Buscar

Resumo D. Trabalho - Controle Jornada

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CONTROLE DE JORNADA
JORNADAS ESPECIAIS
TRABALHO EM SOBREJORNADA
COMPENSAÇÃO DE JORNADA
HORAS EXTRAS PROIBIDAS:
TRABALHO NOTURNO
DESCANSOS TRABALHISTAS
INTERVALOS COMPUTADOS – PAUSA
HORAS IN ITINERE
SOBREAVISO
PRONTIDÃO
TEMPO DE TOLERÂNCIA
CONTROLE DE JORNADA
Decorre do poder diretivo do empregador a possibilidade de controlar o tempo de prestação de serviços dos seus empregados. Somente mediante esse controle é possível aferir se o empregado fez ou não horas extras, prestou ou não. Há dois tipos de jornada de trabalho as CONTROLADAS, e as NÃO CONTROLADAS. As controladas são aquelas em que o tempo é controlado pelo empregador, devido adicional de horas extras (8 horas diárias) ou o que for contratualmente avençado. A regra geral é ser controlada. 
Estabelecimentos com mais de 10 empregados DEVEM ter um controle de jornada. A forma pode ser manual mecânico ou eletrônico. 
Art. 74 § 2º – Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso.
Os cartões de ponto com horários uniformes de entrada e saída também chamados de "britânicos" são considerados inválidos como meio de prova. 
SUMULA 338: A não-apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. (I) Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. (III)
Logo de acordo com a CLT e com a Sumula 338 do TST, para o empregador com mais de 10 empregados, deverá fazer-se o registro da jornada de trabalho. Se não houver os registros de ponto, a jornada de trabalho alegada pelo empregado terá uma presunção de veracidade. OU se houver os registros de ponto, mas por motivo INJUSTIFICADO recusar-se a mostra-lo, presume-se real a do empregado. Os cartões de ponto britânicos, que contenham horário de entrada e saída uniformes, que tem pouca fidedignidade, eles são inválidos. O empregador nesse caso tem que produzir prova inequívoca relativa as horas extras. (Inversão do ônus da prova) 
Jornadas não controladas: Se o trabalho do empregado não é controlado pelo empregador, não há controle de jornada e consequentemente não há necessidade de prestação de horas extras. Existem duas categorias de empregados não sujeitos ao controle de jornada, ao qual determina o art. 62 da CLT: 
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: 
I - Os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; (As atividades são realizadas fora do ambiente da empresa, e por sua própria natureza, inviabilizam qualquer forma de controle de horário de trabalho) Ex: Representante comercial; vendedor viajante. 
II - Os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. (São necessário dois requisitos – para ser gerente deve haver algum subordinado, alguém que ele fiscalize e monitore, gerencie; e também o salário deve ser 40% maior que de seu subordinado, portanto se não houver um desses dois requisitos é uma gerencia fraudulenta e nesse caso haverá hora extra, adicional noturno, etc) 
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). 
Estes trabalhadores (art. 62) não gozam do direito às horas extras que porventura realizem, como também do direito aos descansos e as regras sobre o trabalho noturno (adicional noturno), intervalo e pausas. Restando porem o direito ao DSR (Descanso Semanal Remunerado) que é previsto na CF. 
A CLT cria apenas uma presunção de que tais empregados não estão submetidos a fiscalização e controle de horário de trabalho. Havendo prova inequívoca de que ocorria a efetiva fiscalização e controle sobre a jornada de trabalho destes empregados, afasta-se a presunção instituída e aplicam-se as regras concernentes a duração do trabalho. 
LIMITAÇÃO LEGAL DA JORNADA DE TRABALHO 
Jornada normal genérica – 8h diárias e 44h semanais. Porém é possível fixação diversa desta, devendo ser fixado expressamente, de acordo com o Art. 58. 
JORNADAS ESPECIAIS:
BANCÁRIOS 
- 6h diárias e 30h semanais. Sábado é dia útil não trabalhado, e, portanto, não é DSR. Sendo este o Domingo.
Sumula 113 TST “O sábado do bancário é dia útil não trabalhado, não dia de repouso remunerado. Não cabe a repercussão do pagamento de horas extras habituais em sua remuneração. ” 
Os gerentes bancários (GERENTINHO) e os que exercem cargo de confiança não fazem jus a jornada especial de bancário, sendo de 8 horas diárias, desde que recebam como gratificação de função valor não inferior a 1/3 da remuneração do cargo efetivo. Art 224 CLT.
