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O SISTEMA PRISIONAL E O PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO DE APENADOS: CAMINHOS POSSÍVEIS

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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
PABLO ROBERTO SEIXAS COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O SISTEMA PRISIONAL E O PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO 
DE APENADOS: CAMINHOS POSSÍVEIS 
 
 
 
 
 
 
 
VILA VELHA 
2014 
 
 
 
 
PABLO ROBERTO SEIXAS COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
O SISTEMA PRISIONAL E O PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO 
DE APENADOS: CAMINHOS POSSÍVEIS 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
APRESENTADO A FACULDADE ESTÁCIO 
DE SÁ DE VILA VELHA COMO REQUISITO 
PARCIAL PARA A OBTENÇÃO DO GRAU 
DE PEDAGOGO SOB A ORIENTAÇÃO DA 
PROFº MSC. ELDA ALVARENGA. 
 
 
 
 
 
VILA VELHA 
2014 
 
 
PABLO ROBERTO SEIXAS COSTA 
 
 
 
 
O SISTEMA PRISIONAL E O PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO DE 
APENADOS: CAMINHOS POSSÍVEIS 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Faculdade Estácio de Sá de 
Vila Velha, como requisito parcial para a 
conclusão do Curso de Pedagogia. 
 
 
 
 
Aprovado em _________________________ 
 
COMISSÃO EXAMINADORA 
 
____________________________________________________ 
Professora Mestre Elda Alvarenga 
FACULDADE ESTACIO DE VILA VELHA 
 
_____________________________________________________ 
Professora Especialista Elisabeth Alvarenga 
INSTITUTO DE ATENDIMENTTO SOCIOEDUCATIVO DO ESPIRITO SANTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Então, educamos e somos educados. Ao compartilharmos, 
no dia-a-dia do ensinar e do aprender, ideias, percepções, 
sentimentos, gestos, atitudes e modos de ação, sempre 
ressignificados e reelaborados em cada um, vamos 
internalizando conhecimentos, habilidades, experiências, 
valores, rumo a um agir crítico-reflexivo, autônomo, criativo e 
eficaz, solidário. Tudo em nome do direito à vida e à 
dignidade de todo o ser humano, do reconhecimento das 
subjetividades, das identidades culturais, da riqueza de uma 
vida em comum, da justiça e da igualdade social. Talvez possa 
ser esse um dos modos de fazer Pedagogia." 
(JOSÉ CARLOS LIBÂNEO). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nunca se esqueça, em toda a sua vida, abaixo de Deus, 
tenha sempre: “FOCO, FORÇA E FÉ”. 
 (PABLO SEIXAS) 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
“O Deus de meus pais, eu te dou graças e te louvo, porque me destes sabedoria e 
força”. (Daniel 2: 23a) Agradeço primeiramente a DEUS por ter me dado a 
chance de ser o que escolhi, mas também por ter iluminado o meu caminho 
durante esta caminhada dando-me a força e a sabedoria necessárias para viver um 
dia de cada vez. 
 
À minha orientadora Elda Alvarenga pela paciência, incentivo, companheirismo na 
orientação que tornaram possível a conclusão desta monografia e pela 
amizade que se construiu para além dos espaços da universidade. 
 
À minha família, mãe, pai irmãos filhos e esposa querida Mônica de Carvalho 
Rodrigues Costa, que muito colaborou me apoiando nesta caminhada espinhosa e 
dolorida em busca de novos saberes e conquistas. 
 
Agradeço também a Professora Especialista Elisabeth Alvarenga por ter me honrado 
aceitando o convite para minha banca. 
 
Nesta caminhada existem pessoas que sou muito grato e que fez a diferença na 
minha vida, Russiene Santos Sarlo, minha professora e coordenadora do Curso de 
Pedagogia que me apresentou juntamente com os professores João Neto e Elda 
Alvarenga, a saída da caverna através do conhecimento e busca de saberes. 
 
Ás instituições que abriram suas portas para acolher cada estagiário que ali chegou, 
obrigada pela confiança e experiência adquirida ao longo dos períodos. 
 
Aos mestres que cruzei durante minha vida acadêmica, pelas trocas de 
conhecimento, incentivo, ajuda e principalmente por mostrar -me o verdadeiro 
papel do educador. 
 
 
 
RESUMO 
 
A pesquisa, ora denominada “o sistema prisional e o processo de ressocialização de 
apenados: caminhos possíveis” tem como problema em que medida o sistema 
prisional realiza a reintegração social de apenados no Brasil?, que por sua vez as 
hipóteses se presenta na visão de Foucault (1998), afirmando que o conceito de 
prisão passou por variadas fases da história até a atualidade, e que o ser humano e 
de extremo valor. Já o teórico Bulos (2003), afirma que a educação e o caminho 
para que o homem possa evoluir perante seus objetivos e ideais. Cicilliatti (2008), 
por sua vez relata que os presos estão se fortalecendo do poder público deixando 
claro que o poder paralelo esta sob a legislação vigente. O objetivo da presente 
pesquisa é fazer uma breve análise de que forma são garantidos os direitos dos 
apenados que se encontram sobre a custodia do Estado, pois visa avaliar o 
processo educativo da reintegração social de apenados no Brasil, identificar a 
metodologia utilizada no processo de reintegração social de apenados no Brasil e 
relacionar a práxis do reintegrador com as necessidades dos internos do sistema 
penitenciário brasileiro. Quanto a justificatica, o processo de reintegração social dos 
internos nas unidades penitenciárias do Brasil, tem um significado de grande 
importância, pois é trabalhando com a visão de reintegração que se garante o direito 
de um sujeito que em outros tempos se perdeu mediante a um padrão ao qual a 
sociedade o tem como ideal. A escolha do tema se deu pela extrema importância de 
levar ao conhecimento de todos, que em presídios existem medidas de reintegração 
social, e que os futuros pedagogos devem estar atualizados de várias metodologias 
e ambientes educacionais. A relevância desta pesquisa é trazer à reflexão para uma 
sociedade sobre a importância da reintegração dos internos, pois é desta forma que 
mudamos todo um contexto social, colocando a educação como prioridade e 
fazendo valer o direito aqueles que através de seus atos infracionais se excluíram da 
sociedade. Referente a metodologia, a análise se deu de forma bibliográfica e com 
base na experiência que adquiri trabalhando no sistema penitenciário capixaba onde 
pude observar a realidade dos apenados da unidade prisionais que atendo por 
pertencer ao quadro de escolta penitenciária. Baseando-se no pensamento de Lima 
(2007), se tratando da pesquisa bibliográfica, foi possível destacar teoricamente os 
diversos pensamento dos autores em relação ao problema da pesquisa contribuindo 
com elementos que subsidiam a análise futura dos dados obtidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................. 09 
 
2 PROBLEMA ....................................................................................... 11 
 
3 HIPÓTESE.......................................................................................... 
 
4 OBJETIVOS........................................................................................ 
 
4.1 OBJETIVOS GERAL....................................................................... 
 
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................... 
 
5 JUSTIFICATIVA................................................................................. 
 
6 METODOLOGIA................................................................................. 
 
6.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA.................................................. 
 
7 O SISTEMA PRISIONAL E O PROCESSO DE 
RESSOCIALIZAÇÃO DOS APENADOS: CAMINHOS POSSÍVEIS.... 
 
7.1 SISTEMA PRISIONAL E DIREITOS HUMANOS NO BRASIL........7.2 REINTEGRAÇÃO SOCIAL NO SISTEMA PENAL.......................... 
 
7.3 REALIDADE NO SISTEMA PRISIONAL NO BRASIL..................... 
 
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................ 
 
9 REFERÊNCIAS.................................................................................. 
12 
 
13 
 
 13 
 
 13 
 
 14 
 
 15 
 
 15 
 
 
 17 
 
 17 
 
 24 
 
 35 
 
 43 
 
 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A Reintegração Social num sistema prisional hoje, nunca teve tantas atenções e 
políticas voltadas para seu bom desempenho. Nos últimos anos, estudos têm 
apontado que a solução dos problemas carcerários e da necessidade de gerar 
dignidade aos sujeitos envolvidos, não dependem somente de profissionais 
qualificados em suas áreas específicas, mas também de uma legislação que 
funcione mediante as necessidades dos problemas sociais. 
 
Neste TCC abordaremos a forma que é executada a pena, e as formas legais que 
fazem parte da reintegração social dos presos com suas perspectivas relacionadas 
aos problemas sociais. 
 
