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Desenvolvimento Humano 04

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Programa de Educação 
Continuada a Distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de 
PSICOMOTRICIDADE E 
DESENVOLVIMENTO HUMANO
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
 
 
 
EAD - Educação a Distância 
 Parceria entre Portal Educação e Sites Associados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
180 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus 
respectivos autores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de 
PSICOMOTRICIDADE E 
DESENVOLVIMENTO HUMANO
 
 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na bibliografia consultada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
181 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus 
respectivos autores 
 
 
IV. Introdução ao Desenvolvimento Humano na fase Adulta Jovem e na 
Terceira Idade 
 
O módulo quatro discorre sobre todos os aspectos da maturidade humana. 
Mas o que é maturidade? 
 Maturidade significa plenitude, ou seja, atingir um nível de desenvolvimento 
em que a pessoa possui plena funcionabilidade e capacidade de execução de seus 
atos, assim como potencial para ir além do planejado. Maturidade é a capacidade de 
tomar uma decisão e mantê-la; os imaturos passam suas vidas explorando 
possibilidades, para, no fim, nada fazerem. 
 Mas, neurologicamente, a maturação é um processo que se inicia quando o 
indivíduo nasce e termina durante a quarta década de vida, ou seja, a mielinização1 
termina aos aproximados quarenta anos de idade, é quando neurologicamente 
pode-se dizer que o indivíduo é um ser maduro. 
 Mas a maturidade possui quatro dimensões, sendo elas: emocional, social, 
física e intelectual. Durante este último módulo, desta Apostila Didática, veremos 
como se desenvolvem as chamadas etapas de plenitude da vida humana. A vida 
adulta é considerada a época mais plena do ser humano, fase em que geralmente a 
pessoa definiu interesses de vida e projetou metas, construindo, então, a realização 
dos mesmos. Portanto, veremos os aspectos físicos, emocionais, cognitivos, 
psicossociais e educacionais desta etapa. 
 Na seqüência, estudaremos o período da vida chamado de terceira idade ou 
velhice, é um período que a Psicomotricidade chama de Retrogênese. Contudo, nos 
tempos atuais poderíamos dizer que o ser humano já possui uma quarta idade e até 
mesmo uma quinta idade. Afirmamos, com base em pesquisas que descrevem a alta 
população idosa do mundo contemporâneo, sendo que no Brasil, já temos 
contabilizado mais 8,6% de idosos com mais de setenta anos, onde mais de 24.500 
mil velhos têm mais de 100 anos (dados do Órgão Mundial da Saúde/2000 e 
IBGE/2000). 
 
1 Processo em que a capa de mielina promove capacidade às células nervosas de executar suas funções. 
Quando o neurônio não mieliniza, ele possui disfunções, não executando suas funções programadas. 
 
 
 
 
 
182 
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15 Desenvolvimento do Adulto Jovem 
 
 A fase adulta jovem compreende um período da vida que vai dos vinte aos 
quarenta anos de idade, caracterizando-se como uma etapa de muita força e 
vitalidade do ser humano. Porém, o indivíduo adulto jovem se encontra num 
processo de afirmação e testagem de seu potencial, frente aos enfrentamentos 
sociais e pessoais. 
 A saúde é resultante da forma como se trata do corpo físico, psíquico e 
espiritual. Conforme a OMS (Órgão Mundial de Saúde), saúde é o estado de 
completo bem estar físico, mental e social e não somente a ausência de 
enfermidades ou invalidez física ou mental. Portanto, o jovem adulto deve preservar 
seu corpo contra os maus hábitos alimentares (fumo, álcool, drogas, excessos com 
açúcar e gorduras), comportamentais (mantendo rotinas salutares de sono), 
exercitando-se físico e mentalmente para manter sua máquina fisiológica 
funcionando perfeitamente. 
 É uma etapa da vida em que qualquer estímulo oferecido ao organismo 
resulta em resposta imediata, portanto, o adulto jovem se sente no auge da sua 
vitalidade. Sendo uma época em que os esforços para prolongar a juventude, 
mantendo atitudes e atividades propulsoras de saúde (bons hábitos alimentares, 
comportamentais, rotinas de sono e higiene física e mental, práticas atléticas e de 
relaxamento) são muito bem-vindos e realmente preconizam um futuro de 
prolongada energia vital. Conduzindo assim, o indivíduo, a uma futura velhice 
saudável em todos os aspectos, com qualidade e tendências a longevidade, 
considerando fatores genéticos, étnicos e culturais. 
 
