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Universidade Estadual Paulista
"Julio de Mesquita Filho"
Campus Assis
As sociedades americanas durante o período pré-colombiano e colonial
Matéria: História da America I
Docente: José Luis Beired
Discente: Janainna Zanella Gomes 
Período: Diurno
Antes da chegada dos europeus, desenvolveram-se no México, na America Central e na região dos Andes civilizações complexas, que nos deixaram importantes registros de seus conhecimentos. Anteriormente essas civilizações viviam basicamente da caça, da pesca e do cultivo de algumas espécies agrícolas, tinham um modo de vida nômade e muito integrado a natureza. As diferentes ondas migratórias, no decorrer do tempo, caracterizaram a ocupação da America por povos vindos provavelmente da Ásia e da Oceania, explicam, em parte, a grande diversidade cultural aqui encontrada pelos europeus. Entre os povos pré-colombianos havia centenas de línguas e culturas diferentes.
Os avanços dos anos determinavam os deslocamentos dos povos, que aproveitavam a generosidade de montes e vales, combinando as migrações com as estações de caça e pesca e a época de alimentos silvestres. Em algum momento depois de 4.000 D.C., alguns bandos começaram a se instalar de forma um pouco mais permanente, através da formação de pequenos vilarejos, começaram a cultivar plantas e a domesticar animais. 						À medida que aprendiam a produzir e a guardar alimentos, passaram a organizar o trabalho com mais eficiência ao longo do ano, desenvolvendo projetos conjuntos com outras vilas durante períodos em que não precisavam se ocupar tanto com as plantações. Assim, puderam construir monumentos mais elaborados e majestosos em oferenda aos seus deuses. Em 1.500 A.C. o cultivo do milho era fundamental. Os agricultores já viviam em vilarejos permanentes e alguns deles se tornaram grandes cidades após 1.000 A.C.				Calcula-se que, que no final do século XV, viviam na América cerca de 50 milhões de pessoas. Elas estavam distribuídas em sociedades diversas entre si, do ponto de vista cultural, política, econômica e social.									Durante muito tempo, pensou-se que as sociedades americanas fossem predominantemente tribais, sem nenhuma centralização política. A forma de organização tribal realmente era predominante em muitas regiões, porem grandes civilizações se desenvolveram no continente americano muito antes da conquista europeia. 
Dentro dessas civilizações, três culturas merecem maior destaque: os maias e os astecas, no México e América Central, e os incas na Cordilheira dos Andes, na América do Sul. Alcançaram notáveis conhecimentos de astronomia e matemática, além de dominar técnicas complexas de construção, metalurgia e cerâmica. Estes desenvolveram técnicas eficientes de agricultura. Enquanto o fim da cultura maia é um mistério, sabemos que os povos astecas e incas decaíram perante a conquista espanhola.
A civilização maia desenvolveu-se na área que corresponde ao sul do atual México, a Guatemala, Belize Honduras e tingiu seu auge no fim do século IX. As especulações referentes ao desaparecimento da civilização maia mostram que as guerras e o esgotamento das terras cultiváveis levaram a civilização a um rápido declínio.							Apesar de não haver números confiáveis sobre o tamanho do império, existem cerca de quatro milhões de descendentes de maias, o que da uma ideia da grandiosidade de sua população.											Os mais se organizavam em cidades-estados governadas por chefes cujo poder era hereditário. O chefe de cada cidade exercia funções políticas e religiosas. A sociedade maia era extremamente hierarquizada. Cada cidade tinha uma autoridade máxima assessorada por nobres e sacerdotes. Na escala social seguiam-se os artesões e trabalhadores livres, a maioria agricultores, que deviam pagar tributos ao governo. O pagamento desses tributos tinha uma conotação sagrada e constituía-se de parte da produção agrícola e prestação de trabalho, como reparo e construção de estradas.									Os maias tinham economia preponderantemente agrícola embora praticassem ativamente o comércio. Entre os principais produtos do comércio, estavam o jade, o cacau, o sal e a obsidiana. Como unidade de troca, utilizavam sementes de cacau e sinetas de cobre. O principal produto era o milho. Tão importante que,segundo os mitos maias, os deuses o haviam utilizado como matéria-prima para criar o homem. Os maias também cultivavam cacau, algodão, feijão, pimenta, sisal, abóbora, mamão e abacate.							Os maias eram politeístas, sacrificavam humanos e animais como forma de renovar ou estabelecer relações com o mundo dos deuses. Os deuses maias não eram entidades separadas como os deuses gregos. Também não existia a separação entre o bem e o mal e nem a adoração de somente um deus regular, mas sim a adoração de vários deuses conforme a época e situação que melhor se aplicava para aquele deus. Cuidavam de seus mortos, colocando-os em urnas de cerâmica.
