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Dosimetria da Pena

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DOSIMETRIA DA PENA
Para a aplicação de pena a um condenado, cabe a juiz de direito seguir, da forma mais correta possível, um sistema composto de 3 fases.
	
Circunstâncias Judiciais
	
Circunstâncias Legais Genéricas
	
Circunstancias Legais Específicas
Circunstâncias Judiciais
Nesta fase o Juiz deverá analisar 8 quesitos.
Culpabilidade do Agente (verifica o valor de culpa e a intenção de dolo no caso concreto).
Antecedentes Criminais (verifica a vida criminosa do agente, se possui condenação com trânsito julgado, antecedentes por CAC FAC).
Conduta Social (verifica a vida pessoal,social).
Personalidade do Agente (se tem personalidade voltada ao crime).
Consequências (deve-se avaliar os resultados esperados pela conduta; e seus resultados diversos).
Motivos (considerações do agente para a prática do crime).
Circunstâncias (a forma;condições;tempo e espaço da conduta, QUANDO NÃO PREVISTOS como elementos relevantes para as próximas etapas da dosimetria).
Comportamento da Vítima (Como regra geral, o comportamento da vítima não justifica o crime.
Nesta análise, quanto maior o número de circunstâncias judiciais desfavoráveis ao réu, mais a pena se afasta do mínimo. O juiz de direito irá estabelecer uma pena base, para que nela se possa atenuar, agravar, aumentar ou diminuir.
Cada circunstância desfavorável, deverá o juiz aumentar a pena mínima em 1/8.
A pena média (aquela que é o resultado da divisão por dois da soma da pena mínima com a máxima) é o limite para o aumento na primeira fase, se forem desfavoráveis as circunstâncias judiciais. Se forem favoráveis, não haverá alteração da pena mínima, já que o limite mínimo, na primeira fase, não pode ser ultrapassado.
Circunstâncias Legais Genéricas
Consiste na determinação de agravantes e atenuantes, para a constituição de efeitos na pena. Atua como uma circunstância agravante do tipo penal.
Agravantes
Não faz parte do constituinte do tipo penal, mas sua presença no ‘’caso concreto’’ determina um maior grau de reprovação da conduta do agente. 
Tipos Penais de Agravantes
Reincidência - É um status decorrente da prática de novo crime após o trânsito em julgado de sentença condenatória por crime anterior dente período de 5 anos após o cumprimento da pena.
 O motivo fútil é aquele que em hipótese alguma justificaria a prática do crime, sua valoração exige um juízo de proporcionalidade entre as razões dadas à prática do delito e a efetiva lesão provocada ao bem jurídico tutelado pela norma. 
 O motivo torpe é o moralmente reprovável, a repugnância da razão do crime, nesta circunstância, é o que enseja maior agravamento da pena, o fato daquele decorrer de um sentimento tido como imoral pela sociedade, o que também dá causa à maior reprovação da conduta.
Para facilitar ou assegurar a execução, ocultação, impunidade ou vantagem de outro crime – Aqui se pune o autor do delito que se mantém totalmente indiferente à paz social, já que prática tantos crimes quantos forem necessários à garantia do primeiro ilícito e de sua impunidade.
Traição – É a agressão súbita sorrateira, com agressão física ou moral do agente ““... A aleivosia, isto é, fingimento de amizade. Pode ser também o ataque pelas costas, com vistas a surpreender a vítima.
Emboscada – É a clássica tocaia, quando o agente se oculta, aguardando a vitima passar por determinado local para atacá-la.
Dissimulação – É o engodo elaborado pelo agente para desprevenir o ofendido, para iludi-lo quando da realização do crime.
Recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido – Alguma circunstância análoga à traição, emboscada ou dissimulação, não definida taxativamente pela norma, mas passível de ser considerada para fins e majoração da pena, desde que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.
Meio insidioso – é um meio desleal, enganador, que reduz a possibilidade de defesa da vítima.
Meio cruel – o meio que causa um sofrimento desnecessário à vítima, que ultrapassa o limite do que bastaria para a prática do delito.
Meio que pode resultar perigo comum – É o meio cujo resultado pode atingir terceiros.
Contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge – Aqui o motivo ao agravamento da sanção é a indiferença do agente em face de seus familiares, daqueles cujo vínculo sanguíneo deveria lhe despertar, no mínimo, um nobre sentimento de solidariedade.
Com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação e hospitalidade - Valer-se o autor da autoridade familiar ou de determinada confiança que a vítima lhe deposita em razão da dependência, intimidade ou pela vida em comum.
Com abuso do poder – quando o agende extrapola uma prerrogativa funcional ou viola um dever inerente à sua profissão ou cargo que ocupa.
Contra criança, idoso, mulher grávida e enfermo – repreende-se de modo mais severo aquele que pratica crime contra estas pessoas, em face das quais a lei presume que possuem reduzida capacidade de defesa em face do crime.
Ofendido sob imediata proteção da autoridade – se considera mais grave o delito quanto em sua prática sequer foi respeitado o poder da autoridade que era responsável pela vítima, que mantinha esta sob sua custódia ou seus cuidados.
Situação de calamidade pública, perigo comum ou de desgraça particular do ofendido – Aplica-se esta hipótese quando reconhecido que o agente se aproveita de uma situação desfavorável da vítima, que não decorreu de provocação sua, para praticar o crime.
 Em estado de embriaguez preordenada – Quando o agende provoca voluntariamente a própria embriaguez com o fim de cometer o crime, para criar coragem e/ou tentar provocar a diminuição de sua culpabilidade em face da embriaguez.
Atenuantes
São condições que atenuam o grau de reprovação da pena.
Ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença.
O desconhecimento da lei.
Ter o agente:
Cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral
Procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
Cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima.
Confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
Cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
Do menor de 21 anos: Onde se considera a idade que o autor tinha na época da prática do crime, em razão de sua presumível imaturidade e inconsequência pelo delito que cometeu. O maior de 70 anos, por sua vez, tem atenuada sua pena por uma questão de piedade e humanidade, em razão da própria velhice.
O desconhecimento da Lei não se justifica tornando-se ela oponível a todos após ter sido publicada. Entretanto, a ignorância dela pelo autor serve como causa de diminuição de pena, caso reste reconhecida.
Das Práticas do Agente
O motivo de relevante valor social é aquele que prepondera em favor da coletividade e o de valor moral é aquele que se afigura justo, suficiente para, ao menos no campo moral, justificar a conduta do autor.
O arrependimento e/ou reparação do dano, não configurado o arrependimento posterior no mencionado artigo, pode o autor valer-se ainda da atenuante sob comento, apenas para efeito de circunstância atenuante.
 A providência do autor para evitar as consequências do crime deve ser logo após a prática do delito e a reparação do dano, por seu turno, deve ocorrer ante do julgamento da ação penal.
  
