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Sedimentação Marinha

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Geologia Marinha - X
Geologia Marinha
Prof. Lazaro Laut
Bárbara Nuic
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SEDIMENTAÇÃO MARINHA
Introdução
Margem continental tipo passivo ou Atlântico
Quebra da plataforma é acentuada a uma profundidade de aproximadamente 130 m  Início do mar profundo.
Mar profundo = talude + planícies abissais
Sedimentação:
Plataforma continental  ondas, marés, correntes, oscilações eustáticas do mar.
Talude  dinâmica de ressedimentação.
Perfil fisiógrafico da costa brasileira (www.labec.com.br) 
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FATORES DE INFLUÊNCIA NA SEDIMENTAÇÃO DOS OCEANOS 
Classificação dos sedimentos é baseada em sua origem ou fonte, granulometria (tamanho ou diâmetro das partículas) e na composição mineralógica
1) Fontes:
Fontes extra-baciais ou alóctones: estabelecidas nas áreas continentais adjacentes, fornecem sedimentos de natureza terrígena, incluindo-se nesta categoria, ainda que em menor proporção, os sedimentos cosmogênicos. 
Fontes intra-baciais ou autóctones: os sedimentos são originados na própria bacia de sedimentação, decorrentes de precipitações entre a água do mar e compostos químicos orgânicos e inorgânicos, envolvendo inclusive a autogênese.
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2. Granulometria
A granulometria = medida do tamanho de grão dos sedimentos.
Independente da origem.
Sedimentos grossos: cascalho e areia.
 
Sedimentos finos: “Lama”: silte e argila.
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	Tipos de sedimentos presentes nos oceanos e respectivas granulometrias expressas em milímetros. (Modificado de Segar, 1998).
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Sedimentos Biogênicos
Macroalgas calcarias
(Halimeda)
Foraminiferos
Corais
Pteropodos
Esponjas (Porifera)
Gastropodes e bivalves 
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Sedimentos de Fontes Extrabaciais ou Alóctones
Sedimentos Terrígenos (Inorgânicos e Orgânicos)
Fragmentos ou partículas detríticas / clásticas ( termo originado do vocábulo grego “ klastos,” que significa quebrado) de distintos tamanhos, decorrentes de processos de intemperismo (desagregação mecânica e decomposição química) e erosão das rochas continentais. 
A trajetória de transporte desde as áreas fontes até o sítio marinho é efetuada por inúmeros agentes como os cursos fluviais, pela ação eólica e glacial;
Os principais constituintes terrígenos inorgânicos, são formados por fragmentos de rochas, grãos de minerais leves, (quartzo, feldspato, mica ) e grãos de minerais pesados de espécies opacas e coloridas (magnetita, ilmenita, turmalina, zircão, rutilo, etc.);
Os componentes orgânicos são representados por micro-raizes, folhas, sementes pólens, e vários outros tipos de remanescentes vegetais;
Os fragmentos de rocha, devem ter preservadas todas as características texturais e mineralógicas da rocha original;
Chegam aos oceanos apenas os clásticos que conseguiram sobreviver ao intemperismo.
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O transporte seletivo dos grãos sedimentares (grãos de tamanhos similares) é modulado pela competência dos fluxos aquosos; aqueles caracterizados por energia mais baixa ou normal, transportam material mais fino em suspensão.
Nas regiões das altas latitudes, a erosão dos vales glaciais disponibiliza periodicamente para os oceanos, considerável material sedimentar representado por seixos, fragmentos de rochas, grãos individuais de minerais nos tamanhos cascalho e areia, e também peças de grande porte, tais como matacões ou calhaus, numa mistura caótica e mal selecionada de materiais terrígenos. 
O baixo índice de selecionamento dos sedimentos crioclásticos, pode ser explicado pelos processos bruscos de movimentos de massa, geralmente associados à avalanches, detonadas por ocasião dos degelos sazonais, ou então por qualquer outro mecanismo eventual de desestabilização de encostas geladas. 
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(http://www.geologia.ufpr.br)
O material liberado, passa a ser agregado à massa gelada, que ao fragmentar-se em grandes blocos nas porções terminais da geleira, tem grande parte deslocada para o oceano constituindo os chamados “icebergs”. Estes, a medida que vão sofrendo fusão nas águas marinhas, vão também liberando o material previamente incorporado. Os constituintes mais grossos são depositados nas imediações da geleira continental, enquanto os finos são transportados a longas distâncias pela ação das correntes marinhas;
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O vento é um agente que efetua transporte de grãos com tamanhos aproximadamente similares. A maior parte do material transportado é de granulometria muito fina, principalmente silte e argila (0.062 à <0,004mm) os quais são carreados por longas distâncias como poeira eólica , e antes de sua deposição como sedimentos no fundo marinho, sofrem processo de ressuspensão e transporte pelas correntes. O fluxo eólico, é particularmente efetivo em algumas regiões, principalmente em zonas semi-áridas e áridas onde predominam ventos que sopram de áreas desérticas para os oceanos;
Embora o volume de sedimentos eólicos para os oceanos não seja tão substancial, a persistência dos fluxos ao longo do tempo tem sido o principal fator de contribuição;
Partículas de fontes ígneas (vulcões) introduzidas 
na atmosfera durante erupções, em áreas 
de atividade constante do fenômeno, 
também costumam ser transportadas pelo vento,
 principalmente cinzas e pequenos fragmentos vítreos. 
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O Transporte consiste no deslocamento de partículas através dos agentes geológicos, como por exemplo vento e a água.
Os materiais transportados em solução sedimentam após a precipitação e os que estão em suspensao na água sedimentam por decantação.  
 
 http://rusoares65.pbworks.com 
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Sedimentos Cosmogênicos 
Micro-fragmentos de meteoritos.
A maior parte penetra na atmosfera terrestre, sendo posteriormente depositada tanto na superfície dos continentes como na dos oceanos; ao atingir o fundo marinho, os micro-fragmentos são incorporados aos sedimentos pré-existentes;
Os tipos de meteoritos que chegam ao sistema terrestre se caracterizam como fragmentos líticos, enriquecidos por ferro, e também como poeira cósmica. 
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Sedimentos de Fontes Intrabaciais ou Autóctones
Sedimentos Bioquímicos 
Aguas rasas: produção carbonática está fundamentalmente associada à sedimentos biogênicos, de natureza tanto animal como vegetal. Após a morte e a deposição desses organismos, os detritos mais grossos podem sofrer abrasão, desarticulação e fragmentação por processos físicos, químicos e biológicos, sendo posteriormente redistribuídos como cascalhos e areias biodetríticos nas margens continentais;
Ex. fragmentos esqueletais, carapaças, ossículos de vários organismos, entre os quais salientam-se foraminíferos, briozoários, algas, espongiários, ouriços do mar e muitos outros. 
