Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ CAMPUS ALEGRETE CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA RELATÓRIO FINAL BOLSA DE PESQUISA CNPq-PIBIT Orientador: Jumar Luis Russi OTIMIZAÇÃO DA TÉCNICA DE MODULAÇÃO DE POTÊNCIA POR CICLOS INTEIROS PARA ATENUAÇÃO DO EFEITO FLICKER Bolsista: Paulo Cezar Piovesan Vianna Alegrete, 11 de Setembro de 2015. Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1 2 EMBASAMENTO TEÓRICO ............................................................................................ 1 2.1 Da qualidade de energia ............................................................................................... 2 2.2 Flicker .......................................................................................................................... 2 2.3 Chuveiro Elétrico ......................................................................................................... 3 2.4 Chuveiro Eletrônico ..................................................................................................... 3 2.5 Técnicas de Modulação de Potência ............................................................................ 4 2.6 Otimização da Técnica de Ciclos Inteiros ................................................................... 6 3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 8 3.1 O flutuador de tensão ................................................................................................. 10 4 RESULTADOS ................................................................................................................. 11 4.1 Ciclos Inteiros ............................................................................................................ 11 4.2 Ciclos Inteiros com Período T Dimensionável .......................................................... 13 4.3 Semiciclos Inteiros com Período T Dimensionável ................................................... 15 5 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 17 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 18 Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ RESUMO As técnicas de modulação de potência são a forma mais apropriada para o controle da energia disponibilizada a elementos aquecedores, e dentre elas, destaca-se a modulação por Ciclos Inteiros. O maior problema desta técnica são os grandes períodos entre condução e bloqueio, os quais originam flutuações de tensão a faixas de frequência ideais para ocorrência de flicker. Esse trabalho busca apresentar os resultados de duas técnicas distintas de modulação de potência baseadas no dimensionamento dos períodos de comutação da carga a nível de ciclos e semiciclos, partindo da otimização da técnica tradicional por Ciclos Inteiros. O principal objetivo do estudo é reduzir os efeitos de cintilação luminosa provocados pelo uso do chuveiro eletrônico. Para isso foram utilizados diferentes dispositivos, como um circuito flutuador de tensão, duas placas Arduino®, um suporte para lâmpada conectado ao circuito de simulação de flutuação de tensão, além de um circuito LDR responsável pela detecção de variação de iluminância. Nove diferentes níveis de potência para cada técnica foram ensaiados, sendo os mesmos adquiridos diretamente no computador a fim de obter gráficos de iluminância em função do tempo. Os resultados preliminares mostraram que ambas as técnicas otimizadas de modulação foram eficazes na atenuação do efeito flicker, com destaque para a técnica de Semiciclos Inteiros. Palavras-chave: Modulação de potência; Flicker; Ciclos; Semiciclos. Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ ABSTRACT The power modulation techniques are the most appropriate way to control energy available to heating elements, among which stands out the modulation cycles integers. The biggest problem of this technique are the long periods between driving and blocking, which originate voltage fluctuations the ideal frequency bands for the occurrence of flicker. This study aims to present the results of two different power modulation techniques based on the design of the periods of load switching to the level of half cycles and cycles, based on the optimization of the traditional technique Cycles integers. The main objective of the study is to reduce the effects of light flicker caused by the use of electronic shower. For this they used different devices, such as a float voltage circuit Arduino® two plates, a support connected to the lamp voltage fluctuation simulation circuit, and an LDR circuit responsible for detecting variation in illuminance. Nine different power levels for each technique are tested, the same being acquired directly on the computer to obtain illuminance versus time graphs. Preliminary results showed that both optimized modulation techniques have been effective in mitigating the flicker effect, highlighting the half cycles whole technique. Keywords: Power modulation; Flicker; Cycles; Half cycles. 