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Vig.Epid. Hanseníase - 2010 (Texto complementar)

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Vig. Epid. da Hanseníase 1
FMP / FASE - DISCIPLINA: SAÚDE COLETIVA 
Professora Responsável: Cristina Maria Rabelais Duarte 
Professor Assistente: Miguel Abud Marcelino 
Hanseníase – Texto Complementar – 2010 
Miguel Abud Marcelino 
CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS: 
Trata-se de uma doença milenar, descrita em eras pré-cristãs, tendo sido muito confundida com outras doenças 
cutâneas, como o vitiligo, psoríase e eczemas crônicos. É amplamente conhecida como Lepra. 
As referências mais antigas de que se tem notícia datam de 600 a.C. e procedem da Índia que, juntamente com a 
África, podem ser consideradas como o berço da hanseníase. 
A lepra é encontrada em citações bíblicas, geralmente com conotação de castigo ou designando afecções impuras. 
Durante a idade média os portadores da doença eram excluídos do convívio social, vivendo afastados das cidades, 
dependendo da caridade das pessoas. 
Há séculos atrás, já se criavam leprosários, estabelecimentos especiais para a internação e isolamento dos 
doentes. Há registros de que, no Século XIII, haviam na Europa 19.000 leprosários. 
Todos esses fatores foram e são extremamente relevantes para a transcendência da doença. 
A despeito de, hoje, a hanseníase ser uma doença tratável, com possibilidade de cura, frente ao avanço do 
conhecimento científico e da melhoria das condições de vida, o estigma e o preconceito, reforçados ao longo dos 
séculos, continuam sendo responsáveis por uma problemática social e psicológica, que não pode ser 
desconsiderada por quem atua na área de saúde. 
Fatores de risco (MS, SVS, 2009), (INSS, DIRBEN, 2007) 
Costuma acometer ambos os sexos, com predominância do masculino. 
Embora ainda existam lacunas de conhecimento quanto a todos os prováveis fatores de risco implicados na 
transmissibilidade, o domicílio continua sendo um dos mais importantes espaços para a propagação da infecção. 
Assim, o maior risco é observado entre contatos intradomiciliares, definidos como indivíduos que residem ou 
tenham residido com o doente nos últimos cinco anos. Ressalte-se que o período de incubação da doença pode 
variar de 7 meses a 10 anos. 
 
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL 
 
INDICADORES ANUAIS DE DETECÇÃO E PREVALÊNCIA 
INDICADOR CONSTRUÇÃO UTILIDADE PARÂMETROS 
1- Coeficiente de detecção 
anual de casos novos, por 
100.000 habitantes. 
casos novos residentes 
diagnosticados no ano 
-------------------------- 
pop. residente no ano de 
avaliação X 100.000 
Medir força de morbidade, 
magnitude e tendência da 
endemias 
Hiperendêmico  40,0 
Muito alto 20,0 a < 40,0 
Alto 10,0 a < 20,0 
Médio 2,0 a < 10,0 
Baixo < 2,0 
2- Coeficiente de detecção 
anual de casos novos na 
população de 0 a 14 anos, 
por 100.000 habitantes. 
Casos novos residentes com 
idade entre 0 e 14 anos 
diagnosticados 
 no ano 
-------------------------- População 
com idade entre 0 e 14 anos no 
ano de avaliação X 100.000 
Medir a força da 
transmissão recente da 
endemia e sua tendência 
Hiperendêmico  10,0 
Muito alto 5,0 a < 10,0 
Alto 2,5 a < 5,0 
Médio 0,5 a < 2,5 
Baixo < 0,5 
 
3- Coeficiente anual de 
prevalência, por 10.000 
habitantes. 
Casos residentes e em 
tratamento, em 31 de Dez do 
ano 
-------------------------- 
 pop. residente no ano da 
avaliação X 10.000 
Medir a Magnitude da 
endemia 
Hiperendêmico  20,0 
Muito alto 10,0 a < 20,0 
Alto 5,0 a < 10,0 
Médio 1,0 a < 5,0 
Baixo < 1,0 
Fonte: Guia de Vigilância Epidemiológica – MS/SVS 2009 
Vig. Epid. da Hanseníase 2
 
 
 
 
 
 
 
 IN: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/situacao_hansen_2007.pdf 
 
Vig. Epid. da Hanseníase 3
 
IN: Min.Saúde. Vigilância em Saúde: situação epidemiológica da hanseníase no Brasil, 2008 
 
IN: Min.Saúde. Vigilância em Saúde: situação epidemiológica da hanseníase no Brasil, 2008 
 
