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INFLUENCIA DA CRIOTERAPIA POR IMERSAO DO TORNOZELO

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INFLUÊNCIA DA CRIOTERAPIA POR IMERSÃO DO TORNOZELO NO 
EQUILÍBRIO ESTÁTICO 
 
Daniel Pereira Barbosa e Eliane Fátima Manfio 
Laboratório de Biomecânica - Universidade Estácio de Sá - Campus Taquara - Rio de Janeiro 
 
Resumo: O objetivo deste estudo foi identificar a influência da aplicação de crioterapia no equilíbrio estático. Foram 
avaliados 29 sujeitos, do gênero masculino, com idade entre 20 e 30 anos, sem histórico de lesões neuro-
músculosesqueléticas, através de uma plataforma de força AMTI. O equilíbrio estático bipodal e unipodal direito foi 
avaliado durante 60 s nas condições pré e pós-crioterapia. O tempo de aplicação da crioterapia por imersão do tornozelo 
foi de 20 minutos. Os resultados mostraram diferenças significativas para a condição bipodal, entre pré e pós-
crioterapia, para a Área de Deslocamento do COP(ACOP), Velocidade Ântero-Posterior(VXCOP) e para a condição 
unipodal para a ACOP, Velocidade Médio Lateral(VYCOP) e Oscilação Ântero-Posterior(XAP). Sugere-se que a 
aplicação do gelo altera de forma significativa variáveis importantes para a manutenção do equilíbrio estático e que a 
prática esportiva, logo após a aplicação da crioterapia, pode aumentar a incidência de lesões músculo-esqueléticas. 
Palavras Chave: Crioterapia, equilíbrio, tornozelo. 
 
Abstract: The objective of this study went identify to influence of the cryotherapy application in the static balance. They 
were appraised 29 subjects, of the masculine gender, with age between 20 and 30 years, without historical of 
neuromuscle-skeletal injuries, through a platform of force AMTI. The one leg (right) and two legs static balance were 
evaluated during 60 seconds in the conditions before and after cryotherapy. The time of application of the cryotherapy 
for immersion of the ankle was of 20 minutes. The results showed significant differences for the two legs condition, 
among before and after cryotherapy, for the COP Area (ACOP), Anteroposterior Velocity (VXCOP), and for the one 
leg condition for ACOP, Mediolateral Velocity (VYCOP) and Anteroposterior Oscillation (XAP). This suggests that the 
application of the ice alters in way significant important variables for the maintenance of the static balance and that the 
sporting practice, soon after the application of the cryotherapy, it can increase the incidence of muscle-skeletal injuries. 
Keywords: Cryotherapy. Balance. Ankle 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A crioterapia caracteriza-se pela aplicação 
terapêutica de qualquer substância ao corpo que 
resulte em remoção do calor corporal com 
diminuição da temperatura dos tecidos [1]. 
Apresenta-se como um recurso valioso, embora 
pouco conhecido pela maioria dos fisioterapeutas 
[2]. Tremblay et al. [3] colocam que, no contexto 
da terapia do esporte, o gelo é freqüentemente 
usado para tratar lesões músculo-esqueléticas 
agudas secundárias. Embora o gelo seja conhecido 
por ser efetivo na diminuição de sensações 
dolorosas e táteis, seu efeito nas habilidades 
proprioceptivas recebeu, comparativamente, pouca 
atenção. 
O gelo é um dos recursos mais utilizados na 
medicina esportiva. Sua administração objetiva 
principalmente possibilitar o retorno do atleta a 
suas atividades esportivas de forma mais precoce e 
segura [4]. Em suas diversas indicações, a 
crioterapia é geralmente usada antes do exercício 
para minimizar inflamação, permitir aos indivíduos 
a prática de esportes precocemente [5] e 
desprovidas de dor [6, 7]. 
Como a crioterapia apresenta efeitos 
fisiológicos que diminuem a velocidades de 
condução das vias sensitivas e motoras necessárias 
para o eficiente controle motor do equilíbrio, 
Lephart et al. [8], Weimar et al. [9] e Cross et al. 
[10] sugerem que os atletas estariam mais 
propensos a lesões após a aplicação de frio devido 
 
