Buscar

APOSTILA DIRETA COM LINGUAGEM SIMPLES PARA ESTUDOS DA MATÉRIA DE FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
Luciano Rogério Bueno Júnior, RU 1154572
Licenciatura em Matemática
APOSTILA DIRETA COM LINGUAGEM SIMPLES PARA ESTUDOS DA MATÉRIA DE FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
CARMO DO RIO CLARO MG
NOVEMBRO/2015
SUMÁRIO SIMPLIFICADO
AULA I – A FILOSOFIA E A BUSCA DA VERDADE	 	 		 
AULA II – NATURALISMO	
AULA III – POSITIVISMO
AULA IV – MATERIALISMO DIALÉTICO
AULA V – FENOMENOLOGIA, O EXISTENCIALISMO E ESTRUTURALISMO
AULA VI – PRAGMATISMO E A FILOSOFIA ANALÍTICA
POR SE TRATAR DE UM TRABALHO COM INTUITO DE FACILITAR OS NOSSOS ESTUDOS PODE OCORRER ALGUMAS REPETIÇÕES DE FRASES E PARÁGRAFOS COMO FORMA DE REFORÇAR NOSSO ENTENDIMENTO.
VAMOS AO QUE INTERESSA...
AULA I - 
A FILOSOFIA E A BUSCA DA VERDADE. (REFLEXÃO SOBRE ALGO).
	Antes de começarmos torna-se importante entendermos que devemos tomar cuidado com alguns equívocos em relação a nossa sociedade. Sociedade esta que valoriza muito mais as atividades práticas do que as intelectuais, por exemplo: se perguntarmos a um estudante o que ele está fazendo da vida, mediante a alguma atividade de trabalho, é provável que ele responda: - NADA, eu SÓ estudo. Outro exemplo que temos em relação a essa ideia de superioridade da prática que pode acontecer no nosso dia a dia é a seguinte: se você está no seu quarto estudando e sua mãe está lavando a calçada do lado de fora da casa, pode ser que ela te chame dizendo - “fulano” já que você não está fazendo NADA mesmo, me traga um balde de água.
	O intuito, porém, não é somente valorizar as atividades intelectuais e menosprezar as atividades práticas, nem vice versa, mas mostrar a importância de ambas trabalhando juntas. 
	A Filosofia surgiu como uma ruptura as explicações mitológicas (explicações prontas baseadas em histórias e mitos), dando espaço ao pensamento racional.
	Mas você sabe o que é filosofia?
	Filosofia é a reflexão sobre algo, atitude de questionamento da realidade com o intuito de compreender e explicar às questões referentes à vida e ao conhecimento do ser humano. Faz parte da natureza humana querer entender o que e o porque das coisas e, a filosofia é a chave para a explicação e A BUSCA DA VERDADE.
	O que, porque, para quem, por quem, de onde veio, para onde vai, porque o certo é certo e o errado é errado? Isso é a filosofia.
	Já o filósofo é basicamente um curioso, pois quer descobrir e saber o porquê das coisas. 
	A filosofia surgiu como um primeiro pensamento racional para a explicação da realidade. Antes disso as pessoas apenas aceitavam a realidade sem questionar o porquê e de onde vinham as respostas da vida. O homem queria se “entender” no mundo, estes procuravam as ideias para explicar a realidade.
NA GRECIA ANTIGA
OS SOFISTAS diziam que a verdade total e um pleno conhecimento não existiam, deveríamos, portanto, seguir as opiniões e ideias pré-estabelecidas de mundo e da vida. VERDADE MÚLTIPLA.
SÓCRATES, porém, indo ao inverso deste pensamento, dizia que podemos sim encontrar a verdade, mesmo que não absoluta. Deveríamos, portanto, seguir a razão.
PLATÃO por sua vez, trouxe a questão da ALMA como o elemento principal e o corpo como prisão da alma, para ele a alma conhece e procura sempre o bem, porém, o corpo carnal vive em constante guerra contra a alma, procurando sempre o mal. Platão também diferenciou os seres em duas ordens: as IDEIAS e as COISAS, sendo as “coisas” tudo aquilo que podemos ver, sentir, tocar, cheirar e que estão sempre em mudança, por exemplo: o que é jovem hoje estará velho amanhã. Já as “ideias” estavam vinculadas a alma, seriam eternas e nos permitiriam o conhecimento, por exemplo: a diferenciação entre bem e mal, quente e frio, etc. Às “ideias”, por serem eternas, seriam superiores as “coisas”. Platão ainda levantou a ideia de um mundo superior, onde habitam as ideias, um mundo das almas, como o que entendemos como o céu.
ARISTÓTELES baseava-se muito em Platão, num primeiro momento ele também acreditava nas questões de corpo e de alma e também colocava a alma como superior ao corpo, porém, ao contrário de Platão, ele não via a alma e o corpo como “rivais”, pelo contrário, para ele um dependia do outro para se satisfazerem. Aristóteles também não acreditava em um mundo superior das ideias (um céu), mas para ele as ideias seriam tudo aquilo que permanece eternamente, mesmo com as mudanças, por exemplo: Joana, Maria, José, Marcos, estes nomes seriam as “coisas”, pois mudam de pessoas para pessoas, mas já as próprias pessoas são as ideias, pois todas as pessoas, por mais diferentes que sejam, sempre serão pessoas.