IN: Min.Saúde. Vigilância em Saúde: situação epidemiológica da hanseníase no Brasil, 2008 
Vig. Epid. da Hanseníase 4
CLASSIFICAÇÃO DA HANSENÍASE 
OPERACIONAL CLASSIFICAÇÃO DE MADRI CID-10 
Paucibacilares 
(Até 5 lesões cutâneas) 
 Indeterminada (HI) A30.0 
 Tuberculóide (HT) A30.1 
Multibacilares 
(Mais de 5 lesões cutâneas) 
 Dimorfa Tuberculóide (HDT) A30.2 
 Dimorfa (HD) A30.3 
 Dimorfa Virchowiana (HDV) A30.4 
 Virchowiana (HV) A30.5 
 Outras formas (*) A30.8 
 Não especificada (*) A30.9 
(*) Na prática, pouco utilizadas. 
 Fonte: Adaptado de MS, SVS, 2009 e INSS, DIRBEN, 2007 
 
 
 
EVOLUÇÃO DA HANSENÍASE 
 CONTÁGIO 
 
 Período de Incubação 
 7 meses a 10 anos CURA ESPONTÂNEA 
 
  FORMA INDETERMINADA 
 
 
 
 
 
 TUBERCULÓIDE 
 
 
 DIMORFA TUBERCULÓIDE 
 DIMORFA 
 DIMORFA VIRCHOWIANA 
 
 NÃO ESPECIFICADA 
 OUTRAS FORMAS 
 
  VIRCHOWIANA 
 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
(MS, SVS, 2009 E INSS, DIRBEN, 2007) 
 IN: Marasciulo ACE et al, 2010 - MPS/INSS (no prelo) 
O diagnóstico de hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico, baseado na história, nas condições de 
vida do indivíduo e no exame dermatoneurológico. Este último objetiva identificar lesões ou áreas de pele com 
diminuição ou perda da sensibilidade, comprometimento de nervos periféricos, com ou sem espessamento, além 
de alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas. 
Casos com suspeita de comprometimento neural puro, sem lesão cutânea, e os que apresentam área com 
alteração sensitiva e/ou autonômica duvidosa e sem lesão cutânea evidente requerem avaliação em unidades de 
saúde de maior complexidade para a confirmação diagnóstica. 
1. Sinais e sintomas: 
 Hanseníase Indeterminada (HI) – manchas hipocrômicas com alteração de sensibilidade ou, simplesmente, áreas 
de hipoestesia na pele. Paucibacilar, com até 5 lesões localizadas em qualquer área do tegumento. 
Frequentemente, cursa apenas com alteração da sensibilidade térmica, sem outras alterações sensitivas. Acomete 
ramificações nervosas cutâneas, sem comprometimento de troncos nervosos. 
 Hanseníase Tuberculóide (HT) – lesões bem delimitadas, em placas ou anulares, com bordas papulosas e 
áreas eritematosas ou hipocrômicas, anestésicas. Também paucibacilar, com até 5 lesões) distribuídas 
assimetricamente, com crescimento centrífugo lento, levando à atrofia no interior da lesão. 
 Hanseníase Dimorfa (HDT, HD, HDV) – instabilidade imunológica, resultando em manifestações clínicas 
variadas, sejam em pele, nervos ou no comprometimento sistêmico. 
Vig. Epid. da Hanseníase 5
Multibacilar, com mais de 5 lesões cutâneas mesclando aspectos de HT e HV, ora com predominância de uma, ora 
com predominância da outra. Manifestam-se como placas eritematosas, manchas hipocrômicas com bordas 
ferruginosas, manchas eritematosas ou acastanhadas com limite interno nítido e limites externos imprecisos, placas 
eritemato-ferruginosas ou violáceas, com bordas internas nítidas e limites externos difusos. 
A presença de infiltração assimétrica da face, dos pavilhões auriculares e lesões no pescoço e nuca, sugerem 
fortemente esta forma clínica. 
Cursa com lesões neurais precoces, assimétricas que, com frequência, levam a deficiências físicas. 
 Hanseníase Virchowiana (HV) – Manifesta-se em indivíduos com baixa imunidade celular contra o 
Mycobacterium leprae. Multibacilar, com mais de 5 lesões na pele, que se apresenta com aspecto brilhante, 
xerótico, apergaminhado e com tonalidade semelhante ao cobre. As lesões são papulares, nodulares e 
maculares. 
Caracteriza-se por infiltração progressiva e difusa da pele (mais acentuada em face, membros e pavilhões 
auriculares), mucosas das vias aéreas superiores, olhos, testículos, nervos, podendo afetar linfonodos, fígado e 
baço. Cursa com rarefação de pelos nas áreas afetadas, inclusive com perda de cílios e supercílios (madarose). 