1 Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 1 INTRODUÇÃO O emprego de cargas não-lineares na rede elétrica impacta diretamente no decrescimento da Qualidade de Energia Elétrica. Um dos principais exemplos de carga não- linear facilmente identificada nas instalações residenciais é o chuveiro eletrônico. Apesar da maior comodidade e da redução no desperdício de água, a ampla faixa de temperaturas entregue pelo mesmo é resultado da intensa comutação de chaves semicondutoras presentes em seu circuito. Nas situações em que encontra-se ativo, o chuveiro eletrônico introduz inúmeros distúrbios na rede, sendo o efeito de cintilação luminosa, também conhecido como efeito flicker, a forma mais perceptível. O flicker na maioria dos casos resulta no desconforto a nível fisiológico do cérebro humano, prejudicando assim, a qualidade de vida dos usuários. Inicialmente é realizada uma abordagem teórica a cerca do assunto, desenvolvendo os principais conceitos que são essenciais ao entendimento das propostas e resultados encontrados nesse trabalho. Em um segundo momento são especificados todos os equipamentos utilizados durante os ensaios, bem como a rotina seguida no processo de carregamento dos algoritmos e leitura dos dados de iluminância. Em sequência apresentam-se os resultados obtidos através de gráficos construídos a partir dos dados adquiridos. Ao final, uma conclusão é realizada, a fim, de reiterar as vantagens das técnicas otimizadas frente à técnica tradicional por ciclos inteiros. 2 EMBASAMENTOTEÓRICO O elevado crescimento na utilização de dispositivos constituídos por elementos passivos semicondutores como os Diodos, Tiristores, Transistores, Triacs, IGBT´s e MOSFET´s proporcionou uma verdadeira revolução no controle do fluxo energético dos sistemas elétricos ao final do século XX. Grande parte da aplicação desses elementos se dá na constituição de circuitos que permitem o intercambio de energia entre dois ou múltiplos sistemas como, por exemplo, nos Conversores Estáticos. Não somente os grandes Sistemas de Elétricos de Potência foram contemplados com tamanha finalidade dos elementos passivos, mas também alguns dispositivos de uso residencial, como no caso do chuveiro eletrônico. Sua ligação direta as instalações elétricas da baixa tensão tem se tornado uma realidade em substituição ao chuveiro elétrico. Muito em razão de sua maior comodidade ao usuário, já que 2 Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ o alcance da temperatura ideal torna-se mais rápida sem a necessidade do aumento da vazão de água. O uso de dispositivos baseados em chaves semicondutoras tem demonstrado grande avanço, já que a dissipação de energia é reduzida em seus atuadores. O uso destas chaves requer o emprego de técnicas específicas de modulação de potência [2]. 2.1 Da qualidade de energia A Qualidade de Energia tem sido talvez uma das maiores preocupações tanto para as concessionárias como para os consumidores, principalmente nas últimas décadas, quando acompanhamos a evolução de dispositivos comandados eletronicamente, e que assim passaram a representar o aumento na quantidade de cargas não-lineares acopladas as redes de distribuição. Cargas não-lineares operam segundo picos de corrente ou tensão, conforme a topologia de dispositivo semicondutor empregado. O grande problema do uso de cargas não- lineares são suas consequências frente ao sinal senoidal da rede, muitas vezes traduzidos por meio de distúrbios como, transitórios, interrupções, elevações ou afundamentos de tensão, IEM, harmônicas e flicker [3]. Esses fatores contribuem para a diminuição da Qualidade de Energia e por isso necessitam serem adequados a níveis aceitáveis conforme normas preestabelecidas. Assim, buscar a harmonia entre o conforto e a não poluição da rede, tem sido um grande desafio. As técnicas de modulação de potência ensaiadas nesse trabalho visam justamente aumentar tanto a Qualidade de Energia, como o bem-estar dos consumidores. 