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INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE
O PENSAMENTO CRIATIVO - PARTE 1
TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
Profa. Me. Heloiza Reis
heloizareis@hotmail.com
ESCOLA DE FRANKFURT
AULA 07
ESCOLA DE FRANKFURT
 
INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE
O PENSAMENTO CRIATIVO - PARTE 1
TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
Profa. Me. Heloiza Reis
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AULA 07
UNIDADE 1
Introdução
 
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O PENSAMENTO CRIATIVO - PARTE 1
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Profa. Me. Heloiza Reis
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AULA 07
� O campo da comunicação começa a ser problematizado no início do século XX, ou seja, 
o paradigma comunicacional se inscreve em um espaço / tempo específicos.
� Podemos compreender o contexto da pesquisa européia a partir de duas grandes 
correntes:
� INTRODUÇÃO
Corrente País Período
Escola de Frankfurt Alemanha início do século XX
Estudos Culturais Inglaterra meados do século XX (década de 1950)
 
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1a fase - criação do 
Instituto de Pesquisa
Social (1922-1933)
Escola de FrankfurtEscola de Frankfurt
2a fase - O período
de emigração
para os Estados
Unidos (1933-1950)
3a fase - A reconstrução do
Instituto de Pesquisa Social em
Frankfurt (1950-1970)
4a fase - O renascimento e a
superação da Teoria Crítica
(1970-1985)
ERA DO RÁDIO
(20-40)
Escola de Escola de PaloPalo AltoAlto
(Anos 40(Anos 40--60)60)
Escola de Chicago
(1915-1935)
M
a
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25
Primeira Guerra
1914 - 1918
Teoria MatemTeoria Matemáática (1949)tica (1949)
Segunda Guerra
1939 – 1945
20
60
30
40
50
35
45
55
ERA DA TVERA DA TV
(EM 50 EM DIANTE NO BRASIL)(EM 50 EM DIANTE NO BRASIL)
Anos 30:
Surgimento do conceito de 
“sociedade de massa” e 
“sociedade de consumo”
 
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� A Escola de Frankfurt surgiu oficialmente como Instituto de Pesquisa Social, em 
alemão Institus fur Sozialforschun
� Foi fundada no auditório da Universidade de Frankfurt, na Alemanha, em 22 de 
junho de 1924, resultante de um encontro preliminar - na verdade um seminário 
denominado de Erste Marxistische Arbeitswoche - em que se buscou discutir os 
rumos das políticas nacionais e internacionais, em uma época marcada de conflitos 
e crises econômicas.
� Participaram das discussões: Friedrich Pollock, Georg Luckás, Karl Wittfogel, Karl 
Korsh e Vic or Sorge, além de Felix Weil.
� INTRODUÇÃO
� A principal preocupação do que posteriormente denominou-se Teoria Crítica da 
Sociedade foi a tentativa de pensar as dinâmicas da sociedade em sua faceta 
industrializante, ou seja, analisar o desenvolvimento do capitalismo no início do 
século XX.
 
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� Foram pesquisas sobre as novas sujeições do homem com o progresso 
tecnológico, científico e econômico.
� INTRODUÇÃO
�� DINÂMICAS DA SOCIEDADE EM SUA FACETA INDUSTRIALIZANTEDINÂMICAS DA SOCIEDADE EM SUA FACETA INDUSTRIALIZANTE
Esse período foi marcado pela aceleração dos processos de massificação, além de 
apresentar um contexto extremamente conturbado, marcado pelo fascismo, 
nazismo e pelos autoritarismos em geral.
Foi um período histórico caracterizado pela crise, pela ruptura. Um contexto que 
apresentou novas linhas de poder e novas formas de ideologia, que condicionaram 
socialmente o homem.
 
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� Os autores do Instituto de Pesquisa Social formularam, a partir de 1924, diversas 
teses que compuseram a Teoria Crítica.
� A Teoria Crítica teve como pressupostos teóricos:
� INTRODUÇÃO
� condições de produção e recepção de bens culturais sob a regência do 
capitalismo monopolista;
� produção de construtos estéticos a partir da reprodução;
� industrialização da cultura que quer ser o oposto dos estudos vinculados à
exatidão formal e às disciplinas setorizadas.
� A Teoria Crítica possuía uma visível preocupação com as relações que se 
efetivavam entre os indivíduos e as formas sociais a que estão imersos.
� Nesse sentido, denunciou a separação entre a sociedade e o indivíduo.
 