Requisitos para exclusão da jornada especial de bancários:
Função de confiança E Gratificação de 1/3 do salario do cargo efetivo (bancário) 
Nesse caso acima descrito são devidas as 7ª e 8ª horas, como extras, no período em que se verificar o pagamento a menor da gratificação de 1/3. 
O GERENTÃO é enquadrado na exceção legal do art. 62 II, da CLT – não há jornada controlada, ele não se submete a qualquer controle, não faz juz a horas extras. Ou seja, se for bancário 1/3 a mais que a remuneração do cargo efetivo (bancários) e não sendo bancário 40% a mais que seu subordinado. 
A jornada de trabalho do empregado de banco gerente de agência (Gerentezinho) é regida pelo art. 224, § 2º, da CLT. Quanto ao gerente-geral (Gerentão) de agência bancária, presume-se o exercício de encargo de gestão, aplicando-se lhe o art. 62 da CLT. (Sumula 287) 
Sumula 102: 
O bancário sujeito a regra do Art. 224 par. 2 cumpre jornada de trabalho de oito horas diárias, sendo extras os excedentes. 
O bancário que exerce função do art 224 par. 2 e recebe a gratificação maior que 1/3 já tem remuneradas as duas horas extraordinárias excedentes de seis (só vai ser paga a partir da oitava) 
O bancário exercente de função de confiança que percebe gratificação não inferior ao terço legal, ainda que a norma coletiva contemple percentual superior não tem direito as 7 e 8 horas como extras, mas tão somente as diferenças de gratificação de função se postuladas. 
Porem se este recebe menos de 1/3 são devidas as 7 e 8 como extras nesse período de pagamento a menor da gratificação de 1/3. 
TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO
O limite é de 6 horas. SALVO NEGOCIAÇÃO COLETIVA. Isso se dá em virtude do grande desgaste físico e psicológico provocado pela constante variação do turno de trabalho, entre dia, tarde e norte. Deve haver TURNOS ALTERNADOS e a empresa NÃO POSSA INTERROMPER SUAS ATIVIDADES (Como exemplo a demora de aquecimento da máquina, o resfriamento da máquina e pausa causa trinca etc.; também em casos de drogaria, hospitais 24horas, atendimento de call center de seguradora). 
Os intervalos para descanso e alimentação e o DSR não descaracterizam o turno ininterrupto de revezamento com jornada de 6 horas. É irrelevante se a empresa é ininterrupta. 
O turno fixo em empresa que funciona ininterruptamente não dá ensejo a jornada diferenciada. ESTE TURNO DIZ RESPEITO AO EMPREGADO, NÃO AO EMPREGADOR. Os sindicatos podem firmar acordo coletivo prevendo jornada de até 8horas para os empregados que laborem em turnos ininterruptos de revezamento. Quando assim for feito, pela negociação coletiva, a 7° e 8° horasNÃO SÃO EXTRAS. 
Se laboram em 8 horas, mas não havia instrumento coletivo, receberão estas duas horas excedentes das seis como extras, bem como o respectivo adicional. 
ADVOGADO 
Turno de 4 horas diárias e 20h semanais, salvo negociação coletiva ou em caso de dedicação exclusiva. 
TRABALHO EM SOBREJORNADA
Horas Extraordinárias – Horas Extras. 
Tempo trabalhado além da jornada padrão. Seja ela de seis horas diárias ou oito horas diárias. Além destas, serão consideradas em sobre jornada. É LICITO DESDE QUE RESPEITE O LIMITE DE DUAS HORAS EXTRAS DIARIAS. O empregador não pode exigir trabalho em sobrejornada sem a concordância do empregado. 
HORAS EXTRAS OBRIGATÓRIAS – ART 61 – DEVEM CAUSAR NECESSIDADE IMPERIOSA AO EMPREGADOR. 
POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR (art. 501 – acontecimento inevitável em relação a vontade do empregador, e para o qual não concorreu direta ou indiretamente.) 
PARA ATENDER A REALIZAÇÃO OU CONCLUSÃO DE SERVIÇOS INADIAVEIS CUJA INEXECUÇÃO POSSA ACARRETAR PREJUIZO MANIFESTO. (Serviços Emergenciais – Trarão grande prejuízos para a empresa. Ex. Carregamento e armazenamento de produtos perecíveis) 
O EXCESSO PODE SER EXIGIDA INDEPENDENTEMENTE DE ACORDO COLETIVO OU CONTRATO, DEVERA SER COMUNICADO DENTRO DE 10 (DEZ) DIAS A AUTORIDADE COMPETENTE EM MATERIA DE TRABALHO. 