O comprometimentomucoso resulta, precocemente, em rinite posterior e, mais tardiamente, em destruição 
das abas e/ou do septo nasal. 
2. Neuropatia hansênica: (MS,SVS,2009; MS,SVS,SAS,2009; INSS,DIRBEN,2007) 
 deficiências sensitivas ou sensitivo-motoras, levando a deformidades e incapacidades, que podem resultar em 
sequelas definitivas; 
 o acometimento dos nervos periféricos pode se dar antes, durante ou após o tratamento; 
 a gravidade está diretamente relacionada com a resposta imune celular de cada indivíduo e à agudização 
durante os episódios reacionais; 
 mais frequente nas formas multibacilares, piorando com a evolução da doença e aumento da idade do paciente; 
 podem acometer ramos nervosos cutâneos ou troncos nervosos, manifestando-se como mono ou polineuropatias; 
 neuropatia silenciosa pode se instalar sem sintomas álgicos e/ou intumescência; 
 neuropatia recorrente caracteriza-se por episódio de neurite periférica aguda, após período sem qualquer 
sinal ou sintoma, maior que três meses, subsequente à interrupção do tratamento; 
 formas agudas e subagudas envolvem neurites com menos de três meses de evolução; 
 formas crônicas evoluem com mais de três meses de duração e os sinais e sintomas inflamatórios geralmente 
reaparecem dentro do período de três meses seguintes ao término do tratamento; 
 neuralgia pode ocorrer durante os processos inflamatórios, associados ou não à compressão neural, ou então 
decorrer de sequela da neurite (dor neuropática), sendo importante a distinção entre ambas, uma vez que 
implicam tratamentos diferenciados; 
 ao exame físico da neurite aguda observa-se hipersensibilidade importante, com dor intensa, espontânea ou 
desencadeada pela palpação; 
 o comprometimento das fibras autonômicas resulta em diminuição/perda da sudorese e consequente 
ressecamento da pele; 
 a perda da sensibilidade ao frio, ao calor, à dor e, mais tardiamente, também ao tato, se deve ao 
acometimento das fibras cutâneas dos nervos periféricos; 
 a perda de todas as formas de sensibilidade (frio, calor, dor, tato, parestesia e posição segmentar), bem como 
o surgimento de paresia, paralisia e atrofia muscular, se devem a acometimento de tronco(s) nervoso(s) 
periférico(s), com distúrbios sensitivos, autonômicos e motores no(s) segmento(s) afetado(s); 
 os principais troncos nervosos periféricos acometidos na hanseníase são: 
- face - trigêmeo e facial, com comprometimento de face, olhos e nariz; 
- braços - radial, ulnar e mediano, com comprometimento de mãos; 
- pernas - fibular comum e tibial posterior, com comprometimento dos pés. 
 as alterações sensitivas ou sensitivo-motoras podem também se dever ao espessamento dos nervos, apenas 
por edema, sendo passíveis de reversão; 
 o diagnóstico precoce e a pronta instituição da poliquimioterapia (PQT) constituem as principais medidas para 
prevenção da instalação de incapacidades e deficiências. 
Vig. Epid. da Hanseníase 6
 2.1 - Avaliação da integridade da função neural 
N A R I Z 
NERVOS 
COMPROMETIMENTO 
CONSEQUÊNCIAS 
E/OU SEQUELAS AUTONÔMICO SENSITIVO 
MOTOR 
(movimento ativo e/ou 
contra resistência) 
Facial 
e 
Trigêmio 
Nervo facial 
Ressecamento 
( secreções). 
Nervo 
trigêmio 
Diminuição da 
sensibilidade 
nasal 
Nervo facial 
Redução da força 
da musculatura 
nasal 
Ressecamento e úlceras da 
mucosa nasal 
Perfuração do septo 
Desabamento da pirâmide 
nasal. 
 Fonte: Adaptado de MS,SVS,2009; MS,SVS,SAS,2009, LEHMAN et al,1997 
 IN: Marasciulo ACE et al, 2010 - MPS/INSS (no prelo) 
 
 
 
O L H O S 
NERVOS 
COMPROMETIMENTO 
CONSEQUÊNCIAS 
E/OU SEQUELAS AUTONÔMICO SENSITIVO 
MOTOR 
(movimento ativo e/ou 
contra resistência) 
 Facial 
e 
Trigêmio 
Nervo facial 
Ressecamento 
(produção de 
 lágrima) 
Nervo 
trigêmio 
Diminuição da 
sensibilidade 
da córnea 
 