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Diferente da Corrente Americana ou Mass Communication Research, a Teoria 
Crítica buscou um pensamento crítico, mais geral e menos administrativo.
� INTRODUÇÃO
� A América observava a crise europeia e buscava lucrar com isso. Já as rupturas 
estavam acontecendo em solo europeu. Então, tínhamos o olhar americano e o 
europeu diante do homem.
� Mais facilmente observável pelo europeu, os autoritarismos são questionados a 
partir de um olhar de dentro. Nota-se que a Teoria Crítica desenvolveu uma visão 
muito mais ácida das relações sociais que se desenrolavam no período.
� O modelo capitalista era denunciado como responsável por um pensamento 
“embrutecedor”, que condicionava o homem a seu caráter mercantil, de mero objeto.
 
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A partir dessa posição crítica da Europa, é importante destacar o conceito de ideologia 
para entendermos as premissas teóricas da Escola de Frankfurt.
O conceito de ideologia tem como fundamento as teses marxistas. Autores da Escola de 
Frankfurt, como Adorno, Horkheimer, Walter Benjamin, Erich Fromm e Herbert Marcuse
estavam diante de um momento histórico diferente, o qual Marx não participou. Assim, esses 
autores resgataram o pensamento marxista à luz da problemática social que se desenrolava 
no início do século XX.
� Marx, que faleceu no final do século XlX, apresentou em sua obra um olhar com relações ao 
desenvolvimento da industrialização e do próprio capitalismo.
� Para a Escola de Frankfurt, foram importantes os conceito de ideologia e de novas relações 
de poder apresentados por Marx. É importante perceber que o conceito de ideologia é
entendido em sentido francamente negativo, como “falsa consciência”. Por isso, a escola 
buscou discutir a posição do sujeito diante de uma sociedade massificada, industrializada, 
que transformava as relações humanas em relações abstratas e coercitivas.
� INTRODUÇÃO
 
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� Segundo a Escola de Frankfurt, o modelo capitalista “coisifica” o indivíduo, 
ocorrendo a massificação e o embrutecimento (degradação da inteligência).
� INTRODUÇÃO
� É importante entender que a Escola de Frankfurt apresentou, pela primeira vez, a ideia de que o homem, 
esse homem industrializante, se tornou um objeto dentro de um momento histórico específico. E também, 
pela primeira vez, ela problematizou os meios de comunicação.
A Teoria Crítica foi a primeira que problematizou a relação 
do homem com o campo comunicacional.
� Lembre-se de que, no início do século XX, surgem o rádio e as técnicas publicitárias.
� Na década de 1940, a televisão já era um modelo de instauração de um código cultural e social.
� O cinema, também nesse período, foi um grande capturador de percepção das massas, utilizado para a 
propaganda das forças aliadas e nazistas.
�� MASSIFICAMASSIFICAÇÇÃOÃO
Massificar = homogeneização, uniformização, padronização, serialização, tudo que modula o 
produto no capitalismo.
 
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� INTRODUÇÃO
� Bem diferente da inspiração americana, a Escola de Frankfurt não entende que os 
meios de comunicação promovem a democracia social.
� As duas correntes consideram os meios instrumentos de controle das massas.
� Vejamos outra características das duas correntes: 
� PESQUISA AMERICANAPESQUISA AMERICANA
A pesquisa americana afirmava que as ferramentas de comunicação produzem 
democratização e regulam o campo social.
� ESCOLA DE FRANKFURTESCOLA DE FRANKFURT
A pesquisa europeia diz que não, que essas ferramentas não se explicam por si só, mas que 
é necessário observar as consequências sociais desses instrumentos, que não são 
instrumentos neutros.
A perspectiva frankfurtiana criticava as consequências do desenvolvimento dos meios de 
comunicação e não simplesmente apostava em seu potencial democratizante.
 
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Dentro da pesquisa americana, conhecida também como sociologia 
funcionalista, as mídias eram concebidas como ferramenta de 
democracia e mecanismo de regulação social.
� INTRODUÇÃO
� Assim, diferentemente da pesquisa americana, a Escola de Frankfurt se destacou 
por apresentar proposições críticos-conceituais, já que discutiam a ideologia e o 
poder.
� Já na pesquisa europeia, os autores se questionavam sobre as consequências do 
desenvolvimento dos meios de comunicação.
 
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Adorno afirma que a cultura do capitalismo é desprovida de 
perspectiva crítica, porque ela é um produto do mercado.
� INTRODUÇÃO
Exemplo:
� A própria ideia de cultura era diferente nas duas pesquisas.
� A teoria americana se preocupou em medir a audiência. Já para Adorno, como 
veremos na terceira unidade, é impossível medir a cultura.
� Para ele, a cultura deve ser problematizada como lugar de expressão, de crítica, de 
um novo modelo de olhar desse homem, o que impede essa medição.
 
