizações
populares;
 Dever de denunciar às respectivas autoridades de classe violações dos
Direitos Humanos e de qualquer lei;
 Dever de respeitar a autonomia dos movimentos populares.
-Do Sigilo Profissional (art. 15 ao 18):
 Direito do AS de manter o sigilo profissional;
 Logo, é vedado revelar sigilo profissional;
 Exceto se prejudicar direitos do próprio ou de terceiros.
-Das relações do(a) AS com Justiça (art. 19 e 20):
- Apresentar laudos ou dar depoimentos da sua atividade, desde que não
extrapole os direitos e garantias inerentes à profissão;
- Proibido testemunhar sobre situação sigilosa, mesmo quando autorizado pelo
usuário.
- Da observância, penalidades, aplicação e cumprimento do Código de Ética
dos Assistentes Sociais (art. 21 e 22):
- Informar ao CRESS o exercício irregular da profissão;
- Art. 22 – Infrações disciplinares:
- Exercer a profissão quando foi impedido;
- Não cumprir prazos;
- Não pagar anuidades do CRESS;
- Participar de instituições que prestem assistência social que não estejam
inscritas no CRESS.
- Das Penalidades (art. 23 ao 36):
-Art. 24 As penalidades aplicáveis são as seguintes:
a) multa; b) advertência reservada; c) advertência pública; d) suspensão do
exercício profissional; e) cassação do registro profissional.
Parágrafo único Serão eliminados/as dos quadros dos CRESS aqueles/as que
fizerem falsa prova dos requisitos exigidos nos Conselhos.
DIREITO CIVIL
- CASAMENTO: (Art. 1511 a 1590, Código Civil)
É um ato jurídico e solene, entre duas pessoas de sexos
distintos, capazes e habilitadas, com o fim de estabelecer
comunhão plena de vida e o regime de bens.
- Conceito tradicional:
“É um contrato solene, pelo qual duas pessoas de sexos
diferentes e capazes conforme a lei, se unem com o intuito de
conviver toda a existência, legalizando por ele, a título de
indissolubilidade de vínculo, as suas relações sexuais,
estabelecendo para seus bens, à sua escolha ou por imposição
legal, e comprometendo-se a criar e educar a prole que de ambos
nascer.” (PONTES DE MIRANDA, 2001).
- Outros conceitos:
“O casamento é o ato solene pelo qual se unem,
estabelecendo íntima comunhão de vida material e espiritual e
comprometendo-se a criar e educar a prole que de ambos nascer, sob
determinado regime de bens”.(JOSÉ LOPES DE OLIVEIRA, 1980).
“O casamento é a sociedade solenemente contratada por um
homem e uma mulher para colocar sob a sanção da lei a sua união
sexual e a prole dela resultante”. (SÁ PEREIRA apud QUEIROGA, 2001).
- O casamento civil é um CONTRATO; por isso, os nubentes devem
escolher um regime de bens.
- TIPOS DE REGIME DE BENS:
 Comunhão Parcial de bens;
 Comunhão Universal de bens;
 Separação de bens (convencional ou );
 Participação Final nos Aquestos;
- Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no 
casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas 
suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos;
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento 
judicial (Ex: menores de 18 anos).
- Casos de suspensão do casamento: Art. 1.523.
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar,
exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes
legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Art. 1.553. O menor que não atingiu a idade núbil poderá, depois de
completá-la, confirmar seu casamento, com a autorização de seus
representantes legais, se necessária, ou com suprimento judicial.
Art. 1639, §2º. – É possível mudar o regime de bens.
Obs:
Regime de Separação de bens (legal ou convencional) – pode dispor
livremente dos seus bens – não precisa da outorga do outro cônjuge para
alienar seus bens.
Regimes de Participação nos Aquestos – Precisa da outorga do outro
cônjuge para alienar bens imóveis.
- Pacto Antenupcial – Art. 1653 – Contrato feito em cartório, antes
do casamento, onde os noivos escolhem o regime de bens (desde
que não seja o de comunhão parcial de bens = legal). Só terá
eficácia se ocorrer o casamento – logo, é condicionada.
- HABILITAÇÃO DO CASAMENTO: (Art. 1525 a 1532)
- Como proceder?
1º) Dirigir-se ao cartório com os documentos (Art. 1525);
2º) Preencher formulário (Memorial de Casamento);
3º) Noivos e duas testemunhas assinam o Memorial de Casamento;
Obs: as testemunhas no dia do casamento não precisam ser as
mesmas.