- Mar profundo: os fragmentos e peças de granulometrias mais finas (lamas) se acumulam como vasas carbonáticas ou silicosas, através do lento processo de assentamento ao longo da coluna d’água, caracterizando a sedimentação pelágica;
Entre os grandes fatores controladores do suprimento biogênico marinho, destacam-se a produtividade primária de nutrientes nas massas d’água superficiais, os processos de dissolução de carbonato e sílica, a partir de determinadas profundidades, e também o mascaramento e diluição dos carbonatos, provocados pelo aporte de sedimentos terrígenos;
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Nas altas latitudes e em áreas de ressurgência costeira (ascensão de águas de fundo à superfície, caracterizadas por temperaturas mais baixas e enriquecidas de nutrientes) são comuns os organismos silicosos, especialmente as diatomáceas, fito-organismos planctônicos com granulometria em torno dos 2 mm. Os radiolários, constituídos por zoo-organismos silicosos, igualmente microscópicos, possuem estrutura opalina intrincada e são abundantes em águas tropicais caracterizadas por elevada produtividade de sílica;
Nas baixas latitudes,
proliferam delgados organismos algais destituídos de estrutura rígida, mas cobertos por finas laminas calcárias que enriquecem os outros organismos fitoplanctônicos, como por exemplo os cocolitóferos. Muitos desses organismos microscópicos, tem uma média de vida relativamente curta, pois acabam sendo consumidos pelos animais maiores, sem que haja digestão total de suas estruturas rígidas e portanto decomposição; dessa forma, a porção não digerida é expelida através dos excrementos como pelitos fecais. Estes, devido sua granulometria um pouco maior, afundam de forma um tanto rápida, e acabam servindo de alimento nas águas mais profundas ou então sofrendo decomposição pela atividade bacterial. Conseqüentemente, em muitas áreas, parte desse material orgânico remanescente é incorporado nos sedimentos de fundo, contribuindo para o aumento de sedimentos biogênicos;
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Os zooplânctons, com carapaças e esqueletos calcários são representados por foraminíferos e pterópodos, constituintes principais das vasas carbonáticas pelágicas;
A diluição dos componentes biogênicos por aporte terrígeno, é um processo comum nas margens continentais, principalmente em áreas da plataforma, devido à intensa deposição de sedimentos fluviais, os quais tendem a soterrar ou até mesmo diluir a maior parte dos constituintes carbonáticos;
No talude e elevação continental, o processo de mascaramento está associado à presença abundante de inúmeros componentes pelágicos;
Os principais elementos químicos dos carbonatos são a aragonita e a calcita, razão pela qual muitos organismos possuem carapaças e estruturas calcíticas (foraminíferos) ou aragoníticas (pterópodos);
As condições que favorecem a preservação da sílica e dos carbonatos são diferentes, uma vez que a saturação de sílica na água marinha é menor que a de carbonatos. Seu nível de compensação é limitado à 2. 000 metros. Os organismos com estruturas silicosas mais delgadas, quase sempre são dissolvidos antes de sua acumulação.
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Sedimentos Autigênicos
Sedimentos formados “in situ “ a partir de lentas reações químicas entre a água do mar e determinados compostos minerais. O processo ocorre diretamente sobre o assoalho oceânico ou então sobre os sedimentos ali residentes. Os principais produtos são os nódulos polimetálicos, especialmente os de ferro e manganês, podendo ser citadas também as fosforitas. Encontrados entre 3000 a 5000 m.
Importante fonte de minerais = $$$$$$$
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Deposição Autigênica e Produtos
A deposição autigênica se processa diretamente no oceano através de reações físico-químicas envolvendo a própria água do mar ou soluções intersticiais, que promovem alterações nos sedimentos durante e após sua deposição;
As condições de Eh e pH da água marinha são fundamentais na oxidação e precipitação do ferro e do manganês. A formação dos minerais associados à esses dois elementos depende dos seguintes mecanismos: 
	- O ferro e o manganês liberados pelo intemperismo das rochas continentais são inicialmente introduzidos nos oceanos através dos cursos d'água, onde são lentamente oxidados e precipitados no fundo marinho, originando pequenas partículas que se dispersam nos sedimentos ou então formando crostas ou concreções de diâmetros variados;
	- Áreas de vulcanismo submarino, atividade hidrotermal e alteração de rochas ígneas no fundo oceânico, são fatores responsáveis pela introdução de ferro e manganês, os quais se tornam oxidados pelo oxigênio existente na água do mar, e posteriormente precipitados;
	- Sedimentos hemipelágicos enriquecidos com material orgânico, em condições redutoras (anóxicas) geralmente se depositam abaixo do topo da coluna sedimentar;
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Os produtos mais característicos da sedimentação autigênica são os nódulos de manganês e de fosforita. Os primeiros têm aparência de seixos ou concreções formados a partir de camadas concêntricas, podendo atingir vários diâmetros de espessura;
A fosforita tem como componentes principais os minerais fosfáticos, abundantes na plataforma e talude superior;
Sua formação decorre provavelmente da substituição de carbonato por fosfato em sedimentos biogênicos anóxicos, sendo essa substituição progressiva com a profundidade da água, conforme foi observado em sedimentos superficiais. O fosfato é derivado da produtividade planctônica nas águas superficiais;
As zeolitas são minerais aluminosilicáticos 
com coloração branca ou então acromáticos,
com composição similar à do feldspato; 
constituem produtos secundários de 
intemperismo, com lenta acumulação nos 
sedimentos de mar profundo, principalmente
em argilas pelágicas;
Ampla distribuição pelos oceanos.
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VARIAÇÕES DO NÍVEL DO MAR
Grandes glaciações do Pleistoceno: expansão das calotas de gelo continental  retração no volume das águas oceânicas  regressão do nível de mar em caráter global
Aquecimento do clima  fusão parcial das superfícies outrora congeladas  aumento no volume das águas e naturalmente no nível de mar;
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Variação do nível do mar
Evidências: feições sedimentares e erosionais (praias, terraços, vales fluviais, cordões arenosos, camadas de turfa, e outros materiais de natureza terrígena em condições de submersão nas plataformas continentais atuais, ainda que preservados, mas em desequilíbrio com os padrões dinâmicos vigentes, são evidências concretas de que o nível de mar já esteve abaixo do atual (regressão) e subseqüentemente subiu avançando em direção ao continente (transgressão);
Nível de mar abaixo do atual (Pleistoceno)  superfície das plataformas continentais ficou exposta (emersão), sujeita a processos de erosão e deposição tipicamente continentais que promoveram a progradação da linha de costa. Muitos dos grandes sistemas fluviais aí escavaram e aprofundaram canais, estendendo seus cursos até a zona de quebra, dando origem a extensos depósitos terrígenos. Nessa fase, a linha de costa e a zona de quebra da plataforma estiveram praticamente contíguas, favorecendo a transferência de material clástico para as regiões de mar profundo, principalmente através de mecanismos de transporte de massa, impulsionados por fluxos de gravidade ao longo do talude continental;
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A subseqüente subida do nível do mar durante o Holoceno, foi responsável pelo afogamento ou submersão da maior parte dos depósitos sedimentares e feições erosionais anteriormente formados, promovendo também o recuo concomitante das linhas de costa em direção ao continente;
Em função das oscilações eustáticas do nível do mar, grande parte dos sedimentos grossos, principalmente areias e cascalhos biogênicos, depositados em nível de mar abaixo do atual, ficaram preferencialmente concentrados ao longo da zona de quebra da plataforma, sofrendo retrabalhamento por processos paleoambientais, enquanto no setor interno da plataforma, predominam areias terrígenas relíquias, recobertas ou misturadas com areias e lamas atuais. 
Nível do mar está alto, predomina deposição na plataforma e deposição pelágica em águas profundas.
Queda do nível do mar, plataforma exposta, e deposição avança. Formação de leques submarinos.
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PROCESSOS E PRODUTOS SEDIMENTARES MARINHOS
PLATAFORMAS CONTINENTAIS ATUAIS
Dinâmica Deposicional
O estilo da sedimentação nas plataformas continentais atuais, resulta basicamente da dinâmica deposicional e suas modalidades:
Deposição Terrígena
Deposição carbonática
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Deposição terrígena
Introduzidos no sistema dinâmico da plataforma através da linha de costa, que funciona como um aparelho de filtragem durante a ultrapassagem dos sedimentos. Os rios que chegam à linha de costa, quando formam desembocaduras deltaicas progradantes, acabam alterando o traçado costeiro em função da gradativa acumulação sedimentar, e produzindo protuberâncias litorâneas de considerável extensão e espessura que atingem os limites internos da plataforma continental;
Ondas, marés e correntes  distribuir e retrabalhar os sedimentos assim depositados, incorporando-os
aos previamente existentes;
Transgressões marinhas (início do Holoceno): desembocaduras fluviais foram afogadas transformando-se em estuários que ficaram sujeitos à atuação de processos tanto fluviais como marinhos  ambientes retentores ou trapeadores de sedimentos fluviais e marinhos, inibindo dessa forma o fornecimento de terrígenos para as plataformas. 
O avanço da linha de costa em direção ao continente (queda do nível do mar), desencadeou severos processos de erosão através do solapamento hidrodinâmico do perfil praial e do substrato arenoso pré-holocênico de plataforma interna. Desta forma, os sedimentos são disponibilizados e creditados no próprio local de produção, caracterizando um regime de suprimento sedimentar arenoso tipicamente autóctone ou autofágico;
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 - A produtividade, tipos e abundância de sedimentos carbonáticos na plataforma continental são pelas condições climáticas, temperatura, salinidade e intensidade fótica (luminosidade);
O clima controla a temperatura e a salinidade da água e o regime hidrodinâmico. 
