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4. Quais as origens das luta de classe ou da correlação de forças? R: Marx ver as lutas de classes como uma das expressões das contradições e antagonismos sociais existentes na sociedade burguesa do período industrial do capitalismo. A luta de classe originou-se no interior das fabricas, onde os antagonistas (trabalhador x donos da produção) se enfrentam constantemente, pois tem interesses divergentes. De acordo com José Paulo Netto, essa luta de classe não ocorre somente nas fabricas, mas também na universidade, na família e em qualquer espaço da sociedade. Na fabrica a luta de classe ocorre por conta da exploração abusiva da classe trabalhadora, que ao perceber tal exploração passa reivindicar melhores condições de trabalho e melhores salários. Na universidade é a direção social do conhecimento que gera luta de classes, pis ocorre uma disputa pela apropriação do saber e conhecimento produzidos. José Paulo Neto alega que existe um falso processo de democratização da universidade brasileira. Ele se mostra contra a eleição direta para reitores por voto universal, porque a tal transforma a universidade num balcão de projetos, onde a produção de conhecimento obtidos por meio de estudos e pesquisas, acaba sendo destinadas para instituições privadas. Jose Paulo Neto afirma que a luta de classe esta presente na instituição familiar, pois é constitutiva desta. A luta de classe está presentes nas relações familiares, especialmente na constituição de casamentos de pessoas de classes diferentes, onde se intensifica as diferenças entre pobre e rico. Se há separação dos cônjuges, a luta de classe caracteriza-se na divisão de bens (a partilha de propriedades), na disputa da guarda dos filhos (que vai definir o padrão de socialização destes) e no repasse das heranças. A polarização social diferencia as relações sociais entre ricos e pobres. O Estado é o ente criado pela sociedade e deveria regular as relações sociais, mas que mudou de figura (de acordo com Marx, o Estado é o Comitê Executivo da Burguesia – Manifesto Comunista). Carlos Neto Coutinho em sua analise vê o Estado como dualidade de poder (há disputa e lutas de classes no seu interior). A luta de classe se expressa, pois no interior da instituição ocorre uma disputa pelo poder, tanto trabalhadores quanto burgueses e suas representações partidárias, querem tomar o poder para si.
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