ao desempenho motor prejudicado. A crioterapia 
utilizada antes do exercício pode ocasionar um 
inadequado feedback periférico para a 
propriocepção e alterar as propriedades 
biomecânicas das articulações, resultando em 
lesões, quando o exercício é praticado. Uma 
sobrecarga na execução de exercícios após o 
resfriamento do músculo pode levar a uma nova 
lesão muscular, uma vez que o controle motor está 
com seu limiar alterado [6]. 
Por outro lado, Hopper et al. [11], Atnip; 
McCrory [12], Tremblay et al. [3] e Dover et al. 
[13] obtiveram resultados que aprovam a utilização 
do gelo antes da prática esportiva ou, previamente, 
dentro do tratamento cinesioterápico. 
O sistema de equilíbrio e controle postural é 
bastante complexo e envolve a recepção de 
informações sensoriais dos sistemas vestibular, 
visual e proprioceptivo por via aferente, sendo 
estas decodificadas no sistema nervoso central, 
onde são feitas alterações necessárias para 
manutenção do equilíbrio. Posteriormente, são 
emitidas respostas por via eferente a fim de 
promover a ativação dos músculos 
antigravitacionais, que são os responsáveis pela 
manutenção do equilíbrio postural [14]. 
Além da contribuição dos sistemas 
vestibular e visual, a manutenção do equilíbrio 
postural abrange a detecção sensorial dos 
movimentos corporais através do sistema 
somatossensorial que tem origem em receptores 
periféricos, presentes nos músculos, nas cápsulas 
articulares e em outras estruturas de tecidos moles 
[15, 16]. Os receptores aferentes provenientes das 
articulações do quadril, do joelho e do tornozelo 
são responsáveis pela iniciação das respostas 
posturais automáticas [16]. O sistema 
somatossensorial percebe a posição e a velocidade 
de todos os segmentos corporais, o impacto dos 
segmentos com o solo e com objetos externos e a 
orientação da gravidade [17]. 
Para a prática esportiva são essenciais 
estratégias eficazes para a manutenção do 
equilíbrio, pois, durante uma prática esportiva, o 
senso posicional articular, a propriocepção e a 
cinestesia são vitais. Processos que envolvam os 
movimentos das articulações do tornozelo, do 
joelho e do quadril, controlados pelas ações 
coordenadas ao longo da cadeia cinética, também 
são considerados vitais para a produção dos 
movimentos relacionados ao esporte [16]. 
A proposta deste estudo foi avaliar o 
equilíbrio estático, em indivíduos saudáveis, antes 
e depois da aplicação de crioterapia por imersão do 
tornozelo, objetivando identificar possíveis 
alterações do equilíbrio após a crioterapia, 
contribuindo assim para as discussões clínicas 
sobre a utilização ou não do gelo antes da prática 
desportiva e cinesioterápica. 
 
MATERIAL E MÉTODOS 
 
A amostra do estudo foi composta por 29 
sujeitos, do gênero masculino, com idade entre 20 
e 30 anos, sem histórico de lesões músculo-
esqueléticas nos membros inferiores e sem 
alterações neurológicas, visuais e do sistema 
vestibular. As médias de idade, peso e estatura 
foram de 23,53 (±2,69) anos, 80,41 (±10,50) Kg e 
1,76 (±0,07) m, respectivamente. 
Para coleta dos dados foi utilizada uma 
plataforma de força AMTI (Advanced Mechanical 
Technology, EUA) com transdutores strain gauce. 
O sinal obtido no contato do pé com a plataforma 
de força é enviado para amplificadores e 
convertido por intermédio de um conversor A/D 
 