A intensidade da luminosidade associado á profundidade da água
A ressurgência é também particularmente importante para os ambientes carbonáticos
As variações glacio-eustáticas do nível do mar, podem retardar ou inibir a produtividade carbonática, principalmente quando a elevação ou abaixamento do nível marinho se processam de forma rápida, causando alterações no nível médio do mar, traduzidas por afogamento súbito ou emersão das superfícies mais rasas, e conseqüentemente, interferindo nos níveis de profundidade exigidos para o desenvolvimento da maior parte dos organismos produtores;
Deposição carbonática
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Material detrítico carbonático  permanecem “in situ”  incrustações ou cimentação carbonática  estruturas rígidas que servem de suporte para determinados tipos de recifes;
Indicadores paleoambientais;
Os pelóides são grãos carbonáticos, que podem ocorrer no tamanho areia, silte ou argila, são sedimentos característicos de águas muito rasas, quentes e saturadas de carbonato de cálcio;
Os agregados, partículas também de tamanho areia, resultam da aglutinação ou ligação de grãos através de finas películas, típicas de ambientes de águas rasas com baixa energia;
A lama carbonática, geralmente poligenética, pode ser derivada da desintegração de algas calcárias, principalmente as clorofíceas, que produzem ampla quantidade de lama aragonítica após sua morte. A lama calcítica é produzida a partir da bioerosão de material calcítico;
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A porção interna de algumas plataformas evidencia presença escassa de sedimentos carbonáticos devido à processos de diluição,  intenso aporte de material fluvial 
Plataforma externa são comuns substratos rígidos, os quais constituem condições ideais para a fixação e crescimento de algas coralígenas;
A formação de recifes é resultante da acumulação de material orgânico carbonático, envolvendo uma suíte de organismos cuja proliferação e manutenção está associada a um sistema de intensa produtividade, metabolização carbonática e cadeia alimentar complexa. 
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Após sua deposição nas plataformas continentais, os sedimentos estão sujeitos às atividades de organismos e reações químicas. 
Bioturbação  destruição ou reformulação de estruturas sedimentares.
Os organismos podem desenvolver dois tipos principais de atividades: perfuração e escavação. Esses dois tipos são característicos de ambientes marinhos, atuais ou pretéritos;
Processos contínuos de bioturbação são mais facilitados quando a sedimentação se processa de forma lenta e sem grandes interferências de processos hidrodinâmicos, principalmente ondas e correntes;
Os processos químicos, caracteristicamente pós-deposicionais promovem mudanças químicas nos sedimentos e muitas vezes favorecem o equilíbrio dos mesmos com as condições do ambiente onde foram depositados;
Os processos físicos afetam a distribuição de componentes químicos nos sedimentos de plataformas continentais.
 A cimentação e a aglutinação (coesão) são decorrentes de interações químicas entre os grãos, promovendo alterações em suas granulometrias originais e conseqüentemente nas condições de transporte.
Atividade Pós-deposicionais Organo-químicas
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Feições Sedimentares Associadas à Dinâmica Marinha
As marés, ondas, e correntes associadas  dinâmica na distribuição, remobilização e retrabalhamento de sedimentos e formação de feições sedimentares características. É preciso considerar também os efeitos esporádicos de correntes oceânicas, que embora restritas ao mar profundo, se propagam para as porções externas da plataforma;
As atividades das correntes de marés, produzem efeitos bem documentados em amplas regiões das plataformas. As feições mais proeminentes relacionadas à este tipo de dinâmica, são os bancos de areia (sand ridges). A existência desses bancos parece estar vinculada tanto às condições hidrodinâmicas pretéritas como atuais; 
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Modelos de feições arenosas em plataformas dominadas por correntes de marés, baseados no volume de areia, na variação de velocidade e direção dos fluxos das correntes. (Modificado de Belderson, Johnson & Kenyon, 1982).
O zoneamento e os principais tipo de feições deposicionais e erosionais produzidas pelo efeito de correntes de marés em plataformas continentais dominadas por esses processos. As feições refletem a direção, a velocidade dos fluxos das correntes e a trajetória de transporte, levando em consideração, a maior ou menor disponibilidade do material arenoso;
plataformas continentais, quando submetidas às severas condições de ondas e correntes que caracterizam episódios de tempestades, com duração de horas ou dias, possuem feições com camadas gradacionais. 
As correntes oceânicas, geralmente fluem poucos centímetros por segundo, tendo capacidade para transportar apenas sedimentos finos em suspensão, mas em algumas situações de fluxos mais elevados tornam-se suficientemente poderosas para produzir feições erosionais ou então feições arenosas de grande porte, do tipo ondas de areia gigantescas (megaripples).
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TALUDE, ELEVAÇÃO CONTINENTAL E PLANÍCIE ABISSAL 
Dinâmica Deposicional e Feições Resultantes
-	A dinâmica responsável pela deposição e transporte dos vários tipos de sedimentos e feições presentes nas províncias fisiográficas do talude, elevação ou sopé continental e bacias oceânicas (planície abissal), engloba mecanismos de deslocamento descendente de material, associados a processos de ressedimentação, ação de correntes de fundo, deposição pelágica e processos autigênicos .
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 Processos deposicionais no talude continental, elevação e bacias de mar profundo, representados por eventos de curta duração, fluxos gravitacionais (ressedimentação) correntes de fundo, deposição pelágica e deposição autigênica. (Modificado de Stow, 1994).
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Ressedimentação 
Envolve transferência de sedimentos dos ambientes de águas rasas, temporariamente estocados no talude continental, para os ambientes de mar profundo. Trata-se de um conjunto de processos dinâmicos de grande complexidade que atua sobre o talude continental, envolvendo movimentos de massa com fluxos controlados pela gravidade e pela perda de estabilidade do talude;
A queda de rochas e colapsos de blocos, embora sejam processos integrantes da ressedimentação, não são classificados como fluxos gravitacionais de sedimentos, mas sim como eventos de curta duração, que podem ser agilizados por processos tectônicos, sísmicos ou então decorrentes de erosão durante aprofundamento de cânions submarinos;
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 (Modificado de Fichter, 2000. geollab.jmu.edu).
As correntes de turbidez, também denominadas correntes de densidade, constituem os mecanismos mais atuantes no transporte de sedimentos ao longo do talude continental. Caracterizam-se como eventos episódicos, envolvendo uma mistura de água e sedimentos
sob contínua turbulência, sendo de grande eficiência no transporte de sedimentos grossos e finos de águas rasas para o mar profundo, gerando depósitos sedimentares de variadas espessuras e dimensões;
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As correntes de turbidez são referenciadas como importantes mecanismos de erosão e aprofundamento de cânions submarinos (feições tipicamente erosionais).
O comportamento do fluxo dessas correntes é altamente controlado pelas variações de gradiente, implicando em aceleração e desaceleração, cujos produtos seriam a erosão e a deposição, respectivamente;
A força e a velocidade dos fluxos de turbidez tem sido responsáveis por danos catastróficos em alguns equipamentos, tais como cabos e oleodutos construído no fundo submarino;
Os cânions submarinos constituem uma série de fontes pontuais a partir das quais os fluxos se espalham para o fundo oceânico;
No domínio submarino, a morfologia de um leque é também reconhecidamente radial, alimentada pelo cânion, em cujo sopé constrói amplos depósitos configurando feições do tipo leques ou lobos, conhecidas como leques submarinos;
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Fonte: A TERRA SOB OS OCEANOS, 2004. W. H. Freeman & Company
A sedimentação nos leques submarinos é mantida principalmente pelas correntes de turbidez, quando estas perdem aceleração na superfície do leque. Isto cria um padrão geral de deposição no qual, os sedimentos mais grossos são acumulados na porção mais proximal do leque, e a medida que a corrente vai progressivamente desacelerando, os mais finos vão sendo depositados nas partes mais distais do leque. No entanto, este padrão de transporte e deposição pode ser substancialmente modificado conforme a localização dos canais abastecedores;
A definição leque submarino fica restrita à ambiente de mar profundo, quando as correntes de turbidez constroem um corpo sedimentar na forma de leque, com vários km de diâmetro.