A pesquisa, ora denominada “o sistema prisional e o processo de ressocialização de 
apenados: caminhos possíveis” tem como problema em que medida o sistema 
prisional realiza a reintegração social de apenados no Brasil?, que por sua vez as 
hipóteses se presenta na visão de Foucault (1998), afirmando que o conceito de 
prisão passou por variadas fases da história até a atualidade, e que o ser humano e 
de extremo valor. Já o teórico Bulos (2003), afirma que a educação e o caminho 
para que o homem possa evoluir perante seus objetivos e ideais. Cicilliatti (2008), 
por sua vez relata que os presos estão se fortalecendo do poder público deixando 
claro que o poder paralelo esta sob a legislação vigente. O objetivo da presente 
pesquisa é fazer uma breve análise de que forma são garantidos os direitos dos 
apenados que se encontram sobre a custodia do Estado, pois visa avaliar o 
processo educativo da reintegração social de Iinternos no Brasil, identificar a 
metodologia utilizada no processo de reintegração social de apenados no Brasil e 
relacionar a práxis do reintegrador com as necessidades dos internos do sistema 
penitenciário Brasileiro. Quanto a justificativa, o processo de reintegração social dos 
internos nas unidades penitenciárias do Brasil, tem um significado de grande 
importância, pois é trabalhando com a visão de reintegração que se garante o direito 
de um sujeito que em outros tempos se perdeu mediante a um padrão ao qual a 
sociedade o tem como ideal. A escolha do tema se deu pela extrema importância de 
 
 
levar ao conhecimento de todos, que em presídios existem medidas de reintegração 
social, e que os futuros pedagogos devem estar atualizados de várias metodologias 
e ambientes educacionais. A relevância desta pesquisa é trazer à reflexão para uma 
sociedade sobre a importância da reintegração dos internos, pois é desta forma que 
mudamos todo um contexto social, colocando a educação como prioridade e 
fazendo valer o direito aqueles que através de seus atos infracionais se excluíram da 
sociedade. Referente a metodologia, a análise se deu de forma bibliográfica e com 
base na experiência que adquiri trabalhando no sistema penitenciário capixaba onde 
pude observar a realidade dos apenados da unidade prisionais que atendo por 
pertencer ao quadro de escolta penitenciária. Baseando-se no pensamento de Lima 
(2007), se tratando da pesquisa bibliográfica, foi possível destacar teoricamente os 
diversos pensamento dos autores em relação ao problema da pesquisa contribuindo 
com elementos que subsidiam a análise futura dos dados obtidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. PROBLEMA DE PESQUISA 
 
 
Em que medida o sistema prisional realiza a reintegração social de apenados no 
Brasil? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. HIPÓTESES 
 
 
* Nas Penitenciárias dos Estados do Brasil, os profissionais da área da educação 
seguem uma expectativa referenciada no Modelo Pedagógico de formação do 
sujeito, voltados à autonomia dos sócios educandos com base numa proposta da 
Educação libertadora. 
 
* Nas Unidades de Sistema Prisional do Brasil, a abordagem ampla do conceito 
educacional se deve ao processo de formação dos educadores, visando à formação 
dos internos, tendo como princípios de valores: a Ética, Legalidade, e respeito aos 
Direitos Humanos. 
 
* Nas Unidades de Prisionais do Brasil, os internos seguem normas prescritas pelo 
regime interno, que por sua vez são fundamentadas pela (LEP) Lei de Execuções 
Penais e a Declaração Universal dos direitos Humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. OBJETIVOS 
 
 
4.1 OBJETIVO GERAL 
 
- Avaliar o processo educativo da reintegração social de apenados no Brasil. 
 
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
- Identificar a metodologia utilizada no processo de reintegração social de apenados 
no Brasil; 
 
- Relacionar a práxis do reintegrador com as necessidades dos internos do Sistema 
Penitenciário brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. JUSTIFICATIVA 
 
O processo de Reintegração Social dos internos nas Unidades Penitenciárias do 
Brasil tem um significado de grande importância, pois é trabalhando com a visão de 
Reintegração que se garante o direito de um sujeito que em outros tempos se 
perdeu mediante a um padrão ao qual a sociedade o tem como ideal. 
 
A escolha do tema se deu pela extrema importância de levar ao conhecimento de 
todos, que em presídios existem medidas de reintegração social, e que os futuros 
Pedagogos devem estar atualizados de várias metodologias e ambientes 
educacionais. 
 
A relevância desta pesquisa é trazer à reflexão para uma sociedade sobre a 
importância da reintegração dos internos, pois é desta forma que mudamos todo um 
contexto social, colocando a educação como prioridade e fazendo valer o direito 
aqueles que através de seus atos infracionais se excluíram da sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. METODOLOGIA 
 
6.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA 
 
Quanto a abordagem do problema, de acordo com Nanning (1979), a pesquisa é 
qualitativa, pois há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um 
vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não 
pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de 
significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de 
métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de 
dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva. Os pesquisadores 
tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os 
focos principais de abordagem, pois, 
“Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o 
aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, 
portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais 
variados aspectos relativos ao fato estudado. Na maioria dos casos, essas 
pesquisas envolvem: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com 
pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e (c) 
análise de exemplos que ''estimulem a compreensão''. (SELLTIZ et al., 1967, 
p. 63 apudGIL, 2007, p. 41). 
 
Quanto aos objetivos da pesquisa, classifica-se como exploratória por visa 
proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a 
construir hipóteses. Gil (1991) Para o autor, este tipo de pesquisa envolve 
levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências 
práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a 
compreensão. Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos 
de Caso. 
Quanto aos procedimentos do ponto de vista técnico da Pesquisa Gil (1991), se 
enquadra em Pesquisa Bibliográfica, pois é elaborada a partir de material já 
publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente 
com material disponibilizado na Internet. A pesquisa bibliográfica é o estudo 
sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, 
 
 
jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao publico em geral. Fornece 
instrumental analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas também pode 
esgotar-se em si mesmo. O material publicado pode ser de fonte primária ou 
secundária. 
Sendo assim, a partir deste processo, procuramos encontrar e alcançar subsídios, 
fazer triagens críticas dos documentos pesquisados e anotações destas leituras, a 
fim de esboçar objetivos e procedimentos para a estruturação do projeto, que; 
“Ao tratar da pesquisa bibliográfica, é importante destacar que ela é sempre 
realizada para fundamentar teoricamente o objeto de estudo, contribuindo 
com elementos que subsidiam a análise futura dos dados obtidos. Portanto, 
difere da revisão bibliográfica uma vez que vai além da simples observação 
de dados contidos nas fontes pesquisadas, pois imprime sobre eles a teoria, a 
compreensão crítica do significado neles existente.” (LIMA,2007, p.44) 
 
Lima (2007) relata em sua obra que a flexibilidade na obtenção dos dados em uma 
pesquisa bibliográfica, não a torna mais fácil, pois ao contrário do que se pensa ira 
requerer mais trabalho do pesquisador e disciplina em seus recursos metodológicos 
pois e um movimento continuo de busca da apresentação dos objetos, das 
observação das etapas, da leituras, do questionamento e interlocução que o material 
bibliográfico permite, pois deste modo a pesquisa se tornara um procedimento 
metodológico de muita importância em relação a produção de conhecimento 
cientifico totalmente capaz de gerar em temas que foram pouco explorados, a 
postulação de hipóteses, ou ate mesmo interpretações que serviram de ponto de 
partida para outras pesquisas e pesquisadores. 
Lima (2007) aput Quiroga (1991), chama a atenção para que se possa enfatizar o 
pensamento, pois e preciso haver um constante dialogo com o real, pois as 
categorias são compreendidas a partir da realidade, de sua observação totalmente 
empírica do movimento histórico concreto onde desta forma, 
Entende-se pesquisa como um processo no qual o pesquisador tem “uma 
atitude e uma prática teórica de constante busca que define um processo 
intrinsecamente inacabado e permanente”, pois realiza uma atividade de 
aproximações sucessivas da realidade, sendo que esta apresenta “uma carga 
histórica” e reflete posições frente à realidade (LIMA, 2007,p.38.aput. 
MINAYO, 1994, p.23). 
 
 
Lima (2007) relata que a exposição do método da pesquisa e o primeiro passo para 
que se possa definir todo o percurso na metodologia onde se apresentar, ira compor 
determinada pesquisa do caminho do pensamento e a pratica exercida na expressão 
da realidade ira se encontrar constituída pela visão de um mundo social veiculado 
pela teoria da qual o pesquisador vale. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. O SISTEMA PRISIONAL EO PROCESSO DE RESOCIALIZAÇÃO DE 
APENADOS: CAMINHOS POSSÍVEIS 
 
7.1 SISTEMA PRISIONAL E DIREITOS HUMANOS NO BRASIL 
De acordo com Cultura Brasileira, os direitos humanos são resultado de uma longa 
história, Khammu-rabi, rei da Babilônia no 18º século A.C mandou que inscrevessem 
21 colunas, 282 cláusulas que ficaram conhecidas como Código de Hamurábi, desde 
então já se falava em direitos humanos, o rei em uma de suas declarações dizia que: 
“Em minha sabedoria eu os refreio, para que o forte não oprima o fraco e para que 
seja feita justiça à viúva e ao órfão... Que cada homem oprimido compareça diante 
de mim, como rei que sou da justiça”. (Código de Hamurábi). 
O Código de Hamurabi foi considerado como a primeira codificação a confirmar os 
direitos comuns dos homens, como a vida a honra, a dignidade, entre outros, sendo 
que, na Idade Média, diversos documentos jurídicos reconheciam a existência de 
direitos humanos, onde passam mesmo a ser importantes no meio internacional 
com o advento da Carta das Nações Unidas, em 1945, bem como com a 
promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, sendo 
através destas que os direitos humanos passaram a ser destaque na esfera 
internacional. O artigo V da Declaração Universal dos Direitos Humanos diz que, 
ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou 
degradante. 
Com o passar do tempo, através das novas constituições que foram se criando, essa 
preocupação com os direitos humanos foi se lapidando, buscando cada vez mais um 
aperfeiçoar e aprimorar no assunto. Contudo após várias evoluções, podemos 
afirmar que com a promulgação da atual Constituição, em 05 de outubro de 1988, foi 
ampliado consideravelmente o rol de garantias fundamentais, dando mais ênfase e 
efetividade aos direitos humanos. 
Por sua vez os direitos humanos visam assegurar os valores mais preciosos da 
pessoa humana, a vida, a solidariedade, a igualdade, a fraternidade, a liberdade, a 
dignidade da pessoa humana. Configuram um direito inalienável de qualquer 
 