	
	PENSAMENTO GREGO ANTIGO: O que é o homem? Como este se constitui? 
	Intuito de compreender a questão da ética, ou seja, como se comportar e como se organizar política e socialmente no mundo.
	Para a Filosofia Grega Antiga a “razão” é o que de mais nobre há em nós, pois é o que distingue o ser humano dos animais, é por meio da razão que alcançamos a verdade.
	PENSAMENTO MEDIEVAL: O que é Deus? Como se constitui? O que é a alma? Como ir para o céu? 							Surgimento do cristianismo, ideias fundamentadas na religião.
	Para a Filosofia Medieval (Cristianismo) a verdade não é “algo”, mas “alguém”: DEUS. Deus é a verdade e tudo está nele, só podemos obter a verdade absoluta por meio da fé, porém, somos constantemente atrapalhados pelos desejos carnais, somos seres pecadores e os pecados nos impedem de chegar a Deus (verdade absoluta).
	
	FILOSOFIA MODERNA (RENASCIMENTO): O que é a natureza? Como interfere no desenvolvimento humano? Como se constitui?				 O homem com o intuito de conhecer a si mesmo e a sua importância frente ao mundo, à natureza, à realidade. Enfraquecimento dos pensamentos voltados à religião e um RENASCIMENTO das ideias mais iniciais da filosofia racional.
	A Filosofia Moderna apareceu como forma de recuperar a ideia de que o conhecimento e a verdade, absoluta ou não, se dá pela “razão”.
ALGUNS PENSAMENTOS DO RENASCENTISMO:
EMPIRÍSMO: Procurava definir o conhecimento como resultado das nossas experiências. Nascemos como uma tábula rasa, como uma folha de papel em branco e com o passar do tempo, devido as experiências e conflitos da vida vamos aprendendo e adquirindo conhecimento e de certa forma preenchendo essa folha de papel em branco.
RACIONALISMO: O conhecimento parte de uma “base” racional, parte da razão. Deduzo para testar na realidade. (O conhecimento já existe, cabe ao homem deduzir, aprender algo já pronto).
FILOSOFIA KANTIANA: Immanuel Kant propôs o conhecimento como construção do ser humano. O conhecimento surge com a junção da experiência (EMPIRÍSMO), com a dedução (RACIONALISMO). É uma relação entre experiência e razão. O conhecimento é construído, porém, baseado na razão.
INFLUÊNCIA E RELAÇÃO DA FILOSOFIA COM A EDUCAÇÃO
 
PLATÃO: DOXA - (Senso Comum, uma opinião popular);
	 EPISTEMÉ - (Conhecimento fundamentado, construído).
	A educação não pode ser DOXA, mas sempre EPISTEMÉ.	
IDADE MÉDIA: Verdade por autoridade;
	Ou seja, ideia de um aluno passivo, não participativo, aquele que simplesmente recebia, entendia algo já definido, não havia um interesse de questionamento nem de tentativa de mudar algo. (Falta de criatividade). DOXA.
RENASCIMENTO: Conhecimento é o entendimento entre sujeito e objeto. 
	
AULA II
NATURALISMO (Período Moderno - Séc. XVII - XVIII)
	O Naturalismo propunha um retorno a nossa verdade “essência”, entendendo que a civilização que construímos é um mundo artificial, bem como a origem dos males morais e até mesmo físicos.
	Neste pensamento havia duas distinções básicas:
NATUREZA: As criações naturais, algo que não foi construído pelos homens, por exemplo: Raio, sol, chuva, o próprio homem, etc.
CIVILIZAÇÃO: Todas as criações dos homens, geralmente para facilitar a forma de vivermos. Os naturalistas viam essa civilização negativamente.
	Portanto, neste momento o homem era dividido em duas (2) personalidades: Naturale Civil.
	O homem em meio à civilização (sociedade) é diferente da sua própria natureza.
	A civilização é um mundo artificial, por isso, não natural. Construído pelos homens com o intuito de impor suas próprias regras.
	Um dos objetivos do NATURALISMO é compreender essas regras, porque essas e não outras? De onde surgiram? Para que?
	Neste período surgiu a teoria do ILUMINISMO;
ILUMINISMO: Liberdade humana. Tipo de pensamento do período do século XVIII pertencente ao NATURALISMO. O intuito era trazer o esclarecimento das perguntas citadas acima. Para o ILUMINISMO o homem para ser de fato homem precisa compreender essas regras a partir das conclusões próprias. Para o ILUMINISMO o homem precisava ser livre, não dependendo de um estado para impor as regras, mas seguindo suas próprias ideias e regras dentro dos limites sociais, ou seja, o ESTADO estabeleceria apenas leis BASES para manter a ORDEM e garantir a LIBERDADE.
	Compreendia que tudo que se explicasse deveria ser baseado na razão, caso contrário, se tornava algo mítico, fantasioso, equivocado.