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Os turbiditos, constituem depósitos de larga ocorrência nos ambientes de mar profundo, os quais formam camadas sedimentares estratigraficamente superpostas, que podem atingir vários quilômetros de espessura. 
Camadas distintas de sedimentos associados à variações no regime de fluxo da corrente. Da base para o topo fica evidenciado um decréscimo ascendente de grão, com deposição de cascalho e areia grossa na base gradando para areia fina, silte e argila em direção ao topo. Essa gradação ascendente é representativa do decréscimo de velocidade do fluxo da corrente.
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	Seqüência de Bouma em leques submarinos. Registro de seqüência de Bouma completa (ABCDE) apenas nos canais alimentadores do setor médio do leque submarino; as seqüências incompletas são registradas nos canais proximais, distais e ou ambientes laterais. (Modificado de Fichter, 2000. Geollab.jmu.edu).
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A arquitetura é determinada pelo tipo de sedimento predominante!
http://www.geostud.dk
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Sand-rich
http://www.geostud.dk
Muddy system
Gravel rich
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Amazon Fan
Damuth & Flood 1985. Amazon Fan, Atlantic Ocean.
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Amazon Fan
Terceiro maior leque submarino
700 km de comprimento. No ponto onde ocorre a quebra da plataforma tem 250 km de largura, que passa para 650 km rapidamente.
Cobre uma area de 330.000 Km2
Volume total de sedimento passa de 700.000Km3
Upper fan  amazon submarine canyon, largo canal principal. Gradient 14m;1000m
Middle fan  mudança subtida de gradiente para 10-4;1000m. Vários canais.
Lower fan  Smooth and gently sloping 2.3m;1000m
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Correntes de Fundo
Incluem correntes com velocidades de fluxos, capazes de erodir, remobilizar, transportar e depositar sedimentos, como também construir feições de formas e dimensões variáveis;
Das correntes de fundo, as mais importantes em termos de transporte de sedimentos e modelagem de feições, são as chamadas correntes de contorno, que fluem paralelas ou aproximadamente paralelas ao longo dos contornos da margem continental;
-	Se a velocidade de fluxo dessas correntes for elevada, as mesmas são capazes de transportar ao longo da elevação continental, sedimentos com diâmetros muito diversificados.
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Conturitos
São depósitos característicos associados ás correntes de contorno. 
Material proveniente da porção superior do talude, e quando acumulado no sopé, passa a ser remobilizado pelas correntes de contorno. 
Granulometria predominantemente fina (argila, silte e areia muito fina) de natureza silicoclástica, vulcanoclástica ou biogênica, caracterizando-se de forma distinta dos componentes turbidíticos. 
As camadas são formadas em escala centimétrica com laminações cruzadas, onduladas ou paralelas. Dependendo dos diâmetros de grão que a corrente tem capacidade para transportar, as feições conturíticas podem ser lamosas ou arenosas;
Associadas às correntes de fundo de maior velocidade têm sido identificadas camadas nefelóides (águas turvas), com baixa concentração de material transportado em suspensão por longas distâncias;
Os critérios que têm sido utilizados para diferenciar conturitos de turbiditos incluem dados de paleocorrentes e características de proveniência, mas infelizmente é difícil determinar a direção de fluxos em depósitos de sedimentos muito finos.
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Deposição e Produtos Pelágicos/Hemipelágicos
Assentamento lento ao longo da coluna d’água, de sedimentos de granulometria muito fina (argilas e colóides), colocados inicialmente em suspensão no talude e elevação continental, como também na maior parte da superfície das bacias oceânicas;
Os depósitos pelágicos, com ampla distribuição no fundo oceânicos são individualizados em três classes principais, de acordo com o predomínio de componentes:
Depósitos biogênicos carbonáticos: sedimentos de natureza biológica cujas estruturas ósseas são formadas por elemento calcítico ou aragonítico (CaCO3);
Depósitos biogênicos silicosos com predominância de detritos esqueletais de organismos planctônicos constituídos por sílica (SiO2);
Depósitos de argilas terrígenas de coloração dominantemente vermelha, constituídas principalmente por argilo-minerais e pequena proporção de material biogênico, tanto calcário como silicoso.
A distribuição dos diferentes tipos de sedimentos pelágicos é governada pela interação dos seguintes fatores: condições climáticas, padrões de circulação, produtividade e fertilidade de nutrientes orgânicos nas águas superficiais, solubilidade relativa de carbonato e sílica, e suprimento de partículas argilosas de natureza terrígena e vulcânica;	
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	Distribuição atual dos principais tipos de sedimentos nos oceanos. (Modificado de Open University, 1989).
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Vasas calcárias ou carbonáticas: depósitos pelágicos carbonáticos, 
Formação controlada pelo fornecimento de carbonatos para os oceanos: bicarbonato de cálcio por via fluvial, troca de dióxido de carbono (CO2) na interface ar/água e da remoção de carbonato de cálcio por precipitação nas camadas mais superficiais da água marinha;
Cerca de 90% do material carbonático é dissolvido antes de chegar ao seu destino nos depósitos pelágicos, dissolução essa controlada pela profundidade de compensação calcítica; Abaixo desse nível se processa a dissolução de carbonato calcítico (mais resistente do que o aragonítico) e o conseqüente impedimento de sua acumulação;
Vasas Calcárias ou Carbonáticas
Souza et al 2012
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Tipos de Vasas carbonáticas
Nas vasas de foraminíferos, predominam espécies planctônicas com tamanho de grão na fração areia (< 61 mm), assessoradas por granulometrias menores. São comuns neste tipo de vasa as espécies globigerinóides. Dos vários parâmetros ambientais controladores da distribuição dos foraminíferos planctônicos, a temperatura é considerada um dos mais importantes, embora a salinidade se encaixe também nessa importância para determinadas espécies;
Nas vasas de nanofósseis ou cocólitos, predominam componentes
de algas recentes, de granulometria fina, mais resistentes do que os foraminíferos planctônicos;
Vasas de pterópodos: formadas por moluscos planctônicos do tipo gastrópodos, de granulometrias maiores que as espécies de foraminíferos. Suas carapaças bastante frágeis são constituídas de aragonita e, portanto mais vulneráveis à dissolução, razão pela qual ficam restritos às águas tropicais;
Obs.: Ss índices de boa ou pobre preservação são fornecidos através das lisoclinas;
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Vasas Silicosas
Constituído por mais do que 30 % de microfósseis silicosos
 Adquirem maior expressividade onde a produção de carbonato decai, ou seja, onde a dissolução carbonática excede sua produtividade;
Fonte: erosão de rochas continentas ricas em silica. Transporte fluvial.