FONTE: arquivo pedagógico (PINTO, 2002). 
 
 
 
 
 
183 
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15.1 Aspectos Físicos: funcionamento sensório e psicomotor 
 
 Aos vinte anos de idade, normalmente o indivíduo já possui todas as suas 
funções corporais bem desenvolvidas, seu corpo já está cessando seu processo de 
crescimento em altura, pois o último estirão de membros acontece por volta dos 
dezoito anos. Apenas as estruturas vertebrais da coluna ainda se desenvolvem mais 
um pouco, se estimuladas por atividades físicas, até os 25 anos. A acuidade visual é 
mais acentuada dos 20 anos à quarta década de vida e os outros sentidos, como 
olfato, paladar e a sensibilidade à dor, permanecem inalterados até os aproximados 
45 anos de idade cronológica. Mas a audição inicia uma perda gradual a partir da 
adolescência, tornando-se mais perceptível após os 25 anos (PAPALIA; OLDS, 
2000). Talvez isto explique porque a maioria dos jovens escuta músicas, programas 
de televisão em volumes auditivos além do normal para as demais pessoas. 
 A boa saúde e desenvolvimento das funções de todo o organismo desse 
indivíduo (agora formado), dependerá de certa forma, de seu “estilo de vida”, ou 
seja, a relação entre comportamento e saúde assinala inter-relacionamentos entre 
os aspectos físicos, cognitivos e emocionais da pessoa. A forma como ele conduzirá 
sua trajetória de vida, daí para frente, é que implicará em prolongamento de sua 
juventude ou declínio precoce de seu desempenho vital (EIRIZIRIK, 2001). 
 Embora a pessoa conserve sempre bons hábitos de vida, muitas vezes ela 
sofre influências negativas de sua rotina profissional, de uma sociedade muito 
opressora ou de inúmeras outras razões que a levem a desencadear um estresse. 
Este é, hoje, o maior causador de mal estar e enfermidades no mundo inteiro. Por 
isso, o adulto deve observar certas regras de conduta em sua alimentação, 
utilizando como padrão de dieta duas mil calorias diárias, conforme o nível de 
atividade física que possui. O metabolismo adulto é mais lento que o de suas fases 
anteriores, portanto, possui uma facilidade maior em adquirir peso. 
 A pessoa adulta precisa evitar gorduras saturadas e transformadas, usando 
preferencialmente gorduras vegetais (frutas como o abacate, gordura de coco), 
proteínas vegetais (se forem de animais, que sejam preferencialmente magras). Os 
açúcares benéficos se encontram na frutose (frutas) e lactose (derivados do leite),184 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus 
respectivos autores 
 
pois o açúcar industrializado e refinado desenvolve grandes distúrbios no organismo 
humano como o diabetes, câncer de pâncreas, arteriosclerose e até mesmo 
infertilidade na mulher. Outro vilão é o sal, no qual necessitamos apenas de 6 
gramas diárias incluídos nos alimentos, logo seu excesso pode provocar problemas 
gravíssimos como cirrose e outras doenças renais, cardiopatias e hipertensão 
arterial (SÁ, 1990). 
 Algumas pessoas são chamadas de “radicais” quando, para manter-se em 
estado de bem estar, resolvem viver uma vida “mais natural”, trocando a vida urbana 
pela rural, comendo apenas alimentos que vêm da terra (alimentação viva), vivendo 
em total harmonia com a natureza. Acreditamos que a humanidade está vivendo um 
processo de involução2, ou seja, retroceder em seus costumes culturais, voltando ao 
tempo em que não possuíamos tanta tecnologia e tantos avanços científicos. 
 Quando exercitamos o contato com a natureza, por algum tempo, 
percebemos nossos sentidos mais aguçados, ouvimos os sons, sentimos os aromas, 
respiramos melhor e nos sentimos mais felizes. Estas sensações são reduzidas 
quando estamos mergulhados nos barulhos da cidade, onde mal podemos ouvir o 
coração pulsar. Carregados de estresse da rotina alucinada, provocamos inúmeras 
alterações nas nossas funções vitais, como: aumento da pressão arterial, arritmias 
cardíacas, insônia, entre outras perturbações, entre elas, as digestivas. 
 