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UNIDADE 2
Base histórica e teórica
 
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� BASE HISTÓRICA E TEÓRICA
Para compreendermos os conceitos propostos pela Escola de Frankfurt, 
precisamos entender qual era o contexto histórico e teórico do 
surgimento da Teoria Crítica.
� A Teoria Crítica nasceu a partir de dois ideais que marcavam a Alemanha naquele 
período.
� Após a Revolução Russa (1917), quando os proletariados tiraram os czares das 
instâncias regulativas, surgiu a revolução comunista.
� A Alemanha, então, ficou dividida: ou ela aceitava o modelo de Moscou (a ditadura 
do proletariado) ou apoiava os sociais democratas, que estavam vindo da República 
de Weimar.
� No caso, as duas posições não eram interessantes para a Alemanha: ou uma 
ditadura do proletariado ou uma social democracia de uma burguesia, que também 
vinha de uma república. Em resumo, todas produziriam, de alguma maneira, algum 
tipo de exclusão.
 
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� BASE HISTÓRICA E TEÓRICA
� O Instituto de Frankfurt surgiu como uma terceira opção para se investigar científico-
filosoficamente os horizontes do marxismo, abrindo possibilidades para uma nova 
concepção de esquerda.
� A Escola de Frankfurt reuniu pensadores e cientistas sociais alemães, 
interessados em construir um espaço de reflexão e uma ação que se 
interpusesse entre o empreendimento científico burguês e a radicalização do 
Partido Comunista.
� Assim, os diversos autores da Escola de Frankfurt - uma escola muito mais política 
do que a americana - buscaram entender esse momento histórico e produzir um 
caminho específico de controle social.
� A partir da teoria marxista, eles tentam pensar em uma terceira via, em um 
contraponto às duas propostas estadistas. Eles investigaram científica, filosófica e 
politicamente o modelo marxista, como um modelo que pudesse trazer luz a uma 
nova concepção de esquerda.
 
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TEMÁTICA CENTRAL
Os frankfurtianos tratavam de discutir um amplo aspecto dos processos de 
civilização moderno e, nesse sentido, a grande preocupação era com o destino 
do ser humano em uma era em que a técnica, a política, a estética e a vida 
cotidiana cresciam a partir do mercado e da mídia.
� BASE HISTÓRICA E TEÓRICA
� Então, a Escola de Frankfurt era formada por um grupo pequeno de pensadores e 
suas preocupações se alocavam na possibilidade de criticar o destino do homem 
nos processos velozes da industrialização.
� Os frankfurtianos buscaram entender o contexto de uma era, em que a técnica, a 
política, a estética e a vida cotidiana cresciam a partir de dois grandes símbolos: o 
mercado e os meios de comunicação.
 
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� BASE HISTÓRICA E TEÓRICA
� Nesse período, o homem se subjugava às máquinas, como podemos ver bem 
retratado no filme ”Tempos Modernos” (Estados Unidos, 1936), do ator e diretor Charles 
Chaplin.
� Os pensadores da Escola de Frankfurt 
buscavam uma ideia para entender quem 
é e onde fica o homem nesse processo de 
desenvolvimento acelerado da 
modernidade.
� Eles se perguntavam:
- O homem seria apenas uma peça na 
grande engrenagem do mercado?
- As máquinas realmente possuíam potencial 
libertador?
� Esses eram questionamentos 
fundamentais para a Escola de Frankfurt.
 
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� BASE HISTÓRICA E TEÓRICA
�� O HOMEM SE SUBJUGAVA O HOMEM SE SUBJUGAVA ÀÀS MS MÁÁQUINASQUINAS
A máquina de alguma maneira não nos libertou, mas nos aprisionou. 
E é exatamente isso que está acontecendo no início do século XX: uma prisão do 
homem ao desenvolvimento tecnológico, uma submissão não criativa.
A máquina não só nos domina, como ela nos impede de criar. 
Marx analisou isso economicamente em seu livro O Capital e os frankfurtianos
resgataram esse contexto, apresentando a ideia de que o desenvolvimento 
tecnológico e midiático produz novas sujeições do homem, como progresso 
tecnológico e científico / econômico.
Ou seja, não é a máquina que nos salva, muito pelo contrário, ela é quem nos 
submete e promove outras sujeições, de outras ordens.
 