 
pessoa, em qualquer lugar do mundo, por isso se faz necessário a previsão em 
todas as Constituições. Contudo não basta garantir direitos sem criar meios para 
efetivamente protegê-los, fazendo-se necessário, no âmbito universal, a criação de 
sistemas direcionados à proteção dos direitos humanos, pois toda a historia humana 
com suas vivencias, crenças e objetivos deixa claro que, “a desigualdade dos 
direitos e a primeira condição para que haja direitos”. (NIETZSCHE apud FULLER, 2012, 
p.91). 
Ao longo dos anos foram criados instrumentos fundamentais na efetivação dos 
direitos humanos, dentre eles podemos citar a Declaração dos Direitos Humanos, 
que hoje é o pilar fundamental em todo o mundo e todos os demais instrumentos da 
normativa internacional, que por sua vez, a Carta Magna Constituição Federal de 
1988 destaca a prevalência dos Direitos Humanos, visando este objetivo, todas as 
normas dirigidas a esse fim devem ser objeto de subscrição pelo Estado brasileiro e 
aprovação imediata pelo Congresso Nacional, desde que se ponha como certa a 
incondicionada vinculação dos atos de governo aos princípios constitucionais 
fundamentais, inclusive aqueles responsáveis pelo comportamento do Brasil no 
cenário internacional, pois 
O Brasil foi um dos primeiros países a aprovar um plano nacional de direitos 
humanos. Suas bases foram resultantes de longas jornadas de lutas de 
entidades, instituições e personalidades, expressando sempre o anseio da 
imensa maioria da população que se privava no dia-a-dia, as vezes de 
elementares direitos humanos e subjugada a mil formas de violência 
institucionalizadas ou não. 
O Espirito Santo foi um dos poucos estados a apresentar um conjunto de 
propostas articuladas, que em sua maioria foi aprovadana conferencia 
nacional de direitos humanos e incluída no programa nacional. (ESPIRITO 
SANTO, 1996, p.5). 
 
Numa perspectiva de busca de reconhecer e se preocupar com as questões que 
orientem a sociedade no que se diz a repito do direito do ser humano, políticas 
públicas foram criadas para que se pudesse de uma forma ética, humana e 
incondicional, e buscar fazer valer os direitos daqueles que se perderam em seu 
contexto histórico social mediante os valores e às necessidades impostas pela 
sociedade referente a uma vida em coletivo. Atualmente com as novas tendências 
humanísticas que busca, de uma forma democrática e libertadora, incluir ao ceio da 
 
 
sociedade os excluídos socialmente pelos seus atos criminosos e incoerentes ao 
que se espera em uma vida em coletivo, podemos enxergar claramente que a 
Reintegração Social num sistema Prisional, esta encontra-se em faze de grande 
conquista, pois nunca teve tantas atenções e políticas voltadas para seu bom 
desempenho acreditando no sujeito que ainda que em seu histórico social não tenha 
sido de grandes benefícios à sociedade. Nos últimos anos, vários estudos têm 
apontado que a grande solução dos problemas carcerários em inovação da 
necessidade de gerar dignidade aos sujeitos envolvidos que em seu tempo se 
perderão diante dos padrões sociais, não dependem somente de profissionais e 
estudiosos qualificados em suas áreas específicas, mas também de uma legislação 
faça diferença, ou seja, que funcione verdadeiramente mediante as necessidades 
dos problemas sociais encontrados em nosso País mediante o Sistema Prisional. 
De acordo com Foucault (2009), o afrouxamento da severidade penal no decorrer 
dos últimos séculos é um Fenômeno bem conhecido e velho dos historiadores 
do direito. Entretanto, foi visto, durante muito tempo, de forma geral, como se 
fosse fenômeno quantitativo, pois menos sofrimento, mais suavidade, mais 
respeito e “humanidade”. Na verdade, podemos enxergar que tais modificações e 
problemas se fazem concomitantes ao deslocamento do objeto da ação punitiva, 
pois talvez a mudança de objetivo, certamente, ao qual o autor ainda relata em 
sua obra que se não é mais ao corpo que se dirige a punição, em suas 
formas mais duras, sobre o que, então, se exerce? Mediante a estes 
questionamentos, os grandes teóricos nos traz a resposta daqueles que abriram, por 
volta de 1780. O período que ainda não se encerrou é simples, quase evidente, 
onde dir-se-ia inscrita na própria indagação, pois não é mais o corpo, é a 
alma qua se busca punir, a expiação que tripudia sobre o corpo deve suceder 
um castigo que atue, profundamente sobre o coração, o intelecto, a vontade, 
as disposições. Mably formulou o princípio decisivo: que o castigo, se assim posso 
exprimir, fira mais a alma do que o corpo. 
A individualização se apresenta como o objetivo derradeiro de um código bem 
adaptado. Ora, podemos viver essa individualização que é muito diferente, em 
natureza, das modulações da pena que se encontravam na jurisprudência. Pois 
nesse ponto ela estava de acordo com a prática penitenciária cristã que usava duas 
séries de variáveis para ajustar o castigo, as da “circunstância” e as da “intenção”. 
 
 
Ou seja, elementos que permitiam classificar o ato em si mesmo. Mediante o 
argumento do autor, digo que esta pesquisa buscar investigar a aplicações do 
processo de reintegração social dos internos nas Unidades prisionais do Brasil, 
buscando de uma forma objetiva e bem clara, entender sua história, problemas, 
dificuldades, avanços, seu crescimento positivo e negativo em nosso cotidiano social 
com o decorrer do tempo, muitas de suas deficiências e seus pontos positivos, são 
voltados para uma política de trazer de volta ao seio da sociedade aquele que um 
dia se perdeu mediante seus próprios conceitos caindo assim na contra mão dos 
princípios de valores sociais ditados por nossa sociedade. 
De acordo com teóricos do campo social, no Brasil muito foi feito, e muito ainda se 
tem para fazer, para que o sistema prisional brasileiro entenda e busque trabalhar 
de uma forma inclusiva, se preocupando com os sujeitos envolvidos com maior 
eficiência, trazendo seus valores e os seus conceitos de reintegração social dos 
internos em nosso sistema carcerário como prioridade em educar e preparar para 
uma nova vida em sociedade. 
De acordo com a Lei de Execuções Penais (LEP), nas unidades do sistema 
prisionais do Brasil, os profissionais da área de reintegração social seguem uma 
perspectiva referenciada no modelo pedagógico de formação do sujeito, voltados á 
autonomia dos sócios educandos com base numa proposta libertadora, pois a 
abordagem ampla do conceito educacional, se deve ao processo de formação dos 
educadores, visando a formação dos internos, tendo como princípios de valores: a 
ética, legalidade, e respeito aos Direitos Humanos, que por sua vez, os internos 
seguem normas pré escritas pelo regime interno, pois as mesmas são 
fundamentadas pela Lei de Execuções Penais (LEP). 
Mediante os problemas encontrados em nosso campo social referente a 
reintegração daqueles que um dia não conseguirão se manter no seio da sociedade 
seja La por qual situação o levou verdadeiramente a praticar tais atos, o objetivo 
desta pesquisa está focado em avaliar o processo educativo da reintegração social 
dos internos nas penitenciárias do Brasil, buscando investigar de uma forma 
incondicional suas formas e métodos de aplicação, onde se poderá identificar as 
metodologias utilizadas, avaliar seu nível de aceitação no processo de Reintegração 
Social buscando relacionar a práxis no sistema prisional. 
 
 
Buscando conhecer pensamentos de diversos autores envolvidos com o tema e 
causa dos Direitos Humanos, fica visível a preocupação e dedicação de diversos 
sujeitos com o assunto. Jhering (2012), relata em sua obra “a luta pelo direito” que 
todas as leis do mundo foram criadas através de batalhas e que por sua vez fica 
caracterizado mediante pesquisas que todo o principio da lei que hoje existente em 
nosso contexto histórico social foram extraídos usando a força daqueles que a 
negarão e que todo o ato de direito legal das nações e de seus indivíduos se 
dispõem em defender-se. O autor relata em seus registros que a lei não é 
simplesmente uma teoria, mas uma espécie de força viva. Diante do assunto 
apresentado chega se a conclusão que a espada e a balança precisam andar 
alinhadas para que possam ser utilizadas de forma equilibrada, pois o estado da lei 
só se torna perfeito quando o poder em que a justiça carrega a espada se mantem 
igualada com a habilidade a qual ela segura a balança para executar diante da 
sociedade buscando garantir o interesse de um coletivo social. Desta forma, 
Todas as leis no mundo foram estabelecidas por meio da luta. Todo princípio 
da lei que existe teve que ser extraído usando a força daqueles que negaram; 
e todo direito legal- os direitos legais de toda uma nação como também os 
dos indivíduos- supõe uma disposição contínua de se afirmar e de defender. 
A lei não é mera teoria, mas uma força viva. E é assim que a justiça por um 
lado segura a balança, em que ela pesa o direito, e pelo outro segura a 
espada com que ela a executa. A espada sem a balança seria pura força, a 
balança e a espada seria a impotência da lei. A balança e a espada têm que 
andar juntas, e o estado da lei só é perfeito quando o poder em que a justiça 
carrega a espada está igualado pela habilidade com que ela segura a 
balança. (VON JHERING, 2012, p.53). 
 