	O homem como NATURAL possui suas próprias restrições, como “animais”.
	Vale Lembrar que neste período era predominante o ABSOLUTISMO;
ABSOLUTISMO: O rei mandava em tudo e fazia o que queria. Se um rei quisesse prender alguém só pelo fato de não gostar de uma pessoa ele poderia, as leis neste período, portanto, serviam para controlar os homens, estes por sua vez, tinham a obrigação de apenas serem súditos e servirem ao rei. 
	Mas surgiram pensadores como Voltaire e Rousseau;
VOLTAIRE: Foi um crítico do ABSOLUTISMO. Ele defendia a tolerância religiosa e social, para ele cada um poderia ter a opinião religiosa e social que quisessem, mas vale lembrar que naquele período este tipo de pensamento era inaceitável. Todos deviriam seguir uma única religião, a do rei. Mas não só na religião, em todos os outros quesitos sociais ele defendia esta ideia de tolerância, ou seja, não preciso concordar com sua opinião, mas devo aceitá-la e respeitá-la como seu pensamento.
	“Posso não concordar com o que você diz, mas morrerei defendendo sua liberdade de dizer” Voltaire.
ROUSSEAU: Dizia que o homem era natural e feliz até o momento em que surgiu a questão da propriedade privada, ou seja, tudo era de todos, a natureza humana era compartilhável, até o momento em que alguém disse: - essa árvore é minha e ninguém comerá desses frutos, partindo daí, por certo começaram as trocas entre as pessoas por propriedades: - deixe-me comer o fruto dessa sua árvore que os frutos da minha serão seus - eis a civilização.
	Rousseau via o homem como falso (se me aproximo de você, ganho sua amizade, na maioria das vezes não é por afinidade ou porque temos as mesmas ideias, mas pelo fato de que posso usufruir dos seus bens , ou porque você pode me ajudar política e socialmente, ou seja, se o funcionário de alguma forma conquista seu superior é pelo fato de que quer ser promovido e não por amizade ou carinho).
	Com relação à educação ambos os autores defendiam uma ideia de liberdade de pensamento do aluno, ou seja, naquela época o estudo era sistematizado, padronizado, com o intuito de formar homens passivos para seguir as regras do ABSOLUTISMO, eles criticavam essa ideia. O ideal seria acabar com essas restrições do pensamento/conhecimento.
	A principal ideia do NATURALISMO em relação à educação era a ideia de que o estudo “formal”, aquele “padronizado”, só servia de restrição de conhecimentos novos, portanto era inútil e deveria ser evitada, promovendo uma educação de liberdade de pensamentos.	
	As atividades deveriam ser pautadas nas experiências.
	Neste momento a criança deixou de ser vista como um adulto pequeno e passou a ser vista como um ser em desenvolvimento.
	Portanto, vimos que o NATURALISMO é uma corrente filosófica que enfatiza uma diferença essencial entre dois domínios, o da NATUREZA e o da CIVILIZAÇÃO, entendendo o segundo como uma degeneração do primeiro.
	Quanto mais nos adentramos em um mundo de civilização, de regras, leis e padrões pré-estabelecidos, mais perdemos a nossa essência de humanidade e a nossa liberdade para o estado.
AULA III
POSITIVISMO (Séc. XIX - Inspirado no Iluminismo unindo com a Revolução Industrial)
	Valorizam igualmente a “razão” e o “progresso da humanidade”.
	Primeiro Pensador do Positivismo: Augusto Comte.
	POSITIVISMO do Grego POSITUS = FATOS.
	O POSITIVISMO entendia que só podemos considerar algo como conhecimento através de FATOS.
	Baseado na “ciência”, “razão” (características óbvias do período moderno).
ILUMINISMO: Compreendia que tudo que se explicasse deveria ser baseado na razão, caso contrário, se tornava algo mítico, fantasioso, equivocado.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: Busca do homem pela liberdade, motivado pelo raciocínio, pela razão, tentando acabar com a intolerância. Busca pela liberdade em todos os sentidos. Liberdade, trabalho, liberdade, razão, liberdade, ciência, liberdade, evolução, liberdade.
	Neste momento do POSITIVISMO, portanto, houve um grande desenvolvimento da “técnica”, pois este era um dos intuitos principais do POSITIVISMO. 
	O homem queria usar a natureza e o mundo ao seu favor. Surgiram as máquinas a vapor e tantas outras “evoluções” naquela época.
	Surgimento da primeira “escola técnica” (A Escola Politécnica).
	Portanto, podemos dizer que o POSITIVISMO é basicamente o “otimismo” em torno da ciência e da técnica? Exatamente.
	O POSITIVISMO procurou também entender a sociedade e a lógica das mudanças sociais, a sociedade neste período se encontra em um constante desenvolvimento.
NASCIMENTO DA SOCIOLOGIA
	Pelo fato de que algumas perguntas e reflexões voltadas a sociedade como, o que é e como se organizavam as sociedades? Como acontecem as alterações nessas mesmas sociedades? Entre outras perguntas, nasce uma nova ciência, a SOCIOLOGIA, nomeada por Comte como Física Social.