FONTE: www.sxc.hu (imagens públicas) 
 
 
15.2 Aspectos Cognitivos: Transição para o Pensamento Pós-formal 
 
2 Involução é o processo de regressão sugerido por alguns opositores à Lei de Evolução de Charles Darwin. Mas 
também referido como um processo interno ao de evolução, pois para evoluir, de certa forma acontece uma 
involução do ser como fator de equilíbrio natural. 
 
 
 
 
 
185 
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respectivos autores 
 
 
 Em um mundo descentrado como o nosso, cada um de nós se torna um 
centro responsável pela experimentação de novas práticas, sintonizadas com o novo 
pensamento sistêmico. Este é o período do pensamento pós-formal de Piaget 
(1993), das descobertas de si mesmo para o ser humano, a adultez jovem. 
 É o momento em que a pessoa se descobre capaz e independente. 
Buscando um novo ambiente educacional (universidades) e um ambiente de 
trabalho (profissão). Contudo, essa forma de pensamento se desenvolve mesmo 
sem o Ensino Superior e tem base na lógica e na intuição. O jovem passa a ser mais 
flexível embora ainda seja individualista, aprende a ouvir e assimilar regras; se torna 
capaz de lidar com as incertezas, contradições, imperfeições e assume 
compromissos. 
O raciocínio do adulto não segue a lógica formal, sendo, por isso, 
contextualizado, apresentando, conseqüentemente, flexibilidade cognitiva. Desta 
forma, o raciocínio dialético (raciocínio que tem em conta a contextualidade e as 
regras gerais) é fundamental na interpretação das experiências do indivíduo adulto, 
dirigindo a sua ação. 
As mudanças ao longo da vida adulta não se limitam apenas ao nível 
cognitivo, tornando-se necessário conceber esta etapa como um período evolutivo. A 
vida adulta é percebida como a fase onde o indivíduo atinge a maturidade. No 
entanto, isso não significa que a maturidade seja algo estático, sendo “adquirida” 
mal o indivíduo atinja a idade adulta. É um processo contínuo e que depende da 
qualidade de vivências, a forma com que elas são absorvidas, pesquisadas e 
avaliadas pela pessoa; ou seja, o sujeito tem de ser capaz de refletir criticamente 
sobre a sua realidade em que, na maioria das vezes, é caracterizada por uma 
aceitação não questionada de valores, normas, e práticas definidas pelos outros. 
Sternberg (1985) desenvolveu a teoria triárquica da inteligência, que 
abrange três elementos fundamentais da inteligência adulta, os quais todos nós 
possuimos e que nos são úteis em diferentes situações: 
 
 
 
 
 
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 Elemento componencial, que corresponde ao aspecto analítico da inteligência, a 
qual determina como resolver problemas, monitorando de forma adequada as 
soluções e avaliando os resultados; 
 Elemento experiencial, sendo este o aspecto de insight da inteligência, ou seja, 
possibilita a comparação entre o que já sabemos e as novas informações, 
criando novas formas de interpretação dos fatos de maneira original; 
 Elemento contextual, que é o aspecto prático da inteligência. Onde a habilidade 
de avaliar uma situação determinada e decidir, adaptando-se a ela, 
transformando-a, depende da forma como a pessoa interage com o meio e com a 
situação em questão. 
 