Falconi (1998) considera em sua obra que a prisãoe como os estabelecimentos que 
o Estado destina para manter sob sua guarda aqueles indivíduos que, em 
decorrência de seu comportamento “antissocial”, precisam ser segregados, desde 
que haja norma jurídica assim determinando. O autor descreve com olhar crítico da 
situação carcerária que o conceito de prisão passou por variadas fases em nossa 
historia, desde a antiguidade até a atualidade, sendo certo que suas características 
sofreram agudas e profundas transformações em nosso cotidiano, pois o ser 
humano é um sujeito de extrema importância e valor. Todo indivíduo quando é 
colocado em uma posição em que ele e compelido, o mesmo se torna muito mais 
importante ainda e um dos atores principais que levara a defender seus direitos 
legais fazendo parte e contribuindo com todo os seus esforços e saberes para uma 
 
 
ideia de termos de leis defendidas por uma nação pois e estado e responsável pela 
integridade física e moral daqueles que se encontram sobre sua custodia pelos 
motivos de terem perdido seus valores perante e atacado todo um contesto social 
onde a sociedade a tem como modelo e certo. Sendo assim, 
[...] Cada indivíduo colocado em uma posição em que ele é compelido a 
defender os seus direitos legais faz parte do trabalho de uma nação e 
contribui o seu esforço rumo á realização da ideia de termos de leis na terra. 
(VON JHERING, 2012, p.54). 
 
Jhering (2012), relata que gerações são constituídas por suas historias de 
subjetividades, onde em seu tempo, algumas se constituem com guerras e outras 
em situação de paz, mas as mesmas com os mesmos objetivos, ou seja: de garantir 
seus direitos e seus objetivos coletivos sejam eles por meios de guerra o de acordo 
de paz. Para Jhering (2012), “[...] A vida de uma geração é guerra, da outra é paz; e 
nações, por causa dessa diferença de divisão subjetiva, estão sujeitas á mesma 
ilusão precisamente como indivíduos. 
Em nosso cotidiano, a palavra direito nos leva para duas formas distintas de analisa-
lo, uma se apresenta subjetivamente mediante a transformação da regra abstrata em 
direito legal e concreto da pessoa envolvida, e outra forma e o da objetividade, 
visando abranger todos os princípios da lei pelo estado, se manifestando da seguinte 
forma, 
O termo “direito” é, como se sabe, usado em nossa língua de duas formas,- 
de uma forma objetiva e de uma forma subjetiva. Assim, “direito”, no sentido 
objetivo da palavra, abrange todos os princípios da lei aplicados pelo estado; 
é a ordem legal da vida. Mas “direito”, no sentido subjetivo da palavra, é, por 
assim izer, a transformação da regra abstrata ao direito legal concreto da 
pessoa. [...]. (VON JHERING, 2012, p.56). 
 
Visando a questão da lei histórica e da lei do passado, encontraremos partidos que 
se opõem em seus objetivos, pois existe uma lei que esta sempre se renovando, que 
e a eterna e primordial lei da humanidade, Jhering (2012) relata que esses conflitos 
são trágicos para aqueles que colocaram suas convicções, forças e objetivos em 
somente no julgamento supremo da historia. Todos as conquistas históricos de 
nossos conhecimentos tiveram que ser conquistados mediante lutas e grandes 
 
 
esforços sem se desfalecer, como a abolição da escravidão, da servidão pessoal, a 
liberdade da propriedade rural, da indústria, etc... Muitas dessas conquistas foram 
adquiridas em varias vezes por batalhas violentas e sangrentas que duravam por 
séculos e seus direitos a respeito do ser humano eram pisoteados e reduzidos ao pó 
para que se pudessem chegar a seus objetivos. O autor relata ainda que a lei pode 
ate renovar sua juventude, mas se abandonar seu passado de alienação e 
desrespeito a vida de uma forma sangrenta onde, 
 
[...] Aqui, encontramos dois partidos que se opõem, cada um levando com si a 
santidade da lei – a da lei histórica, a da lei passado, e o outro da lei que está 
sempre vindo a ser, sempre se renovando, a eterna e primordial lei da 
humanidade. Esse conflito é trágico para aqueles que colocaram todas as 
suas forças e os seus próprios seres nas suas convicções e que finalmente 
sucumbem ao julgamento supremo da história. A abolição da escravidão, da 
servidão pessoal, a liberdade da propriedade predial, da indústria, da 
consciência etc. – tiveram que ser conquistadas, em primeira instância, dessa 
forma, por meio das batalhas mais violentas, que muitas vezes duraram 
séculos. Frequentemente, rios de sangue, e por todos os lados direitos 
pisoteados, marcam o caminho pela qual a lei passou durante tal conflito. 
Pois a lei é Saturno devorando os seus próprios filhos. A lei pode renovar a 
sua juventude, mas somente quebrando com o seu passado. (VON 
JHERING, 2012, p.61). 
 
Jhering (2012), afirma que o ser humano passa a pensar que as coisas aconteceram 
de uma forma única, e que só resta a ele aguardar pelos resultados de uma forma 
pacífica com os braços cruzados acreditando que tudo acontecera vindo da tal 
conhecida e forte fonte primordial da lei. Resumindo o pensamento do autor, a lei em 
seu modo de ver as coisas e uma ideia que envolve muita força e que os olhos das 
grandes mentes se encontravam fechados para a causa, 
 
[...] de um lado a lei e do outro a linguagem e a arte. Essa doutrina é falsa, 
mas não é perigosa como uma opinião filosófica. Como uma máxima política, 
porém, ela contém um erro cheio das maiores consequências imagináveis, 
pois dá ao homem esperança em vez de faze-lo agir, é agir com uma 
consciência completa e clara sobre a meta que ele deseja alcançar. Ela dá ao 
homem a esperança de que tudo acontecerá de forma única, que o melhor 
que ele pode fazer é cruzar os seus braços e esperar com confiança que 
lentamente tudo acontecerá vindo da fonte primordial da lei chamada: a 
convicção natural do direito legal. [...]. O costume para Putcha é 
simplesmente um modo de reconhecer a convicção do que é legalmente 
correto, mas essa convicção em si é primeiro formada com base nas suas 
próprias ações, por meio dessa ação ele primeiro demonstra o seu poder e o 
 
 
seu chamado para governar a vida. Resumindo o princípio: a lei é uma ideia 
que envolve força – para isso, os olhos dessa grande mente estavam 
completamente fechados. [...](SAVIGNY. PUTCHA apud VON JHERING, 
2012, p.62). 
 
O autor relata que a origem da lei assim como a do homem em todo o seu contexto 
histórico social, sempre foram acompanhados das grandes dores como de parto, 
pois mediante fatos que comprovam que a lei não e fácil, e que muitos tiveram que 
trabalhar e lutar sangrando por ela, foi criado as grandes nações e suas leis como 
vínculos gerando de mãe e filho, mas não deixando de registrar o momento em que 
a mãe em seu parto coloca o filho em risco, assim foram as grades batalhas em pro 
da nações conquistarem suas lei mediantes seus direitos e alvos, com tudo isso 
chegamos a conclusão de que a “a igualdade pode ser um direito, mas não há poder 
sobre a terra capaz de a tornar um fato”. (HONORE DE BALZAC apud FULLER, 
2012, p.91). 
As politicas públicas voltadas ao contexto de direitos do homem, ainda caminham a 
passos lentos, se apresentando como uma utopia, mas de acordo com os teóricos 
aqui apresentados, muito trabalho ainda precisa ser feito para que realmente o ser 
humano possa fazer parte e tomar posse de todos os teus direitos. 
 
7.2 REINTEGRAÇAO SOCIAL NO SISTEMA PENAL 
Em pleno século XXI, é impossível pensar em um sistema prisional sem pensar em 
politicas voltadas para a reintegração social do sujeito que se perdeu mediante os 
conceitos e ideais da sociedade, pois, de acordo com Governo do Estado de Minas 
Gerais (2004), uma das soluções visíveis e concretas para solucionar os problemas 
relacionados a uma reintegração social medianteos problemas encontrados em um 
sistema prisional esta no ajustamento e politicas publicas voltadas as penas 
alternativas e assistência ao preso egresso, para que se possa trabalhar de uma 
forma que apresente resultados ressocializadores mais rápido possível. Ou seja, 
adquirir uma postura totalmente oposta a de ficar administrando crises, pois as 
penas alternativas ira diminuir a superlotação no sistema presidiário, os custos aos 
cofres públicos, favorecer o maior objetivo, que é o de ressocialização buscando 
 
 
integrar o individuo a sociedade com novos conceitos a respeito da vida em coletivo, 
reduzir a reincidência, pois de acordo com as novas formas na legislação referente 
as penas alternativas, elas podem ser aplicadas aos presos condenados por 
sentenças de até quatro anos e que não sejam reincidentes do sistema prisional, 
onde desta maneira; 
a) A pena privativa de liberdade deve ser a ultima ratio, limitando-se aos 
crimes de maior gravidade e infratores perigosos, sendo aplicada 
somente quando absolutamente necessária; 
b) A pena devera sempre cumprir uma função ressocializadora amparando 
hipóteses alternativas que prestigiem a reinserção do condenado no 
convívio social; 
c) A aplicação da lei penal envolve encarar não somente o problema da 
razão de se sancionar alguém, mas também como e quando faze-lo; 
d) A ressocialização de delinquente deve ser a meta prioritária da 
condenação penal, sem que isso signifique, em termos absolutos, 
esvaziamento da pena; 
e) A preponderância da ressocialização como fim de execução penal não 
deve pautar somente os programas de politica criminal, mas formular uma 
ética jurídica que represente equilíbrio entre liberdade individual e os 
interesses da sociedade democrática (JESUS; DMÁSIO 1998, apud 
MINAS GERAIS, 2004 p. 132-133). 
 
