Prévia do material em texto
RESUMO PROCEDIMENTO COMUM ATOS DE COMUNICAÇÃO PROCESSUAL: 3 formas de atos internos: Citação (é um ato de integração, traz réu para a causa, integra réu no processo) Intimação (não se direciona a uma parte específica, apenas comunica - intime-se autor para que em 15 dias diga se tem interesse no feito) Notificação (é uma manifestação juridicamente relevante) CITAÇÃO: é em face do réu réu tem que ter conhecimento do processo para poder se defender Chamamento do réu para juízo O réu será integrado e tomará ciência de que existe uma causa acontecendo contra ele É pressuposto de validade no processo, ocorrendo uma única vez e é A PRIMEIRA comunicação do réu É um ato de integração - traz o reu para a ação Mas existem 2 atos que NÃO precisam de citação: Indeferimento da petição inicial: um problema processual, autor deveria corrigir a petição, mas nãoImprocedência liminar do pedido: um problema material, pedido contraria súmulas vinculantes do STF Em ambas, após trânsito em julgado, réu deve ser avisado. Gera efeitos: Induz litispendência: caso ações iguai, podem analisar caso e constatar a litispendência caso ela exista Mora: pode tornar réu devedor de todas consequências legais decorrentes da ação, ou seja, cada dia que passa o débito é aumentado caso seja reconhecido na sentença Coisa litigiosa: A citação vincula objeto ao processo, caso um celular seja objeto na ação, não pode vender sem falar com juiz. A citação torna a coisa litigiosa. Interrupção da prescrição Marco temporal: não se dá no momento da citação e sim do despacho PARA a citação, retroagindo para a data da propositura da ação Porém se réu não colabora ocorre no momento da citação Citação eletrônica é meio preferencial, sendo obrigatória para pessoa jurídica O prazo é 45 diasPRAZOS: a citação pode acontecer em até 45 dias 2 dias: tempo que servidor terá para enviá-la 3 dias: prazo que réu terá para verificar (a confirmação) 5%: multa se usar da má-fé e não verificar de propósito (se não acessar de propósito) Citação por hora certa: tentativa de citação: oficial vai até o endereço do réu Acontece uma suspeita de ocultação: oficial não encontra réu tentativa de citação e novamente suspeita de ocultação Oficial designa/marca um dia e hora para citar réu, tem hora certa para citar. Se não encontrar, citará vizinho, familiar, porteiro. Se a citação não for feita ou for feita de forma irregular, enseja em nulidade processual. *COMPARECIMENTO ESPONT NEO: citação não foi feita ou foi feita de formaerrada (citou o réu em rua errada) mas ainda assim réu toma conhecimento do processo e compareceu por espontaneidade Tem efeito convalidatório, ou seja, torna-se válida a ação. O prazo flui de seu comparecimento A citação deve ser pessoal: podendo ser feita em qualquer lugar que a pessoa for encontrada *Militar: deve onde mora, se não o encontrar pode onde servir *Mentalmente incapaz: com laudo médico, curador deverá ser citado Não se faz citação: *Culto *Quando cônjuge/parente faleceu em 7 dias *Nos 3 dias seguintes do casamento dos noivos *Parente com doença grave quanto ao estado OBS: se for para evitar perecimento deve ser feita independente dos casos acima. Ou seja, sendo para evitar perecimento a citação DEVE ser feita ainda que esteja no culto, ainda que parente ou cônjugefaleceu em 7 dias, ainda que se casou ontem, ainda que parente esteja em estado grave. Caso não tenha acesso ao email e não confirme a citação eletrônica, COM JUSTA CAUSA (sem: multa de 5%) Deve ser utilizado outros meios AR - Aviso de Recebimento (Correios) Oficial Escrivão Réu comparece no cartório para informação e escrivão verifica a existência de uma pendência citacional A citação é válida Edital Quando não tem ciência ou incerto endereço do réu ou em situações descritas na lei Se for usada a má fé para situações que autorizem citação por edital pode ser multado em até 5 salários mínimos. Não pode citar de forma eletrônica ou AR - somente