A arte maia se expressa, sobretudo, na arquitetura e na escultura. Suas monumentais construções eram adornadas com elegantes esculturas, estuques e relevos. Podemos contemplar sua pintura nos grandes murais  coloridos dos palácios. Utilizavam várias cores. As cenas tinham motivos religiosos ou históricos. Também realizavam representações teatrais em que participavam homens e mulheres com máscaras, representando animais.
Os maias eram estudiosos das estrelas e dos planetas, tinham muito conhecimento de astronomia. Fizeram previsões de eclipses solares e lunares com grande precisão. Elaboraram calendários e calcularam a duração do ano próximo da que temos atualmente. Na matemática, conheciam o zero e criaram uma nova numeração, o que possibilitou o desenvolvimento de cálculos astronômicos. 
Tikal, localizada nas florestas da Guatemala, foi uma das cidades mais importantes da antiga civilização maia. A área onde se ergueu a antiga cidade forma atualmente o Parque Nacional de Tikal. Além dos templos e do museu, a área abriga bosques antigos contendo espécies vegetais raros e mamíferos da região. O parque de Tikal foi declarado pela UNESCO patrimônio da humanidade. Os edifícios construídos em Tikal no período clássico tornaram-se modelo para a arquitetura maia. A cidade passou a contar com grandes palácios e templos em forma de pirâmide, havia um templo com 70 metros de altura, o maior edifício erguido na America antiga.											Com organização política, econômica e social semelhante aos mais temos os astecas. Ambas as civilizações tinham uma economia de base agrária, com aperfeiçoadas técnicas de produção, incluindo o uso de adubos e a construção de barragens e canais de irrigação. Eles trabalhavam em coletividade. A principal diferença entre os Astecas e os Maias diz respeito à organização política. Enquanto os Astecas viviam submetidos a uma monarquia, exercida pelo chefe dos guerreiros, os Maias nem chegaram a construir um estado que abrangesse toda a sociedade.										Também conhecidos como mexicas, os astecas eram originalmente povos nômades, guerreiros e caçadores. Provavelmente originários do sul do atual território norte-americano, descendentes dos toltecas, emigraram para região do México, seguindo instruções de seus deuses para se fixarem onde vissem uma águia pousada em um cacto, devorando uma cobra, e lá se estabeleceram no século IV, fundando o núcleo inicial da futura cidade de Tenochitlán (atual cidade do México). Enquanto seus "vizinhos" maias entraram em decadência, os astecas começaram a crescer por volta do século XII. 						Quando os espanhóis chegaram à região, no século XVI, os astecas dominavam um poderoso império no vale central do México, formado por muitas províncias, estas sujeitas ao pagamento de impostos ao governo asteca.							A agricultura, também era à base da economia asteca. Os astecas construíram terraços sobre a água dos lagos, nos quais cultivavam flores e hortaliças. Essas pequenas ilhas artificiais, feitas com lama acumulada nas margens dos lagos, recebiam o nome de chinampas. O milho era o principal alimento cultivado.Os astecas ampliaram seu território por meio da guerra: conquistaram cidades e povos vizinhos, transformando-se em um vasto império. Para eles, a guerra também tinha uma dimensão religiosa. Acreditavam ser um povo escolhido pelo deus sol, destinado a conquistar e dominar outros povos. Segundo sua tradição, os guerreiros que morressem lutando atingiriam o paraíso. 											Assim como os maias, os astecas eram politeístas e tinham o costume de construir templos para os deuses. Esses grandiosos templos, eram em forma de pirâmide. Os principais deuses eram vinculados ao ciclo solar e à atividade agrícola. Os sacerdotes eram um poderoso grupo social, encarregado de orientar a educação dos nobres, fazer previsões e dirigir as cerimônias rituais Apesar de sacrifícios humanos serem uma prática constante e muito antiga na Meso-América, os astecas se destacaram por fazer deles um pilar de sua sociedade e religião. Sacrifícios humanos eram realizados em grande escala; algumas centenas em um dia só não era incomum. Os corações eram arrancados de vítimas vivas, e levantados ao céu em honra aos deuses. Os sacrifícios eram conduzidos do alto de pirâmides para estar perto dos deuses e o sangue escorria pelos degraus. Geralmente as vitimas oferecidas em sacrifícios eram prisioneiros de guerra ou escravos.								A sociedade asteca era rigidamente dividida. O grupo social dos pipiltin (nobreza) era formada pela família real, sacerdotes, chefes de grupos guerreiros e chefes dos calpulli. Podiam participar também alguns plebeus (macehualtin) que tivessem realizado algum ato extraordinário. Tomar chocolate quente era um privilégio da nobreza. O resto da população era constituída de lavradores, artesãos e escravos (tlacotin). 							