4º) PROCLAMAS – Estando a documentação em ordem, o Oficial do
Cartório de Registro Civil extrairá edital e o fixará durante 15 dias na
circunscrição dos nubente e publicará na imprensa local.
5º) Ao final desse período expede-se a HABILITAÇÃO. Só depois de
habilitados os noivos poderão marcar data de casamento, o qual
deverá se realizar em 90 dias.
ADOÇÃO, TUTELA e CURATELA:
• ADOÇÃO - (Art. 1618, CC c/c Art. 39, ECA)
- Só é aplicada de maneira excepcional;
- É irrevogável;
- É vedada a adoção por procuração.
Conceito: “é o ato jurídico solene pelo qual alguém recebe em sua
família, na qualidade de filho, pessoa a ela estranha.” (GONÇALVES,
2015).1
- Quem pode ser adotando? Pessoa com até 18 anos de idade, exceto
se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes. (Art. 40, ECA).
1 – GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro. Vol. 1. Saraiva, São Paulo, 2015.
Quem pode adotar? Exige-se as seguintes condições: (Art. 42, ECA).
1- Ter no mínimo 18 anos de idade; independente do estado civil.
2- Ter a diferença mínima de 16 anos entre as idades do adotante e
adotado;
3- Não ser ascendente ou irmãos do adotando;
Outras condições para a adoção:
- Só será deferida se houver reais vantagens ao adotando (art. 43, ECA);
- Não pode o tutor ou curador adotar enquanto não prestar contas da
administração dos bens do pupilo ou curatelado (art. 44);
- A adoção depende de autorização dos pais ou representante legais;
exceto se forem destituídos do pode familiar ou desconhecidos. (art. 45);
- Sendo o adotando maior de 12 anos de idade, este também deverá
consentir. (§2º, art. 45 c/c art. 166, ECA ).
- Estágio de convivência antes da adoção será definido pelo Juiz; (art. 46,
ECA);
- Pessoa residente fora do Brasil, o estágio de convivência será de 30 dias
em território nacional; (§3º, art. 46, ECA).
TUTELA e CURATELA
(Art. 1728 a 1783, CC)
- TUTELA – (Art. 1728, CC c/c Art. 36 do ECA) - É o encargo atribuído
pela Justiça a um adulto capaz, para que proteja, guarde, eduque,
responsabilize-se e administre os bens de crianças e adolescentes
cujos pais são falecidos ou estejam ausentes até que completem 18
anos de idade.
• Quem pode ser tutor?
- A princípio, a tutela é deferida a parentes da criança ou dolescente;
- Não havendo parentes, será deferida às pessoas próximas, com
idoneidade e não possua interesses conflitantes com o(a) tutelado(a);
- “Especialização da hipoteca legal” = consiste na comprovação de
que o(a) tutora) possui renda, bem como a apresentação dos bens que
possuir antes da concessão da tutela.
• Quem pode ser tutelado?
- Podem ser tutelados apenas crianças e adolescentes menores de 18
anos de idade.
• Em quais situações ocorrerá a tutela?
- Quando os pais forem falecidos, ou seja, quando as crianças e
adolescentes forem órfãs;
- Quando os pais forem desconhecidos;
- Quando os pais perderem o pátrio poder, em razão de: negligências,
maus tratos, não tiver condições de prover o sustento dos filhos ou
forem ausentes;
• Até quando ocorrerá a tutela?
- A tutela se encerra quanto o tutelado atingir a maioridade civil (18
anos de idade).
- CURATELA – (Art. 1767 – 1783, CC) - É o encargo atribuído pela
Justiça a um adulto capaz, para que proteja, guarde, eduque,
responsabilize-se e administre os bens de pessoas judicialmente
declaradas incapazes, que em virtude de má formação congênita,
transtornos mentais, dependência química ou doenças neurológicas
estejam incapacitadas para reger os atos da vida civil.
- O curatelado é considerado um incapaz, não tendo discernimento
sobre suas ações;
- Está impossibilitado de assinar contratos, casar, vender e comprar,
assumir compromissos, etc.
• Quem pode ser curador?
- Pais, cônjuge, parentes ou qualquer pessoa próxima.
- Obs: Na ausência destes sujeitos o MP poderá requerer a nomeação
de curador.
• Quem pode ser curatelado?
- Somente pessoas maiores de 18 anos de idade que estejam
impossibilitadas de exprimirem suas vontades e de gerirem suas vidas
com discernimento, temporária ou permanentemente.