2.2 Flicker O efeito flicker, também conhecido como "cintilação luminosa", é o fenômeno de variação luminosa a frequências que são perceptíveis ao olho humano, sendo decorrente da flutuação da tensão de alimentação, tanto em amplitude, como em frequência. As causas desse efeito são resultado da introdução de distúrbios na rede elétrica e também pelo chaveamento de cargas com potência elevada quando conectadas ao mesmo circuito das luminárias. Essa variação reproduz um grande desconforto a nível fisiológico ao cérebro humano, e por isso, seu efeito deve ser atenuado [1]. 3 Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 2.3 Chuveiro Elétrico Apesar da grande semelhança no nome, os chuveiros elétricos e eletrônicos são bastante distintos, seja do ponto de vista econômico, ou dos elementos que compõem seus circuitos internos. A grande maioria das residências ainda utilizam chuveiros elétricos, muito em razão do custo menor do produto, mas também pela evolução da potência dos mesmos nas últimas décadas. Atualmente os chuveiros elétricos trabalham com potências médias em torno dos 7500 W, acarretando em um grande acréscimo na parcela de consumo de energia das residências, principalmente no horário em que a curva de carga atinge seu pico. O circuito básico compõe-se apenas de resistores, elementos passivos, que em contato com água circulante, dissipam energia na forma de calor através do efeito Joule. Assim, a resistência elétrica é o principal elemento dos chuveiros elétricos e suas características como comprimento, área de seção transversal e resistividade afetam diretamente a variação de temperatura da água. Mais importante do que conhecer o princípio de troca de calor do chuveiro elétrico é buscar seu potencial de economia de energia. Alguns trabalhos como em [1] revelaram que o aumento do número de opções de temperatura proporciona um melhor aproveitamento da energia, já que a diferença entre a potência real consumida e a potência ideal consumida é menor. 2.4 Chuveiro Eletrônico Cada vez mais presente nas residências, o chuveiro eletrônico combina conforto, economia e tecnologia em um só produto. Muito desses atributos são em função dos elementos passivos semicondutores essenciais à composição do circuito interno do mesmo. Sua grande vantagem frente ao chuveiro elétrico se dá pelo controle mais preciso da temperatura, além do menor desperdício de água. Os elementos encontrados na composição do circuito são o DIAC (DIode for Alternating Current) e o TRIAC (TRIode for Alternating Current), também conhecidos como tiristores bidirecionais, já que podem conduzir corrente em ambos os sentidos. O DIAC comporta-se como uma chave bidirecional que entra em condução apenas após a tensão de disparo ser atingida, bloqueando no momento em que a queda de corrente ultrapassar o valor de corte. O TRIAC funciona mediante a ativação de seu gate, e seu comportamento é 4 Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ semelhante ao de uma chave bidirecional. Seu disparo pode ser dado tanto por uma corrente positiva, como negativa. Uma de suas principais características é a de condução de corrente até valores abaixo do corte. Em conjunto com esses dispositivos são usados resistores e capacitores. O circuito RC é responsável pelo adianto ou retardo do disparo do DIAC a cada semiciclo senoidal da rede. Além disso, para regular o tempo de carga do capacitor, um potenciômetro é ajustado. Dependendo da regulagem, o disparo do DIAC pode ocorrer tanto ao início, como ao final do semiciclo. Para valores baixos a carga no capacitor é adiantada, realizando o disparo com facilidade do DIAC, e por conseqüência a condução pelo TRIAC, fornecendo assim maior potência. Para altos valores do potenciômetro, o disparo é atrasado, e por conseqüência menor potência é entregue. Perceba que o funcionamento baseia-se na comutação de chaves condutoras [1]. O chuveiro eletrônico apresenta maior número de faixas de temperatura em razão do uso de técnicas de modulação de potência. A comutação de chaves nos circuitos é uma das maneiras mais eficientes de se realizar o controle de potência, uma vez que a mesma esteja no estado de condução ou bloqueio, durante a comutação não haverá perdas de energia, aumentando assim a eficiência energética de todo o conjunto [1]. Contundo, existem técnicas específicas de modulação de potência, que dependendo do comportamento da comutação das chaves irão reproduzir efeitos distintos nos circuitos. A Figura 1 mostra um exemplo de circuito eletrônico aplicável para o aquecimento resistivo. TRIAC DIAC R2 RPOT vIN R3 R1 C1 C2 C3 Chuveiro Figura 1. Circuito eletrônico para chuveiro. (Fonte: ISERHARDT, 2014) 2.5 Técnicas de Modulação de PotênciaAs três técnicas de modulação de potência para corrente alternada mais empregadas são: Controle por Ciclos Inteiros, Controle de Fase e AC Chopper. 