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Aula 3 - Avaliação de Toxicidade

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Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari 
Alberto Gonçalves Evangelista 
Toxicologia Veterinária e Plantas Tóxicas 
 
 
1 
AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE 
Para a toxicologia, toda substância química pode produzir efeito nocivo em um indivíduo. Para 
avaliar a toxicidade, devem ser feitos ensaios, os quais todos os medicamentos ou substâncias 
devem passar antes de entrarem no mercado. As principais condições para determinar se uma 
substância é tóxica ou não é o grau de dano ao meio ambiente e dano a saúde humana e animal. 
Esses ensaios foram obrigatórios após casos de intoxicação por dietilenoglicol causar a morte de 
centenas de pessoas, e da talidomida, que gerou muitos casos de deformações congênitas. O 
uso de animais em ensaios de toxicidade foi regulamentado em 2008, normatizando a utilização 
de animais em atividades de ensino e pesquisa. Com essa lei, foi criado o Conselho Nacional de 
Controle em Experimentação Animal, para regulamentar a utilização humanitária dos animais, 
e, dentro de cada instituição, os CEUAs, obrigatório para uso de animais em ensino e pesquisa, 
que fiscalizam cada atividade. O CEUA deve examinar cada procedimento a ser realizado, 
mantendo um cadastro de cada um deles, e expedir certificados de uso humanitário. Ele deve 
notificar também alguma irregularidade ao conselho nacional (CONCEA). Deve-se justificar ao 
CEUA o número de animais usados, os procedimentos, e a justificativa da quantidade. Animais 
invertebrados não precisam ser submetidos ao CEUA. Quanto ao uso de animais, deve-se 
sempre pensar em reduzir, substituir e refinar, sempre buscando novas alternativas ao uso do 
animal, somente os utilizando se não houver outra maneira. Um método alternativo deve ter 
validação por especialistas antes de ser amplamente utilizado, para comprovar sua eficiência na 
substituição ao uso dos animais. Os métodos alternativos reconhecidos são os únicos que 
podem ser usados, pela validação do CONCEA. 
No caso da obrigatoriedade do uso do animal deve-se levam em conta o comportamento, 
anatomia e fisiologia do animal, além do conhecimento da espécie, custos, viabilidade, estado 
de saúde, etc. As espécies mais utilizadas são camundongos, coelhos, primatas e outros. 
Procura-se usar animais consanguíneos, para ter uma uniformidade de grupos cobaia. Antes do 
experimento, deve-se habituar os animais ao novo ambiente. Cada grupo de animais deve ser 
identificado, e o pesquisador não pode usar perfumes. 
Os ensaios de toxicidade são obrigatórios e exige-se um conhecimento prévio da substância, que 
deve ser de todas as propriedades físico-químicas. Os ensaios são constituídos de testes para 
avaliar efeitos gerais, avaliando os efeitos agudos, subcrônicos e crônicos, e de testes para 
avaliar tipos específicos de toxicidade, que engloba vários tipos de exames, como potencial 
teratogênico, mutagênico, carcinogênico, hepatotóxico, nefrotóxico, etc. 
Nos testes de efeitos gerais agudos, o animal recebe uma dose única para testar a potência do 
medicamente, ou em múltiplas doses, para testar o efeito cumulativo. Assim determina-se a 
curva dose-resposta e a dose letal. Nos subcrônicos e crônicos são coletadas amostras de 
matérias biológicos após uma administração diária do fármaco (por pouco tempo, na 
subcrônica, ou por toda a vida, na crônica). Assim pode-se determinar se os efeitos do 
medicamento são reversíveis ou não, se há interação medicamentosa, efeito cumulativo, 
potenciais carcinogênicos e mutagênicos. Após esses testes os animais devem ser necropsiados, 
para avaliar lesões internas. Sempre deve existir um grupo controle que não recebe as 
substancias, para validação do teste. 
A avaliação de toxicidade específica realiza ensaios para determinar efeitos sobre a reprodução, 
sobre potencial teratogênico, mutagênico e carcinogênico, sensibilização cutânea, efeitos locais 
Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari 
Alberto Gonçalves Evangelista 
Toxicologia Veterinária e Plantas Tóxicas 
 
 
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em pelo e olhos, ação sobre sistema imune, efeitos antibióticos sobre a microflora do trato 
gastrointestinal, toxicocinética e ecotoxicidade.

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