MENORES DE 18 ANOS – SÓ PODERA SER EXIGIDO O TRABALHO EM SOBREJORNADA POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR SE FOR IMPRESCINDIVEL AO FUNCIONAMENTO DA EMPRESA. (ART. 413, CLT). A CF determina que o adicional de horas extras é de 50% (no mínimo). 
Limite para menores de 18 anos – 12 horas de trabalho. 
Demais empregados – Não há limite legal (Porem não pode prejudicar o intervalo interjornadas que é de 11h) 
CLT, ART 61 § 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo, a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe expressamente outro limite. (não é 25% mas sim 50% determinado pela CF, Art. 7° XVI) “remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal”
Havendo sobrejornada – Remunera as horas a mais com o valor da hora normal MAIS o adicional de no mínimo 50%; ou faz a compensação do trabalho a mais, em outro dia. É uma compensação da jornada, trabalho duas horas a mais em um dia e no outro, duas horas a menos. 
O trabalho em sobrejornada ainda que sem o devido acordo de prorrogação, deve ser remunerado como hora extra. Da mesma forma as horas prestadas além do limite legal, também devem ser remuneradas com o adicional. 
Sumula 376 - HORAS EXTRAS. LIMITAÇÃO. ART. 59 DA CLT. REFLEXOS 
I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de pagar todas as horas trabalhadas. II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres trabalhistas, independentemente da limitação prevista no "caput" do art. 59 da CLT. 
COMPENSAÇÃO DE JORNADA
O limite máximo da jornada em compensação é de 10 horas no caso de 8 horas diárias. DEVE HAVER ACORDO, não basta a vontade do empregador. 
ART 59, § 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.
Modalidade de Compensação: 
SEMANAL (Basta o acordo individual)
Compensação dentro de uma mesma semana para eliminar o trabalho aos Sabados normalmente. 
Assim para que haja folga aos Sábados poderá acrescentar horas nos outros dias da semana (seg a sex), respeitando os limites legais. 
Trabalho 9h de Seg a Quinta e Sexta trabalha 8 horas normalmente. Não trabalha trabalhar no Sabado porque já foram realizadas as 44 horas semanais. 
QUINZENAL (Necessita de acordo ou convenção coletiva) 
SISTEMA DE PLANTÕES (12x36) – Extrapola a jornada máxima diária de (10 horas) mas oferecem descansos generosos aos trabalhadores. Ex. Regime de 12x36. As duas horas a mais além das 10 horas, legalmente permitidas, não tem acréscimo de 50% da hora extra, será considerada hora normal, (sumula 444)
SEMANA ESPANHOLA Trabalha-se 48 horas em uma semana e 40 horas na semana seguinte. (48 + 40 = 88/2 = 44horas). É uma compensação quinzenal. Deve haver acordo ou convenção coletiva do trabalho. 
ANUAL OU BANCO DE HORAS – SÓ SERÁ LICITA SE PREVISTA EM INTRUMENTO COLETIVO DE TRABALHO. 
É possível que sejam compensadas horas trabalhadas em sobrejornada além de uma semana, desde que a compensação se dê no prazo de um ano. ART. 59 § 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. É uma espécie de estoque de horas para fins de compensação futura. Se o empregado trabalha além do horário (8 horas diárias) este tempo será lançado como horas positivas, que deverão ser compensadas por diminuição futura; Se trabalhar menos de 8 horas diárias é lançado como horas negativa abatendo créditos anteriores ou compensando futuramente com trabalho suplementar. 
Portanto: 
SEMANAL - Acordo Individual
QUINZENAL - (Necessita de acordo ou convenção coletiva) 
BANCO DE HORAS SÓ SERÁ LICITA SE PREVISTA EM INTRUMENTO COLETIVO DE TRABALHO. Negociação coletiva. 
A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Alem da compensação também faz horas extraordinárias, estas horas habitualmente realizadas devem ser pagas como hora extra com adicional de 50%. As horas destinadas com compensação somente serão pagas com o adicional de horas extras (pois já foram remuneradas pelo salario). 
SUM N. 85 TST IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário.