	SOCIOLOGIA = CIÊNCIA SOCIAL.
	Segundo August Comte, as sociedades humanas estão em contínuo processo de evolução, no qual elas passam necessariamente por três (3) estágios: TEOLÓGICO, METAFÍSICO e POSITIVO.
TEOLÓGICO: Neste período todas as explicações sobre o mundo e a vida eram baseadas em histórias e figuras mitológicas (divindade).
METAFÍSICO: Nesse segundo estágio temos que: META = além, FÍSICO = neste sentido, referente às “coisas” físicas, o mundo. Portanto, metafísico buscava algo além do físico, um ser superior, criador do mundo e dos seres viventes (DEUS), como forma de explicar a realidade. (As histórias mitológicas diminuíram, agora era atribuído geralmente a um único Deus e não a vários como no estágio anterior).
POSITIVO: Dessa vez os fatos e a razão passam a dar as respostas e explicações sobre o mundo, à vida e a natureza. Se antes a resposta para o porquê da chuva era pela vontade de Deus, agora passa a ser porque ocorre a precipitação, etc. Claro que como Positivista August Comte defendia que esse seria o estágio mais significativo da humanidade, onde as sociedades mais evoluiriam. 
	August Comte dizia que além desses estágios ocorrerem durante os vários períodos da humanidade, ele também ocorre em cada um de nós ao longo da nossa vida, seguindo a ordem:
Criancice = Teológico. - O fato de acreditar em Papai Noel se enquadra neste estágio.
Adolescência = Metafísico. Evoluímos nosso pensamento, deixamos de acreditar em coisas como “Papai Noel” e “Fadas do Dente”, mas nossa explicação sobre o mundo e a vida ainda se dá por um ser superior.
Adultos = Positivo. O homem adulto, já com a consciência formada, dá espaço à razão e a ciência como forma de explicar a realidade.
	Lembramos que August Comte foi o filósofo mais importante dentro do POSITIVISMO, mas temos entre outros, pensadores como: Herbert Spencer e Émile Durkheim.
HERBERT SPENCER: Assumidamente contra as escolas públicas, Spencer estabeleceu a união entre o POSITIVISMO e o DARWINISMO, o que isso que dizer? Quanto mais “virtudes”, “disposições”, “habilidades” e “capacidades” possui um indivíduo, mais ele se sobressai frente àsociedade.
	Portanto, Spencer entendia que o papel da escola era: 
	Promover a COMPETIÇÃO para aprimorar o aprendizado, por exemplo: se uma escola compete com outra escola, logo passaram a procurar e desejar os melhores professores, os melhores métodos, conteúdos, etc.
	O aprendizado voltado à adaptação do indivíduo, ou seja, o conhecimento só era valido se servisse como uma ferramenta para o aluno se sobressair dos demais.
	Lembrando que agora a ideia era formar trabalhadores, um bom operário.
ÉMILE DURKHEIM: Fundador do FUNCIONALISMO.
	“A sociedade é mais do que a soma dos indivíduos”. Durkheim.
	Com essa frase percebemos que esse defensor do positivismo entendia que era mais importante entender o mundo, a natureza, as “coisas”, do que o próprio ser humano.
	Durkheim dizia que as convicções (ideias do mundo) do indivíduo dependem do contexto social de convívio deste mesmo ser. Daí a importância da educação.
	Quer entender o indivíduo? Entenda antes a sociedade em que ele está inserido.
	Portanto a educação era pautada na competição, reduzida à transmissão, ou seja, o indivíduo não produz o conhecimento, mas aprende o que já está pronto. (O aluno não precisava aprender como fabricar uma máquina, mas era seu dever aprender manuseá-la). 
	Tecnicismo: O importante era o conhecimento técnico. 
	Aqui surgi a HIERARQUIA das disciplinas: + Matemática (técnica) e - História (literatura), porque você acha que até hoje temos mais aulas de Matemática do que de História nas escolas? Herança do POSITIVISMO.
	Em síntese, o POSITIVÍSMO é:
	O conhecimento baseado nos fatos, algo concreto, prático.
	O POSITIVISMO deu origem a SOCIOLOGIA, devido à característica do estudo da sociedade.
	Ciência com duplo aspecto: ESTÁTICA E DINÂMICA;
ESTÁTICA: Ordem
DINÂMICA: Progresso
Daí a frase da bandeira do Brasil (Ordem é/e Progresso),
	Educação Tecnicista.	
AULA IV
MATERIALISMO DIALÉTICO (Séc. XIX, até então Capitalismo)
	Pensadores desta linha de pensamento: Hegel, Marx e Engels, também visando o desenvolvimento industrial.
	“Todo racional é real, todo real é racional” Hegel.
	DIALÉTICA: Neste contexto significa ideias em constante movimento. Método de análise. Nesse método, o movimento do pensamento era concebido a partir do choque de ideias contraditórias. Tudo está em constante mudança, em movimento, ou seja, o dia se torna noite, mas volta a ser dia.