pode fazer por oficial Ações de Estado (que versam sobre estado da pessoa, ligadas ao direito de personalidade e dignidade humana) Pessoa incapaz Pessoa em local não atendido peloscorreios Se o autor requerer INTIMAÇÃO: em face de qualquer parte Comunicar sobre atos ou convocar para realizar algo Intima testemunhas, o perito Podendo haver várias intimações dentro de um mesmo processo Para pedir que faça algo ou informar, devendo ser proferida por meios eletrônicos Não sendo possível, pode acontecer por meio do oficial de justiça Um ato de cientificação de atos do processo Autor, réu, perito, testemunha Efetiva contraditório e permite a reação da ampla defesa Pode ser feita pelo juízo ou pelo advogado Advogado - quer dar agilidade no processo já que servidor não precisará fazer isso, poupando tempo. Feita, advogado deve peticionar comprovante de intimação (AR) Formas de intimação: tem uma ordem Eletrônico (Pje) - preferencialmentePublicação em órgão oficial (Diário de justiça eletrônico - Dje) Pessoal - comparecimento em juízo ou correios (AR) Oficial de justiça - quando não der o eletrônico ou correios Atos externos: Em regras os atos devem ser praticados dentro de sua competência territorial. Porém, ao se tratar de cartas é sobre um ato que deve ser praticado fora desses limites e por outras autoridades Cartas precatórias: requisição da prática de um ato fora do limite do juízo Preciso praticar um ato fora do local que estou permitido, fora do local que tenho competência Atos de cooperação entre juízos de uma mesma hierarquia Carta rogatória: um ato que precisa ser praticado no exterior com uma autoridade estrangeira Atos de cooperação entre juízos de países diferentes Carta de ordem: um juiz de grau superior (tribunal superior) que requisita a prática de um ato processual para outro de grauinferior (tribunal inferior) Atos de cooperação entre juízos de hierarquia diferente Carta arbitral: juiz arbitral requer a prática de um ato pela jurisdição, pelo poder judiciário. Um árbitro não pode exercer poder de império e ordenar que o reu pague os 500 mil que deve, apenas juiz, portanto serve para requerer isso Não existe o inverso pois juiz não precisa de cooperação do árbitro Ato de cooperação do juiz arbitral para juiz estatal AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO: réu tem o dever de comparecer após ser citado. Os prazos para a audiência de conciliação servem para que o reu tenha tempo. Em regra, haverá audiência de conciliação e mediaçãoA parte deve estar presente com advogado Só advogado pode desde que a parte tenha outorgado esse poder a ele Se a parte não comparece é ato atentatório Resulta em multa - 2% do valor da causa Exceções: Direito não componível: existem alguns direitos indisponíveis e não é possível Integridade física, por exemplo. "Dupla negativa" A parte autora manifesta na PI se quer ou não essa tentativa de acordo. A parte ré após a citação e antes da audiência se manifesta a não pretensão deste acordo. 10 dias antes pelo menos da audiência Juntando os dois formam essa dupla negativa e cancela. Em casos de litisconsórcio, deve ter a negativa de TODOS. Audiência pode caminhar para dois lados: Acordo: homologação, resolve o mérito e aguarda cumprimento Não acordo: réu "sai" intimado para apresentar sua contestação, sua defesaPode acontecer de forma eletrônica. RESPOSTA DO RÉU: O réu não é obrigado a se defender Se réu citado quiser se defender pode e terá vantagem, Se quiser ficar inerte, deverá lidar com as consequências dessa inércia podendo ser decretada sua revelia Pode ficar inerte ou responder os termos da Petição Inicial e se defende ou comparece e reconhece a procedência do pedido do autor (diz sim, é verdade que ele disse) Defesa contra processo e contra mérito: Defesas processuais: Pode alegar que a petição é inepta e pede a extinção do processo. No caso em que se pede a extinção, chama-se defesa peremptória. Postergar processo, prolongar. Impugna quanto