Os astecas tinham um calendário com cálculos precisos do ano solar (com 365 dias). O planejamento urbano era impecável. Suas obras publicas incluíam quilômetros de estradas e aquedutos. A capital Tenochitlán foi erguida em área pantanosa, cuidadosamente drenada e aterrada para comportar muitas pirâmides e torres. Os imperadores astecas foram os maiores responsáveis tanto pelo crescimento do império, como para a decadência do mesmo. Ahuizotl, por exemplo, foi ao mesmo tempo o imperador mais cruel e o responsável pela maior expansão do império. Já Montezuma II (ou Moctezuma II), tendo sido um imperador justo e pacifico, foi também fraco em suas decisões, permitindo que os espanhóis entrassem em seus domínios. A sucessão dos imperadores astecas, diferente dos maias, não era hereditária, sendo estes eleitos por um consenso entre os membros da nobreza.							A civilização asteca teve fim com a chegada dos espanhóis no começo do século XVI. O governante asteca Moctezuma II considerou o conquistador espanhol a personificação do deus Quetzalcóatl, e não soube avaliar o perigo que seu reino corria. Ele recebeu Cortés amigavelmente, mas posteriormente o tlatoani foi tomado como refém. Em 1520 houve uma revolta asteca e Moctezuma II foi assassinado. Seu sucessor, Cuauhtémoc (filho do irmão de Montezuma), o último governante asteca, resistiu aos invasores, mas em 1521 Cortés sitiou Tenochtitlán e subjugou o império. Muitos povos não astecas, submetidos à Confederação, se uniram aos conquistadores contra os astecas, pondo fim a esta grandiosa civilização.
A sociedade inca desenvolveu-se a partir do século XII, na cordilheira dos Andes na América do Sul, englobando uma série de povos assimilados no decorrer de um longo processo de onde expandiram seu império a partir da cidade de Cuzco, no território que coresponde ao atual Peru. No século XV, expandiram suas fronteiras, chegando a dominar grande parte das áreas que hoje compõe o Peru, Bolívia, Equador e o norte da Argentina e do Chile. Os incas chamavam seu grande império de "as quatro terras" ou "os quatro cantos do mundo", Tawantinsuyu. 											A civilização inca alcançou o seu apogeu no século XV, sob Pachacuti. Entre as suas realizações culturais está à arquitetura, a construção de estradas, pontes e engenhosos sistemas de irrigação. 										O Império Inca tinha uma organização econômica, na qual todos os níveis da sociedade pagavam tributos ao imperador, conhecido como O Inca (filho do sol, em quíchua). O Inca era divinizado sendo carregado em liteiras com grande estilo. Usava roupas, cocares e adornos especiais que demonstravam sua superioridade e poder. Ele reivindicava seu poder dizendo-se descendente do deus Sol (origem divina do poder real). Abaixo d'O Inca havia quatro principais classes de cidadãos.A primeira era a família real, nobres, líderes militares e líderes religiosos. Estas pessoas controlavam o Império Inca e muitos viviam em Cuzco. A seguir, estavam os governadores das quatro províncias em que o Império Inca era dividido. Eles tinham muito poder, pois organizavam as tropas, coletavam os tributos cabendo-lhes impor a lei e estabelecer a ordem. Abaixo dos governadores estavam os oficiais militares locais, responsáveis pelos julgamentos e a resolução de pequenas disputas podendo inclusive atribuir castigos. Mais abaixo estavam os camponeses que eram a maioria da população. Entre os camponeses, a estrutura básica da organização territorial era o ayllu. O ayllu era uma comunidade aldeã composta por diversas famílias cujos membros consideravam possuir um antepassado comum. A cada ayllu correspondia um determinado território. O kuraca era o chefe do ayllu. Cabia-lhe a distribuição das terras pelos membros da comunidade aptos para o trabalho. Havia três ordens de trabalhos agrícolas: realizados em benefício do Inca e da família real; destinados à subsistência da família, realizados no pedaço de terra que lhe cabia; realizados no seio da comunidade aldeã, para responder às necessidades dos mais desfavorecidos.				De fato, o sistema de ajuda entre as famílias estava muito desenvolvido. Para além das terras coletivas, havia reservas destinadas a minorar as carências em tempos de fome ou a serem usadas sempre que a aldeia era visitada por uma delegação do Inca.Outro dos deveres de cada membro da comunidade consistia em colaborar nos trabalhos coletivos, como por exemplo a manutenção dos canais de irrigação.								Os nobres foram chamados pelos espanhóis de "orelhões", devido à impressão que tiveram de suas enormes orelhas, aumentadas pelos grandes pendentes que usavam. Os "orelhões" eram educados em escolas especiais durante quatro anos. Eles estudavam a língua quíchua, religião, quipos, história, geometria, geografia e astronomia. Os "orelhões" tinham vários privilégios, entre eles a posse de terras e a poligamia. Eles recebiam presentes do monarca, tais como mulheres, lhamas, objetos preciosos, permissão para usar liteiras ou trono. Eles constituíam os funcionários do Império.Todos os incas eram obrigados a trabalhar para o Império e para os seus deuses domésticos.								