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LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS Professora Thaís Abreu A comunidade surda usa a linguagem brasileira para comunicar? MITO 1 Ao referir a Libras, devemos utilizar o termo certo LÍNGUA e não linguagem. A língua de sinais apresentam aspectos lingüísticos equivalentes a língua orais em uma modalidade visuo- espacial. MITO 1 A linguagem é a capacidade que os seres humanos têm para produzir, desenvolver e compreender a língua e outras manifestações, como a pintura, a música e a dança. Já a língua é um conjunto organizado de elementos (sons e língua de sinais) que possibilitam a comunicação. Ela surge em sociedade, e todos os grupos humanos desenvolvem sistemas com esse fim. As línguas podem se manifestar de forma oral ou visuo-espacial , como a Língua Brasileira de Sinais (Libras). MITO 1 A língua de sinais é universal? MITO 2 Os surdos se comunicam através da Língua Brasileira de Sinais. Cada país possui a sua língua. No Brasil possui variações lingüísticas. MITO 2 A língua de sinais é composta por mímica e gestos? MITO 3 Línguas de sinais têm uma estrutura gramatical complexa, em que unidades menores (como palavras) são combinadas em unidades maiores (como sentenças). Essa estrutura composicional encontra--‐se em todos os níveis lingüísticos: fonologia, morfologia, sintaxe e no discurso. MITO 3 A língua de sinais é alfabeto manual? MITO 4 O alfabeto manual é apenas uma forma de representação da ortografia da língua oral. É Utilizado em situações específicas, como, por exemplo, a indicação do nome de alguém, rua. Para nos comunicarmos em Libras, usamos os sinais. Veja o nome: MITO 4 Todos os surdos entendem 100% a leitura labial? MITO 5 Em condições ideais, os surdos que aprenderam a ler os lábios “captam” de 30% a 40% do que é dito,recorrendo bastante à inferência e à dedução para compreender a fala. MITO 5 O surdo tem identidade e cultura próprias? MITO 6 A cultura surda é o jeito de um surdo entender o mundo e de modifica-lo a fim de tornar acessível e habitável ajustando-o com suas percepções visuais que se contribuem para a definição das identidades surdas e das “almas” das comunidades surdas. Isto é: abrange a língua, as idéias, as crenças, os costumes e os hábitos do povo surdo. MITO 6 Todo surdo é mudo? MITO 7 Nem todo surdo é mudo. Historicamente, os surdos receberam a denominação “surdos-mudos” devido à crença de que eles não podiam falar. No entanto, os surdos não apresentam nenhum comprometimento no aparelho fonoarticulatório (lábios, língua, laringe) que os impeça de falar e, se fizerem tratamento fonoaudiológico, podem aprender a falar. MITO 7 É possível expressar conceitos abstratos na língua de sinais? MITO 8 A Libras é uma língua somente icônica? MITO 9 Utilizando as línguas de sinais, podemos falar de qualquer assunto, referente a qualquer área do conhecimento humano. Podemos, em Libras, contar histórias, falar sobre esporte, política, física etc. MITO 8 e 9 MITO 9 A Língua de sinais é um código secreto do surdo? MITO 10 A Língua de sinais é uma versão sinalizada da língua oral? MITO 11 Línguas de sinais são independentes das línguas orais dos países onde são usadas. Libras é bem diferente do português, assim como ASL é diferente do inglês. O português, por exemplo, marca o tempo verbal nas terminações do verbo: Ex.: amo, amei, amava A Libras expressa o tempo lexicalmente: Ex.: com advérbios agora, ontem, amanhã MITO 11 A Língua de sinais tem a sua origem igual a língua oral? MITO 12 A Libras tem a sua origem através da Língua Francesa de Sinais por iniciativa do surdo francês E. Huet em meados do século XIX. MITO 12 A Língua de sinais tem sua escrita? MITO 13 A pesquisa da Escrita de Sinais (Sign Writing) no Brasil foi desenvolvida pela autora Marianne Stumpf junto com seus colegas no ano de 1996. A escrita de sinais foi iniciada quando os pesquisadores da Dinamarca depararam-se com os sistemas de escrita de danças da Valerie Sutton no ano 1974 e apartir daí evoluíram pesquisas em outros países. MITO 13 Basta saber Libras para ser intérprete? MITO 14 Para ser intérprete de Libras-Língua Portuguesa, não basta saber se comunicar ou ser fluente em Libras. O intérprete deve dominar as duas línguas e saber “transitar” entre elas, conhecer a cultura surda e fazer cursos específicos na área de tradução/interpretação. Além disso, é desejável que se tenha raciocínio rápido, intuição, concentração e boa memória. MITO 14 Linguagem Brasileira de SinaisLinguagem Brasileira de Sinais Língua Brasileira de Sinais Mudinho Pessoa surda-muda Pessoa surda Surda Então... GESSER, Audrei. Libras? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. BIBLIOGRAFIA
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