com freqüência de aquisição de 60 Hz, controlado 
pelo sistema PEAK MOTUS (Peak Performance 
Technologies, EUA). O protocolo de coleta de 
dados foi organizado da seguinte forma: 
Anamnese Geral - Após assinatura do termo de 
consentimento, de acordo com as normas do 
comitê de ética, os sujeitos foram submetidos a um 
questionário-entrevista de inclusão e avaliados 
quanto à estatura e à massa corporal. Etapa Pré-
Crioterapia - Avaliação do equilíbrio estático com 
olhos abertos durante 60s. Foram realizados dois 
testes de equilíbrio: a) Apoio Unipodal, com o 
membro inferior direito, e, b) Apoio Bipodal, com 
os pés unidos paralelamente. Nos dois testes,os 
sujeitos estavam com os pés descalços sobre uma 
plataforma de força, com o olhar fixo em uma 
marca posicionada a 1 m na altura dos olhos e os 
braços soltos junto ao corpo. Etapa Crioterapia – 
Aplicação de crioterapia por imersão do tornozelo 
direito durante 20 minutos. Os indivíduos foram 
solicitados a permanecer pelo tempo determinado 
com o tornozelo direito imerso em um recipiente 
contendo uma mistura de água e gelo, até a altura 
de 4 cm acima do ponto central do maléolo lateral 
[18], a uma temperatura variando entre 3 a 6ºC. A 
temperatura da água (controlada por um 
termômetro) e os sintomas dos sujeitos (através de 
uma escala analógica de dor (de zero (sem dor) a 
10 (dor máxima) [19]) foram controlados no início 
da aplicação da crioterapia e a cada 5 minutos. 
Etapa Pós-Crioterapia - Avaliação do equilíbrio 
estático, respeitando o mesmo protocolo da etapa 
de pré-crioterapia. 
As variáveis analisadas na Etapa Pré e Pós-
Crioterapia foram: Área de Deslocamento do 
Centro de Pressão (ACOP), Velocidade Ântero-
Posterior do COP (VXCOP), Velocidade Médio-
Lateral do COP (VYCOP), Oscilação Ântero-
Posterior do COP (XAP) e Oscilação Médio-
Lateral do COP (YML). 
Como os dados apresentaram uma 
distribuição normal, de acordo com o teste de 
Kolmogorov-Smirnov Z, foi usada a análise 
estatística paramétrica através do Teste t, com 
nível de significância de 0,05, para comparação 
entre as condições pré e pós-crioterapia. Os 
programas de análise de sinais foram 
implementados com o aplicativo Matlab 6.5 (The 
Mathworks, EUA) e os testes estatísticos 
realizados com o aplicativo SPSS, versão 12.0.0 
(SPSS, EUA). 
 
RESULTADOS 
 
Com relação aos dados da avaliação do 
equilíbrio estático bipodal (Tabela 1), foram 
encontradas diferenças estatisticamente 
significativas, entre a avaliação pré e pós-
crioterapia, na ACOP e VXCOP. Nas demais 
variáveis analisadas, VYCOP, XAP e YML, não 
foram encontradas diferenças significativas. 
 
Tabela 1: Dados referentes ao equilíbrio estático 
bipodal nas condições pré e pós-
crioterapia (médias ± DP). 
 
Apoio Bipodal 
Variáveis Pré-Crioterapia Pós-Crioterapia 
ACOP (mm2) 41,61 ± 19,46 57,59 ± 37,92 * 
VXCOP (mm/s) 4,05 ± 1,12 4,67 ± 1,30 * 
VYCOP (mm/s) 3,99 ± 0,95 4,59 ± 1,40 
XAP (mm) 4,15 ± 3,18 4,47 ± 1,71 
YML (mm) 3,22 ± 1,69 3,14 ± 1,26 
* Diferenças estatisticamente significativas entre as 
condições pré e pós-crioterapia (p<0,05). 
 