Coação resistível, aquela situação sobre a qual é de se esperar alguma oposição do autor. Não configurada esta, excludente de culpabilidade, o autor do fato poderá se valer ainda dela como circunstância legal para atenuação da pena.
Obediência hierárquica quando o autor que atua sob ordem de autoridade que lhe é funcionalmente superior(exige-se uma relação de subordinação hierárquica de direito público). . 
A confissão da autoria deve ser espontânea, não podendo decorrer de fatores externos ao agente. Assim, não se pode considerar a que advém de advertência de autoridade ou de outras circunstâncias, hipótese em que se configurará, no máximo, em confissão voluntária, que não se confunde com aquela.
A influência da multidão em tumulto, como atenuante, só incide quando ela não for provocada pelo próprio agente. Obsta a lei que o tumulto provocado pelo autor do fato lhe aproveite.
Condições Genéricas Especiais
Estão presentes no tipo penal do crime, ou constituem norma e nelas estipulam a porcentagem de acréscimo sobre o quantum da pena. 
Podem-se efetuar tantas operações quantas forem as causas de aumento ou diminuição. Ex: com uma causa de aumento e uma de diminuição, haverá duas operações: uma para aumentar e outra para diminuir.
CGL X CGE
As Condições Genéricas Especiais se diferem das Condições Genéricas Legais, quando essas tem seu denominador de aumento estipulado em seus próprios códigos e podem extrapolar os valores previstos em leis.
Deverá, também, o Juiz de Direito definir o tipo de pena se de reclusão ou detenção, e seu regime inicial se será aberto,semi-aberto ou fechado.

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