5 Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ O Controle por Ciclo Inteiros parte do chaveamento síncrono através do uso de tiristores que atuem como interruptores. Assim, os intervalos de condução e bloqueio se estabelecem dentro muitos ciclos dentro um sinal de tensão (semiciclos). Para evitar que os semiciclos sejam interrompidos, os tiristores devem conduzir quando a tensão for nula, enquanto que o bloqueio no momento em que a corrente for nula. Essa possibilidade de controle diante da condução e do bloqueio permite que os períodos de comutação sejam pré- estabelecidos. Muitos trabalhos como em [1], demonstram que essa técnica aponta para uma redução na quantidade de harmônicas e IEM (Interferência Eletromagnética). Em contrapartida, a intensa energização e desenergização da carga provocam flutuações na tensão da rede, e por consequência o surgimento do efeito flicker. A figura a seguir expressa o comportamento de um sinal de tensão aplicado a uma carga. Figura 2. Controle por Ciclos Inteiros. (Fonte: ISERHARDT, 2014) O Controle de Fase consiste na ativação de uma chave conforme o ângulo pré- determinado. Assim, a alimentação da carga se dá em intervalos de tempo menores que um semiciclo. A cada passagem do sinal de tensão por zero, um novo ângulo de disparo inicia sua contagem para o acionamento da carga. Cada tipo de carga envolvida nesta técnica, seja ela resistiva, indutiva ou capacitiva, reproduz diferentes efeitos na forma de onda resultante. A presença de cargas de elevada capacitância e indutância resultam no surgimento de componentes espectrais em baixa frequência, aumentando assim, a probabilidade de geração de harmônicas. Por outro lado, o nível de flutuação de tensão é reduzido, se levarmos em consideração a técnica citada anteriormente [1]. 6 Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ Figura 3. Controle de Fase. (Fonte: ISERHARDT, 2014) A técnica de modulação AC Chopper diferencia-se das demais pela execução de diversas comutações em um semiciclo. Tão logo, o valor de potência entregue a carga irá variar dentro de cada intervalo de comutação. Para acionamentos próximos ao início, ou ao fim de cada semiciclo, menores são as quantidades de energia entregues a carga. Em razão da elevada frequência de chaveamento, a rede fica susceptível ao surgimento de distúrbios como IEM e harmônicas. Porém, a alta frequência de operação desta técnica restringe quase que por completo o aparecimento de flicker [1]. Figura 4. AC Chopper. (Fonte: ISERHARDT, 2014) 2.6 Otimização da Técnica de Ciclos Inteiros Se fizermos uma simples comparação entre as três técnicas clássicas de modulação de potência, levando em consideração a geração de IEM, harmônicas e flicker, é possível eleger a técnica de Controle por Ciclos Inteiros como melhor escolha dependendo da aplicação. Mesmo assim, o fenômeno de cintilação luminosa, evidencia-se ainda como grande problema, já que é facilmente perceptível. Assim, o ajuste nos períodos de comutação é a principal alternativa para a atenuação de flicker, já que os mesmos podem ser pré-determinados na técnica de Ciclos Inteiros. A resposta para resolver esse problema é dada pela proposta da 7 Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ técnica de modulação de potência por Ciclos Inteiros com Período T Dimensionável. Nela os períodos de comutação devem ser reduzidos ao máximo, procurando alcançar o nível de potência ideal a ser entregue a carga. Segundo [1], apenas cargas resistivas devem ser recomendadas para esta técnica. Mas qual a relação entre a redução dos períodos de comutação com o efeito flicker? Fazendo uma fácil relação, sabemos que o período é inversamente proporcional à frequência, logo, elevadas frequências dependem de curtos períodos. A medida mais eficaz a atenuação de flicker se dá pelo aumento da frequência de operação do circuito, característica essa que pode ser proporcionada pela nova técnica. Para o sucesso desta técnica, os intervalos de condução e bloqueio não devem superar um ciclo. Conforme o exemplo de [1], a diferença para a técnica de Ciclos Inteiros está na subdivisão de um único ciclo (1/60), para dois ciclos (2/60) sendo 50% conduzindo e 50% em bloqueio. O valor de frequência resultante