HORAS EXTRAS PROIBIDAS:
1 – Trabalho em Regime de tempo parcial – A duração da jornada semanal não excede 25 horas semanais. (Art. 59 par. 4) 
2 – Menor – Exceto se houver compensação semanal por negociação coletiva, por motivo de força maior, desde que seu trabalho seja imprescindível na situação. (Art. 413 CLT). A jornada do menor em mais de um estabelecimento somadas não podem ultrapassar o limite legal. As horas da segunda jornada que ultrapassem 8 horas diárias serão consideradas como extras. 
3 – Sobrejornada em atividade insalubre – A CLT exige autorização previa do MTE para que seja prorrogada a jornada de trabalho em atividades insalubres. 
EFEITOS PECUNIARIOS DO TRABALHO EM SOBREJORNADA:
Com exceção dos casos de compensação, é obrigado o pagamento do tempo trabalhado a mais acrescido do respectivo adicional de horas extras, no mínimo 50% superior ao valor da hora normal. 
A cada dia que ultrapasse 8 horas é devido adicional de hora extra; se na semana isso resultar em mais de 44 horas semanais é devido horas extras. 
Se as horas extras forem habitualmente prestadas integram a remuneração para todos os fins. Integra portanto o calculo de 13°, gratificações semestrais e DSR. 
Supressão de horas extras – É POSSIVEL. 
Se tiverem sido prestadas habitualmente há pelo menos 1 ano, será devida indenização ao empregado em decorrencia da supressão. Valor da indenização será 1 mês das horas extras suprimidas para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de horasextras. Portanto se durante 5 anos eu fiz horas extras habitualmente, receberei 5 meses de indenização. 
SUMULA 376 - HORAS EXTRAS. LIMITAÇÃO. ART. 59 DA CLT. REFLEXOS 
I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de pagar todas as horas trabalhadas. 
II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres trabalhistas, independentemente da limitação prevista no "caput" do art. 59 da CLT.
TRABALHO NOTURNO 
Urbano – 22h de um dia até as 5hs do dia seguinte. 
CLT ART. 73 § 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.
O trabalho noturno por ser mais gravoso a saúde e ao descanso do trabalhador, ele deve ser remunerado de maneira superior, ao trabalho em horário normal. O art. 7° IX, da CF impôs essa remuneração superior mas não fixou adicional mínimo, como fez com o adicional de horas extras. Portanto, vale a regra dos 20%. 
Art. 73 Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. 
A hora noturna dura 52min e 30 segundos. Portanto o empregado trabalha apenas 7h a noite (52’30’’ x 8 = 420/60 = 7 horas.) 
Empregados regidos pela CLT, Vigia Noturno, e empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento – tem direito a hora noturna reduzida.
Trabalho em horários mistos (parte de dia, parte a noite) 
Ex. Empregado que trabalha nas cidades das 8h às 3h. Esse trabalhador fara jus ao adicional noturno e a hora noturna reduzida apenas no tempo trabalhado após as 22h. 
Somente as horas noturnas são remuneradas com os respectivos adicionais e contadas como de 52’e 30’’ cada uma. 
Prorrogação do horário noturno: As horas trabalhadas depois das 5h da manhã também serão remuneradas com o adicional noturno e calculadas como horas reduzidas. O empregado submetido ao esquema 12x36 que compreenda a totalidade do período noturno, tem direito ao adicional noturno relativo as horas trabalhadas após as 5h da manhã. 
O adicional noturno não se incorpora ao salário, pois é um salário condição ele só perdura enquanto houver a situação que o ensejou (enquanto trabalhar no período noturno). Com a alteração do turno de trabalho, o adicional será suprimido. 
TRABALHO NOTURNO NA LAVOURA – 21 AS 5H	NÃO TEM A HORA NOTURNA REDUZIDA
TRABALHO NOTURNO NA PECUARIA - 20 AS 4H	ADICIONAL DE 25%
DESCANSOS TRABALHISTAS
Intervalos – São pequenos lapsos de tempo que visam a recuperação das energias do empregado. Há dois tipos: 
Intervalo Intrajornada – Destinado ao repouso ou alimentação ao longo da jornada de trabalho no dia, portanto.
Jornada inferior ou igual a 4 horas – Não tem direito a intervalo para jornada. 
Jornada superior a 4h e inferior ou igual a 6h – 15 min;
Jornada superior a 6h – mínimo 1 hora e máximo 2h;
É permitido a ampliação desse intervalo em até no máximo duas horas. A redução é admitida somente observado os seguintes requisitos: requerimento ao MTE, se o estabelecimento tem refeitório e não houver prorrogação de jornada. 