 
Nervo facial 
Redução da força 
da musculatura 
ocular. 
Lagoftalmo 
(fenda palpebral) 
Ectrópio 
Triquíase 
Opacidade corneana central 
Catarata 
Acuidade visual menor que 
0,1 ou não conta dedos a 6 
m de distância 
Hiperemia ocular 
Úlceras de córnea 
 Fonte: Adaptado de MS,SVS,2009; MS,SVS,SAS,2009, LEHMAN et al,1997 
IN: Marasciulo ACE et al, 2010 - MPS/INSS (no prelo) 
 
Vig. Epid. da Hanseníase 7
 
M E M B R O S S U P E R I O R E S 
NERVOS 
COMPROMETIMENTO 
CONSEQUÊNCIAS 
E/OU SEQUELAS AUTONÔMICO SENSITIVO 
MOTOR 
(movimento ativo e/ou 
contra resistência) 
Radial 
e 
Radial 
Cutâneo 
Diminuição da 
sudorese e 
oleosidade, com 
ressecamento 
da pele. 
Diminuição ou 
ausência de 
sensibilidade 
no dorso da 
mão (entre 
polegar e 
indicador). 
Extensão do punho 
Extensão do dedos 
Extensão do 
polegar 
Dor no trajeto dos nervos 
Espessamento dos nervos 
Mão caída 
Atrofia da região dorsal do 
antebraço 
Ulnar 
Diminuição ou 
ausência de 
sensibilidade 
na parte medial 
do antebraço 
e mão, assim 
como, no 5º 
dedo e metade 
do 4º dedo 
Abdução e adução 
dos dedos (avaliar 
2º e 5º dedos) 
Adução do polegar 
Posição intrínseca 
da mão (4º e 5º 
dedos) 
Dor no trajeto do nervo, 
especialmente no cotovelo 
Espessamento do nervo 
Garra ulnar (4º e 5º dedos) 
Atrofia do 1° espaço interósseo 
e região hipotenar 
Diminuição da força de pinça 
(polegar). 
Mediano 
Diminuição ou 
ausência de 
sensibilidade 
na parte lateral 
do antebraço, 
palma da mão 
(região tenar), 
1º , 2º ,3º 
dedos e metade 
do 4º dedo 
Abdução e 
oponência do 
polegar 
Posição intrínseca 
da mão (2º e 3º 
dedos) 
Dor no trajeto do nervo, 
especialmente no punho 
Espessamento do nervo 
Garra do mediano (polegar, 
2º e 3º dedos) 
Atrofia da região tenar 
 Fonte: Adaptado de MS,SVS,2009; MS,SVS,SAS,2009, LEHMAN et al,1997 
IN: Marasciulo ACE et al, 2010 - MPS/INSS (no prelo) 
 
 
Vig. Epid. da Hanseníase 8
 
M E M B R O S I N F E R I O R E S 
NERVOS 
COMPROMETIMENTO 
CONSEQUÊNCIAS 
E/OU SEQUELAS AUTONÔMICO SENSITIVO 
MOTOR 
(movimento ativo e/ou 
contra resistência) 
Fibular 
comum e 
ramifi-
cações Diminuição da 
sudorese e 
oleosidade, com 
ressecamento 
da pele. 
 
Diminuição ou 
ausência de 
sensibilidade 
na parte lateral 
da perna e 
dorso do pé. 
Nervo fibular profundo 
Extensão do hálux e 
demais dedos 
Dorsiflexão do pé 
Nervo fibular 
superficial 
Eversão do pé 
Dor na perna, sobretudo 
em região poplítea 
Espessamento do nervo 
fibular comum 
Pé caído 
Atrofia da musculatura 
lateral e anterior da perna 
Tibial 
posterior 
 
Diminuição ou 
ausência de 
sensibilidade 
em região 
plantar 
Flexão plantar do pé 
(metatarsianos) 
Flexão do hálux 
Abdução e adução do 
hálux e artelhos 
Parestesia plantar 
Espessamento do nervo 
Garra dos artelhos 
Atrofia da musculatura da 
planta do pé. 
Mal perfurante plantar 
 Fonte: Adaptado de MS,SVS,2009; MS,SVS,SAS,2009, LEHMAN et al,1997 
IN: Marasciulo ACE et al, 2010 - MPS/INSS (no prelo) 
 
 
2.1.1 – Pesquisa de alterações sensitivas 
Nervo Trigêmio Nervo Radial Cutâneo Nervo Ulnar 
 
 
Nervo Mediano Nervo Fibular Profundo Nervo Tibial Posterior 
 
 
 Fonte: Adaptado de LEHMAN, LF et al,1997 (Ilustrações de ALEXANDRE M. SOARES) 
 IN: Marasciulo ACE et al, 2010 - MPS/INSS (no prelo) 
 