Os incas não tinham liberdade de viajar e os filhos sempre tinham de seguir o ofício dos pais. Seu exército era muito bem treinado e organizado. Quando os incas conquistavam um lugar, o povo era submetido à tributação pela qual prestavam serviços designados pelos conquistadores. Os incas encorajavam as pessoas a se juntarem ao Império e quando isto ocorria eram sempre bem tratadas. Serviços postais eram então estabelecidos por mensageiros (chasquis) que entregavam mensagens oficiais entre as maiores cidades. Notícias também eram veiculadas pelo sistema Chasqui.								Assim como os maias e os astecas, os incas também tinham a agricultura como base de sua economia, a ela se dedicavam os habitantes plebeus das aldeias. Baseava-se no cultivo do milho, e da batata. As técnicas agrícolas eram rudimentares, já que desconheciam o arado. Para semear utilizava um bastão pontiagudo. Os campos eram irrigados por meio de um sistema formado por diques, canais e aquedutos. Utilizava-se como adubo o guano, esterco produzido pelas aves marinhas. Possuíam rebanhos imensos de lhamas e vicunhas, que lhes forneciam lã.	Os incas não usavam dinheiro propriamente dito. Eles faziam trocasou escambos nos quais mercadorias eram trocadas por outras e mesmo o trabalho era remunerado com mercadorias e comida. Serviam como moedas sementes de cacau e também conchas coloridas (mullu), que eram consideradas de grande valor. 
Para caça os incas usavam o arco de flechas e zarabatanas, caçavam animais como cervos, aves e peixes que lhes forneciam carne, couro e plumas que usavam em seus tecidos. A caça era coletiva e o método mais usual era de formar um grande círculo que ia se fechando sobre um centro para onde iam os animais.
Os edifícios incas se caracterizam pela grandiosidade. Suas cidades eram verdadeiras fortalezas, construídas com grandes muralhas de pedra. Os incas eram mestres em cortar e unir grandes blocos de pedra. Cuzco, a capital do Império, tem uma rígida planificação urbana em forma quadriculada.
	Os incas não tinham escrita, apenas o quipus, um complexo sistema de informações que consistiam em cordões coloridos nos quais faziam vários nós. A cor e a quantidade de nós registravam diferentes informações, como a produção de alimento, o numero de habitantes do império e o valor dos tributos. 	O império abrangia diversas nações e mais de 700 idiomas diferentes, sendo o mais falado o quíchua.O idioma quéchua serviu de instrumento unificador do império inca. Como não tinham escrita, a cultura era transmitida oralmente. Com o sistema de quipos, os incas desenvolveram um engenhoso sistema de contabilidade. Na matemática, utilizavam o sistema numérico decimal.
 Os artesãos eram peritos no trabalho com o ouro. Mesmo sem conhecer o torno, alcançaram um bom domínio da cerâmica. Seus vasos tinham complicadas formas geométricas e de animais, ou uma combinação de ambas.								A religião inca era uma mistura de culto à natureza (sol, terra, lua, mar e montanhas) e crenças mágicas. Os maiores templos eram dedicados ao Sol. Os incas praticavam o processo de mumificação. Junto às múmias era enterrada uma grande quantidade de objetos do gosto ou utilidade do morto. De suas sepulturas, acreditavam que as múmias poderiam conversar com ancestrais ou outros espíritos daquela região. Normalmente o defunto era enterrado sentado.
O Império Inca foi derrubado por menos de duzentos homens e vinte e sete cavalos mas também por milhares de ameríndios que se juntaram às tropas espanholas por descontentamento em relação ao tratamento dado pelo Imperador Inca. Francisco Pizarro e os espanhóis que o seguiram oprimiram os incas tanto material como culturalmente, não apenas explorando-os pelo sistema de trabalho de "mitas" para extração da prata, como reprimindo as suas antigas tradições e conhecimentos. No que se refere à agricultura, por exemplo, o abandono da avançada técnica agrícola inca acabou instalando uma persistente era de escassez de alimentos na região.		Uma parte da herança cultural foi mantida, tratando-se das línguas quíchua e aimará, isto porque a Igreja Católica escolheu estas línguas nativas como veículo da evangelização dos incas, daí passarem a escrevê-las com caracteres latinos e ensiná-las como jamais ocorrera no Império Inca, fixando-as como as línguas mais faladas entre as dos ameríndios.			Mais tarde, a exploração opressiva foi objeto de uma rebelião cujo líder Tupac Amaru considerado o último inca, acabou inspirando o nome do movimento revolucionário peruano do século XX, oMRTA, e o movimento uruguaio dos Tupamaros.

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