a gratuidade de justiça Se for acolhida, autor é intimado a pagar as custas No caso em que não visa a extinção, apenas uma medida postergatória, chama- se defesa dilatória.Defesas de mérito: Direta: reu nega os fatos alegados pelo autor ou as consequências jurídicas, ele ataca os fatos Indireta: réu não nega os fatos mas apresenta outro que pode ser modificativo, extintivo ou impeditivo. da impugnação especificada: réu tem ônus de se defender mas também ônus de impugnar cada um dos fatos alegados, sob pena de presumir verdadeiro aqueles que ele ficou em silêncio. CONTESTAÇÃO: O réu exerce seu direito de defesa. "A contestação está para réu como a petição está para autor" Pela contestação que réu se defende Concentração de defesa: caráter preclusivo É aqui que réu deve alegar TODAS as matérias que ele tiver que alegar Tem que concentrar toda a defesa que tiver, ainda que sejam incongruentes Por exemplo, réu alega na contestação que a petição inicial é inepta Logo abaixo se defende de tudo aquiloque autor alegou, porque se não for aceita e o juiz não concordar que a PI está de fato inepta ele já se defendeu Não há outra chance de defesa Alego que não xinguei, PORÉM, se juiz entender que eu xinguei vem argumento de que 50 mil reais é muito alto Ele não confessa que xingou, apenas exerce de todas as formas suas defesas pois o juiz não abre de novo um outro momento para se defender (em regra) Começo do prazo - 15 dias da audiência de conciliação sem resultado *Caso a audiência seja cancelada por dupla negativa: prazo conta do dia do pedido de cancelamento *Se não for possível conciliar: 15 dias da citação para a contestação um autor e dois réus por exemplo. A contagem se dá de forma individual. Se darão a partir da petição de não conciliação ou então juntada do mandado nos autos Princípio da eventualidade: Toda matéria de defesa deve ser trazida nesse momentoNão pode jogar em conta gotas Vindo estruturada em dois grupos: Preliminares de contestação: temas que estão no entorno mas que afetam desenrolar do processo Traz problemas que impedem juiz de ver caso em si Nulidade ou falta de citação: Se réu não for citado ou a citação for nula é um problema Incompetencia do juizo: Relativa ou absoluta Erro no valor da causa Situação de inépcia Não dá para entender a PI ou está faltando Perempção: Sanção por abandono do autor Coisa julgada: processo xerox que a sentença já transitou em julgado Litispendência: processo xerox correndo e promove um segundo Conexão: processos devem ser reunidos Incapacidade: parte incapaz ou vício na representação falta de autorização Convenção na arbitragem: as partes fazem contrato com cláusula para árbitro Falta de legitimidade/interesse Falta de caução Concessão indevida de gratuidade: se réu não concorda que autor ganhegratuidade 2 dessas causas não podem ser vistas de ofício pelo juiz, devem ser alegadas: Convenção de arbitragem Incompetência relativa Defesa de mérito: llegitimidade: autor promove contra quem entende que é réu mas não é Por exemplo, terreno, pena que é mas é caseiro Caseiro informa que não é proprietário A parte autora será intimada e o autor tem 15 dias podendo: Substituir (tira e coloca proprietário) Ignorar (mantém caseiro, vai que é mentira dele) Incluir (mantém caseiro e coloca o proprietário) Por conta desse erro, a parte autora fica responsável pelas despesas, custas e honorários (de 3% a 5%), pois o advogado do caseiro teve que agir E se ignora é maior os honorários Se caseiro "acoberta" proprietário ele responderá por todas as custas e despesas do trâmite do processo Incompetência: autor promove açãocontra a ré Autor domiciliado em Curitiba Ré domiciliada em Fortaleza Deve promover ação em Fortaleza, mas autor promove em Curitiba. CPC permite que o reu apresente em seu domicílio a sua defesa! Traz a alegação de incompetência.. O juiz de fortaleza manda a alegação para Curitiba e o juiz de lá profere uma decisão, podendo: Enviar para o foro do réu