 
Vig. Epid. da Hanseníase 9
2.1.2– Testes de força muscular 
Nervo Facial 
(Fechamento dos olhos) 
Nervo Ulnar 
(Posição intrínseca do 
5º dedo) 
Nervo Ulnar (*) 
(Abdução do 2º dedo) 
Nervo Ulnar 
(Abdução do 5º dedo) 
 
 
Nervo Radial 
(Extensão do Punho) 
Nervo Mediano 
(Abdução do polegar) Nervo Tibial Posterior 
 
 
 
 
Nervo Fibular Profundo 
(Extensão do hálux) 
Nervo Fibular Profundo 
(Extensão dos Artelho ) 
Nervo Fibular Profundo 
(Dorsiflexão do pé) 
Nervo Fibular Superficial 
(Eversão do pé) 
 
 
Fontes: Adaptado de LEHMAN, LF et al, 1997(Ilustrações de ALEXANDRE M. SOARES) 
 (*) www.auladeanatomia.com/sistemamuscular/mao.htm 
 IN: Marasciulo ACE et al, 2010 - MPS/INSS (no prelo) 
 
 2.1.2.1 - Gradação da força muscular 
Forte 5 Realiza o movimento completo contra a gravidade, com resistência máxima 
Diminuída 
4 Realiza o movimento completo contra a gravidade, com resistência parcial 
3 Realiza o movimento completo contra a gravidade 
2 Realiza o movimento parcial 
Paralisada 
1 Contração muscular sem movimento 
0 Paralisia (nenhum movimento) 
 Fonte: Adaptado de MS,SVS,2009; MS,SVS,SAS,2009, LEHMAN et al,1997 
 IN: Marasciulo ACE et al, 2010 - MPS/INSS (no prelo) 
 
 
 
- Flexão plantar do pé 
- Flexão do hálux 
- Abdução e adução do 
 hálux e artelhos 
 
 
Vig. Epid. da Hanseníase 10
 
2.1.3 – Pesquisa de espessamento dos nervos 
Nervo Radial e Radial 
Cutâneo Nervo Ulnar Nervo Mediano 
 
 
Nervo Fibular Comum Nervo Tibial Posterior 
 
 
 
 Fonte: Adaptado de LEHMAN, LF et al,1997 (Ilustrações de ALEXANDRE M. SOARES) 
 IN: Marasciulo ACE et al, 2010 - MPS/INSS (no prelo) 
 
 
2.1.4 – Principais sequelas motoras 
Nervo Facial 
( Lagoftalmo ) 
Nervo Radial 
( Mão caída ) 
Nervo Ulnar 
( Garra ulnar ) 
 
 
Nervo Mediano 
( Garra do mediano ) 
Nervos Ulnar e Mediano 
( Garra do ulnar e do mediano ) 
Nervo Fibular Comum 
( Pé caído ) 
 
 
Nervo Tibial Posterior 
( Garra dos artelhos ) 
 
Fonte: Adaptado de LEHMAN, LF et al, 1997 
(Ilustrações de ALEXANDRE M. SOARES) 
 IN: Marasciulo ACE et al, 2010 - MPS/INSS (no prelo) 
 
 
 
 
Vig. Epid. da Hanseníase 11
3. Diagnóstico dos Estados Reacionais ou Reações Hansênicas: 
 MS, SVS, 2009 e INSS, DIRBEN, 2007 
 IN: Marasciulo ACE et al, 2010 - MPS/INSS (no prelo) 
Tratam-se de alterações imunológicas exteriorizadas como processos inflamatórios agudos e 
subagudos, que podem ocorrer antes, durante ou depois do tratamento poliquimioterápico-PQT, tanto 
em casos paucibacilares, como multibacilares. 
A ocorrência dessas reações não contraindica o início da PQT, não implica sua interrupção e não indica 
reinício após alta. 
São fatores desencadeantes: infecções intercorrentes, anemia, cárie e doença periodontal, vacinação, 
terapias e alterações hormonais (gravidez, menstruação, puerpério); medicamentos iodados, estresse 
físico e emocional. 
As reações são de dois tipos: 
3.1 - Reação tipo 1 (reação reversa) 
Pode ocorrer antes de iniciar o tratamento ou, mais frequentemente, nos seis primeiros meses 
de poliquimoterapia, tanto nos casos paucibalares como multibacilares. Em alguns casos 
surgem após a conclusão do tratamento, porém raramente após 5 anos da alta medicamentosa. 
As neurites podem ser as únicas manifestações clínicas. 
Tende a regredir em um período de 3 a 6 meses, podendo durar 1 ano ou mais em indivíduos 
multibacilíferos . Se não tratada, pode resultar em danos permanentes para a função neural. 
3.2 - Reação tipo 2 (eritema nodoso hansênico) 
Observada nas formas virchowiana e dimorfa, geralmente durante os três primeiros anos após o 
início da poliquimioterapia, embora também possa ocorrer antes do seu início ou até cinco anos 
após seu término. 
A lesão típica é o eritema nodoso, caracterizado por lesões eritematosas, dolorosas, de tamanhos 
variados, incluindo pápulas e nódulos, localizadas em qualquer região da pele. Em alguns casos, o 
quadro reacional evolui com neurite, orquite, irite, iridociclite, artrite, mão e pé reacionais, 
linfadenite, proteinúria e dano hepático, geralmente acompanhados por febre e mal estar. 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL (MS,SVS,2009) ,(UNICAMP, 2010) 
 IN: Marasciulo ACE et al, 2010 - MPS/INSS (no prelo) 
 