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� BASE HISTÓRICA E TEÓRICA
Para entendermos essa questão, é importante apontarmos para o conceito da 
Indústria Cultural, que está relacionada ao conceito de alienação. 
Os frankfurtianos têm uma outra perspectiva de alienação. Para eles, a alienação 
estava ligada às práticas culturais.
� Para os autores da Escola de Frankfurt, quem alienava a cultura, no início do século 
XX, eram os meios de comunicação.
� O cinema, o rádio e a televisão, mais tarde, não vão conseguir uma prática cultural 
efetiva, mas sim em série, padronizada, esquematizada.
 
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� BASE HISTÓRICA ETEÓRICA
Em relação à questão do método, para esclarecer as novas realidades surgidas com o 
desenvolvimento do capitalismo no século XX, a abordagem crítica teve como base 
três pensamentos...
- Pensamento Marxista
- Pensamento Freudiano
- Pensamento Nietzscheano
 
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� BASE HISTÓRICA E TEÓRICA
� Para a Escola de Frankfurt, esses três 
autores territorializam a história, colocam a 
história como luta, conflito. 
� Por isso, Marx, Freud e Nietzsche estão 
dentro da escola como método de análise 
dessas sujeições, desse desenvolvimento 
tecnológico, dessa perda de sentido 
humano. 
� Os frankfurtianos são bastante 
humanistas, eles querem que o homem 
fique bem, mas eles estão vendo que o 
homem está sujeito a uma série de 
questões históricas, desde os meios de 
produção até a mídia, o capitalismo.
 
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� BASE HISTÓRICA E TEÓRICA
� Os autores de Frankfurt veem que o modelo do capital é falido, que é um modelo 
que impõe uma subjetividade, que não é uma subjetividade a qual eles estão de 
alguma maneira percorrendo, uma abordagem mais solidária ou um sistema 
comunitário; 
� Pelo contrário, é um sistema competitivo. Esse modelo exige que o indivíduo possua 
uma aderência ao mercado, esteja dentro dele.
� Os membros da escola resgataram toda uma aura marxista para pensar o que era o 
desenvolvimento desse sistema, porque esse sistema produz o homem, produz um 
jeito de ser, uma forma subjetiva de desenvolvimento do indivíduo.
 
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� BASE HISTÓRICA E TEÓRICA
� Por isso, o conjunto de ideias dos autores da Escola de Frankfurt recebeu o 
nome de Teoria Crítica, porque efetivamente eles criticaram o 
desenvolvimento do capitalismo. 
� A Escola estabeleceu a base para a crítica dos processos de modernização 
industriais e seus fenômenos de dominação e estetização.
� Dedicaram-se a reflexões críticas sobre os problemas sociais em uma perspectiva 
marxista, negando que os fenômenos de comunicação podem ser estudados à parte 
do todo social.
� Esses autores também buscavam entender e explicar o sistema econômico e social 
por meio do consumo estético massificado.
 
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� BASE HISTÓRICA E TEÓRICA
� Assim, temos como pontos de apoio da teoria critica...
� CRÍTICA À RAZÃO
- Para os autores, a razão é motivo de dominação e má consciência. 
- Os homens são levados a acreditar que o modelo racional é libertador. No 
entanto, a mesma razão deixa de lado o saber em prol de um desenvolvimento 
robotizado das experiências humanas.
- É uma crítica dos autores à Indústria Cultural e ao desenvolvimento das 
tecnologias pós Revolução Industrial. Segundo eles, o mundo acabou depois que o 
homem virou máquina. As nossas experiências se transformaram em experiências 
“tecnologizadas”, os sujeitos passaram a ter relações societárias abstratas, o corpo 
está sendo levado pelo sistema.
- Para eles, o capitalismo é um sistema desumano, caótico, excludente, não 
solidário, em que essas relações são pautadas pela razão.
 
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� BASE HISTÓRICA E TEÓRICA
� CRÍTICA À SOCIEDADE
- A sociedade burguesa foi criticada na medida que se coloca como grande 
representante dos anseios do homem. Toma para si a característica de modelo, 
mas gera apenas violência e desigualdade.
- O modelo da burguesia é um modelo que serve de padrão para as pessoas, algo 
que elas colocam como objetivo a ser alcançado. Pressupõe-se que a burguesia 
sabe o que é bom e o que não é bom, ela diz o que é legal ou não, esteticamente e 
culturalmente.
 