Ao atingir o oceano, a sílica desenvolve um ciclo onde predominam dois fatores principais:
a) absorção por organismos viventes (diatomáceas, radiolários, e sílicoflagelados) que constroem suas carapaças e esqueletos com sílica amorfa hidratada; 
dissolução do material esqueletal silicoso após a morte do organismo que em suspensão ao longo da coluna d’água sofre processo de redissolução;
As vasas de diatomáceas, de natureza vegetal, 
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Tipos de Vasas Silicosas
Vasas de diatomáceas
Algas silicosas fitoplanctônicas, 
Crescimento é favorecido pela redução da salinidade (desembocaduras fluviais)
Individuais ou em colônias
Constituem o primeiro grupo de produtores primários de sílica em suspensão na coluna d’água, secundados pelos radiolários;
A granulometria mais característica nas vasas de diatomáceas fica em torno da fração síltica;
Sua granulometria reduzida, leveza e propriedades hidrodinâmicas, favorecem seu transporte por correntes do fundo oceânico, por isso tem sido utilizadas como traçadores dos fluxos das águas de fundo das regiões de baixas para altas latitudes;
Algumas diatomáceas de águas doce, transportadas para o oceano pelo vento, são depositadas como sedimentos marinhos. Este processo pode ser utilizado como indicativo de fontes lacustres em zonas desertas, tais como o Sahara, e fornecer o registro histórico de aridez continental;
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2) Vasas de radiolários
Características das baixas latitudes, são formadas por organismos zooplanctônicos, do tipo protozoários que segregam a sílíca em seus esqueletos, onde a dissolução carbonática é ativa;
Os silicoflagelados são organismos marinhos planctônicos unicelulares, cuja estrutura esqueletal é constituída por sílica opalina. Sua distribuição nos sedimentos de fundo oceânico ricos em sílica tem sido usada como critérios para determinações estratigráficas e paleocanográficas, principalmente em relação à gêneros e espécies características de determinadas profundidades e temperaturas;
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Sedimentação hemipelágica 
Em determinadas áreas das margens continentais e bacias restritas, predominam sedimentos clásticos terrígenos, no tamanho silte e argila, que acabam por mascarar os sedimentos biogênicos pelágicos, dando origem aos depósitos hemipelágicos;
Os constituintes terrígenos envolvidos na sedimentação hemipelágica são decorrentes de: 
a) materiais liberados pelas desembocaduras fluviais que entram em processo de suspensão nos oceanos;
b) sedimentos finos jogados em áreas de plataformas durante eventos de tempestades ou erodidos de linhas de costas lamosas; 
c) sedimentos glaciais finos transportados por icebergs; 
d) poeira eólica de regiões áridas e semi-áridas e resíduos vulcânicos finos, soprados pelo vento;
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A sedimentação hemipelágica geralmente tem sua maior distribuição ao longo de muitos taludes continentais;
As argilas pelágicas: partículas terrígenas de diâmetros microscópicos, especialmente representadas por grupos de minerais aluminosilicatados (ilita, montmorillonita, caulinita e clorita) como também poeira eólica, quartzo, feldspato, poeira cósmica e vulcânica;
A montmorilonita  material vulcânico continental soprado pelo vento, e produto vulcânico submarino. Depósitos mais significativos nos oceanos Pacífico e Índico.
A ilita  componentes argiláceos decorrentes da alteração de micas por processos de intemperismo, em áreas fontes tipicamente continentais;
A caulinita  produto de intenso intemperismo químico em áreas tropicais. É um tipo de argilo-mineral que reflete processos formadores de solos em áreas fontes continentais em regiões de baixas latitudes;
A clorita  decorrente de erosão física de rochas submetidas à metamorfismo de baixo grau, amplamente expostas em zonas glaciais;
O gelo é seu principal agente de transporte.
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OBRIGADA!
O perfil fisiográfico das margens continentais do tipo passivo ou atlântico, evidencia uma acentuada mudança de relevo em torno da profundidade média de 130 metros, configurada pela zona de quebra da plataforma (shelf break), feição esta que sinaliza a delimitação natural entre os domínios de mar raso e de mar profundo. Este último, engloba as províncias morfológicas do talude continental, elevação e bacias oceânicas, região esta em que as planícies abissais, localizadas entre os limites inferiores da margem continental e os flancos das cristas mesoceânicas, constituem os depósitos sedimentares mais proeminentes;
Na plataforma continental, a cobertura sedimentar atual, reflete a natureza predominante de seus componentes (terrígena e ou marinha), a ação de transporte e retrabalhamento dos mesmos, promovida pela atividade hidrodinâmica (ondas, marés e correntes) e também os efeitos das oscilações eustáticas do nível de mar;
No talude e elevação continental, destacando-se a dinâmica de ressedimentação, a circulação de fundo, em especial as correntes que atuam ao longo da elevação continental (correntes de contorno) e a deposição pelágica;
A ressedimentação é o principal processo de transporte dos sedimentos clásticos que chegam ao fundo oceânico; esses sedimentos, constituídos em sua maior parte por material previamente acumulado na plataforma continental;
Quando atingem o sopé do talude, originam depósitos de extensões variáveis muitos dos quais, configurando leques ou cones submarinos;
A distinção entre os vários tipos de sedimentos presentes nos oceanos, obedece uma classificação que leva em consideração suas origens ou fontes, a granulometria (tamanho ou diâmetro das partículas) e a composição mineralógica;
Deve ser lembrado que a nomenclatura aplicada ao cascalho, areia, silte e argila não é referencial de origem e composição, mas sim de classe de tamanho. 
Na literatura geológica, é comum encontrar uma variada terminologia para os sedimentos de natureza terrígena;
Na realidade, toda essa pletora de termos é aplicada para conceituar fragmentos ou partículas detríticas / clásticas ( termo originado do vocábulo grego “ klastos,” que significa quebrado) de distintos tamanhos, decorrentes de processos de intemperismo (desagregação mecânica e decomposição química) e erosão das rochas continentais. A trajetória de transporte desde as áreas fontes até o sítio marinho é efetuada por inúmeros agentes entre os quais, os cursos fluviais desempenham um papel preponderante, seguidos pela ação eólica e glacial;
Os principais constituintes terrígenos inorgânicos, são formados por fragmentos de rochas, grãos de minerais leves, (quartzo, feldspato, mica ) e grãos de minerais pesados de espécies opacas e coloridas (magnetita, ilmenita, turmalina, zircão, rutilo, etc.);
Os componentes orgânicos são representados por micro-raizes, folhas, sementes pólens, e vários outros tipos de remanescentes vegetais;
Os fragmentos de rocha, devem ter preservadas todas as características texturais e mineralógicas da rocha original;
Chegam aos oceanos apenas os clásticos que conseguiram sobreviver ao intemperismo, principalmente o químico, ou então aqueles decorrentes de alteração físico- química de feldspatos, no caso os minerais alumino-silicáticos (minerais de argila) e tantos outros produzidos por processos de oxidação. Os minerais
de argila, tem significativa presença nas lamas de natureza terrígena;
O transporte seletivo dos grãos sedimentares (grãos de tamanhos similares) é modulado pela competência dos fluxos aquosos; aqueles caracterizados por energia mais baixa ou normal, transportam material mais fino em suspensão, ao passo que fluxos mais vigorosos;
Nas regiões das altas latitudes, a erosão dos vales glaciais disponibiliza periodicamente para os oceanos, considerável material sedimentar representado por seixos, fragmentos de rochas, grãos individuais de minerais nos tamanhos cascalho e areia, e também peças de grande porte,tais como matacões ou calhaus, numa mistura caótica e mal selecionada de materiais terrígenos. O baixo índice de selecionamento dos sedimentos crioclásticos, pode ser explicado pelos processos bruscos de movimentos de massa, geralmente associados à avalanches, detonadas por ocasião dos degelos sazonais, ou então por qualquer outro mecanismo eventual de desestabilização de encostas geladas. O material liberado, passa a ser agregado à massa gelada, que ao fragmentar-se em grandes blocos nas porções terminais da geleira, tem grande parte deslocada para o oceano constituindo os chamados “icebergs”. Estes, a medida que vão sofrendo fusão nas águas marinhas, vão também liberando o material previamente incorporado. Os constituintes mais grossos são depositados nas imediações da geleira continental, enquanto os finos são transportados a longas distâncias pela ação das correntes marinhas;
O vento é um agente que efetua transporte de grãos com tamanhos aproximadamente similares. A maior parte do material transportado é de granulometria muito fina, principalmente silte e argila (0.062 à <0,004mm) os quais são carreados por longas distâncias como poeira eólica , e antes de sua deposição como sedimentos no fundo marinho, sofrem processo de ressuspensão e transporte pelas correntes. O fluxo eólico, é particularmente efetivo em algumas regiões, principalmente em zonas semi-áridas e áridas onde predominam ventos que sopram de áreas desérticas para os oceanos;
Embora o volume de sedimentos eólicos para os oceanos não seja tão substancial, a persistência dos fluxos ao longo do tempo tem sido o principal fator de contribuição;
Partículas de fontes ígneas (vulcões) introduzidas na atmosfera durante erupções, em áreas de atividade constante do fenômeno, também costumam ser transportadas pelo vento, principalmente cinzas e pequenos fragmentos vítreos. 