A regra é que o intervalo não seja computado na jornada de trabalho. O empregado trabalha das 8h às 12h e das 13h às 17, cumprindo uma jornada de 8 horas e não de 9h, tendo em vista que o intervalo não é computado na jornada de trabalho. 
INTERVALOS COMPUTADOS – PAUSA
Período de recomposição que NÃO ESTÁ EXCLUIDO da jornada de trabalho. Pois no momento de pausa ele continua à disposição do trabalhador. 
Mecanografia – Digitação, escrituração, calculo. A cada 90 min de trabalho deve haver 10 min de pausa. 
Sumula 346 TST - Os digitadores, por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa) de trabalho consecutivo.
Trabalhadores em Minas de Subsolo / Mineiro – A cada 3 horas no subsolo 15 min de pausa na superfície.
Essas pausas devem ser contadas a partir do momento em que esse trabalhador sai da mina e chega a área externa. A pausa é computada na duração normal de trabalho efetivo. 
Trabalhadores em Câmaras Frigorificas – A cada 1h40min trabalhados, 20 minutos de pausa. Ainda que não trabalhe na câmara, tem direito ao intervalo. 
SUM. 438 TST - O empregado submetido a trabalho contínuo em ambiente artificialmente frio, nos termos do parágrafo único do art. 253 da CLT, ainda que não labore em câmara frigorífica, tem direito ao intervalo intrajornada previsto no caput do art. 253 da CLT. 
INTERVALOS NÃO PREVISTOS EM LEI – Se o empregador concede intervalos que não estão previstos em lei, eles serão remunerados como tempo à disposição, serão computados não deduzidos, remunerados.
Sum. 118 TST - Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada. 
Art. 71 § 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
Ex. João trabalha das 8h às 17h com uma hora de intervalo. Em determinado dia trablhou das 8h as 16h sem intervalo. Neste caso, não foram prestadas efetivamente horas extras, pois laborou o normal de 8h. Mas a CLT determina o pagamento do intervalo não concedido como hora extra, então receberá uma hora extra neste dia, pela supressão do intervalo. 
INTERVALO CONCEDIDO PARCIALMENTE – Implica o pagamento total do período + 50%. A intenção do intervalo é quebrar na metade o tempo de serviço para que o obreiro se recupere e volte melhor para seu trabalho. Se é feito parcialmente, ou não é feito da na mesma. Recuperação da energia do trabalhador.
Sumula 437 I a não-concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração. Essa remuneração é de natureza salarial. 
INTERVALO INTRAJORNADA DA MULHER - Não inferior a 1h nem superior a 2h, independentemente da jornada contratada. Mesmo nas intervalas de 4 horas, é devido o intervalo de 1 hora. Art. 383 CLT - Durante a jornada de trabalho, será concedido à empregada um período para refeição e repouso não inferior a 1 (uma) hora nem superior a 2 (duas) horas salvo a hipótese prevista no art. 71, § 3º.
PAUSA DE 15 MIN ANTES DA PRORROGAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO – NO CASO DE MULHER. 
Intervalo Interjornadas
Desconexão entre duas jornadas de trabalho. Tempo de descanso. Visa garantir a saúde física e mental do empregado, através da reposição de suas energias e também garantir um mínimo de convívio familiar e social. Não são computados, nem remunerados. 
Regra geral: 11 horas. Art. 66 CLT -  Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.
A concessão do DSR (de 24 h) não desobriga o empregador de conceder também o intervalo interjornadas de no mínimo 11 horas.
Embora não seja um intervalo remunerado, se não for concedido deve ser remunerado como se hora extra fosse. 
DSR – É o período de 24 horas consecutivas, preferencialmente aos domingos, em que o empregado deixa de prestar serviços ao empregador bem como de se colocar à disposição deste. 
Se o empregado faltou injustificadamente ou não cumpriu integralmente a jornada de trabalho da semana perde o direito a remuneração do repouso. Perde o direito a remuneração, mas não perde o direito aogozo do descanso. 
Em caso de trabalhar no DSR deve ser pago 100%, ou seja, o dobro do dia. OU se não for concedido no Domingo, pode ser concedido em outro dia da semana, mas não pode ultrapassar o sétimo dia. Ex. Empregado que recebe 9000 por mês por dia 300. Ele não teve um descanso semanal concedido, nem descansado. R$300 x 29 (dias) = R$8700,00 + R$300 + R$300. No total recebera R$9600,00. 
O sábado do bancário é dia útil não trabalhado, não DSR. 