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� BASE HISTÓRICA E TEÓRICA
� CRÍTICA AO MARXISMO RADICAL
- Os pensadores de Frankfurt não aceitavam o dogmatismo marxista e sua expressão em 
regimes totalitários.
- Abandonaram conceitos como “ditadura do proletariado”, “luta de classes como motor da 
história”, “infraestrutura econômica como centro de qualquer sociedade”.
- Não é o modelo de Moscou que eles querem, nem o modelo chinês, porque há um 
abandono do contexto de ditadura do proletariado, do contexto de luta de classes como 
motor da história e da superestrutura econômica como centro de qualquer sociedade.
- Os pensadores de Frankfurt não transportaram o pensamento marxista para o início do 
século XX e, sim, fizeram uma releitura de Marx. Eles resgataram o que era interessante 
para pensar o desenvolvimento da sociedade dos meios de comunicação, envolvendo outras 
questões que não aquelas do início do século XIX.
 
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UNIDADE 3
Autores e seus conceitos
 
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� PRINCIPAIS AUTORES 
Max Horkheimer Theodor Adorno
Walter Benjamin
Erich Fromm
Sigfried Kracauer
Herbert Marcuse
Jürgen Habermas
 
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� HORKHEIMER E ADORNO
� Max Horkheimer e Theodor Adorno escreveram o principal livro da 1ª fase: Dialética 
do Esclarecimento (1947).
� Juntos também criaram o termo Indústria Cultural, com objetivo de entender os 
novos modos de sujeição do homem, principalmente, com relação à cultura e crítica 
ao estado da música, agora rebaixada a entretenimento.
� AUTORES E SEUS CONCEITOS
 
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� MAX HORKHEIMER (1895-1973)
� Como todos os intelectuais da Escola de 
Frankfurt, Max Horkheimer era judeu de 
origem, filho do industrial Mortitz Horkheimer. 
Ele estava destinado a continuar os negócios 
paternos. 
� Por intermédio de seu amigo Pollock, 
Horkheimer associou-se em 1923 à criação 
do Instituto para a Pesquisa Social, do qual 
foi diretor em 1931, sucedendo o historiador 
austríaco Carl Grünberg.
� AUTORES E SEUS CONCEITOS
 
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� THEODOR ADORNO (1903-1969)
� Adorno era filho de pai alemão - um próspero 
negociante de vinhos, judeu assimilado - e de sua 
mãe italiana. Cedo em sua vida intelectual, descobriu 
a obra de Kant por intermédio de seu amigo Kracauer, 
especialista em sociologia do conhecimento, que ficou 
conhecido com a publicação da obra De Caligari a 
Hitler, sobre as relações entre o cinema e o nazismo.
� Adorno vinha de um meio de musicistas e amantes de 
músicas e logo se orientou para a estética musical. 
Com o fim da Guerra, Adorno foi um dos que mais 
desejaram o retorno a Frankfurt. Tornou-se diretor-
adjunto do Instituto para Pesquisa Social e seu co-
diretor em 1955. Com a aposentadoria de 
Horkheimer, Adorno tornou-se o novo diretor.
� AUTORES E SEUS CONCEITOS
 
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AULA 07
� No livro Dialética do Esclarecimento, Adorno e Horkheimer indicam como os indivíduos 
estão condicionados a acreditar na capacidade dos processos civilizadores modernos em 
construir liberdades, a partir do desenvolvimento econômico-tecnológico.
� Eles chamaram isso de má consciência, de alienação - domínio pelo outro. 
� A cultura de massa vende o engodo cultural; ela produz qualquer coisa para as pessoas 
consumirem como se fosse cultura, mas não é.
� O sujeito é condicionado a achar que esse processo civilizador produz suas liberdades.
� As sociedades modernas estão, nesse sentido, oprimidas pela ideia de progresso, que no 
fundo se apresenta como barbárie, negação da criatividade e impossibilidade de 
autoafirmação individual.
“A regressão das massas hoje é a incapacidade de ouvir o inaudito com seus 
próprios ouvidos, de poder tocar com suas próprias mãos o intocado, a nova forma 
de cegueira, que substitui toda aquela derrotada, mítica.”
(Dialética do Esclarecimento, p. 54)
 
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AULA 07
� Adorno e Horkheimer viram no progresso o lugar 
ápice da prisão do homem, subjetiva, psicológica, 
econômica e tecnológica, que em todos os sentidos 
só oprime com a ideia de que ele está indo para 
um lugar melhor.
� E a cultura de massa está totalmente conectada ao 
desenvolvimento urbano e industrial, em que aparece 
esse homem oprimido, negado, condicionado a essas 
forças externas do sistema.
� A massa é incapaz de produzir crítica, de produzir 
arte, porque ela está oprimida pelas forças do capital.
� AUTORES E SEUS CONCEITOS
 