	Hegel disse que essas mudanças só são possíveis através da seguinte forma: A TRÍADE DIALÉTICA;
	TRÍADE DIALÉTICA se divide em TESE, ANTÍTESE E SÍNTESE, veja:
TESE: Você toma uma ideia e confronta com o contrário até então correto;
ANTÍTESE: Pode aparecer estranho se você disser que a luz nos ajuda a dormir, pois é o contrário do ideal formulado pela humanidade, porém, se você propuser ideias válidas que comprovem seu pensamento é o início de uma mudança de ideias pré-estabelecidas. (Quando conseguimos confrontar a tese com a negação dela).
SÍNTESE: Agora passa-se a acreditar que dormir com o contato com a luz é o ideal. (União de TESE e ANTÍTESE).
	Tenho uma ideia sobre a vida já formulada (TESE), suponhamos que a sua ideia sobre esse fenômeno da vida seja diferente da minha (ANTÍTESE), após debatermos sobre o assunto pode ser que eu mude algumas das minhas opiniões, mesmo que agora não seja totalmente igual o seu pensamento, mas o aprimoramento da minha ideia com algumas características da sua, surgindo uma nova ideia (SÍNTESE).
	Esta relação se torna um ciclo, portanto, nenhum pensamento é 100% concreto, mas está em constante mudança. (Eis a DIALÉTICA).
	Hegel entendia que o pensamento e a realidade são os mesmo. Tudo o que acontece no mundo, tudo o que há hoje e todas as mudanças, passam primeiro pelo pensamento para depois se tornarem realidade.
	Já Marx e Engels pensavam o oposto, dizendo que a realidade primordial é a matéria, e o pensamento é uma consequência dela, porém, concordavam que se deve interpretar a realidade dialeticamente.
	Assim, pautados no MATERIALISMO e apoiando a DIALÉTICA dava-se início ao MATERIALÍSMO DIALÉTICO;
MATERIALISMO DIALÉTICO: No período do CAPITALISMO houve uma enorme migração da população rural para a urbanização, assim, aconteceu que aumentou drasticamente a concorrência por empregos, promovendo uma desvalorização da classe operária, pois os “chefes”, “donos das empresas”, passaram a procurar a mão de obra qualificada, porém, barata. Devido a essa exploração dos trabalhadores se deu a revolução industrial, o consolidamento da sociologia, com isso, sociólogos e filósofos como Marx e Engels propuseram uma nova teoria, o MATERIALISMO DIALÉTICO, com o intuito de entender as consequências dessa revolução, entender como continuar evoluindo, porém, valorizando mais os trabalhadores. EVOLUÇÃO COM VALORIZAÇÃO.
A CRÍTICA DE MARX E ENGELS AO CAPITALISMO: Criticavam a exploração fora do controle do CAPITALISMO para com os trabalhadores, estes por sua vez trabalhavam até 18 horas diárias nas indústrias com folgas injustas, promovendo um lucro maior aos empregadores, pois na maioria das vezes não se pagava as horas extras, ocorrendo o problema da MAIS-VALIA.
A MAIS-VALIA: Segundo Marx, era quando o trabalhador recebia menos do que havia trabalhado, promovendo mais lucro injusto ao empregador.
LUCRO: Neste sentido, a diferença entre o gasto com o trabalhador e o valor do produto vendido.
	Infelizmente os trabalhadores nada podiam fazer, pois os patrões insinuavam que se não estivessem satisfeitos haviam muitos desempregados a procura de emprego. 
	Marx levantou também a ideia da divisão de classes antagônicas, o que é isso? Sempre quando relacionamos produção, formas de sustento e trabalho, devemos entender que existem duas classes distantes, os que produzem e os que mandam, por exemplo: no período escravista (síntese) se dividiam em escravos (tese) e senhores (antítese), no feudalismo (síntese) em servos (teses) e senhores feudais (antítese) e no capitalismo (síntese) em proletários (tese) e burgueses (antítese).
	Assim, Marx disse que a exploração da produção depende de ideologias para a alienação da produção, ou seja, dentro dessas classes antagônicas temos os dominados (quem produz) em uma maioria e os dominantes (quem manda) em uma minoria, mas como pode tão poucos dominarem essa maioria? Simples, aqui temos a questão da IDEOLOGIA, ou seja, a classe dominante cria ideias que de certa forma são aceitas pela classe dominada e através dessas ideologias a classe dominante faz com que a classe dominada veja a exploração como algo comum, sem fazer nada para mudar isso.
	Com isso chegamos a ALIENAÇÃO, o que é isso? É quando simplesmente acreditamos no que o outro diz e não fazemos questão de tentar entender o porquê, simplesmente aceitamos, ou seja, se sou dominado é porque é para ser assim. Isso parte de IDEOLOGIAS que os dominantes implantam na sociedade dominada.