1. Exame baciloscópico – embora o diagnóstico de Hanseníase seja essencialmente clínico e 
epidemiológico, a baciloscopia de pele (esfregaço intradérmico), quando disponível, pode ser utilizada para a 
classificação dos casos como pauci ou multibacilares. Quando negativa, não exclui o diagnóstico de 
hanseníase, mas, quando positiva, permite classificar o caso como multibacilar, independente do número de 
lesões presentes. 
2. Exame histopatológico – indicado como suporte para a elucidação diagnóstica e também em pesquisas. Os 
bacilos de Hansen são vistos isoladamente ou em aglomerados chamados globias no citoplasma dos macrófagos 
(células de Virchow). A formação de globias é exclusiva da hanseníase virchowiana. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL (MS,SVS,2009) 
As principais dermatoses que se assemelham a algumas formas e reações hansênicas, exigindo diferenciação segura, 
são: eczemátides, nevo acrômico, pitiríase versicolor, vitiligo, pitiríase rósea de Gibert, eritema solar, eritrodermias e 
eritemas difusos vários, psoríase, eritema polimorfo, eritema nodoso, eritemas anulares, granuloma anular, lúpus 
eritematoso, farmacodermias, fotodermatites polimofas, , pelagra, sífilis, alopécia areata (pelada), sarcoidose, 
tuberculose, xantomas, hemoblastoses, esclerodermias, neurofibromatose de Von Recklinghausen. 
Vig. Epid. da Hanseníase 12
TRATAMENTO 
Essencialmente ambulatorial, com utilização de poliquimoterapia (PQT), em esquemas padronizados pelo 
Programa Nacional de Controle da Hanseníase, do Ministério da Saúde: 
Paucibacilares 
Rifampicina 
 Dapsona 
- 1 dose supervisionada ao mês (6 doses em até 9 meses) 
- dose diária autoadministrada e dose mensal supervisionada 
*Multibacilares 
Rifampicina 
 Dapsona 
Clofazimina 
- 1 dose supervisionada ao mês (12 doses em até 18 meses) 
- dose diária autoadministrada e dose mensal supervisionada 
- dose diária autoadministrada e dose mensal supervisionada 
Reação Reversa 
(Reação tipo 1) 
Prednisona 
 - manter poliquimioterapia, se estiver em uso 
 - Imobilizar o membro afetado, se houver neurite 
 - monitorar a função neural, sensitiva e motora 
 - Implementar ações de prevenção de incapacidades **** 
Eritema Nodoso 
(Reação tipo 2) 
**Talidomida 
***Prednisona 
* Casos multibacilares mais graves poderão apresentar lenta regressão das lesões de pele. A maioria desses 
indivíduos continuará melhorando após a conclusão do tratamento com doze doses. É possível, no entanto, 
que alguns apresentem pouca melhora, requerendo retratamento com até 12 doses adicionais de PQT. 
** Talidomida é a droga de escolha (para mulheres em idade fértil, observar a Lei nº 10.651, de 16.04.2003, que 
dispõe sobre o uso do medicamento). 
*** Prednisona é a segunda escolha, devendo também ser introduzida se houver comprometimento neural. 
Fonte: Adaptado de MS,SVS,2009 e INSS,DIRBEN,2007 
 IN: Marasciulo ACE et al, 2010 - MPS/INSS (no prelo) 
São considerados curados os casos que completaram o número de doses preconizado pelo esquema 
terapêutico, no prazo estipulado. 
TRATAMENTO CIRÚRGICO MS,SVS,2009, INSS,DIRBEN,2007 
 IN: Marasciulo ACE et al, 2010 - MPS/INSS (no prelo) 
 
Indicado em casos de neurite, para reduzir ou solucionar a compressão do tronco neural periférico, por 
estruturas anatômicas adjacentes, depois de esgotados todos os recursos clínicos. 
 Descompressão neural cirúrgica em: 
- abscesso de nervo; 
- não resposta ao tratamento clínico padronizado para neurite, em quatro semanas; 
- neurites subentrantes (resposta ao tratamento com corticosteróides, com recrudescimento tão 
logo se retire ou reduza a dose do medicamento); 
- neurite do nervo tibial, por ser silenciosa e não responder bem ao tratamento com corticóide. 
 