torna-se impercebível à visão humana, diminuído assim o efeito flicker. A técnica de Ciclos Inteiros com Período T Dimensionável prevê seu efeito final, passando por diferentes etapas, estabelecidas através de algoritmos específicos desenvolvidos por [1]. Duas importantes etapas ocorrem durante a modulação, primeiramente o sinal de tensão aplicado é reduzido ao menor período T, sem alterar o valor de potência a qual a carga necessite ser alimentada. É nessa etapa que também o ciclo é divido em período de condução e bloqueio. A segunda etapa diz respeito à intercalação e a divisão dos períodos de condução e bloqueio, mantendo o mesmo valor de potência. Note que ao mesmo tempo em que os intervalos de operação são diminuídos, a frequência aumenta, atenuando o efeito flicker. A técnica de Ciclos Inteiros com Período T Dimensionável proporciona uma grande redução no efeito flicker, mas a possibilidade na redução dos períodos em nível de semiciclo pode aumentar ainda mais a atenuação da cintilação luminosa e dos níveis de potência. Surge assim a técnica de modulação de potência por Semiciclos com Período T Dimensionável. As etapas de funcionamento são semelhantes à técnica anterior. A grande vantagem desta técnica é o aumento da frequência de operação. Contudo, seu sucesso depende da garantia de alternância entre semiciclos positivos e negativos. É importante ressaltar que as etapas descritas para as técnicas são implementadas a nível de programação em linguagem C conforme [1]. 8 Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 3 MATERIAIS E MÉTODOS Aplicando os conhecimentos adquiridos teoricamente, as técnicas de modulação de potência foram ensaiadas utilizando de equipamentos e dispositivos específicos presentes nas dependências do laboratório de eletrotécnica da Universidade Federal do Pampa, bem como também na sala do grupo de pesquisa EIRE (Exploração Integrada de Recursos Energéticos). A Tabela 1 traz com detalhes quais materiais de uso geral foram importantes para os ensaios dos algoritmos de modulação de potência: Tabela 1. Materiais e equipamentos de uso geral. USO GERAL EQUIPAMENTO OU MATERIAL QUANTIDADE Flutuador de Tensão 01 Placa Arduino® UNO ® 01 Placa Arduino® MEGA ® 01 Cabo USB 02 Protoboard 01 Lâmpada Incandescente 01 Suporte para Lâmpada 01 Notebook 01 Condutores de Cobre ** Esses materiais ou equipamentos foram separados em uso geral e específico, pois alguns não listados na Tabela 1 são próprios da construção do circuito na protoboard, e são especificados na Tabela 2. O flutuador foi desenvolvido segundo o trabalho de [1], enquanto que as placas Arduino® foram adquiridascomercialmente. Tabela 2. Equipamento ou material de uso específico. USO ESPECÍFICO – PROTOBOARD EQUIPAMENTO OU MATERIAL QUANTIDADE LDR 01 RESISTOR 01 9 Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ Além disso, bancadas, multímetros e soldas também foram utilizados para o caso de reparos dos dispositivos empregados. A sala do grupo de pesquisa EIRE forneceu a câmara escura para o ambiente de testes, a qual foi essencial aos resultados finais. Para a rotina de ensaios seguiu-se sempre a mesma ordem, indicada na Figura 5. Primeiro antes do início da montagem dos circuitos, todos os dispositivos e equipamentos eram previamente conferidos. Em seguida, o circuito flutuador de tensão conectava-se a uma das placas Arduino®, na qual estabeleciam-se as ligações junto as entradas analógicas. Por meio de cabos USB, ambos os circuitos eram acoplados a um computador pessoal, para os procedimentos de leitura e aquisição de dados. Para o segundo circuito, foi necessário o uso de uma protoboard, para realizar a ligação série do circuito LDR. A fim de aplicar a tensão eficaz da rede junto ao simulador de flutuação de tensão, um condutor com isolamento plástico contendo uma chave interruptora ligava-se ao circuito. Com os softwares de apoio da plataforma Arduino® e CollTerm®, pode-se determinar um meio de conexão entre as variáveis lógicas desenvolvidas em C e as variáveis elétricas de tensão e corrente do circuito simulador. Os códigos empregados foram criados por [1] com o propósito de simular os diferentes níveis de potência para cada técnica de modulação de potência. Para cada ensaio foram simulados 9 diferentes algoritmos, totalizando 27 resultados, contemplando assim, as três diferentes técnicas de modulação de potência. Nos instantes de ativação dos circuitos, cada nível de potência foi aplicado a uma lâmpada incandescente de potência nominal 60 