Na condição bipodal, observou-se um 
aumento de 38,40% na ACOP após a aplicação da 
crioterapia (Figura 1) e de 15,31% e 15,04% na 
VXCOP e VYCOP, respectivamente. Para XAP, 
 
observou-se um aumento de 7,71% e uma redução 
de 2,49% para a XML. 
 
-10
0
10
20
30
40
ACOP VXCOP VYCOP XAP YML
(%
)
Bipodal
Unipodal
 
Figura 1 - Diferenças em percentuais entre a 
condição pré e pós-crioterapia. 
 
Com relação aos dados da avaliação do 
equilíbrio estático unipodal direito, foram 
encontradas diferenças significativas entre as 
condições pré e pós-crioterapia na ACOP, VYCOP 
e XAP. Para as outras variáveis analisadas, 
VXCOP e YML, não foram encontradas diferenças 
significativas para a condição unipodal direita 
(Tabela 2). Para a condição unipodal direita, 
verificou-se um aumento de 21,57% na ACOP, 
13,37% para XAP, 7,69% para YML. Foi 
observada também diminuição na VXCOP de 
1,27% e na VYCOP de 7,29% (Figura 1). 
 
Tabela 2: Dados referentes ao equilíbrio estático 
unipodal nas condições pré e pós-
crioterapia (médias ± DP). 
 
Apoio Unipodal Direito 
Variáveis Pré-Crioterapia Pós-Crioterapia 
ACOP (mm2) 77,59 ± 29,56 94,33 ± 35,70 * 
VXCOP (mm/s) 11,06 ± 2,60 10,92 ± 2,09 
VYCOP (mm/s) 11,94 ± 1,89 11,07 ± 1,79 * 
XAP (mm) 5,46 ± 1,32 6,19 ± 1,72 * 
YML (mm) 3,38 ± 1,00 3,64 ± 1,08 
* Diferenças estatisticamente significativas entre a 
avaliação pré e pós-crioterapia (p<0,05). 
 
DISCUSSÃO 
 
Analisando os dados referentes à avaliação 
do equilíbrio estático bipodal e unipodal direito, 
nas condições pré e pós-crioterapia, verificou-se 
que, após a aplicação da crioterapia, os indivíduos 
apresentaram alterações significativas no controle 
do equilíbrio. Esses resultados estão de acordo com 
os obtidos por Weimar; Campbell [9], que 
encontraram resultados significativos quanto à 
diminuição do equilíbrio unipodal de sujeitos 
saudáveis, após a utilização de 20 minutos de gelo. 
O estudo sugere a contra-indicação do retorno 
imediato à atividade logo após a utilização do gelo 
no tornozelo. 
Hopper et al. [11], Uchio et al. [6], Atnip; 
McCrory [12] e Dover; Powers [13] 
correlacionaram a aplicação da crioterapia em 
relação à propriocepção articular, variáveis 
também importantes para o controle do equilíbrio. 
Hopper et al. [11] constataram que a crioterapia 
(15 min de imersão) não prejudica a propriocepção 
e a amplitude de inversão do tornozelo e, também, 
que não tem efeitos no padrão cinemático do 
movimento e na velocidade angular [12]. Portanto, 
aprovam a utilização do gelo antes da prática 
esportiva sem o aumento dos riscos de lesões [11, 
12]. Por outro lado, Weimar; Campbell [9] 
salientam que como a aplicação de gelo causa uma 
diminuição na sensação, bem como mudanças na 
propriocepção em certos tipos de movimentos de 
tornozelo, como na inversão/eversão, pode 
provocar uma diminuição no equilíbrio. Estando de 
acordo com os resultados deste estudo. Destaca-se 
também que a aplicação da crioterapia, durante 15 
min, na articulação do joelho, provoca um aumento 
da rigidez articular e diminuição da sensibilidade 
de percepção de posição, demonstrando que 
 