 Cirurgia de reabilitação: 
- em casos com incapacidade instalada, apresentando mão em garra, pé caído, lagoftalmo, madarose 
superciliar, desabamento da pirâmide nasal, queda do lóbulo da orelha ouatrofia cutânea da face; 
- os casos elegíveis deverão encaminhados para centros de referência de alta complexidade, desde 
que tenham completado o tratamento poliquimioterápico e estejam há pelo menos um ano sem 
apresentar estados inflamatórios reacionais. 
Vig. Epid. da Hanseníase 13
TRATAMENTO DE CASOS ESPECIAIS: MS,SVS,2009, INSS,DIRBEN,2007 
 IN: Marasciulo ACE et al, 2010 - MPS/INSS (no prelo) 
 Gestação e aleitamento materno não contraindicam a poliquimioterapia da hanseníase, segura tanto 
para a mãe como para a criança. 
 Na associação com tuberculose, utilizam-se os tuberculostáticos, acrescidos dos quimioterápicos para 
hanseníase, da seguinte forma: 
- dapsona para paucibacilares; 
- dapsona + clofazimina para multibacilares; 
- esquema substitutivo próprio para casos em que a rifampicina esteja contraindicada; 
- casos cujo esquema para tuberculose não contenha a rifampicina, utilizar integralmente o 
esquema preconizado para tratamento da hanseníase. 
 Na associação com HIV / AIDS: 
- preconiza-se manter o esquema poliquimioterápico indicado para a hanseníase; 
- a rifampicina, na dose utilizada (600mg/mês), não interfere nos inibidores de protease usados no 
tratamento da AIDS. 
 Associação com outras doenças (hepáticas, renais, hematológicas e outras): 
- discutir com especialistas das áreas a escolha do melhor esquema terapêutico para tratar a 
hanseníase. 
CRITÉRIOS DE ENCERRAMENTO OU REENCAMINHAMENTO DOS CASOS: 
 MS,SVS,2009, INSS,DIRBEN,2007 
 IN: Marasciulo ACE et al, 2010 - MPS/INSS (no prelo) 
 
 alta terapêutica após encerramento da poliquimioterapia com o número de doses e tempo de 
tratamento preconizados e realização de exame dermatoneurológico de controle; 
 casos multibacilares sem melhora clínica, ao final do tratamento com todas as doses preconizadas, 
deverão ser encaminhados para unidades de maior complexidade, para verificar a necessidade de um 
segundo ciclo de tratamento; 
 quando os períodos de tolerância máximos para tratamento forem ultrapassados ( 9 meses para 
paucibacilares e 18 meses para multibacilares), os casos deverão ser encaminhados para unidades de 
maior complexidade para avaliar necessidade de retratamento; 
 casos de recidiva são raros e geralmente ocorrem em período superior a cinco anos após a cura. Neste 
sentido, todo caso suspeito de recidiva deverá ser encaminhado à unidade de referência para 
investigação e confirmação diagnóstica que, posteriormente, poderá contrarreferenciá-lo para 
tratamento e acompanhamento em uma unidade básica; 
 a presença de reações e sequelas não impedem a alta. 
 