 
O referido documento relata que dentre todas as penas restritivas de direito de 
liberdade, aquela de prestação de serviços comunitários e a que tem sio de maior 
eficácia no sentido da ressocialização e da baixa reincidência no sistema carcerário. 
O monitoramento das penas alternativas de direito a liberdade e realizado da 
seguinte forma de acordo com o programa central de penas alternativas do Estado 
de Minas Gerais (2004), enquanto nas varas criminais os juízes aplicam as medidas 
alternativas de liberdade, uma equipe de apoio técnico, capta, cadastra e capacita 
algumas entidades parceiras, onde por sua vez os órgãos da execução como o Juiz 
e o Ministério Público possa credenciar uma rede de apoio local publica e de 
interesse social. Assim, 
Durante o acompanhamento, a equipe técnica de apoio monitora as situações 
vividas pelo beneficiário, estabelecendo um contato permanente entre o juízo 
e a entidade parceira, através de visitas, reuniões, entrevistas, grupos de 
discursão, seminários e oficinas de trabalho com os próprios beneficiários e 
os responsáveis daquela instituição.(MINAS GERAIS, 2004, p.48). 
 
Bulos (2003) em suas palavras relata que a educação é o caminho para que o 
homem possa evoluir perante seus objetivos e ideais e pois e um direito publico 
totalmente subjetivo onde por contrapartida e um dever do Estado e também do 
grupo familiar onde o mesmo se encontra inserido, que por sua vez a constituição 
 
 
deve ter em vista o desenvolvimento do individuo capacitando-lhe para o exercício 
da cidadania com o objetivo de qualifica-lo para o mercado de trabalho, pois desta 
forma prepara o homem, o cidadão e o produtor de bens e serviço de uma 
sociedade. 
 
O Governo do Estado de Minas Gerais, através do programa de penas alternativas 
(2004), afirma que as entidades parceiras e habilitadas que fazem o 
acompanhamento daqueles que se encontram em penas alternativas em um 
contexto de ressocialização, emitem relatórios e preenchem fichas de controle de 
frequência , pois através de vários instrumentos de trabalho repassados ao juizo 
desde o momento do credenciamento das instituições com a vara de execução ao 
juizado especial criminal, onde se concluem o tempo determinado do cumprimento 
da pena aplicada, que por sua vez se torna extinta a punibilidade e o processo e 
extinto pelos meios legais. 
 
Caso se caracterize uma situação de reincidente, a equipe de apoio técnico 
registra nos autos do processo ou dialoga, diretamente, com os órgãos da 
execução para que possa ser realizada uma audiência de advertência, onde 
ela se confirme ou se caracterize o descumprimento da pena ou medida. 
Esse procedimento jurídico pode implicar em um novo encaminhamento ou, 
no caso das varas de execução, em uma conversão de pena alternativa para 
pena privativa de liberdade. (MINAS GERAIS, 2004, p.49) 
 
De acordo com referido documento no Brasil, todas as penas alternativas vem se 
materializando nos últimos quinze anos, junto com a reforma do estado, onde se 
torna claro e nítido a passagem de um Estado burocrático para um Estado gerencial, 
que atenda as necessidades da sociedade em si e que gerou ações públicas 
baseadas em contrato de gestão. O Estado passa a executar de uma forma objetiva 
a política pública, e a sociedade, a monitorar seus resultados , de acordo com os 
princípios do Estado Democrático de Direito. 
Mediante toda a ação penal relacionada e voltada para uma medida alternativa de 
liberdade focando a reintegração social do apenado, necessário é também frisar que 
toda sanção penal de baixa e média criminalidade em seu momento da aplicação, 
devera se basear nos princípios de proporcionalidade e da razoabilidade da pena, 
onde desta forma no momento da execução o principio da punibilidade venha se 
 
 
apresentar com o cumprimento da medida alternativa imposta visando a 
reintegração, pois; 
As alternativas penais apresentam, já não há duvida, um dos maios eficazes 
de prevenir a reincidência, pois enseja que o infrator, cumprindo sua pena em 
liberdade, seja monitorado pelo Estado e pela comunidade, ampliando-se 
assim as possibilidades de sua reinserção social. Reinserção sócia, que não 
consiste somente em medidas que atuem sobre o delinquente, mas, sim, em 
uma eficácia politica de interação entre individuo e sociedade. (MINAS 
GERAIS, 2004, p.52) 
 
O documento aponta ainda que no Brasil, embora ainda esteja previsto na Lei de 
Execução Penal (Lei nº 7.210, de 1984), todas as penas alternativas de direitos 
eram poucas aplicadas mediante a grande dificuldade do Judiciário na execução do 
seu cumprimento onde as aplicações das penas de medidas alternativas começaram 
a avançar mediante a elaboração das Regras Mínimas das Nações Unidas para que 
se pudessem elaborar medidas não privativas de liberdade, conhecidas e chamadas 
de Regras de Tóquio, onde foram recomendadas pela ONU em 1990 com a 
finalidade de criar meios mais eficazes para que se pudesse melhorar a prevenção 
da criminalidade e no que se diz respeito ao tratamento dos delinquentes em uma 
visão socializadora, pois; 
A distinção entre uma injustiça objetiva e subjetiva é, do ponto de vista legal e 
científico, muito importante. Ela expressa a forma como a lei de vê o assunto 
e justifica as consequências que a violação da lei acarreta, mas ela não 
decide de forma alguma como o indivíduo verá esse assunto; como o seu 
sentimento do direito legal será excitado por uma injustiça sofrida, um 
sentimento que não pulsa de acordo com as noções abstratas do sistema [..]. 
(VON JHERING, p.85) 
 
Carvalho (2003) pronuncia uma cidadania plena, que se possa combinar a liberdade, 
participação e igualdade para todos, pois esse e um ideal desenvolvido pelo 
Ocidente e talvez inatingível, mas ele tem o serviço de parâmetro para o julgamento 
da qualidade da cidadania em cada país e em cada momento de sua historia. 
O Governode Minas Gerais (2004), relata que o perfil dos apenados que se 
beneficiam das penas alternativas numa visão de inclusão social buscando dar ao 
sujeito uma nova chance de se reintegrar ao seio da sociedade variam no mesmo 
perfil da população carcerária predominando o sexo masculino como maioria e os 
 
 
delitos predominantes entre os beneficiários das penas alternativas, estão o furto, 
porte de armas, uso de drogas e lesão corporal caracterizada como leve, e ainda 
que o envolvimento criminal do sujeito não se explique pela pobreza e miséria, não 
se pode deixar de analisa-los como elementos importantes na luta contra a exclusão 
social. O autor chama a atenção que querer fazer com que a aplicação de pena 
alternativa onde visa trabalhar a reintegração e ressocialização venha resolver as 
questões de segurança publica e meramente desconhecer as raízes e causas da 
criminalidade, pois nada adiantam como leis severas, criminalização totalmente 
excessiva de condutas penas mais longas e cruéis, se não tiverem conhecimento de 
causas especificas que realmente tenha significado de inclusão e reintegração dos 
apenados, pois as causas da criminalidade hoje enfrentada por nossa sociedade, 
não estão somente relacionadas a severidade das penas , mas estão também 
relacionadas as mas condições socioeconômicas que se aplicam a uma grande 
parcela da sociedade ao cometem um crime, aliados também a ineficiências de 
nossas politicas publicas onde há uma grande corrupção e violência de direitos do 
sistema de justiça penal, pois; 
Por isso, há que se definir uma estratégia para combater a violência como um 
todo. Se os governos implantarem politicas de ressocialização do preso, não 
permitindo que os crimes, por menores que sejam, fiquem impunes, se 
fomentar e fiscalizar a aplicação das penas alternativas, estarão contribuindo 
muito para evitar as altas taxas de homicídio e crimes violentos, ajudando, 
com isso, a construir um direito penal mais humanitário. (MINAS GERAIS, 
2004, p.11). 
 