programas terapêuticos que envolvam exercícios 
imediatamente depois de um período de crioterapia 
poderiam ser contra-indicados [6]. 
Com relação à resposta de latência da 
ativação muscular, observa-se que a crioterapia na 
articulação, independentemente do esfriamento do 
músculo, não produz nenhum déficit na resposta de 
latência dos fibulares longos [20]. Assim, os 
autores consideram que é seguro o uso da 
crioterapia como uma intervenção em termos da 
resposta de latência. Além disso, a crioterapia na 
articulação pode prover um aumento da atividade 
dos fibulares longos durante o período pós-
crioterapia (30 minutos após a aplicação). 
Tremblay et al. [3], Kimura et al. [21], 
Rubley et al. [22] e Hatzel; Kaminski [23] 
pesquisaram a influência da crioterapia em relação 
à capacidade de contração muscular normal. 
Tremblay et al. [3] destacam que, após aplicação 
de gelo na coxa, durante 20 min, os mecanismos 
sensoriais básicos da percepção de posição do 
membro e as sensações de força permaneceram 
operacionais, sugerindo que o desempenho motor 
não é afetado. Sendo assim, um retorno rápido à 
prática de atividades depois da terapia com gelo 
pode não ser necessariamente prejudicial ao atleta. 
Porém, os mesmos autores destacam que outros 
componentes do desempenho motor, como a força 
e a flexibilidade, poderiam ser afetados pela 
crioterapia e que os profissionais da saúde devem 
avaliar as condições e as circunstâncias, antes de 
devolver um atleta à atividade. 
Os resultados de Kimura et al. [21] indicam 
que a crioterapia (30 min por imersão da perna) 
não afeta significativamente o pico de torque 
isométrico excêntrico, mas aumenta a resistência 
muscular. Assim, o atleta pode recorrer aos efeitos 
benéficos da crioterapia, como redução de dor, 
vasoconstrição e controle do edema, sem 
comprometer a produção de força excêntrica ou 
resistência [21]. 
Diferentemente do observado para a força 
isométrica excêntrica, para a força isométrica 
concêntrica dos dorsiflexores do tornozelo, 
verificou-se uma diminuição significativa após a 
crioterapia (20 min de imersão), mostrando que os 
atletas devem tomar precauçõesao retornarem as 
competições imediatamente após a aplicação da 
crioterapia [23]. 
Para testes de desempenho funcional, Cross 
et al. [9] encontraram diferenças significativas nos 
testes Shuttle run e single-leg vertical jump, na 
comparação pré e pós-crioterapia por 20 min 
(imersão da perna). Para o 6-m hop test não foram 
encontradas diferenças significativas. Por outro 
lado, Evans et al. [24] não encontraram diferenças 
significativas para os testes de agilidade 
(cocontraction test, carioca test, shuttle run) com 
a aplicação da crioterapia (20 min de imersão do 
tornozelo), o que demonstra divergências, entre os 
estudos, quanto à indicação do exercício após a 
utilização do gelo. 
A análise do equilíbrio estático mostrou que 
a crioterapia por imersão do tornozelo influencia 
significativamente as variáveis relacionadas ao 
centro de pressão, tanto para o teste unipodal 
quanto para o teste bipodal. Observa-se também 
que a crioterapia pode provocar aumento da rigidez 
articular e diminuição da sensibilidade de 
percepção de posição [6], alterações na força 
isométrica concêntrica dos dorsiflexores [23], nos 
componentes do desempenho motor, como a força 
e a flexibilidade [3], e nos testes de desempenho 
funcional [9]. Deste modo, sugere-se que a 
aplicação do gelo altera, de forma significativa, 
variáveis importantes para a manutenção do 
 
equilíbrio estático e dinâmico e que a prática 
esportiva ou cinesioterápica logo após a aplicação 
da crioterapia pode aumentar a probabilidade de 
ocorrências de lesões músculo-esqueléticas. 
 
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E-mail: danielfisioterapeuta@terra.com.br 
manfio6@hotmail.com

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