HORAS IN ITINERE
É O TEMPO DE DESLOCAMENTO ATÉ O LOCAL DE TRABALHO E PARA O SEU RETORNO. Deslocamento de local que não é acessível exceto por transporte particular que a empresa oferece, portanto, durante o tempo de deslocamento é considerado como jornada de trabalho. 
Observadas as condições é considerada hora in itinere é computado na jornada de trabalho. 
Art. 58 § 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público regular, o empregador fornecer a condução.
REQUISITOS: 
Local de Difícil Acesso OU não servido por transporte público regular.
O empregador deve fornecer a condução 
O local de difícil acesso é onde fica a empresa. Se existe o transporte público, mas não é regular ocorrera tempo à disposição (horas in intinere). Ou o ônibus passa as 8h e somente as 17h depois. Esse transporte público irregular também pode ser quando o horário de entrada e saída não é compatível com o horário de trabalho. 
SUMULA 90 TST 
HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO 
I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho. 
II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas "in itinere".
III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in itinere". (em períodos de pico, o transporte é insuficiente para a demanda de pessoa de modo que é insuficiente para atender a todos) 
IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público.
V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. 
FORNECIMENTO DE CONDUÇÃO PELO EMPREGADOR 
Pode ser direto (através de veículo próprio) ou mediante terceiros contratados para tal fim. 
Não interessa se o transporte é feito individualmente ou não, bem como o meio utilizado (ônibus, carro, moto, etc.) 
É indiferente também se o empregador cobra ou não pelo transporte fornecido. (Sumula 320 TST) “O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou não, importância pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso ou não servido por transporte regular, não afasta o direito à percepção das horas in itinere.” 
Se ele usar um meio de transporte próprio, não fara jus as horas in itinere. Ainda que seja de difícil acesso e não servido por transporte público regular. 
O tempo que extrapolar devido o tempo in itinere, será considerado sobrejornada e será paga como hora extra. 
É VEDADA a supressão da remuneração das horas in itinere. É direito irrenunciável, assegurado por norma de ordem pública. 
O estabelecimento de um valor fixo para a remuneração das horas in itinere é valido mediante negociação coletiva. Se o tempo fixado na norma coletiva for muito inferior ao efetivamente gasto, a norma será invalida. 
SOBREAVISO
O art. 244 Par. 2 determina que é SOBREAVISO o tempo em que o ferroviário permanece em casa aguardando ser chamado para o serviço. A Duração máxima do sobreaviso é de 24 horas. Deve ser remunerado a razão de 1/3 da hora normal.
Então se o salário é R$6.600 / 220 = R$30 (que é o valor da hora) portanto ele recebera R$10,00 por hora trabalhada em sobreaviso. 
SUMULA 428 TST – SOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA CLT
I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso.  (Skype, Nextel, Celular) 
II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de descanso.
Aplica-se também aos Eletricitários (Sumula TST)
PRONTIDÃO 
É o tempo em que o ferroviário permanece nas dependências da estrada aguardando ordens. Duração máximo é de 12 horas. Remuneração da prontidão é 2/3 da hora normal de trabalho. 
Art. 244 - § 3º - Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas dependências da estrada, aguardando ordens. A escala e prontidão será, no máximo, de 12 horas. As horas de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 do salário-hora normal. § 4º - Quando, no estabelecimento ou dependência em que se achar o empregado, houver facilidade de alimentação, as 12 horas de prontidão, a que se refere o § anterior, poderão ser contínuas. Quando não existir essa facilidade, depois de 6 horas de prontidão, haverá sempre um intervalo de 1 hora para cada refeição, que não será, nesse caso, computada como de serviço.
TEMPO DE TOLERÂNCIA
5 min na entrada e 5 min na saída, com um limite global de 10 min diários (Art. 58 par. 1). Não são descontadas nem computadas como hora extra. Excedido esse limite todo tempo será considerado como tempo extraordinário. 
Ex. Empregado que tem horário das 8h às 17h. Se marcar o ponto as 7h55 na entrada, e na saída as 17h05 será remunerado apenas pelas 8h normais. (5 minutos antes, 5 minutos depois) 
Ex. Empregado que tem horário das 8h às 17h. Se marcar o ponto as 7h55 e as 18h08, será remunerado com 13 minutos de extras (paga tudo). 
Sumula 366 - Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc).
ESTE TEMPO NÃO PODE SER ALTERADO DE MANEIRA ALGUMA!

Continue navegando