	Assim, uma das ideias principais de Marx é a CONTRA-IDEOLOGIA, e o que é isso também? É uma das partes fundamentais do pensamento do MATERIALISMO DIALÉTICO, que dizia que a escola possui um papel fundamental para a construção da sociedade, pois é nas escolas que formamos novas ideologias, aniquilando as anteriores, assim, a escola deve promover no aluno um pensamento otimista e fazê-lo acreditar que ele não precisa ser sempre o dominado e afligido, mas pode também construir mudanças em sua vida formando suas próprias ideologias e quem sabe, se tornar dominante, dono do seu próprio negócio. Assim, concluímos IDEOLOGIA E ALIENAÇÃO:
IDEOLOGIA: Ideia estabelecida pelos dominantes burgueses para manter suas posições sociais, fazendo os dominados, proletários, acreditarem que essa divisão social faz parte da própria vida não fazendo nada para mudarem a situação, apenas seguindo as ideologias propostas;
ALIENAÇÃO: É o resultado das ideologias, é quando aceitamos o que o dominante diz e deixamos ser dominados. Aceitação das ideologias impostas.
	Das ideologias surgem as alienações e dessas surgem o fenômeno denominado por Marx e Engelscomo COISIFICAÇÃO DO HOMEM, vamos entender o que é isso?
COISIFICAÇÃO DO HOMEM: O homem proletário visto apenas como máquina de trabalho, útil apenas para produzir, estando sujeito a ser explorado pelos burgueses dominantes.
	Em um primeiro momento entendemos a ideologia como um aspecto negativo, porém, ao relacionarmos este pensamento com a educação entendemos que só assim podemos transformar a realidade, ou seja, o papel fundamental da escola é transformar essas ideologias negativas em positivas, permitindo assim que o aluno acredite no seu potencial, não se limitando apenas ao serviço proletariado, mas crendo que pode alcançar um status maior na sociedade. EVITAR A DOXA DE PLATÃO.
	Marx criticava uma divisão que ele chamava de dois mundos, aquela já citada de quem trabalha e quem manda, quem pensa e quem executa, para ele enquanto existir a divisão entre quem pensa e quem executa, sempre haverá as desigualdades, com esse pensamento dava-se início aos pensamentos comunistas, pois o comunismo se firma em dizer que uma sociedade ideal seria sem divisão de classes.
	Assim, outro papel fundamental da escola seria reintegrar esses dois (2) mundos, mas se pararmos para pensar, essa divisão existe até hoje, mesmo porque existem uma valorização maior das escolas particulares em relação ao ensino público.
	Lembramos que naquela época o trabalho infantil era normal, porém, Marx denunciava a “exploração” deste trabalho infantil, propondo que o aluno deveria sim trabalhar, porém, a primeira preocupação do estudante deveria ser a escola e os estudos e o trabalho como um segundo pensamento.
	Para Karl Marx a religião não deveria fazer parte do contexto escolar, pois, segundo ele a religião servia para manter as ideologias atuais da época.
	Portanto, qual deveria ser a “base” da educação? O meio social do aluno.
	O qual o papel do professor? Este é a figura fundamental para abrir os olhos dos alunos em relação ao dualismo existente no mundo (dois mundos), contrariando esta ideia.
AULA V
	Otimismo.			Otimismo.		 Pessimismo.
A FENOMENOLOGIA, O EXISTENCIALISMO E O ESTRUTURALISMO. 
(Séc. XX - Filosofia Contemporânea)
	O POSITIVISMO enfraqueceu a Filosofia ao afirmar que só temos uma resposta viável se partirmos dos fatos, indo contra os pensamentos “românticos” da Filosofia, assim, quem ganhou força e se tornou uma área própria de investigação foi a Psicologia, criando uma certa rivalidade com a Filosofia, pois a Psicologia procurava explicar o conhecimento através de fatos, empíricos e/ou experimentais, dizendo ainda que cada mente interpreta algo de seu jeito individualmente, ou seja, a forma com que eu identifico uma simples maçã é diferente do seu jeito de identificá-la 
	A Psicologia afirmava que como cada ser possui um pensamento diferente do outro e jamais idêntico, temos que é impossível chegarmos a um conhecimento pleno e objetivo do mundo e da vida. Essa Psicologia via o homem como ser passivo, que apenas recebe do ambiente o seus conhecimentos através dos fatos do dia a dia de cada um.
	Em defesa da Filosofia, mas ainda com características da Psicologia, temos o pensamento de Husserl, denominado de FENOMENOLOGIA.
FENOMENOLOGIA: O objeto não é aquilo exatamente, mas o que enxergamos dele, minha visão de uma Maçã é diferente da sua. Porém, ao contrário da Psicologia ele entendia que o conhecimento não pode ser desvinculado do sujeito, o homem não pode ser um ser passivo frente à realidade, ao contrário, o indivíduo deve buscar o conhecimento que faça sentido a si e, esse conhecimento só fará sentido a partir do contexto social desse indivíduo e de seus interesses próprios, ou seja, se estudo Matemática é pelo fato de que em algum momento fui influenciado e aprendi a gostar de tal conteúdo e foi EU que ESCOLHI e estudar e aprofundar meus conhecimentos nessa matéria.
	Se o indivíduo aprender algo que não é de seu próprio interesse, esse conhecimento se torna irrelevante e sem sentido.
	O sujeito SE define e é livre para aprender o que for de SEU interesse. Ninguém o OBRIGA a nada.