Nos ambientes de águas rasas, a produção carbonática está fundamentalmente associada à sedimentos biogênicos, de natureza tanto animal como vegetal. Seus representantes mais significativos são fragmentos esqueletais, carapaças, ossículos de vários organismos, entre os quais salientam-se foraminíferos, briozoários, algas, espongiários, ouriços do mar e muitos outros. Após a morte e a deposição desses organismos, os detritos mais grossos podem sofrer abrasão, desarticulação e fragmentação por processos físicos, químicos e biológicos, sendo posteriormente redistribuídos como cascalhos e areias biodetríticos nas margens continentais;
Nos ambientes de mar profundo, os fragmentos e peças de granulometrias mais finas (lamas) se acumulam como vasas carbonáticas ou silicosas, através do lento processo de assentamento ao longo da coluna d’água, caracterizando a sedimentação pelágica;
Entre os grandes fatores controladores do suprimento biogênico marinho, destacam-se a produtividade primária de nutrientes nas massas d’água superficiais, os processos de dissolução de carbonato e sílica, a partir de determinadas profundidades, e também o mascaramento e diluição dos carbonatos, provocados pelo aporte de sedimentos terrígenos;
As variações climáticas e as oscilações do nível do mar, estão incluídos entre os fenômenos naturais de maior impacto geológico-ambiental, ocorridos durante o Quaternário;
tem sido demonstrado que por ocasião das grandes glaciações do Pleistoceno, a expansão das calotas de gelo continental teria provocado uma retração no volume das águas oceânicas e, por conseguinte, o abaixamento ou regressão do nível de mar em caráter global. Por outro lado, o subseqüente aquecimento do clima desencadeou a fusão parcial das superfícies outrora congeladas, produzindo um aumento no volume das águas e naturalmente no nível de mar;
Os materiais de natureza terrígena são introduzidos no sistema dinâmico da plataforma através da linha de costa, que funciona como um aparelho de filtragem durante a ultrapassagem dos sedimentos. Os rios que chegam à linha de costa, quando formam desembocaduras deltaicas progradantes, acabam alterando o traçado costeiro em função da gradativa acumulação sedimentar, e produzindo protuberâncias litorâneas de considerável extensão e espessura que atingem os limites internos da plataforma continental;
	A atividade de ondas, marés e correntes se encarrega de distribuir e retrabalhar os sedimentos assim depositados, incorporando-os aos previamente existentes;
	Durante transgressões marinhas relativamente rápidas, as quais foram comuns na maioria das plataformas no início do Holoceno, inúmeras desembocaduras fluviais foram afogadas transformando-se em estuários que ficaram sujeitos à atuação de processos tanto fluviais como marinhos. Conseqüentemente passaram a funcionar como ambientes retentores ou trapeadores de sedimentos fluviais e marinhos, inibindo dessa forma o fornecimento de terrígenos para as plataformas. Ao mesmo tempo, o avanço da linha de costa em direção ao continente, desencadeou severos processos de erosão através do solapamento hidrodinâmico do perfil praial e do substrato arenoso pré-holocênico de plataforma interna. Desta forma, os sedimentos são disponibilizados e creditados no próprio local de produção, caracterizando um regime de suprimento sedimentar arenoso tipicamente autóctone ou autofágico;
 A produtividade, tipos e abundância de sedimentos carbonáticos na plataforma continental são controlados em primeira instância, pelas condições climáticas, temperatura, salinidade e intensidade fótica (luminosidade);
O clima, controla a temperatura e a salinidade da água, como também o regime hidrodinâmico. Embora a produtividade ocorra tanto nas altas como nas baixas latitudes, sua maior efetividade tem lugar nas águas mais quentes de oceanos;
A intensidade da luminosidade depende da profundidade da água, decrescendo exponencialmente com o aumento da mesma. Nas partes mais rasas, onde a turbidez é mais acentuada, nota-se sensível decréscimo de produtividade orgânica;
A ressurgência é também particularmente importante para os ambientes carbonáticos, processo este que se caracteriza pela ascensão até a superfície, das águas de fundo frias e enriquecidas por nutrientes;
As variações glacio-eustáticas do nível do mar, podem retardar ou inibir a produtividade carbonática, principalmente quando a elevação ou abaixamento do nível marinho se processam de forma rápida, causando alterações no nível médio do mar, traduzidas por afogamento súbito ou emersão das superfícies mais rasas, e conseqüentemente, interferindo nos níveis de profundidade exigidos para o desenvolvimento da maior parte dos organismos produtores;
Considerável volume de material detrítico carbonático, principalmente os de diâmetros maiores pertencentes à organismos tais como algas calcárias, podem permanecer “in situ” e sofrer incrustações por outros organismos ou cimentação carbonática, através do que, constituem estruturas rígidas para servir de suportes determinados tipos de recifes;
Muitos desses organismos podem se tornar indicadores paleoambientais, podendo ser utilizados como critérios de distinção de profundidade e condições dos níveis de energia;
Os pelóides são grãos carbonáticos que podem ocorrer no tamanho areia, silte ou argila; geralmente poligenéticos;
São sedimentos característicos de águas muito rasas, quentes e saturadas de carbonato de cálcio;
Os agregados, partículas também de tamanho areia, resultam da
aglutinação ou ligação de grãos através de finas películas, típicas de ambientes de águas rasas com baixa energia;
A lama carbonática, geralmente poligenética, pode ser derivada da desintegração de algas calcárias, principalmente as clorofíceas, que produzem ampla quantidade de lama aragonítica após sua morte. A lama calcítica é produzida a partir da bio- erosão de material calcítico;
A porção interna de algumas plataformas evidencia presença escassa de sedimentos carbonáticos devido à processos de diluição, causados pelo aporte relativamente intenso de material fluvial e muitas vezes também, pela consistência pouco rígida do substrato, fator esse que impede a fixação de determinadas assembléias faunais. Por outro lado, na plataforma externa são comuns substratos rígidos, os quais constituem condições ideais para a fixação e crescimento de algas coralígenas;
A formação de recifes é resultante da acumulação de material orgânico carbonático, envolvendo uma suíte de organismos cuja proliferação e manutenção está associada a um sistema de intensa produtividade, metabolização carbonática e cadeia alimentar complexa. 
Após sua deposição nas plataformas continentais, os sedimentos estão sujeitos às atividades de organismos e reações químicas. Entre as atividades biológicas mais tradicionais, destacam-se aquelas associados às mobilizações de organismos dentro ou na superfície dos sedimentos, dando origem às estruturas de bioturbação. Estas promovem a destruição ou reformulação de estruturas sedimentares primárias produzidas por agentes inorgânicos;
Nos sedimentos recentes, feições geradas por bioturbação são visíveis a olho nú em camadas arenosas, mas nas lamas, muitas vezes, é necessário a utilização de raios X para identificar horizontes bioturbados;
Os organismos podem desenvolver dois tipos principais de atividades: - perfuração e escavação; os organismos perfuradores dão preferência à substratos duros e semi-consolidados, como por exemplo, rochas, carapaças de moluscos, enquanto que os escavadores atuam principalmente em sedimentos moles e inconsolidados. Esses dois tipos são característicos de ambientes marinhos, atuais ou pretéritos;
Processos contínuos de bioturbação são mais facilitados quando a sedimentação se processa de forma lenta e sem grandes interferências de processos hidrodinâmicos, principalmente ondas e correntes;
Os processos químicos, caracteristicamente pós- deposicionais promovem mudanças químicas nos sedimentos e muitas vezes favorecem o equilíbrio dos mesmos com as condições do ambiente onde foram depositados;
Da mesma forma que os processos físicos afetam a distribuição de componentes químicos nos sedimentos de plataformas continentais, as propriedades químicas exercem influência nas características físicas desses sedimentos. A cimentação e a aglutinação (coesão) são decorrentes de interações químicas entre os grãos, promovendo alterações em suas granulometrias originais e conseqüentemente nas condições de transporte.