• Em quais situações ocorrerá a curatela?
- Ter o curatelado mais de 18 anos de idade;
- Possuir alguma enfermidade (mental, física, fisiológica, neurológica,
dependência química, etc.) que impossibilite de expressar suas vontades
com discernimento.
- Obs: Pródigos – São pessoas que depredam o seu patrimônio de forma
propositada e compulsiva, colocando em risco a sobrevivência da família.
• Até quando ocorrerá a curatela?
- Se temporário, perdurará o tempo que o impedimento de exercer os
atos da vida civil existir; se permanente, até a morte do curatelado.
 Situações em comum:
• FALECIMENTO DO TUTOR ou CURADOR:
- Será substituído. O falecimento deverá ser comunicado imediatamente
ao Juiz competente para que realize a substituição.
• FUNÇÕES DO TUTOR ou CURADOR:
- Cuidar e proteger o tutelado;
- Prover alimentos, saúde e educação;
- Administrar com zelo os bens do tutelado.
• SUBSTITUIÇÃO do TUTOR O CURADOR:
- Falecimento;
- Tornar-se incapaz, negligente ou ineficiente;
- Precisar se ausentar;
- Ser acometido por doença ou acidente (que o impeça de exercer suas
funções).
DIREITO TRABALHISTA
(CLT)
- CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO: (Art. 442, CLT) – “É o ato tácito
ou expresso, correspondente à relação de emprego.”
- RELAÇÃO DE EMPREGO: É a que envolve empregado e empregador.
- EMPREGADOR: (Art. 2º CLT) – “Considera-se empregador a empresa
individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica,
admite, assalaria e dirige a prestação de serviço.”
- Equiparam-se a empregador: profissionais liberais, instituições
beneficentes, associações recreativas e as que não tiverem fins lucrativos,
que admitirem trabalhadores como empregados.(§1º, art. 2º, CLT).
- GRUPO INDUSTRIAL OU COMERCIAL – Quando duas ou mais empresas
pertencem a um mesmo grupo, respondem solidariamente a empresa
principal a demais subordinadas. (§2º, art. 2º, CLT).
- EMPREGADO: “Considera-se empregado toda pessoa física que
prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a
dependência deste e mediante salário.” (Art. 3º, CLT).
- Art. 4º: Considera-se como de serviço efetivo o período em que o
empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou
executando ordens, salvo disposição especial expressamente
consignada.
Parágrafo único - Computar-se-ão, na contagem de tempo de
serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em
que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço
militar ... (VETADO) ... e por motivo de acidente do trabalho.
- Art. 5º - A todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual,
sem distinção de sexo.
- CARTEIRA DE TRABALHO:
- Art. 13 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social é obrigatória
para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural,
ainda que em caráter temporário, e para o exercício por conta
própria de atividade profissional remunerada
- Art. 25 - As Carteiras de Trabalho e Previdência Social serão
entregues aos interessados pessoalmente, mediante recibo.
-Art. 29 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será
obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao
empregador que o admitir, o qual terá o prazo de quarenta e oito
horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a
remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a
adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme
instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.
- JORNADA DE TRABALHO
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em
qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias,
desde que não seja fixado expressamente outro limite.
§ 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada
extraordinária as variações de horário no registro de ponto não
excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez
minutos diários.
§ 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e
para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será
computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de
local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o
empregador fornecer a condução.
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial
aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais.
§ 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo
parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos
empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral.
- HORA EXTRA:
Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de
horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas),
mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou
mediante contrato coletivo de trabalho.
§ 1º - A HE será, pelo menos, 50% superior à da hora
normal. (Art. 7º, XVI, CF).
§ 4o Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão
prestar horas extras.
- TRABALHO NOTURNO:
Art. 73 - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o
trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para
esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por
cento), pelo menos, sobre a hora diurna.
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52
minutos e 30 segundos.
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho
executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia
seguinte.
-DIREITO DE FÉRIAS E SUA DURAÇÃO:
Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato
de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de
5 (cinco) vezes;
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14
(quatorze) faltas;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23
(vinte e três) faltas;
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a
32 (trinta e duas) faltas.
1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado
ao serviço.
- Parágrafo único: O empregado contratado sob o regime de tempo
parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do período
aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade.
-CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO:
- Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou
expresso, correspondente à relação de emprego.