	Partindo dessa corrente de pensamento da FENOMENOLOGIA surgiu outra teoria tendo como mentor Kierkegaard denominada de EXISTENCIALISMO.
EXISTENCIALISMO: Surgiu no século XX em meio a Segunda Guerra Mundial. Após se depararem com essa Guerra Mundialmente Sangrenta, os pensadores da época começaram a se perguntarem o motivo ao qual leva o ser humano a cometer determinadas atitudes, atrocidades.
	Assim, a base do EXISTENCIALISMO dizia que o ser humano é livre para fazer o que quiser e suas atitudes dependem também de sua cultura e contexto social, portanto, por ser um sujeito inteiramente livre para fazer o que quiser a virtude mais significativa do ser humano é a RESPONSABILIDADE, pois ela nos impede de cometer o que é errado e, quem comete o erro é porque não a tal RESPONSABILIDADE.
	Em contrapartida a essa teoria temos a ideia que possui um de seus representantes o famoso francês Foucalt, ele defendia o ESTRUTURALISMO.
ESTRUTURALISMO: A partir de 1960. Não somos totalmente livres e nossas escolhas não partem apenas de nós.
	Tudo o que fazemos possui uma determinada consequência política e social, assim, somos influenciados desde o início pela nossa sociedade cultural e pela escola, assim, a escola serve como “formadora de consciência”, determinando a maneira conforme o sujeita pensa, por isso, as escolhas que fazemos não são bem escolhas próprias.
	Não é loucura dizer que um currículo pré-elaborado pelos governantes é uma forma de controlar o pensamento da sociedade, tornando-nos verdadeiros escravos das nossas atitudes, pois para sobrevivermos devemos “lutar” dia após dia para conseguirmos conquistar o pão de cada dia e se não darmos nossa vida em prol do trabalho perdemo-la para a sociedade mesquinha e interesseira, criada para servir o governo e a evolução.
	Agora que já entendemos o princípio de cada teoria vamos detalha-las um pouco mais:
FENOMENOLOGIA: A Psicologia não dá conta de explicar completamente as bases do conhecimento, pois vê o homem como ser passivo e não como ser ativo, que age sobre o meio.
	A principal característica da nossa mente que nos leva ao conhecimento é o termo denominado pela FENOMENOLOGIA de: INTENCIONALIDADE.
	INTENCIONALIDADE, nesse sentido, significa DIREÇÃO. Nossa consciência sempre determina um caminho, uma rota, uma direção ao conhecimento, assim, nós agimos pela consciência em busca de conhecimento.
	CONHECIMENTO, portanto, não é apenas algo que acontece no sujeito como dizia a Psicologia, mas é o sujeito que faz acontecer.
	É através da CONSCIÊNCIA que obtemos determinada INTENCIONALIDADE e posteriormente o CONHECIMENTO.
EXISTENCIALISMO: Tudo o que não é humano se caracteriza pela sua ESSÊNCIA, é algo já definido. Um cão, mesmo que cresça domesticado e que nunca ouça outro cão a latir, ele aprenderá sozinho a também latir, pois faz parte da sua ESSÊNCIA canina. 
	Se pensarmos aos objetos temos essa mesma linha de pensamento, primeiro existe a ESSÊNCIA e somente depois a EXISTÊNCIA, por exemplo, se pensarmos uma caneta, antes de criada alguém apensou e a formulou em seu pensamento devido à necessidade de se escrever (ESSÊNCIA), para só depois ser criada (EXISTÊNCIA), sendo assim, nada se cria por acaso, toda criação é pensada e analisada conforme nossas necessidades para só depois ser criada.
	Mas o ser humano é exatamente inverso, primeiro existimos, não há uma natureza, uma ESSÊNCIA humana já definida, o homem nasce INdefinido, só depois de existirmos (EXISTÊNCIA) que nos tornamos alguma coisa, com determinada personalidade (ESSÊNCIA).
	Entendemos que o homem com o passar do tempo, através da sua consciência, vai se definindo, ou seja, ninguém nasce professor, mas se torna através das suas escolhas. Temos, portanto, que o homem é livre para se determinar conforme seus princípios e vontades individuais, ao contrário de todo o resto de objetos e seres existentes no mundo que antes possui uma ESSÊNCIA para depois a EXISTÊNCIA. 
	Ainda dentro doEXISTENCIALISMO, Heidegger definiu duas formas de existência do homem, AUTÊNTICA e INAUTÊNTICA, vejamos:
AUTÊNTICA: Quando a pessoa reconhece sua liberdade e sua capacidade de trilhar seus próprios caminhos.
INAUTÊNTICA: Quando esse indivíduo se aceita como uma determinada cultura o determina, ou seja, quando a pessoa diz: - Eu sou assim e não vou mudar, toda minha família foi dessa forma e continuarei a ser assim também.
	Sartre levanta outra questão ao citar a seguinte frase:
	“O inferno são os outros” Sartre.