As marés, ondas, e correntes associadas, especialmente quando acompanhadas por eventos de tempestades, desempenham nas plataformas continentais atuais, um papel de grande efetividade dinâmica na distribuição, remobilização e retrabalhamento de sedimentos e formação de feições sedimentares características. É preciso considerar também os efeitos esporádicos de correntes oceânicas, que embora restritas ao mar profundo, se propagam para as porções externas da plataforma;
As atividades das correntes de marés, produzem efeitos bem documentados em amplas regiões das plataformas, principalmente nos denominados mares semi-fechados, onde tem capacidade suficiente para mobilizar enormes volumes de areia, como é o caso do Mar do Norte. As feições mais proeminentes relacionadas à este tipo de dinâmica, são os bancos de areia (sand ridges) caracterizados como feições lineares de grande porte e extensão, geralmente dispostos obliquamente à direção das correntes mais robustas. A existência desses bancos parece estar vinculada tanto às condições hidrodinâmicas pretéritas como atuais; 
Os bancos ativos, geralmente são mantidos por correntes de marés com velocidades superiores a 50 cm/s; os bancos inativos apresentam perfis arredondados com declives suaves, localizados sobre fundos arenosos ou lamosos, em áreas de maior profundidade das plataformas e associados às correntes com velocidades bem menores do que 50 cm/s;
Um modelo, representa o zoneamento e os principais tipo de feições deposicionais e erosionais produzidas pelo efeito de correntes de marés em plataformas continentais dominadas por esses processos (Figura 3). As feições refletem a direção, a velocidade dos fluxos das correntes e a trajetória de transporte, levando em consideração, a maior ou menor disponibilidade do material arenoso;
Nas plataformas dominadas por processos de tempestade, as marés desempenham atividade muito reduzida, uma vez que passam a ser substituídas pela ação de ondas e correntes geradas pelos ventos;
As feições mais características produzidas nas plataformas continentais, quando submetidas às severas condições de ondas e correntes que caracterizam episódios de tempestades, com duração de horas ou dias, são as camadas gradacionais. O mecanismo deposicional responsável pela formação dessas camadas envolve uma seqüência de eventos que tem início com a forte agitação ascendente de sedimentos durante o fluxo máximo da tempestade; o assentamento subseqüente das partículas ocorre à medida que a energia de onda vai decrescendo até atingir condições dinâmicas normais, caracterizando o recesso do episódio. Essa seqüência gradacional apresenta uma camada basal residual de sedimentos mais grosseiros (cascalho biodetrítico ou litoclástico) que corresponde à maior energia das ondas, os quais com o decréscimo da tempestade fica inativo, sendo rapidamente recoberto pelo assentamento gradacional das areias e sedimentos finos em direção ao topo;
As correntes oceânicas, geralmente fluem poucos centímetros por segundo, tendo capacidade para transportar apenas sedimentos finos em suspensão, mas em algumas situações de fluxos mais elevados tornam-se suficientemente poderosas para produzir feições erosionais ou então feições arenosas de grande porte, do tipo ondas de areia gigantescas (megaripples).
The deep oceans are the largest areas of sediment accumulation on Earth but they are also the least understood. Around the edges of ocean basins sediment shed from land areas and the continental shelves is carried tens to hundreds of kilometres out into the basin by gravity-driven mass flows. Turbidity currents and debris flows transport sediment down the continental slope and out on to the ocean floor to form aprons and fans of deposits. Towards the basin centre terrigenous clastic detritus is limited to wind-blown dust, including volcanic ash and fine particulate matter held in temporary suspension in ocean currents. The surface waves are rich in life but below the photic zone organisms are rarer and on the deep sea floor life is relatively sparse, apart from strange creatures around hydrothermal vents. Oragnisms that live floating or swimming in the oceans provide a source of sediment in the form of their shells and skeletons when they die. These sources of pelagic detritus are present throughout the oceans, varying in quantity according to the surface climate and related biogenic productivity.
Deep water environements are flooed by ocean crust and are the most widespread areas of deposition worldwide
Debris flow deposits: Remobilisation of a mass of poorly sorted sedimentrich mixture from the edge of the shelf or the top of the slope results in a debris flow, which travels down the slope and out onto the basin plain. Unlike a debris flow on water, an underwater flow is mixed with water and there by becomes more dilute which can lead to a change in flow mechanism and a transition to turbidity current.
Turbidites: Dilute mixtures of sediment and water moving as mass flows under gravity.
They carry variable amounts of mud, sand and gravel over vast distances.
High- and low-efficiency systems.
Low efficiency: A deep marine depositional system is considered to be a low efficiency system if sandy sediment is carried only short distances out ontot he basin plain.
High efficiency: If the transport distances for sandy materal are hundreds of kilometres. High volume flows are more efficient than small-volume flows and the efficiency is also increased by the presence of fines that tend to increase the density contrast with seawater.
Low efficiency systems are concentrated near the edge of the basin.
High efficiency systems will tend to have an area near the basin margin called a bypass zone where sediment is not deposited, and there mayb be scouring of the underlying surface, with all deposition concentrated further out in the basin.
Envolve transferência de sedimentos dos ambientes de águas rasas, temporariamente estocados no talude continental, para os ambientes de mar profundo. Trata-se de um conjunto de processos dinâmicos de grande complexidade que atua sobre o talude continental, envolvendo movimentos de massa com fluxos controlados pela gravidade e pela perda de estabilidade do talude;
A queda de rochas e colapsos de blocos, embora sejam processos integrantes da ressedimentação, não são classificados como fluxos gravitacionais de sedimentos, mas sim como eventos de curta duração, que podem ser agilizados por processos tectônicos, sísmicos ou então decorrentes de erosão durante aprofundamento de cânions submarinos;
As correntes de turbidez (Figura 5), também denominadas correntes de densidade, constituem os mecanismos mais atuantes no transporte de sedimentos ao longo do talude continental. Caracterizam-se como eventos episódicos, envolvendo uma mistura de água e sedimentos sob contínua turbulência, sendo de grande eficiência no transporte de sedimentos grossos e finos de águas rasas para o mar profundo, gerando depósitos sedimentares de variadas espessuras e dimensões;
correntes de turbidez sem associá-las aos cânions submarinos, feições tipicamente erosionais presentes nas margens continentais, principalmente no talude e elevação. As correntes de turbidez são referenciadas como importantes mecanismos de erosão e aprofundamento desses cânions, desde que abundante suprimento sedimentar dos continentes atinja suas cabeceiras, onde têm capacidade suficiente para mobilizar enormes volumes de areias;
O comportamento do fluxo dessas correntes é altamente controlado pelas variações de gradiente, implicando em aceleração e desaceleração, cujos produtos seriam a erosão e a deposição, respectivamente;
A força e a velocidade dos fluxos de turbidez tem sido responsáveis por danos catastróficos em alguns equipamentos, tais como cabos e oleodutos construído no fundo submarino;
Os cânions submarinos constituem uma série de fontes pontuais a partir das quais os fluxos se espalham para o fundo oceânico;
No domínio submarino, a morfologia de um leque é também reconhecidamente radial, alimentada pelo cânion, em cujo sopé constrói amplos depósitos configurando feições do tipo leques ou lobos, conhecidas como leques submarinos;
A sedimentação nos leques submarinos é mantida principalmente pelas correntes de turbidez, quando estas perdem aceleração na superfície do leque (Figura 6). Isto cria um padrão geral de deposição no qual, os sedimentos mais grossos são acumulados na porção mais proximal do leque, e a medida que a corrente vai progressivamente desacelerando, os mais finos vão sendo depositados nas partes mais distais do leque. No entanto, este padrão de transporte e deposição pode ser substancialmente modificado conforme a localização dos canais abastecedores;
Os turbiditos, constituem depósitos de larga ocorrência nos ambientes de mar profundo, os quais formam camadas sedimentares estratigraficamente superpostas, que podem atingir vários quilômetros de espessura. A forma encontrada para resolver a diversidade granulométrica que caracteriza essas camadas turbidíticas, foi a proposição de três modelos faciológicos, nos quais ficaram individualizadas em cada camada, as granulometrias predominantes e as estruturas internas, ressaltando ainda o caráter gradacional evidente nos modelos. Esses modelos foram divididos em : seqüência turbidítica com granulometria grossa, média e fina, em que a primeira, seria uma extensão da clássica seqüência de Bouma (1962). Esta seqüência é formada por cinco níveis ou camadas distintas de sedimentos associados à variações no regime de fluxo da corrente. Deste modo, da base para o topo fica evidenciado um decréscimo ascendente de grão, com deposição de cascalho e areia grossa na base gradando para areia fina, silte e argila em direção ao topo. Essa gradação ascendente é representativa do decréscimo de velocidade do fluxo da corrente, onde as camadas de sedimentos finos podem estar associadas tanto à sedimentação pelágica como à deposição por suspensão em baixa densidade, típica de fluxos lamosos em mar profundo. As camadas inferiores de cascalho e areia grossa correspondem à deposição nas partes mais próximas da origem do fluxo, enquanto as mais finas no topo, seriam acumuladas nas porções distais do leque;
A definição leque submarino fica restrita à ambiente de mar profundo, quando as correntes de turbidez constroem um corpo sedimentar na forma de leque, com vários km de diâmetro.