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É o caso também do cinema. O indivíduo assiste a um filme e já sabe 
tudo o que vai acontecer - está relacionado à ideia de padronização -, 
mas serve como algo para distrair, sem reflexão, oferecendo uma 
espécie de amortecimento psicológico.
� Nesse sentido, os meios de comunicação serviram muito bem a esse sujeito 
cansado. 
� O indivíduo vive em um mundo de ação, mas quando chega em casa e liga a TV é
como se diminuísse o sentido de ação.
� A pessoa não consegue nem trocar com aquele meio, porque ela está em um 
estado grande de letargia, apatia, e o que consegue receber daquele meio é só um 
estado de atenção distraída.
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� É importante ficarmos atentos a três conceitos presentes no livro Dialética do 
Esclarecimento:
1. Razão Instrumental
2. Racionalidade Técnica
3. Indústria Cultural
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� RAZÃO INSTRUMENTAL
� Para os autores, a razão instrumental se contrapõe à razão objetiva, responsável 
por propor uma ordem no mundo e um sentido para a vida humana.
� Ao criarem o termo, internamente à discussão da Dialética do Esclarecimento, 
Adorno e Horkheimer apontam para um novo tipo de mitificação agora assegurada 
pela razão (operacional e que pode indicar o que pode indicar o que pode ser útil 
para o homem).
� A ideia da razão instrumental é a alienação pela razão, a ideia de que o progresso 
vai garantir para o indivíduo a sua liberdade.
� O capitalismo diz que somos livres, que escolhemos. Na verdade, ele está
enganando o sujeito dizendo que ele usa a razão, mas quem dá a razão é o 
capitalismo.
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� RACIONALIDADE TÉCNICA
� Racionalidade Técnica é a crítica a um novo modo de industrialização dos 
bens culturais.
� Também está relacionado à submissão do homem à dominação ideológica, 
ocasionando contrastes sociais e desnivelamento socioeconômico.
� É exatamente essa projeção do homem à ciência. O homem tecnológico é racional, 
ele resolve os problemas. A razão é o responsável por resolver os problemas dos 
indivíduos. E quanto mais eu sou racional, mais eu me submeto a ela, a essa lógica, 
mais eu perco a minha relação com o natural e vou para o artificial.
� Portanto, a industrialização promete liberdade, mas ao mesmo tempo só causa 
submissão, desnivelamento social e violência.
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� INDÚSTRIA CULTURAL
� Para os pensadores frankfurtianos, as sociedades capitalistas mobilizam a 
população a se engajar nas tarefas necessárias à manutenção do sistema.
� Marx fala da alienação do trabalho; Adorno e Horkheimer falam da alienação da 
cultura. Quando ela está dominada, perde a sua potencialidade revolucionária.
Sua principal questão:
� Com a uniformização da civilização moderna, obtida por intermédio da indústria, surge 
uma cultura massificada, destituída de valor e criação.
� Essa indústria traz a marca da serialização-padronização-divisão do trabalho.
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� Para os autores, os momentos de lazer do homem moderno preenchem sua 
existência de modo a se sentirem coisas.
� Nesse sentido, os meios de comunicação veiculam produtos a serem consumidos 
de forma passiva e acrítica.
� Uma ideia fundamental para entender a Dialética do Esclarecimento é a de que os 
meios de comunicação afetam de duas formas a nossa percepção:
� produzem o mínimo de resistência do indivíduo às suas práticas - o meio de 
comunicação quer que o sujeito não resista ao que ele está produzindo;
� como também infantiliza, tornando o sujeito infantil, limitando a sua possibilidade 
de reflexão.
� A prática dos meios de comunicação segue a linha da menor resistência, não 
deseja mudar as pessoas. Elas são peças do sistema.
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� Os autores frankfurtianos NÃO aceitam a denominação Cultura de Massa.
� Para eles, o que ocorre é uma cultura para a massa e não uma cultura de massa. 
� É uma cultura feita para consumir. Não é algo espontâneo das massas.
� Por isso, eles não aceitam a denominação Cultura de Massa e mudam o termo para 
Indústria Cultura. Isso porque a indústria trabalha com serialização, padronização e 
divisão do trabalho.
� Então, a cultura é vendida da mesma maneira que um sapato, para todas as classes 
sociais.
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� ESTEREÓTIPO
� Estereotipia é uma ferramenta para marcar cavalo, e além desse significado tem também a 
ideia de menor esforço na significação daquilo que é dito. Então, Adorno e Horkheimer
apresentam que os meios de comunicação não conseguem fazer o sujeito pensar porque 
trabalham com estereótipos.
� Os estereótipos trabalham com identificações precisas. Os meios já fornecem os sentidos de 
forma definitiva. Está relacionado a menor resistência àquilo que é dito pelos meios de 
comunicação, que produzem uma linguagem infantilizadora.
� A pessoa que faz televisão não pode romper o contrato que estabelece com o seu 
telespectador, ou seja, não pode dar aquilo que ele não consegue significar. A informaçãodeve ser fluida, deve ser dada e projetada de uma maneira que gere prazer, mas prazer no 
sentido de significar, produzir e não no sentido de produzir ruído. Porque ir atrás do sentido é
muito mais complicado do que você receber ele pronto.
Além desses conceitos, o livro Dialética do Esclarecimento também apresentam outros termos 
importantes: estereótipo e servidão voluntária.
 