W por intervalo de tempo de 15 segundos, assegurando a leitura de em média 2000 dados por parte do LDR (Light Dependent Resistor). É importe ressaltar que os valores foram corrigidos para dados reais de iluminância em Lux, utilizando o valor de 1,07587 como fator de correção. Esse valor foi determinado por meio de dados experimentais desenvolvidos por [1]. Figura 5. Rotina de ensaios. (Fonte: ISERHARDT, 2014) Simulador de Flutuação de Tensão ARDUINO LEONARDO ARDUINO UNO ALIMENTAÇÃO 220V LDR 10 Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 3.1 O flutuador de tensão A aplicação das técnicas de modulação de potência somente passa a ganhar sentido se puder simular uma condição real de funcionamento, ou seja, por meio de um chuveiro eletrônico. Contudo, seria quase que inviável realizar os ensaios e obter uma grande quantidade de dados se a técnica fosse introduzida diretamente aos terminais de um circuito residencial. Assim, a proposta de [1] foi de implementar um circuito eletrônico, do qual seria possível desenvolver os algoritmos de modulação diretamente ao mesmo. O circuito do flutuador de tensão é expresso pela Figura 6, nele é fácil detectar a presença dos elementos passivos semicondutores, característicos de um circuito eletrônico. Cada componente cumpre uma função específica para o pleno funcionamento dos algoritmos quando carregados a partir do microcontrolador da placa Arduino®. O uso em conjunto de todos esses elementos, permite que grandes quantidades de potência possam ser de certo modo, dosadas antes de alimentar diretamente uma carga. As entradas definidas como Dimmer 1 e 2, remetem aos sinais enviados pelo Arduino® ao circuito flutuador de tensão. Quando Dimmer 1 é ativada a tensão eficaz nominal da rede é aplicada a carga, enquanto que, no acionamento de Dimmer 2, a mesma tensão aplicada a carga sofre uma queda, devido ao resistor variável em série no circuito. A alternância entre as alimentações por Dimmer 1 e 2, reproduz o fenômeno de cintilação luminosa, observado na lâmpada. Figura 6. Simulador de Flutuação de Tensão (Fonte: ISERHARDT, 2014) 11 Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 4 RESULTADOS Após a aplicação da sequência de atividades durante os ensaios, diferentes dados foram obtidos. Para cada ensaio de potência, os valores adquiridos por meio do software CollTerm® foram salvos em arquivos .txt para a construção de gráficos da amplitude de iluminância em função do tempo. Para entender melhor a divisão dos ensaios em função nível de potência, é importante compreender o significado do nível para cada ciclo. A exemplo, para um nível de potência 5, considerando 10 ciclos completos, a comutação na carga irá variar entre 5 ciclos de condução e 5 ciclos de bloqueio em alternância. O esboço dos gráficos reproduzem os resultados para as três técnicas de modulação ensaiadas. Em razão da grande quantidade de dados lidos, os valores utilizados são produto de uma amostra contida num conjunto total de 2000 valores, recolhidos durante um intervalo total de 15 segundos para cada nível. Para os gráficos a escala de tempo foi limitada em torno de 1,3 segundos, levando em conta 200 valores de leitura, proporcionando assim um bom resultado visual e representativo de cada nível. 4.1 Ciclos Inteiros Para a técnica tradicional de Ciclos Inteiros foram obtidos os seguintes resultados, considerando 9 níveis de potência distintos. Nível de potência 1 e 2: Figura 7. Variação de luminosidade, nível 1 e 2 de potência. Nível de potência 3 e 4 892.00 894.00 896.00 898.00 900.00 0 .0 0 0 .0 7 0 .1 3 0 .2 0 0 .2 7 0 .3 3 0 .4 0 0 .9 8 1 .0 4 1 .1 1 1 .1 8 1 .2 4 Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 884.00 889.00 894.00 899.00 0 .0 0 0 .0 7 0 .1 3 0 .2 0 0 .2 7 0 .3 3 0 .4 0 0 .9 8 1 .0 4 1 .1 1 1 .1 8 1 .2 4 Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 12 Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ Figura 8. Variação de luminosidade, nível 3 e 4 de potência. Nível de potência 5 e 6: Figura 9. Variação de luminosidade, nível 5 e 6 de potência. Nível de potência 7 e 8: Figura 10. Variação de luminosidade, nível 7 e 8 de potência. Nível de potência 9: 884.00 886.00 888.00 890.00 892.00 894.00 896.00 0 .0 0 0 .0 7 0 .1 3 0 .2 0 0 .2 7 0 .3 3 0 .4 0 0 .9 8 1 .0 4 1 .1 1 1 .1 8 1 .2 4 Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 865.00 870.00 875.00 880.00 885.00 890.00 895.00 0 .0 0 0 .0 7 0 .1 3 0 .2 0 0 .2 7 0 .3 3 0 .4 0 0 .9 8 1 .0 4 1 .1 1 1 .1 8 1 .2 4 Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 860.00 865.00 870.00 875.00880.00 885.00 0 .0 0 0 .0 6 0 .1 3 0 .1 9 0 .2 5 0 .3 1 0 .3 8 0 .9 5 1 .0 1 1 .0 7 1 .1 3 1 .2 0 1 .2 6I lu m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 855.00 860.00 865.00 870.00 875.00 880.00 0 .0 0 0 .0 7 0 .1 3 0 .2 0 0 .2 7 0 .3 3 0 .4 0 0 .9 8 1 .0 4 1 .1 1 1 .1 8 1 .2 4I lu m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 855.00 860.00 865.00 870.00 875.00 880.00 0 .0 0 0 .0 6 0 .1 3 0 .1 9 0 .2 5 0 .3 1 0 .3 8 0 .9 5 1 .0 1 1 .0 7 1 .1 3 1 .2 0 1 .2 6Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 860.00 865.00 870.00 875.00 0 .0 0 0 .0 7 0 .1 3 0 .2 0 0 .2 7 0 .3 3 0 .4 0 0 .9 8 1 .0 4 1 .1 1 1 .1 8 1 .2 4Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 13 Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ Figura 11. Variação de luminosidade, nível 9 de potência. 4.2 Ciclos Inteiros com Período T Dimensionável Seguindo a mesma linha de raciocínio, foram gerados novamente os gráficos para os 9 níveis de potência. Conforme a seguir: Nível de potência 1 e 2: Figura 12. Variação de luminosidade, nível 1 e 2 de potência. Nível de potência 3 e 4: Figura 13. Variação de luminosidade, nível 3 e 4 de potência. 860.00 865.00 870.00 875.00 0 .0 0 0 .0 6 0 .1 2 0 .1 8 0 .2 3 0 .2 9 0 .3 5 0 .4 1 0 .9 8 1 .0 3 1 .0 9 1 .1 5 1 .2 1 1 .2 7 Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 858.00 863.00 868.00 873.00 0 .0 0 0 .0 7 0 .1 3 0 .2 0 0 .2 7 0 .3 3 0 .4 0 0 .9 8 1 .0 4 1 .1 1 1 .1 8 1 .2 4 Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 850.00 855.00 860.00 865.00 0 .0 0 0 .0 6 0 .1 3 0 .1 9 0 .2 5 0 .3 1 0 .3 8 0 .9 5 1 .0 1 1 .0 7 1 .1 3 1 .2 0 1 .2 6 il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 840.00 845.00 850.00 855.00 0 .0 0 0 .0 6 0 .1 3 0 .1 9 0 .2 5 0 .3 1 0 .3 8 0 .9 5 1 .0 1 1 .0 7 1 .1 3 1 .2 0 1 .2 6 Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 838.00 840.00 842.00 844.00 846.00 848.00 0 .0 0 0 .0 6 0 .1 3 0 .1 9 0 .2 5 0 .3 1 0 .3 8 0 .9 5 1 .0 1 1 .0 7 1 .1 3 1 .2 0 1 .2 6 Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 14 Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ Nível de potência 5 e 6: Figura 14. Variação de luminosidade, nível 5 e 6 de potência. Nível de potência 7 e 8: Figura 15. Variação de luminosidade, nível 7 e 8 de potência. Nível de potência 9: Figura 16. Variação de luminosidade, nível 9 de potência. 834.00 835.00 836.00 837.00 838.00 839.00 840.00 0 .0 0 0 .0 7 0 .1 3 0 .2 0 0 .2 7 0 .3 3 0 .4 0 0 .9 8 1 .0 4 1 .1 1 1 .1 8 1 .2 4I lu m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 824.00 826.00 828.00 830.00 832.00 834.00 836.00 0 .0 0 0 .0 6 0 .1 3 0 .1 9 0 .2 5 0 .3 1 0 .3 8 0 .9 5 1 .0 1 1 .0 7 1 .1 3 1 .2 0 1 .2 6I lu m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 818.00 820.00 822.00 824.00 826.00 828.00 830.00 0 .0 0 0 .0 7 0 .1 3 0 .2 0 0 .2 7 0 .3 3 0 .4 0 0 .9 8 1 .0 4 1 .1 1 1 .1 8 1 .2 4Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 810.00 812.00 814.00 816.00 818.00 820.00 822.00 824.00 0 .0 0 0 .0 7 0 .1 3 0 .2 0 0 .2 7 0 .3 3 0 .4 0 0 .9 8 1 .0 4 1 .1 1 1 .1 8 1 .2 4Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 804.00 809.00 814.00 819.00 0 .0 0 0 .0 6 0 .1 2 0 .1 8 0 .2 3 0 .2 9 0 .3 5 0 .4 1 0 .9 8 1 .0 3 1 .0 9 1 .1 5 1 .2 1 1 .2 7 Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 15 Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 4.3 Semiciclos Inteiros com Período T Dimensionável Levando em consideração a mesma quantidade de níveis de potência, seguem abaixo os gráficos referentes à última técnica de modulação de potência testada. Nível de potência 1 e 2: Figura 17. Variação de luminosidade, nível 1 e 2 de potência. Nível de potência 3 e 4: Figura 18. Variação de luminosidade, nível 3 e 4 de potência. Nível de potência 5 e 6: Figura 19. Variação de luminosidade, nível 5 e 6 de potência. 