A submarine fan is a body of sediment on the sea floor deposted by mass-flow processes that may be fan shaped, but more elongate, lobate geometries are also common. A submarine fan can form of any clastic material but its largely composed of terrigenous clastic material supplied by large river systems.
Architectural elements of a submarine fan:
Submarine fan channels: Form distinct elements on the fan surface and may have levees associated with them. They may incise into or pass distally into depositional lobes, which are broad slightly convex bodies of sediment.
Sand-rich systems: A submarine fan system is consdered to be sand-rich if at least 70% of the deposits are sandy. They are usually sourced from sand rich shelves where waves, storms and tidal currents have sorted the material, removing most of the mud and leaving a sand rich deposit that is reworked by turbidity currents. Sand rich turbidity currents have a low efficiency and do not travel very far. So the fan body is relatively small
Muddy systems: The largest submarine fan systems in modern oceans are mud-rich and are fed by very large rivers. Channels are the dominant architectural element of these systems and when some modern submarine fan channels viewed in plan, they are seen to fllow a strongly sinuous course that looks like a meandering river pattern.
Gravel rich systems: Coarse sediment may be deposited at the egde of a basin in coarse grained deltas supplied by braided river or alluvial fans. The gravel is main deposited by debris flows and sands are rapidly deposted by high density turbidity currents.
A base da deposição pelágica reside no assentamento lento ao longo da coluna d’água, de sedimentos de granulometria muito fina (argilas e colóides), colocados inicialmente em suspensão . O produto final do processo consiste na formação dos depósitos pelágicos, típicos tanto no talude e elevação continental, como também na maior parte da superfície das bacias oceânicas;
Os depósitos pelágicos, com ampla distribuição no fundo oceânicos (Figura 7) são individualizados em três classes principais, de acordo com o predomínio de componentes:
Depósitos biogênicos carbonáticos, nos quais predominam sedimentos de natureza biológica, constituídos principalmente por remanescentes esqueletais de organismos planctônicos (que flutuam passivamente nas águas superficiais, cujas estruturas ósseas são formadas por elemento calcítico ou aragonítico (CaCO3);
Depósitos biogênicos silicosos com predominância de detritos esqueletais de organismos planctônicos constituídos por sílica (SiO2);
Depósitos de argilas terrígenas de coloração dominantemente vermelha, constituídas principalmente por argilo-minerais e pequena proporção de material biogênico, tanto calcário como silicoso.
A distribuição dos diferentes tipos de sedimentos pelágicos é governada pela interação dos seguintes fatores: - condições climáticas, padrões de circulação, produtividade e fertilidade de nutrientes orgânicos nas águas superficiais, solubilidade relativa de carbonato e sílica, e suprimento de partículas argilosas de natureza terrígena e vulcânica;	
Significativa proporção de sedimentos pelágicos apresentam tempos distintos de assentamento em função das diferenças de tamanho de suas partículas;
Os depósitos pelágicos carbonáticos, são mais conhecidos pela denominação de vasas calcárias ou carbonáticas, e os constituídos por material silicoso são designados de vasas silicosas;
As vasas carbonáticas têm sua formação controlada pelo fornecimento de carbonatos para os oceanos. Este resulta da entrada de bicarbonato de cálcio por via fluvial, da troca de dióxido de carbono (CO2) na interface ar/água e da remoção de carbonato de cálcio por precipitação nas camadas mais superficiais da água marinha;
Cerca de 90% do material carbonático é dissolvido antes de chegar ao seu destino nos depósitos pelágicos, dissolução essa controlada pela profundidade de compensação calcítica;
Abaixo desse nível se processa a dissolução de carbonato calcítico (mais resistente do que o aragonítico) e o conseqüente impedimento de sua acumulação;
Os principais tipos de vasas carbonáticas são individualizados em vasas de foraminíferos, vasas de nanofósseis (cocólitos) e vasas de pterópodos, para as quais, os índices de boa ou pobre preservação são fornecidos através das lisoclinas;
Nas vasas de foraminíferos, predominam espécies planctônicas com tamanho de grão na fração areia (< 61 mm), assessoradas por granulometrias menores. São comuns neste tipo de vasa as espécies globigerinóides. Dos vários parâmetros ambientais controladores da distribuição dos foraminíferos planctônicos, a temperatura é considerada um dos mais importantes, embora a salinidade se encaixe também nessa importância para determinadas espécies;
Nas vasas de nanofósseis ou cocólitos, predominam componentes de algas recentes, de granulometria fina, mais resistentes do que os foraminíferos planctônicos;
Principal fonte de suprimento de sílica provém de rochas continentais enriquecidas com esse elemento, que após intemperismo e erosão é liberado para o transporte fluvial e depositado nas áreas costeiras;
Ao atingir o oceano, a sílica desenvolve um ciclo onde predominam dois fatores principais:
a) 	absorção por organismos viventes (diatomáceas, radiolários, e sílicoflagelados) que constroem suas carapaças e esqueletos com sílica amorfa hidratada; 
dissolução do material esqueletal silicoso após a morte do organismo que em suspensão ao longo da coluna d’água sofre processo de redissolução;
As vasas de diatomáceas, de natureza vegetal, são constituídas por algas silicosas fitoplanctônicas, cujo crescimento é favorecido pela redução da salinidade, o que geralmente ocorre ao largo de desembocaduras fluviais, principalmente nas altas latitudes;
Esses microfósseis podem se desenvolver em sistemas individuais ou em colônias, mas independente desse detalhe, são de extrema importância na ecologia e estratigrafia marinha. Constituem o primeiro grupo de produtores primários de sílica em suspensão na coluna d’água, secundados pelos radiolários;
A sedimentação hemipelágica geralmente tem sua maior distribuição ao longo de muitos taludes continentais;
As argilas pelágicas têm como principais componentes, partículas terrígenas de diâmetros microscópicos, especialmente representadas por grupos de minerais aluminosilicatados (ilita, montmorillonita, caulinita e clorita) como também poeira eólica, quartzo, feldspato, poeira cósmica e vulcânica;
A montmorilonita tem como fonte principal de suprimento, material vulcânico continental soprado pelo vento, e produto vulcânico submarino, os quais são alterados para montmorilonita quando amplamente expostos à ação da água marinha. Como a atividade vulcânica é mais efetiva ao longo dos oceanos Pacífico e Indico e menor no Atlântico, os depósitos mais significativos de montmorilonita estão localizados nos dois primeiros;
A ilita é um termo geral aplicado para definir componentes argiláceos decorrentes da alteração de micas por processos de intemperismo, em áreas fontes tipicamente continentais;
A caulinita, produto de intenso intemperismo químico em áreas tropicais, representa um resíduo aluminosilicático resultante da decomposição de feldspatos e outros minerais, sob processo de acentuada lixiviação. Portanto, é um tipo de argilo-mineral que reflete processos formadores de solos em áreas fontes continentais em regiões de baixas latitudes;
A clorita, é um constituinte decorrente de erosão física de rochas submetidas à metamorfismo de baixo grau, amplamente expostas em zonas glaciais;
O gelo é seu principal agente de transporte.

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