- Art. 443 - O contrato individual de trabalho poderá ser acordado
tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo
determinado ou indeterminado.
- Art. 445 - O contrato de trabalho por prazo determinado não
poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra
do art. 451.
- Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de
90 (noventa) dias.
- RESCISÃO DO CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO:
- Art. 477 – Quando for sem justa causa, o empregado terá direito a uma
indenização (um salário mínimo).
- Direitos a receber quando a rescisão for sem justa causa:
Aviso Prévio Décimo Terceiro Normal
Décimo Terceiro Indenizado (reflexo do aviso prévio)
Férias Vencidas Férias Proporcionais
Férias - adicional 1/3 Saldo de salário
Indenização especial (1 mês de remuneração se a dispensa ocorrer no
mês que antecede a data base da categoria) (Lei 6.708/79 e 7.238/84)
Vantagens da categoria coletiva
FGTS 8% - pago em guia específica
FGTS 40% - pago em guia específica
Emissão de Guia de Desemprego
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho
pelo empregador:
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do
empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a
qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não
tenha havido suspensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra
qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em
caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra
o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima
defesa, própria ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de
empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito
administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional.
 Direitos a receber quando a rescisão for por justa causa:
- Saldo de salário (e salários atrasados, se houver) e as férias vencidas
com acréscimo de 1/3.
- Não terá direito à: FGTS; décimo terceiro e férias proporcionais; aviso
prévio; multas de 40% do FGTS; e demais.
- Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS – Lei 8742/1993:
Art. 1º A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é
Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os
mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de
ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o
atendimento às necessidades básicas.
Art. 2o A assistência social tem por objetivos:
I - a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos
e à prevenção da incidência de riscos, especialmente:
a) a proteção à família, à maternidade,à infância, à adolescência e
à velhice;
b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes;
c) a promoção da integração ao mercado de trabalho;
d) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção
de sua integração à vida comunitária; e
e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a
própria manutenção ou de tê-la provida por sua família; (Art. 20:
benefício a partir de 65 anos de idade).
II - a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a
capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades,
de ameaças, de vitimizações e danos;
III - a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no
conjunto das provisões socioassistenciais.
Parágrafo único. Para o enfrentamento da pobreza, a assistência social
realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, garantindo mínimos
sociais e provimento de condições para atender contingências sociais e
promovendo a universalização dos direitos sociais.
Art. 4º A assistência social rege-se pelos seguintes princípios:
I - supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências
de rentabilidade econômica;
II - universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da
ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas;
III - respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a
benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e
comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de
necessidade;
IV - igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação
de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas
e rurais;
V - divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos
assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos
critérios para sua concessão.
Art. 5º A organização da assistência social tem como base as seguintes
diretrizes:
I - descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de
governo;
II - participação da população, por meio de organizações representativas,
na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis;
III - primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de
assistência social em cada esfera de governo.
- LEGISLAÇÕES ESPECIAIS:
- I) Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – lei 8069/90:
- Art. 2º:
- Criança: até 12 anos de idade;
- Adolescente: entre 12 e 18 anos de idade.
- Princípio que alicerça o ECA: Princípio da Proteção Integral da criança e
do adolescente.
- Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do
poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos
direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte,
ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância
pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas
com a proteção à infância e à juventude.
- Obs: O ECA elenca uma série de direitos; bem como do conceito de
família, guarda, adoção, tutela e curatela; a prática de atos infracioanais e
medidas-socioeducativas: advertência; obrigação de reparar o dano;
prestação de serviços à comunidade; liberdade assistida; inserção em
regime de semi-liberdade; internação em estabelecimento educacional;
qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
- II) Estatuto do Idoso – Lei 10.741/2003:
- Art. 1º - Considera-se idoso para os efeitos desta lei que tive idade igual
ou superior a 60 anos.
- Possui todos os direitos e garantias fundamentais – rege-se também
pelos princípios da proteção integral e de atenção prioritária.
Art. 3º:
- Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
I – atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos
públicos e privados prestadores de serviços à população;
II – preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas
específicas;
III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas
com a proteção ao idoso;
IV – viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e
convívio do idoso com as demais gerações;
V – priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em
detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou
careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência;
VI – capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de
geriatria e gerontologia e na prestação de serviços aos idosos;
VII – estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de
informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de
envelhecimento;
VIII – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência
social locais.
IX – prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda.

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