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� SERVIDÃO VOLUNTÁRIA
- Na Dialética do Esclarecimento, o termo servidão voluntária está relacionado ao 
sujeito que atua como servo voluntariamente.
- Os autores falam sobre uma estética simbólica e massiva, porque estar fora da 
massa, do comum, é estar louco, fora do contexto. Por isso, há uma adesão 
voluntária ao contexto vigente.
� AUTORES E SEUS CONCEITOS
 
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� A Obra de Arte na Era da Reprodutibilidade Técnica 
(1936), de Walter Benjamin.
� No livro, Benjamin discute a remodelação dos conceitos da 
estética clássica, a partir da experiência suscitada pelas 
técnicas de reprodução.
� Para ele, a reprodução técnica abala os alicerces da estética 
clássica (aura, valor cultural, autenticidade) e empreende 
novas experiências com o objeto artístico.
� Ele analisa os valores de culto e de exposição da obra em 
um período de excesso de visibilidade do objeto artístico, 
caracterizando assim um novo desempenho do público e do 
autor.
� AUTORES E SEUS CONCEITOS
� WALTER BENJAMIN (1892-1940)
 
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� Ele percebe que a arte se aproxima cada vez mais do indivíduo, porque ela passa a ser 
efetivamente reproduzida. No texto, Benjamin diz que não é contra a reprodução.
� Segundo o autor, desde o homem de Neandertal, das reproduções rupestres na pedra, o 
homem sempre reproduziu o objeto artístico. Acontece que estamos em um outro momento 
histórico, pós Revolução Industrial, e essa reprodutibilidade passa a ser uma reprodutibilidade 
técnica.
� Para entender o texto de Benjamin, é
importante lembrar que por ser 
frankfurtianos, ele criticou os processos em 
desenvolvimento no final do século XIX: o 
homem que está começando a habitar os 
centros urbanos.
� Benjamin começa a perceber uma nova 
relação desse homem com o objetivo 
artístico; ele não tem mais a arte separada 
do seu esquema social. A arte como algo 
distante, para ser contemplada.
 
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� Então, não é algo que se reproduz localmente, é um objeto que é de forma 
massificado, distribuído dentro do tecido/sistema social.
� Segundo ele, a reprodução mudou a relação do sujeito com o objeto artístico. 
� Antes ele estava distante, não espacialmente, mas distante enquanto receptor e 
significador daquela obra. 
� Agora, o objeto artístico está próximo fisicamente, porque é possível afetá-lo 
instantaneamente a partir das reproduções.
A relação do homem com esse objeto não é contemplativa, 
passa a ser uma relação de consumo.
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A boneca que virou referência no mundo da moda e beleza ganha sua versão em obras de arte 
famosa. Até uma releitura da famosa garota com o brinco de pérolas, de Jan Vermeer, ela 
ganhou.
 