Nas palavras de Dallari (1998), a cidadania expressa em si um conjunto de direitos 
que da a pessoa a total possibilidade para que possa participar ativamente e do 
governo de seu povo. Segundo o autor, quem não tem cidadania, esta entregue e 
totalmente marginalizada ou excluída da vida social que e ditada por uma sociedade 
que ditam as regras do certo e do errado, fazendo com que o sujeito se mantenha 
em uma posição inferiorizada dentro de um determinado grupo social. 
Na Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania do Estado do Espirito Santo (2013), 
existe uma portaria que visa fazer valer o processo de reintegração social 
envolvendo os servidores do próprio sistema como os inspetores penitenciários que 
se encontram lotados em suas unidades, onde os mesmos são reconhecidos através 
do grupo de apoio escolar; 
 
 
 
PORTARIA – N° 203-S, de 04 de fevereiro de 2013. Institui o Grupo de 
Apoio Escolar no âmbito da Diretoria de Ressocialização – DIRESP da 
Secretaria de Estado da Justiça do Espírito Santo –SEJUS/ES. 
O SECRETÁRIO DE ESTADO DA JUSTIÇA DO ESPÍRITO SANTO, no uso 
da atribuição que lhe confere o artigo 98, inciso II, da Constituição 
Estadual, e o SUBSECRETÁRIO PARA ASSUNTOS DO SISTEMA 
PENAL, no uso da competência atribuída pelo Secretário de Estado da 
Justiça, por meio do artigo 2º, inciso V, da Portaria nº 1311 de 15 de 
outubro de 2012: CONSIDERANDO que a Secretaria de Estado da Justiça do 
Espírito Santo – SEJUS/ES tem por competência a coordenação, a 
articulação, o planejamento, a implantação e o controle da Política 
Penitenciária Estadual, em conformidade ao artigo 74 da Lei 7.210/1984 
(Lei de Execução Penal – LEP); CONSIDERANDO que a assistência 
educacional é direito dos detentos/ preso s dos estabelecimentos penais, 
bem como dever do Estado em fornecê-la, conforme estabelecem o art. 
41, inciso VII, e o art. 1, inciso IV, ambos da Lei 7.210/1984 (Lei de 
Execução Penal – LEP); CONSIDERANDO as diretrizes e estratégicas 
previstas no Plano Estadual de Educação para o Sistema Penitenciário 
do Espírito Santo, objetivando à ampliação da oferta de educação no 
âmbito dos estabelecimentos penais; RESOLVE: CAPÍTIULO I DAS 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1º Instituir o Grupo de Apoio Escolar no âmbito da Secretaria de Estado 
da Justiça do Espírito Santo – SEJUS/ES. CAPÍTIULO II DO OBJETIVO E 
FUNCIONAMENTO DO GRUPO DE APOIO ESCOLAR 
Art. 2º O Grupo de Apoio Escolar tem por objetivo contribuir no cumprimento 
e organização da jornada diária das atividades educacionais desenvolvidas 
no âmbito dos estabelecimentos penais. 
Art. 3º O Grupo de Apoio Escolar será coordenado pelo Núcleo Educacional 
da Diretoria de Ressocialização - DIRESP/SEJUS e composto por 
agentes penitenciários, que serão destinados às atividades inerentes ao 
Programa Educacional do Sistema Penitenciário, desenvolvido através da 
parceria existente entre a SEJUS e a Secretaria de Estado da 
Educação - SEDU. 
Art. 4º Cabe ao Núcleo Educacional da DIRESP, planejar, executar, monitorar 
e avaliar as ações e atividades do Grupo de Apoio Escolar, inclusive 
indicar o quantitativo e avaliar o perfil dos agentes penitenciários que 
atuarão no Grupo, em conformidade à política de educação 
para o Sistema Penitenciário Estadual e às particularidades de cada 
unidade prisional. Parágrafo único. Em períodos de recesso escolar, cabe 
ao Núcleo Educacional da DIRESP indicar atividades complementares para 
os agentes penitenciário s do Grupo de Apoio Escolar e/ou, disponibilizá-
los para outras atividades inerentes ao cargo , em parceria com a 
direção das unidades prisionais. 
Art. 5º Compete aos agentes penitenciários do Grupo de Apoio Escolar da 
SEJUS, exercer atividades de atendimento, custódia, guarda, assistência 
e orientação ao s interno s das Unidades Penitenciárias do Estado, em 
conformidade à Lei Complementar n. 455/2008, em especial: 
 
 
I – Auxiliar na movimentação dos detentos/presos para entrada e saída das 
salas de aula;( ESPIRITO SANTO, Governo do Estado do. 2013) 
 
Junqueira (2005) apud, Mendes (2005), relata a vida de um interno que toda semana 
lia de quatro a cinco livros, para que pudesse fazer com que seu tempo em que se 
encontra cumprindo pena se tornasse mais rápido e que seus problemas do 
cotidiano passassem invisíveis perante seus olhos pois vivendo em um mundo da 
literatura, o mesmo não teria temo para sentir as dores da realidade ao qual ele se 
encontrava. Dizia o interno, que delícia era o mundo dos livros! A cada viagem ele 
fumava um baseado e ia fundo, viajando do sistema carcerário a países onde 
estranhos, pessoas diferentes, mundos inteiramente diversos e fascinantes que a 
literatura o proporcionava, segundo o autor, o interno ia se apaixonando cada dia 
mais pelos livros, pois o enxerga como a porta da liberdade lendo em média oito 
horas por dia, pois ele não estava mais só em sua concepção, as histórias e os 
personagens eram vivos em sua mente e vida cotidiana como se fosse um passe de 
mágica, mas quando chegava o fim de cada livro, o interno sentia uma angustia, um 
aperto no coração onde não conseguia nem explicar. Era livro atrás de livro onde o 
mundo do interno se ampliou de acordo com o autor. 
O sistema prisional hoje enfrenta momento histórico, pois nunca se pensou tanto em 
reintegração social como se pensa hoje, normas pré-estabelecidas foram criadas 
para que se pudesse atender de forma ética e legal a questão da educação e 
assistência ao apenadovisando garantir os seus direitos não restritos pela pena; 
1 - A detenção penal deve ter por função essencial a transformação do 
comportamento do indivíduo; 
2 - Os detentos devem ser isolados ou pelo menos repartidos de 
acordo com a gravidade penal de seu ato, mas principalmente segundo sua 
idade, suas disposições, as técnicas de correção que se pretende utilizar com 
eles, as fases de sua transformação; 
3 - As penas, cujo desenrolar deve poder ser modificado segundo a 
individualidade dos detentos, os resultados obtidos, os progressos ou as 
recaídas; 
4 - O trabalho deve ser uma das peças essenciais da transformação e da 
socialização progressiva dos detentos; 
5 - A educação do detento é, por parte do poder público, ao mesmo tempo 
uma precaução indispensável no interesse da sociedade e uma obrigação 
para com o detento; 
 
 
6 - O regime da prisão deve ser, pelo menos em parte, controlado e 
assumido por um pessoal especializado que possua as capacidades morais e 
técnicas de zelar pela boa formação dos indivíduos; 
7 - O encarceramento deve ser acompanhado de medidas de controle e de 
assistência até a readaptação definitiva do antigo detento.(FOUCAULT,1999, 
p.237). 
 
Referente aos direitos civis que constam na Constituição Federal de 1988, chama-
se a atenção em relação ao individuo que um dia foi apenado ou esteja retornando 
ao sistema carcerário, ou seja, tanto o detento quanto o egresso prisional 
permanecem titulares dos seus direitos, conforme o art. 38 da Lei 7. 209/84 e o 
art. 5º XLI da Constituição Federal. Estes estabelecerem: 
Art. 38 - O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda 
da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua integridade 
física e moral. 
Art. 5º XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos 
e liberdades fundamentais. 
 
Leal (2001) faz a seguinte observação em sua obra; como falar de fato em respeito e 
integridade física daquele que se encontra sobre a custódia do estado em prisões 
onde convivem pessoas sadias e doentes, por onde o lixo e todos os desejos 
humanos se acumulam a olhos vistos e as fossas abertas em suas galerias onde 
exalam um odor insuportável, onde as celas individuais são desprovidas de 
instalações sanitárias, aonde os alojamentos coletivos chegam de trinta a quarenta 
homens, ainda que a Lei nº 7.210/84 proíbe tal ação. Celas escuras em que presos 
são recolhidos por longos períodos sem banho de sol, sem direito sequer de visita, 
onde a alimentação e o tratamento médico e odontológico são totalmente precários e 
a violência sexual atinge níveis desassossegantes. Mediante a fala do autor como 
falar em integridade física e moral em prisões em que a oferta de trabalho e 
inexistente e absolutamente insuficiente, onde presos são obrigados pelo sistema a 
assumirem paternidade de crimes que não cometeram por imposição do mais forte. 
De acordo com Congresso Nacional (2009), o sistema carcerário ainda que se 
encontre trabalhado bastante para dar uma nova cara nas questões sociais que 
 