	Sartre queria dizer com essa frase que quando fazemos escolhas erradas na vida procuramos sempre colocar a culpa em outra pessoa, ou seja, se alguém se perde em um mal caminho provavelmente dirá que foi influenciado por alguém, assim, Sartre nos diz que podemos sim sermos influenciados , mas não obrigados, por isso o fato de sermos influenciados não tira de nós a culpa de nossas escolhas erradas. Se colocamos a culpa dos nossos erros em outra pessoa cometemos o que Sartre chamou de MÁ FÉ.
	Outra frase muito importante de Sartre é a seguinte:
	“Somos condenados a sermos livre”. Sartre.
	Ou seja, somo resultados das nossas escolhas e ninguém é culpado por fazermos mal uso da nossa liberdade.
	A própria existência do homem frente à sociedade é definida por suas escolhas.
	Com isso entendemos que se fizermos escolhas erradas ou influenciadas negativamente, podemos ser condenados pelo nosso próprio erro, por exemplo, se escolhermos uma profissão e não chegarmos a lugar nenhum com ela a culpa é nossa e não de quem nos deu apoio para fazermos tal “faculdade”.
ESTRUTURALISMO: Domínio sobre o saber. Achamos que somos livres, mas isso é tolice.
	Somos “escravos” do poder, ou seja, a política, o governo, usa do saber como uma forma de dominar, controlar, a humanidade, implantando ideologias na mente das pessoas, principalmente através das escolas, fazendo-nos acreditar que somos livres para fazer nossas próprias escolhas, mas na verdade somos controlados e definidos por um estado maior.
	Tornamo-nos bonecos, mercadorias e deixamos de sermos ser humanos. As pessoas aprendem desde cedo a classificar os outros, fazendo com que procuremos evoluir para não sermos “menos” do que o outro.
AULA VI
O PRAGMATISMO E A FILOSOFIA ANALÍTICA (Séc. XX - Filosofia Contemporânea e a questão da busca da verdade)
Pragmatismo por John Dewey, Pierce, William James;
Filosofia Analítica por Wittgenstein.
	O que é a verdade?
	Lembramos que segundo a maioria dos filósofos a verdade em si mesma e totalmente completa é inatingível, porém, temos cinco (5) critérios de verdade para atingirmos o máximo possível:
1º CORRENSPONDÊNCIA: Quando aquilo que eu penso corresponde exatamente com a realidade, existe uma ligação, correspondência, entre o pensamento e a realidade.
2º COERÊNCIA: Voltado mais ao discurso. Por exemplo, em um tribunal, se o advogado de defesa possuir um discurso mais coerente em relação a acusação, ele vencerá a causa e seu discurso, por ser mais convincente e coerente, será tido como verdade.
3º AUTORIDADE: Não interessa a relação entre o pensamento com a realidade e nem o discurso, o que importa é a pessoa que faz este discurso, se confio nessa pessoa vou ter o fato como verdade independente das circunstâncias.
4º CONSENSO: A verdade se estabelece através da concordância de um grupo, por um consenso.
5º PRAGMÁTICO: Nunca alcançaremos uma verdade absoluta, mas devemos aceitar e buscar o que nos for útil, algo que nos traga resultado. A verdade é relativa.
PRAGMATISMO: Verdade relativa - conforme o ponto de vista.
	A verdade é mutável (que muda), ou seja, o que é verdade para mim pode não ser para você, ou o que era tido como verdade absoluta em um outro período hoje temos como erro, por exemplo: antigamente se entendia que a terra (tese) era o centro do universo e o sol e todo o resto (antítese) giravam ao redor da terra, hoje aprendemos que na verdade o certo é o contrário (síntese), pois o sol é o centro, assim, o que era verdade antes é tido como errado hoje e uma nova verdade foi inaugurada, até que se prove ao contrário.
	William James: A verdade pode mudar no tempo ou entre pessoas.
	Em relação à educação o Pragmatismo propunha que devemos unir a teoria com a prática e não mais distingui-las, produzindo o entusiasmo no aluno.
	“A meta da vida não é a perfeição, mas o eterno processo de aperfeiçoamento, amadurecimento, refinamento”. John Dewey.
FILOSOFIA ANALÍTICA (LINGUAGEM): A linguagem estabelece a correspondência entre o mundo e o pensamento.
	A linguagem é a expressão do mundo.
	“Os limites do meu mundo são os limites da minha linguagem” Wittgenstein.
	Quanto mais aprimorarmos nossa capacidade comunicativa mais ampliaremos nossa visão do mundo.
	Quanto menos utilizarmos a nossa capacidade de se comunicar mais restrito será o nosso mundo e, por consequência, mais restrito serão os meus conhecimentos.
	O homem se difere dos outros animais pelo fato da linguagem e da comunicação, assim, o homem sem o usa da linguagem não seria capaz de se comunicar com tanta eficácia, portanto, seríamos como qualquer outro animal irracional.
	
 	SEMPRE, SEMPRE, SEMPRE, devemos ensinar uma matéria relacionando com as questões da vida e do contexto social de cada um, unindo a teoria com a prática. 
Até uma próxima oportunidade.
Luciano Rogério Bueno Júnior.

Continue navegando