Manter no foro do autor, nesse caso o processo segue normal Princípio da impugnação especificada: A parte ré não pode se defender dizendo apenas que o autor não tem razão Se o autor trouxer 5 argumentos, réu deve trazer 5 contra-argumentos Deve rebater todos, ser específico O que não for impugnado pode gerar presunção de legitimidade Se rebate 3, em 2 pode presumir ser verdadeiro Não pode ser genérico, deve ser detalhado falar tudo ponto a ponto Autor + Réu = cada um gera uma resposta Só trará novas alegações em outromomento se: Facto ou direito superveniente: aconteceu APÓS ofício previsão em lei que pode alegar depois RECONVENÇÃO: Ação inversa, autor promove ação contra reu Autor: pede Ré: se defende Na reconvenção, há um caminho inverso acontecendo O réu faz um pedido na contestação "Um contra ataque" Deve ser conexa com a ação principal 15 dias úteis Se autor desiste da ação, nada impede prosseguimento da reconvenção. Ela seguirá. "Para não precisar ajuizar pois seriam 2 ações correndo juntas que no fim seriam conectadas." Por exemplo: João alega que Pedro deve pagar 10 mil por bater em seu carro. Pedro não concorda e contesta, mas João causou danos de 8 mil em seu carro - reconvenção Autor - reconvindo Réu - reconvinteREVELIA: Revel: quem não contestou, se manteve inerte Efeitos 1° Presunção de veracidade de fatos alegados pelo autor "Quem cala, consente" 2° Fluência de prazo se dá pela publicação 3° Preclusão temporal Perde o direito de contestar Perde oportunidade de trazer defesa 4° Efeito formal - intimação Réu revel deixa de ser intimado Não viola o contraditório pois a citação é o ato de convocação, réu deixa de ser intimado. contraditório se dá na citação. Não está proibido de posterior participação Mas ele ingressa no processo no estado em que ele estiver, não volta atrás Réu revel tem direito de produzir provas? que determina isso é o momento em que ele entra na ação. Se estiver no momento de produzir provas, pode! Senão, não pode mais, acabou o prazo não volta. Não haverá presunção de veracidade quando: Pluralidade de réus e um deles se defender Não pode presumir, o revel "aproveita" a defesa do que contestou Se for sobre direito indisponível Ainda que seja revel, o autor deverá provar pois direito indisponível requer provas Faltar documentos indispensáveis Quando a petição inicial faltar documento importante Petição ou contraditória FASE DE SANEAMENTO: Não é um ato, é uma fase! que não der para julgar antecipadamente (nem total nem parcial) vai para a fase saneadora Providências preliminares Veio a contestação juiz deve desenvolver isso Apresentada a contestação o juiz olha o que foi alegado em preliminar da contestaçãoNão acontecendo a contestação (revelia) vai para julgamento Juiz intima a parte autora a apresentar sua réplica Réu pode trazer eventuais fatos: Impeditivos: prescrição (uma dívida prescrita não se perde direito de receber, mas sim direito de cobrar Modificativos: novo contrato Extintivos: paguei sim, olha aqui comprovante Por isso juiz intima a parte autora para apresentar a sua réplica Podendo acontecer até uma tréplica, onde o responde a réplica juiz deve resolver questões preliminares! JULGAMENTO CONFORME ESTADO DO PROCESSO: Questões processuais sendo resolvidas Juiz foca no mérito "Resolver o que dá para ser julgado" Juiz pode entender que precise de prova pericial, ouvir testemunhas Se for necessário produzir provas, vai para decisão saneadora Julgamento antecipado de mérito: É uma situação, as circunstâncias autorizam Juiz tem plenas condições de julgar antesou as partes não tem provas a produzir e ele já está convencido Se não precisa mais produzir provas não tem porque continuar, o processo tá pronto pra julgar Pode ser dado pela revelia Hipóteses: Não precisa de provas Pedido incontroverso Revelia + presunção de veracidade OBS: Quando tem revelia SEMPRE tem presunção de veracidade? Nem sempre juiz julga pedidos, o que determina são os pedidos Pode ser: Total: todo processo é julgado antecipado Parcial: Apenas determinados pedidos são julgados antecipadamente e outros continuam para a próxima fase Por exemplo: tem 2 pedidos no processo, Danos Morais + Danos Materiais Em relação a Danos Materiais réu concorda que causou prejuízo e está disposto a pagar (pedido incontroverso) Porém a parte autora pediu também Danos Morais A parte ré diz que não, que quer provapericial, testemunha Nessa situação o juiz julga mérito de forma parcial Decide mérito em Danos Materiais e segue com o outro pedido Decisão interlocutória: uma decisão que decide algo no processo mas não fim nele, não é sentença Apenas fim em uma discussão momentânea Recurso é agravo de instrumento Extinção do processo: Se dá por sentença Sem resolução de mérito: o juiz deve deixar a parte a oportunidade para sanar seu vício O juiz encerra o processo sem analisar as alegações, sem dar uma decisão Com resolução de mérito: aquela que segue curso normal até fim Juiz decide todas as questões trazidas até ele Saneamento do processo: até então as partes pedem juiz deve organizar para focar naquilo que importa Organiza os pontos Decisão de organização/saneamentoÉ uma decisão, questões são decididas Juiz vai decidir as questões processuais Serão encerradas Delimitar as questões de fato controversas Aquilo que deve ser provado Não ficou claro então deve provar Ex: carro que bate, sinal vermelho. Autor/ Réu que ultrapassou? Delimitar questões de direito Distribuição do ônus da prova Juiz fará a redistribuição de quem prova que ônus da prova; parte que tem a responsabilidade de provar O juiz pode determinar quem prova que, qual prova produzir, autor prova aquilo que alega e réu os fatos extintivos ou modificativos ou impeditivos de direito Não faz provas de fatos negativos, apenas positivos Autor - ele não pagou Réu - paguei sim - prova que pagou Pode inverter o ônus da prova: caso não tenha dinheiro (hipossuficiência) Em regra, você alega você prova! Mas, por exemplo, quero provar que houvefalha técnica em uma aeronave. Como prova? Não tenho conhecimentos técnicos nem dinheiro? Inverte ônus e a companhia deve provar que NÃO houve falhas Em regra, você alega, você prova Mas há exceções Hipossuficiência é uma delas. Pode designar uma audiência saneadora (audiência de instrução): advogados falam com o juiz para organizar as provas Aqui determina quais provas serão feitas Parte pede provas e diz o porque tá pedindo Aqui acontece deferimento ou indeferimento da produção da prova Em um outro momento ela será produzida, mas na saneadora diz se pode produzir ou não. Tratado os pontos acima, a partir da intimação às partes tem 5 dias para pedir esclarecimentos ou reajustes Após isso a decisão se torna estável em relação aos 5 pontos Possibilidade das partes apresentarem uma petição organizandoDelimitação consensual das questões de fato e de direito E também de ser marcado uma audiência para saneamento e organização Se houver essa audiência as partes têm até 15 dias para indicar testemunhas - limitado até 10 testemunhas e sendo 3 por fato Quem define tamanho de um processo é autor - se vai discutir danos morais OK, se quer discutir danos materiais OK, juiz não tem controle PROCEDIMENTO COMUM NP2 DAS PROVAS: CONCEITO: A prova é todo elemento legal e moralmente legítimo trazido ao processo que vai colaborar na decisão e no convencimento do juiz a respeito da veracidade dos fatos a serem discutidos no processo. Podem ser Típicas: estão previstas, tipificadas ao longo do Código de Processo Civil Atípicas: art 369 - princípio da atipicidadedas provas As provas não são típicas, embora algumas tenham previsão em lei pode-se utilizar quais estejam fora Que seja por meios legais Que seja moralmente aceita Juiz não está obrigado a aceitar a prova, é uma decisão dele. Porém tem a liberdade. Princípios: Concentração: onde concentra-se maior número possível de atividades naquele momento, ou seja, concentrar as provas em