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Distingue
Valor de culto Valor de Exposição
Característica da arte legítima.
Separa aquele que vê o objeto 
artístico.
Aproxima arte e espectador.
Transforma contemplação em 
consumo.
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� Benjamin diz que na Idade Média, a relação que o homem tinha com a obra de arte 
era sagrada. Nos mosteiros, os objetos artísticos ficavam a maior parte do tempo no 
porão e uma vez por ano subiam e eram contemplados. Como não eram vistos o 
tempo todo, a relação estabelecida com esses objetos artísticos era sagrada.
� Na Revolução Industrial, com a reprodução técnica massiva, essas obras estão nos 
cadernos, na tela do computador, no outdoor, na rua, ou seja, essas obras se 
aproximam do homem.
� A partir do momento em que elas se aproximam, elas passam a desterritorializar sua 
aura, a não serem mais únicas, que é aquilo que resguardava o valor estético da 
obra de arte clássica.
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� O diagnóstico de Benjamin é de antes esses objetos eram distantes, mas 
agora se aproximaram pelos meios de comunicação.
� O que marcava uma obra de arte da estética clássica era a aura, uma experiência 
que o sujeito tem com o objeto.
� Esse objeto artístico tem uma história, tem uma representatividade e autenticidade. 
A reprodução técnica tira o objeto do aqui e agora, reproduzindo-o exaustivamente.
� A reprodução feriu a aura, o valor cultural e a autenticidade da obra.
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� Benjamin não acha nem bom nem ruim tudo isso, mas no texto ele demonstra que 
está assustado. Ele não quer dizer que é uma experiência degrada da obra de arte, 
e sim que são novas experiências com o objeto artístico.
� Ele não diz que a fotografia e o cinema servem apenas como modo de domínio 
para as nossas percepções, mas eles servem como novos modos e 
modelagens de percepção.
� Segundo Benjamin, a massa fez tudo para se aproximar da obra de arte, porém, 
muitas vezes, vê esse objeto de forma equivocada. Ela não consegue perceber, fruir, 
contemplar. Não que o único modela seja o modelo da contemplação, mas esse 
modelo da aproximação proporciona uma espécie de vertigem ótica, fazendo com 
que as vezes não seja possível ver o objeto artístico.
� A obra de arte quando se aproxima demais do sujeito vira produto, mercadoria, algo 
que perde a sua potencialidade criativa.
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� Para ele, a partir das lutas instauram-se novos modos de 
conceber o homem. 
� Redigiu diversos artigos relacionando Marx e Freud, ego e 
revolução, ou seja, como fazer revolução a partir dos 
desejos das massas.
� Erich Fromm afirma que para fazer revolução, ela tem de ser 
feita na felicidade. Porque, na realidade, toda uma ideia de 
consciência produz também uma má consciência, gerando 
impotência.
� Ele diz que a revolução precisa estar sempre conectada a 
um esquema de alegria, a uma nova reestruturação do 
marxismo.
� Erich Fromm realizou pesquisas sobre as revoluções.
� ERICH FROMM (1900-1980)
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�MEIOS DE COMUNICAÇÃO COMO INSTRUMENTOS DE 
DOMINAÇÃO
� Para os autores da Escola de Frankfurt, os meios de comunicação são 
instrumentos de dominação.
� INDÚSTRIA CULTURAL COMO FENÔMENO DE SUJEIÇÃO SIMBÓLICA
� A Indústria Cultural é um modelo de sujeição das massas à uma cultura 
afirmativa, que funciona com padronização e industrialização.
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� MASSIFICAÇÃO DA PERCEPÇÃO
� Em todos os autores da escola, a ideia da massificação da percepção é fundamental.
� Adorno diz que estamos sujeito a uma percepção capitalista;
� Benjamin fala que há uma outra percepção com esses novos modelos artísticos;
� Kracauer diz que há uma percepção que está na vida urbana;
� Erich Fromm diz que temos de tentar uma nova percepção para a revolução. Percepção 
aqui como ideia de perceber o mundo. Segundo ele, o capitalismo não domina o nosso 
corpo, ele quer a nossa alma, quer que o nosso olhar esteja conectado ao esquema.
� Para Adorno, as massas são burras, acéfalas, desprovidas de pensamento crítico e 
alienadas, não são sujeitas, são subcidadãos. O cidadão é aquele que escapa do sistema.
� Os indivíduos são fruto de um olhar produzido a partir do mesmo olhar. Então, a percepção é
massificada. Por isso, a cultura é dominada, porque dominaram a percepção dos indivíduos.
 
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ANTUNES, Márcia do Nascimento Vieira. RAMOS, Luís Marcelo Alves. “Conhecendo os 
caminhos da teoria crítica”. Rev. online Bibl. Prof. Joel Martins, Campinas, SP, v.2, n.1, 
p.185-220, out. 2000. 
HOHFELDT, Antônio. MARTINO Luiz C., FRANÇA, Vera Veiga. (org.). Teorias da 
Comunicação: conceitos, escolas e tendências. Petrópolis: Vozes, 2002.
WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação. Lisboa: Editorial Presença, 1995. 
Referências bibliogrReferências bibliográáficasficas
Escola de FrankfurtEscola de Frankfurt

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