Referências bibliográficas 
Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de Controle da Hanseníase. Vigilância em Saúde: 
situação epidemiológica da hanseníase no Brasil – 2008. Brasília: Programa Nacional de Controle da Hanseníase, 2008. 
Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/boletim_novembro.pdf. Acessado em 15 Mai 2009. 
Instituto Nacional do Seguro Social, Diretoria de Benefícios. Orientação Interna nº 163 INSS/DIRBEN, de 23 de março de 2007 – 
Aprova a Norma Técnica de Avaliação de Incapacidade Laborativa em Portadores de Hanseníase. Brasília: INSS, DIRBEN, 
2007. Disponível em: INTRAPREV/INSS/DIRBEN. Acessado em 20 Jun 2008. 
LEHMAN, L.F.; ORSINI, M.B.P.; FUZIKAWA, P.L.; LIMA, R.C.; GONÇALVES, S.D. Avaliação neurológica simplificada. Belo Horizonte: 
ALM International, 1997. 104 p.: Il. Disponível em: http://www.enf.ufmg.br/ 
internatorural/textos/Manuais/avaliacao_neuro_hanseniase.pdf. Acessado em 31 Mai 2010. 
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Marasciulo, ACE; Ribeiro, FRS; Rocha, GR; Ferreira, LS; Gandarela, MM; Marcelino, MA; Roman, RM; Alcântara, VBC. 
Diretrizes de apoio à decisão médico-pericial em clínica médica – Parte II. Ministério da Previdência Social, Instituto 
Nacional do Seguro Social. Brasília, DF (no prelo). 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria GM nº 2472, de 31.08.2010 - Define as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme 
disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005), a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de 
notificação compulsória em todo o território nacional e estabelecer fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos 
profissionais e serviços de saúde. Diário Oficial da União 2010, 1º Set. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE, SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. Portaria nº125 / SVS-SAS, de 
26.03.2009 - Define ações de controle da hanseníase. Diário Oficial da União 2009, 27 Mar. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE, SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Hanseníase. In: Guia de Vigilância Epidemiológica. Brasília: 
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, 2009. Disponível em: 
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/gve_7ed.pdf. Acessado em 20 Jan 2010. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Vigilância em saúde: situação epidemiológica da hanseníase no Brasil – 2008. Disponivel em: 
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/boletim_novembro.pdf. Acessado em Set, 2010. 
UNICAMP. Hanseníase virchowiana da pele (coloração de Ziehl-Nielsen) Lam. A. 184. Disponível em: 
http://anatpat.unicamp.br/laminfl20.html. Acessado em 30 jun 2010. 
 
 
 
Para onde notificar em Petrópolis ? 
Coordenação de Epidemiologia 
Rua Paulino Afonso, 455 (prédio anexo ao Pronto Socorro e ao DIP) 
Fone: (24) 2246-6796 
ssadiepi@petropolis.gov.br ou epidemiosms@rj.com.br 
 
 
A utilização das fichas de investigação epidemiológica como roteiro para a 
anamnese de casos suspeitos ou confirmados é de grande auxílio. 
(encontram-se no CD-ROM da disciplina) 
 
PORTARIA Nº 2.472, DE 31 DE AGOSTO DE 2010 
Define as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005), a 
relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e estabelecer 
fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde. 
............... 
Art. 5º A notificação imediata será realizada por telefone como meio de comunicação ao serviço de vigilância epidemiológica da SMS, cabendo a 
essa instituição disponibilizar e divulgar amplamente o número na rede de serviços de saúde, pública e privada. 
§ 1º Na impossibilidade de comunicação à SMS, a notificação será realizada à SES, cabendo a esta instituição disponibilizar e divulgar 
amplamente o número junto aos Municípios de sua abrangência; 
§ 2º Na impossibilidade de comunicação à SMS e à SES, principalmente nos finais de semana, feriados e período noturno, a 
notificação será realizada à SVS/MS por um dos seguintes meios: 
I - disque notifica (0800-644-6645) ou; 
II - notificação eletrônica pelo e-mail (notifica@saude.gov.br) ou diretamente pelo sítio eletrônico da SVS/MS (www.saude.gov.br/svs). 
§ 3º O serviço Disque Notifica da SVS/MS é de uso exclusivo dos profissionais de saúde para a realização das notificações imediatas. 
§ 4º A notificação imediata realizada pelos meios de comunicação não isenta o profissional ou serviço de saúde em realizar o registro dessa 
notificação nos instrumentos estabelecidos. 
§ 5º Os casos suspeitos ou confirmados da LNCI deverão ser registrados no Sinan no prazo máximo de 7 (sete) dias a partir da data de 
notificação. 
§ 6º A confirmação laboratorial de amostra de caso individual ou procedente de investigação de surto constante no Anexo II a esta Portaria 
deve ser notificada pelos laboratórios públicos (referência nacional, regional e laboratórios centrais de saúde pública) ou laboratórios privados 
de cada Unidade Federada. 
............... 
Art. 7º A notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais de saúde médicos,enfermeiros, odontólogos, médicos 
veterinários, biólogos, biomédicos, farmacêuticos e outros no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e 
estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino, em conformidade com os arts. 7º e 8º, da Lei Nº 6.259, de 30 de 
outubro de 1975. 
............ 
VIDE A ÍNTEGRA DA PORTARIA E SEUS ANEXOS NO CD-ROM DA DISCIPLINA 
Vig. Epid. da Hanseníase 15

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