uma única audiência, por exemplo. Oralidade: sempre que for possível as provas devem ser produzidas oralmente para juiz Imediação Quem pode requerer provas? Podem ser produzidas/determinadas por quem? Pode ser objeto de requerimento das partes, parte autora traz na petição e ré na contestação. Nessse caso precisa do deferimento do juiz. Ou ainda a prova ser determinada de ofício pelo juiz. Classificação geral das provas: Podem ser classificadas quanto:Objeto: Direta: está diretamente ligada ao fato, ao objeto do litígio Indireta: está indiretamente ligada ao fato, porém se faz necessária já que possui um nexo de causalidade Fonte Forma Preparação Destinada aos autos, ou seja, destinatário da prova é o processo Há uma ideia de que quem produziu a prova a detém, ou seja, autor produziu a prova é dele e não é assim Por exemplo: O Autor traz uma testemunha que fala tudo invertido. Porém não poderá ser retirada, ainda que seja benéfica ou maléfica a quem trouxe já que pertence aos autos, não a quem trouxe. Admite prova emprestada Tem-se um primeiro processo que foi produzido uma prova, depois tem-se um segundo processo e nesse segundo ao invés de produzir empresta a prova feita no primeiro para segundo Para que seja possível precisa ter a garantia do contraditório, se no segundoprocesso as partes tiverem oportunidade de se manifestar sobre essa prova está válido. Distribuição do ônus da prova: Regra padrão - Distribuição estática: Autor prova os fatos constitutivos de direito (se diz que fez um contrato então prove a existência desse contrato) Réu prova os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos que alegou Dinâmica: Regra de instrução: antes de começar a fase da instrução, juiz deve dizer porquê está invertendo o ônus da prova Pode ser resultado: Previsão em lei (hipossuficiente, por exemplo) As partes definiram no próprio negócio jurídico (estabelecido no contrato que A provará), convencionado pelas partes. Exceto direito indisponível ou se for excessivamente difícil Intervenção do juiz, caso juiz verifique a impossibilidade ou excessivamente difícil porém a outra parte consegue. Devendo ser produzida, em regra, naaudiência de instrução. Existem também, fatos que não dependem de prova,uma vez que não há dúvidas, são fatos incontroversos. Fatos notórios: acontecimentos que são de conhecimento geral, todos sabem que aconteceu naquela data, não precisa de comprovação. Fatos que já foram admitidos como incontroversos no processo ou ainda que uma das partes afirmou e a outra confessou. Ou seja, são admitidos como verdadeiros pela própria parte (por exemplo, "ele bateu no meu carro por isso peço danos materiais e danos morais" "eu realmente bati, porém não concordo com os danos morais") Presunção legal de existência ou veracidade: ou seja, o próprio ordenamento jurídico considera o fato como verdadeiro. Em regra, não é necessário provar o teor de vigência da lei Mas se usar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário juiz pode determinar que seja provado. Fases do procedimento probatório: Proposição: é feito o requerimento, asolicitação da produção de provas. Admissão: aquele em que o juiz avalia e indefere ou defere as provas que foram solicitadas, ou seja, o juiz irá levar em conta se a prova solicitada realmente irá contribuir com o resultado do processo. Produção: as provas admitidas pelo juiz devem ser produzidas e apresentadas para juizo Das provas em espécie: Prova documental: O documento é uma forma de comprovação de determinados fatos Toda e qualquer coisa, não necessariamente escrita que represente um fato As partes podem EM QUALQUER TEMPO juntar novos documentos quando ocorrer provas depoi do momento ou para contrapor o que foi produzido ali no processo Admite juntada posterior de documentos formados após a petição ou os que se tornaram conhecidos acessíveis ou disponíveis após esses atos, porém a parte deve comprovar que realmente estava impedida de juntar antes.