886.00 887.00 888.00 889.00 890.00 0 .0 3 0 .1 0 0 .1 7 0 .2 4 0 .3 1 0 .3 8 0 .9 6 1 .0 3 1 .1 0 1 .1 8 1 .2 5 Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 886.50 887.50 888.50 889.50 0 .0 0 0 .0 8 0 .1 5 0 .2 3 0 .3 0 0 .3 8 0 .9 6 1 .0 3 1 .1 1 1 .1 8 1 .2 6 Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 878.00 880.00 882.00 884.00 886.00 0 .0 0 0 .0 8 0 .1 5 0 .2 3 0 .3 0 0 .3 8 0 .9 6 1 .0 3 1 .1 1 1 .1 8 1 .2 6 Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 876.00 877.00 878.00 879.00 0 .0 0 0 .0 8 0 .1 5 0 .2 3 0 .3 0 0 .3 8 0 .9 6 1 .0 3 1 .1 1 1 .1 8 1 .2 6 Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 815.00 817.00 819.00 821.00 823.00 0 .0 0 0 .0 7 0 .1 3 0 .2 0 0 .2 7 0 .3 3 0 .4 0 0 .9 8 1 .0 4 1 .1 1 1 .1 8 1 .2 4 Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 874.50 875.50 876.50 877.50 878.50 879.50 0 .0 0 0 .0 8 0 .1 5 0 .2 3 0 .3 0 0.3 8 0 .9 6 1 .0 3 1 .1 1 1 .1 8 1 .2 6 Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 16 Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ Nível de potência 7 e 8: Figura 20. Variação de luminosidade, nível 7 e 8 de potência. Nível de potência 9: Figura 21. Variação de luminosidade, nível 9 de potência. Pela sequência dos gráficos apresentados é possível observar que a variação nos níveis de potência dentro de cada técnica de modulação não reproduziram comportamentos muito distintos. Contudo, quando comparadas entre si às técnicas ensaiadas, verifica-se visivelmente a diferença tanto nos valores de amplitude de iluminância, quanto nos intervalos de comutação. A técnica tradicional apresenta maiores intervalos entre condução e bloqueio, assim consequentemente, a freqüência de operação é reduzida, ficando susceptível ao surgimento de flicker. À medida que os períodos de comutação passam a oferecer a possibilidade de dimensionamento, como na proposta apontada pelas técnicas de otimização, a frequência de operação pode então ser modificada, logo, os intervalos entre condução e bloqueio agora podem também ser alterados. Os níveis de potência não estão somente relacionados aos possíveis resultados obtidos nos ensaios, mas também na possibilidade da 866.50 867.50 868.50 869.50 870.50 0 .0 0 0 .0 7 0 .1 3 0 .2 0 0 .2 7 0 .3 3 0 .4 0 0 .9 8 1 .0 4 1 .1 1 1 .1 8 1 .2 4 Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Varianção de Luminosidade 863.50 864.00 864.50 865.00 865.50 866.00 866.50 0 .0 0 0 .0 7 0 .1 3 0 .2 0 0 .2 7 0 .3 3 0 .4 0 0 .9 8 1 .0 4 1 .1 1 1 .1 8 1 .2 4 Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 857.00 858.00 859.00 860.00 861.00 862.00 863.00 0 .0 0 0 .0 5 0 .1 1 0 .1 6 0 .2 2 0 .2 7 0 .3 3 0 .3 8 0 .9 4 1 .0 0 1 .0 5 1 .1 0 1 .1 6 1 .2 1 1 .2 7Il u m in â n c ia ( L u x ) Tempo (s) Variação de Luminosidade 17 Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ entrega de maior energia aos elementos de dissipação por efeito Joule presentes no chuveiro eletrônico. É importante reforçar a idéia, de que o aumento da frequência de operação aliada a menor quantidade de harmônicas geradas pela técnica tradicional de ciclos inteiros fornece a possibilidade de atenuação do flicker. 5 CONCLUSÃO A princípio o uso da técnica de modulação de potência por ciclos inteiros esbarrou na sensibilidade da ocorrência de cintilação luminosa em razão dos grandes períodos de comutação da carga não-linear. As propostas de dimensionamento dos períodos de comutação da carga, apresentadas pelas duas técnicas de modulação de potência mostraram-se eficazes na atenuação do efeito flicker, em função da elevação da frequência de operação. Pela análise dos gráficos pode-se perceber que as técnicas de modulação por Ciclos Inteiros e Semiciclos Inteiros com Período T Dimensionável apresentam intervalos de alternância entre condução e bloqueio reduzidos se comparadas a técnica tradicional. Apesar da aplicação de diferentes níveis de potência, a grande maioria dos gráficos apresentou comportamento semelhante para a mesma técnica de modulação utilizada, assim os diferentes níveis de potência serviram como referência para aplicações relacionadas a maiores quantidades de energia entregues aos elementos resistivos do circuito eletrônico de um chuveiro. 18 Unipampa – Campus Alegrete: Avenida Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã Alegrete, RS – CEP: 97546-550. Fone/fax: (55) 3426-1052 http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] ISERHARDT, M. R. Modulação de potência por ciclos inteiros: Técnicas de atenuação de flicker. 2014. 88 f. Dissertação de Mestrado em Engenharia Elétrica, Universidade Federal do Pampa, Alegrete. 2014. [2] I. Barbi, Eletrônica de Potência, Florianópolis: Editora da UFSC, 1986. [3] S. M. DECKMANN, J. A. POMILIO. Curso Avaliação da Qualidade de Energia. UNICAMP, Campinas-SP, 2002. Disponível em: < http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor/pdffiles/qualidade/a3.pdf>. Acesso em: 12/08/15, às 23h30min. [4] Instituto Newton C. Braga. Chuveiro Eletrônico. Disponível em: < http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor/pdffiles/qualidade/a3.pdf>. Acesso em: 19/08/15, às 22h30min.
Compartilhar