 
envolvem o apenado em perspectiva que venha fazer a diferença na vida do mesmo 
no que se diz humanização, ainda se encontra em plena; 
“Dez graçado, Dez humano, Dez truidor, Dez ligado, Dez figurado, Dez 
engonçado, Dez agregador, Dez temperado, Dez trambelhado, Dez 
informado” (Frase escrita a mão, vista pela CPI, em uma porta na 
Penitenciária Lemos de Brito, em Salvador). (CONGRESSO NACIONAL, 
2009). 
Mello (2006) apud Moraes (2011), aponta que a reintegração social deve propiciar a 
formação necessária ao desenvolvimento das aptidões, das potencialidades e da 
personalidade do individuo, pois o processo da educação precisa ter como meta a 
qualificação do educando para o mercado de trabalho, preparando o também para o 
exercício da cidadania onde com o acesso da educação possa também se realizar 
de uma forma democrática. 
Palma (1997), apresenta o trabalho como uma ferramenta importantíssima para 
cada um de nos, podendo ressaltar e afirmar que e mais essencial ainda para o 
portador de conduta desviante, por ter o caráter educativo, que esta incluída em 
processos sistematizados de varias substituições de valores inadequados, que foram 
incorporados durante a vida pregressa do individuo, como também uma nova 
perspectiva e inclusão de vida. Na medida em que o preso passa a valorizar um 
novo e inovador estilo de vida social sentindo se útil buscando adquirir novos valores 
centralizando toda sua energia para as atividades que possam reconhecer sua 
verdadeira capacidade criativa e despertando sua perspectiva de viver no futuro do 
seu próprio trabalho de luta para levar seu padrão de vida de acordo com os ideais 
de uma sociedade coletiva; 
A prisão celular é desumana porque elimina ou atrofia o instinto social, já 
fortemente atrofiado nos criminosos e porque torna evidente entre os presos a 
loucura ou a extenuação. A Psiquiatria tem notado igualmente, uma forma 
especial de alienação que chama loucura penitenciária. O sistema 
celular não pode servir à reparação dos condenados corrigíveis 
precisamente porque debilita, em vez de fortalecer o sentido moral e social do 
condenado. Por último, é muito caro para ser mantido (FERRI apud 
BITENCOURT, 2004, p.65) 
 
Thompson (1980) relata que parece que treinar homens para a vida livre os 
submetendo a certas condições de cativeiro, se parece tão absurda como alguém 
que veem se preparando para uma corrida ficando por varias semanas, pois a 
 
 
impressão que se passa é que a adaptação a prisão se transforma em 
desadaptação a vida livre ao ceio da sociedade. 
 
Zaffoni (2002) apud Graziano Sobrinho (2007), registra em sua pesquisa que o 
sistema penal produz em toda a uma clientela que se encontra sobre a custódia do 
Estado, um processo de condicionamento criminalizante ao qual se orienta através 
de estereótipos proporcionados pelos meios de comunicação em massa, pois os 
sistema carcerário seleciona de acordo com esses estereótipos atribuindo lhes e 
exigindo lhes tais comportamentos, olhando os e instigando e todos a alha-los do 
mesmo modo. Os estigmas produzidos pelo sistema segundo o autor são sentidas 
de forma mais intensa pelas pessoas carentes, não por que elas tem mais proporção 
de cometer crimes, mas sim em virtude de que já forma selecionadas e tem o 
esterotipo de criminalizáveis. O autor ainda relata que a carga de estigmatização é 
ainda maior, uma vez que o contato com o sistema penal faz com que todas a s 
pessoas se distancie dos indivíduos que de acordo com seus ideais se encontram 
contaminados, totalmente estigmatizados pelo contato com o sistema carcerário, 
formando um circulo vicioso aumentando a manutenção de todas as áreas do 
sistema. 
Segundo Lemos (1998), no Brasil, o trabalho prisional é realizado como forma de 
punição e controle de todos os indivíduos onde se predominou dede a época do 
Império ate 1937, onde passou a gerar grandes preocupações por parte dos juristas 
e penitenciaristas em instituir uma lei especial para a execução dos problemas 
enfrentados pelo sistema possibilitando um trabalho humanístico e reintegrador no 
futuro. 
Foucault (1987) apresenta o um grande grau de utilidade, o trabalho no sistema 
penal, desde suas origens até a execução da pena dos indivíduos, relata ainda que 
a prisão e um quartel estrito, uma escola sem indulgência, uma oficina sombria, 
onde se faz entender que a prisão e a forma mais imediata e mais civilizadora de 
todas as penas. 
Na concepção de Souza (2002) o trabalho no sistema penal visando a reintegração 
doindividuo precisa atender ao principio do interesse social acima dos resultados 
 
 
econômicos. Isto por que segundo o autor a maior contribuição da atividade da vida 
laboral sistemática se reflete no comportamento do interno, pois provoca a redução 
dos níveis de estresse da população carcerária melhorando o ambiente do presídio, 
seja por que evita a ociosidade e sobre tudo por se constituir em promissora 
perspectiva de absorção de trabalho, quando se retorna desse segmento ao convívio 
familiar e social. 
Neto (2006) chama a atenção que o trabalho para o preso, não representa o 
cumprimento de sua pena e muito menos um castigo, mas sim um fator que 
permitira o crescimento pessoal por meio do desenvolvimento pessoal e intelectual, 
significando a esperança de conseguir construir a vida no momento do retorno ao 
convívio social, resgatando a confiança em si mesmo, a auto imagem diante de seus 
familiares e resgatando a auto estima, pois a renumeração recebida o permitira 
adquirir materiais de suas necessidades, onde o fara se sentir bem com ele mesmo, 
gerando uma grande probabilidade de não retornar quando sair ao sistema 
carcerário. 
Art. 113. A todos cabe o direito de prover à própria subsistência e à de sua 
família, mediante trabalho honesto. O poder público deve amparar, na forma 
da lei, os que estejam na indigência; Art. 160: A ordem econômica e social 
tem por fim realizar o desenvolvimento nacional e a justiça social, com base 
nos seguintes princípios; II. Valorização do trabalho como condição da 
dignidade humana; “Da Ordem Econômica e Financeira - Capítulo I - Dos 
princípios gerais da atividade econômica. Art. 170. A ordem econômica, 
fundada valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim 
assegurar a toda existência digna, conforme os ditames da justiça social, 
observados os seguintes princípios, VIII - busca do pleno emprego 
(CONSTITUIÇÂO FEDERAL, 1988). 
 
Delmanto (2000) diz que o trabalho é um direito e dever dos presos e que sempre 
será renumerado em valor não inferior a três quartos do salário mínimo, mas 
devendo a renumeração atender á reparação do crime, assistência a família, e 
embora o trabalho do apenado não esteja sobre o regime da consolidação das leis 
de trabalho, o detento tem direito aos benefícios previdenciários, sendo assim; 
“... regenere a pessoa para a vida útil e produtiva, delegando esta atribuição à 
sociedade civil organizada. Como se vê, o espírito da lei é sempre no sentido 
de apostar na recuperação da pessoa, mas o grande desafio consiste em 
criar condições efetivas para que isso ocorra” (SILVA, 2001, p. 25-26). 
 
 
 
Ferreira (2002) e preciso acabar de vez com as manobras medievais que se 
tornaram nossos presídios, pois esperar somente pelo poder publico e cômodo de 
mais, ou a sociedade assume a parte dela em questão a dar uma nova cara aos que 
um dia se excluíram dela pelas suas ações antissociais participando ativamente na 
recuperação dos presos, ou então passara a vida toda lamentando. 
“Haverá de surgir o momento em que o bom -senso prevalecerá, quando se 
entenderá quão profunda é a problemática do sistema penitenciário no 
particular e presidial no geral e a permanência de soluções sérias e eficazes. 
Fatalmente, haveremos de entender que o tratamento do preso não pode ser 
tão-só um discurso lacônico (...) A pena, mantendo como mantém, 
características de punição, não acrescenta qualquer benefício ao trabalho da 
reeducação e da ressocialização, via crucis por onde, inquestionavelmente, h 
averá de passar o destinatário da reinserção social” (FALCONI, 1998, p. 116-
117). 
 
Em sua obra Falconi (1998) afirma que a reinserção passa pelo aprimoramento 
sócio cultural, onde devera receber tratamento para as eventuais doenças 
psicossomáticas; 
“A reinserção passa (...) pelo aprimoramento sócio-cultural do condenado, 
enquanto naquela condição. Ali, deverá receber tratamento para as eventuais 
doenças psicossomáticas, treinamento profissional e condicionamentos 
elementares à vida em uma sociedade aberta. Quando libertado, deverá ter à 
sua disposição ampla e eficaz infraestrutura para que materialmente se 
realize tudo aquilo que formalmente lhe foi transmitido. Para tanto nunca é 
demais repetir, torna-se imperiosa a criação material desses órgãos já 
previstos, mas não devidamente implantados, quando não é o caso de sequer 
iniciado o programa de implantação, como é o caso dos patronatos” 
(FALCONI, 1998, p. 163). 
 
Carvalho Filho (2002) afirma que o equilíbrio das penitenciárias é mantido por força 
de concessão e privilégios e tolerâncias que acabam estabelecendo focos de poder 
capazes de submeter a uma nova e inevitável rede de violência. Quanto mais tempo 
atrás das grades, distante do mundo real, mais profunda a desadaptação e mais 
previsível o retorno a criminalidade dificultando a visão e a ação de politicas publicas 
voltadas para a reintegração social. 
 
7.3 REALIDADE NO SISTEMA PRISIONAL NO BRASIL 
 
 
No sistema prisional, muitos dos acontecimentos negativos têm sido os reflexos 
históricos mediante o desejo de conquistas dos internos, pois os indivíduos que se 
encontravam sobre a custódia do Estado buscam conquistar os seus direitos através 
das grandes rebeliões, motins, quebradeiras e até agressões físicas a servidores 
que prestam serviços em unidades prisionais. Os internos danificam o patrimônio 
publico sem pensar nas consequência, por entenderem que nossa legislação e frágil 
mediante aquele que pratica um crime. Na visão de Shecaira (1993), o Estado muito 
tem se preocupado para apresentar a sociedade uma resposta em relação aos seus 
atos que não condis com a vida em coletivo, mas ao punir o sujeito, acaba 
apresentando a punição como um ato de destruição simbólica do crime, pois; 
tal exigência é tão imperiosa que, desconhecido o verdadeiro agente, 
vai muitas vezes, o ato punitivo incidir sobre qualquer outro, a quem 
seja atribuído o fato pela própria vítima ou seus parentes, ou por 
processo de natureza mágica. É a responsabilidade flutuante, em busca 
de um responsável para a pena, que libertará o clã da impureza com que 
o crime o contaminou. (SHECAIRA, 1993, p. 25). 
 
Barros (2003) apresenta a pena como uma dupla prevenção, onde é geral e 
especial. A prevenção geral porque a intimidação que se supõe alcançar através 
da ameaça da pena surte efeitos em todos os membros da coletividade, 
atemorizando os virtuais infratores os impedindo de se expressarem em relação aos 
seus problemas pessoais e atuam situação em que se encontram vivendo no 
sistema prisional, e a prevenção especial porque atua sobre a consciência do 
infrator da lei penal, fazendo o medir o mal que praticou, inibindo-o, através 
do sofrimento que lhe é inerente, criando em seu psicológico que o preso não tem 
mais jeito para a vida em sociedade o levando a idealizar coisas negativas referente 
sua vida e planejar a cometer novos delitos ao sair ou fugir da prisão. O autor ainda 
relata em sua obra que; 
a pena tem caráter retribuitivo preventivo. Retributivo porque consiste 
numa expiação do crime, imposta até mesmo aos delinqüentes que não 
necessitam de nenhuma ressocialização. Preventivo porque vem 
acompanhada de uma finalidade prática, qual seja, a recuperação ou 
reeducação do criminoso, funcionando ainda como fator de intimidação 
geral. (BARROS, 2003, p. 434). 
 
 
 
A prisão para Bitencourt (1993), é desumana porque elimina ou atrofia 
danificando de uma forma irreparável o interior psicológico do preso, pois o instinto 
social o tornando insensível mediante as questões da sociedade ao qualele precisar 
ser inserido e viva de forma harmoniosa, pois a autoestima já é fortemente atrofiada 
nos criminosos os tornando totalmente frios e manipuladores com todos os 
conceitos e pensamentos de humanização fortalecendo o ato de que; 
É do conhecimento que „grande parte da população carcerária está 
confinada em cadeias públicas, presídios, casas de detenção e 
estabelecimentos análogos, onde prisioneiros de alta periculosidade 
convivem em celas superlotadas com criminosos ocasionais, de escassa 
ou nenhuma nocividade, e pacientes de imposição penal prévia (presos 
provisórios ou aguardando julgamento), para quem é um mito, no caso 
a presunção de inocência. Nestes ambientes de estufa, a ociosidade é 
a regra; a intimidade inevitável e profunda‟. (LEAL, 2001, p. 58). 
 
A realidade vivida pelo preso é apresentada na obra de Bitttencourt (1993), quando 
surge uma oportunidade de mudança de vida através do trabalho, onde a mesma 
chance de mudar tem causado muitos constrangimentos também, pois o interno tem 
enfrentado grandes descriminações tanto por parte de funcionários de empresas 
quanto de próprios internos que trabalham nas mesmas empresas e que não 
aceitam o ato criminoso do outro, não permitindo para que ambos se sintam a 
vontade na busca de novos horizontes que se alinham a sociedade, dificultando todo 
o trabalho pedagógico planejado para que se possa inserir o interno no contexto 
social dando-lhes uma nova vida mediante o trabalho, para que o mesmo possa 
resgatar a sua dignidade de cidadão, 
A segregação de uma pessoa do seu meio social ocasiona uma 
desadaptação tão profunda que resulta difícil conseguir a reinserção 
social do delinqüente, especialmente no caso de pena superior a dois 
anos. A segregação sofrida, bem como a chantagem que poderiam 
fazer os antigos companheiros de cela, podem ser fatores decisivos na 
definitiva incorporação ao mundo criminal. (BITENCOURT 1993, p. 147). 
 
Grandes atos de facções criminosas tem sido realizadas debaixo dos olhos da 
sociedade como se vivêssemos em uma terra sem lei e sem regras sociais alguma 
de uma forma como se nada estivesse acontecendo, mídias independentes tem 
denunciado e trazido a publico que criminosos tem ditado as regras na sociedade e 
 
 
que estão administrando o crime organizado através das cadeias, ou seja; estão 
presos sobre a custódia do Estado, mas estão comandando todos os atos 
criminosos, um exemplo dessas ações é o primeiro comando da capital, denominado 
(PCC), que criou suas próprias regras sem se preocupar com a reação do Poder 
publico criando o; 
Estatuto do primeiro comando da capital (PCC) 
1. Lealdade, respeito, e solidariedade acima de tudo ao Partido 
2. A Luta pela liberdade, justiça e paz 
3. A união da Luta contra as injustiças e a opressão dentro das 
prisões 
4. A contribuição daqueles que estão em Liberdade com os irmãos 
dentro da prisão através de advogados, dinheiro, ajuda aos familiares e 
ação de resgate 
5. O respeito e a solidariedade a todos os membros do Partido, para 
que não haja conflitos internos, porque aquele que causar conflito 
interno dentro do Partido, tentando dividir a irmandade será excluído e 
repudiado do Partido. 
6. Jamais usar o Partido para resolver conflitos pessoais, contra pessoas de 
fora. Porque o ideal do Partido está acima de conflitos pessoais. Mas 
o Partido estará sempre Leal e solidário à todos os seus integrantes 
para que não venham a sofrerem nenhuma desigualdade ou injustiça 
em conflitos externos. 
7. Aquele que estiver em Liberdade "bem estruturado", mas esquecer 
de contribuir com os irmãos que estão na cadeia, serão condenados à 
morte sem perdão . 
 (http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2006/05/353333.shtml - autor 
desconhecido - 15/05/2006 às 18h17min.) 
 
De acordo com Cicilliatti (2008), os presos estão se fortalecendo das fraquezas do 
poder público e seus agentes legais, aproveitando-se da desestruturação do 
sistema, a falta de efetiva vigilância e controle, das brechas legais e das 
facilidades em se articularem, se organizam em facções criminosas, 
aparentemente, com fins de defesa dos „oprimidos‟ deixando claro para todos 
que o poder paralelo esta sobre nossa legislação e que seus atos funcionam de 
verdade, gerando na sociedade uma impotência intelectual e desespero mediante 
ações que estão fora de controle de nossos governantes. 
 
 
Leal (2001), afirma mediante a situação do criminoso que tem afrontado de uma 
forma ilimitada para que se possam alcançar seus objetivos confrontando e 
amedrontando a sociedade, que a recuperação do condenado deve ser 
compreendida como a finalidade primordial da prisão. Nesse sentido é recente 
a preocupação estatal, que determinou na Lei de Execução Penal quais são os 
direitos do preso que são de acordo com a Lei de Execução Penal LEP; 
Art. 41: “Constituem direitos do preso: 
I – alimentação suficiente e vestuário; 
II – atribuição de trabalho e sua remuneração; 
III – previdência social; 
IV – constituição de pecúlio; 
V – proporcionalidade na distribuição do tempo para trabalho, descanso 
e a recreação; 
VI – exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e 
desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena; 
VII – assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa; 
VIII – proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; 
IX – entrevista pessoal e reservada como advogado; 
X – visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias 
determinados; 
XI – chamamento nominal; 
XII – igualdade de tratamento, salvo quanto às exigências de 
individualização da pena; 
XII – audiência especial com o diretor do estabelecimento; 
XIII – representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito; 
XV – contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da 
leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os 
bons costumes; 
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da 
responsabilidade de autoridade judiciária competente. 
 
 
 
Mediante todas as ações e politicas públicas que tem trabalhado em favor dos 
presos que se encontram sobre a custodia do Estado, Leal (2001) chama a atenção 
para que se abram os olhos para as formas de reintegração social em um modelo 
renovador pois, é de conhecimento geral que a cadeia perverte, deforma e 
embrutece. É uma fábrica de reincidência, é uma universidade às avessas, 
que se diploma o profissional do crime. A prisão, essa monstruosa opção, 
perpetua-se ante a impossibilidade da maioria como uma forma ancestral de castigo. 
Positivamente, jamais se viu alguém sair do cárcere melhor do que quando 
entrou, ou seja e preciso criar politicas publicas que possam trabalhar na prevenção 
do sujeito para que não se torne um autor da população carcerária, 
Sanção penal de caráter aflitivo, imposta pelo Estado, em execução de uma 
sentença, ao culpado pela prática de infração penal, consistente na 
restrição ou privação de um bem jurídico, cuja finalidade é aplicar a 
retribuição punitiva ao delinqüente, promover sua reabilitação social e 
prevenir novas transgressões pela intimidação dirigida à coletividade. 
(FERNANDO CAPEZ & BONFIM, 2004, p. 632). 
 
De acordo com o Entendimento de Muñhoz Conde

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