A inteligência prática também é chamada de conhecimento tácito, sendo que 
subentende-se informação interna ou compreensão que não é ensinada de modo 
formal, mas adquirida pela experiência e, essa capacidade de resolução dos 
problemas práticos desenvolve-se até aproximadamente a meia-idade. Esses 
problemas são considerados mais interessantes para a busca de soluções do que os 
problemas acadêmicos, uma vez que o segundo é sempre elaborado por outras 
pessoas, que fornecem as informações pertinentes e geralmente se encontram 
desconectados da realidade. 
Verifica-se que a cognição na vida adulta está muito mais ligada a questões 
pragmáticas da vida real, e que os adultos geralmente procuram aprender de forma 
a resolver problemas da sua vida quotidiana, embora isto não possa ser considerado 
um padrão de comportamento, pois em diferentes culturas se observa que o jovem 
adulto almeja um desenvolvimento amplo de sua intelectualidade. 
 
FONTE: www.sxc.hu (imagem pública) 
 
 
 
 
 
187 
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15.3 Aspectos Psicossociais do Adulto 
 
Erikson (1976) dedicou seus estudos aos aspectos que permeiam o 
desenvolvimento da personalidade, tendo o seu trabalho influenciado os estudos 
posteriores do desenvolvimento humano. Para este autor, o desenvolvimento da 
personalidade prolonga-se ao longo da vida e para melhor compreensão, dividiu a 
fase adulta em três momentos de crise psicossociais: a crise da intimidade, da 
geratividade e da integridade. 
Estas crises são assim denominadas porque se baseam no crescimento 
fisiológico, bem como nas exigências colocadas ao indivíduo pelos outros (pais e/ou 
sociedade): “cada um chega ao seu ponto de ascendência, enfrenta a sua crise e 
encontra a sua solução duradoura pelos métodos aqui descritos, ao atingir a parte 
final das fases mencionadas.” (ERIKSON, 1976, p.96). 
A crise da intimidade determina a entrada na fase adulta. Intimidade significa 
capacidade de intimidade sexual, pois agora a genitalidade desenvolve-se com vista 
à maturidade genital (ou seja, íntima mutualidade sexual), mas significa também ser 
capaz de relacionar-se intimamente e mutuamente com uma outra pessoa, seja na 
amizade, no namoro, com ou sem relação sexual. O perigo desta etapa é o 
isolamento, que significa a incapacidade de correr riscos para a própria intimidade, 
muitas vezes devido ao medo das conseqüências dessa mesma intimidade (filhos, 
responsabilidades familiares, etc.). A verdadeiraintimidade só é possível se o 
indivíduo já tiver desenvolvido a sua identidade (estágio anterior à intimidade). Pois 
agora o incremento de identidade baseia-se na fórmula ‘Nós somos o que amamos’.” 
(ERIKSON, 1976, p. 138). 
A etapa da generatividade é a fase da maturidade da pessoa humana, de 
modo primordial, a preocupação em estabelecer e orientar a geração seguinte. No 
entanto, o fato de se ter ou querer ter filhos não significa automaticamente 
generatividade. O conceito de generatividade inclui a capacidade de produtividade e 
criatividade da pessoa na relação consigo própria e com os que a rodeiam. 
Generatividade significa, pois, capacidade de ir para além dos interesses pessoais, 
de ir para além das certezas pessoais. O perigo desta etapa é exatamente esse, a 
 
 
 
 
 
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respectivos autores 
 
que Erikson denomina de estagnação. “Sempre que tal enriquecimento falha 
completamente, ocorre uma regressão e uma necessidade obsessiva de pseudo-
intimidade, por vezes, com um difuso sentimento de estagnação, tédio, 
depauperamento interpessoal.” (1976 p. 138-139). 
A última crise pela qual o indivíduo passa é a da integridade, que 
corresponde ao culminar do progressivo amadurecimento da pessoa humana. Este 
crescimento permite ao indivíduo a capacidade de aceitar o seu ciclo vital e daqueles 
que se tornaram significantes ao longo desse mesmo ciclo. Na integridade, a pessoa 
não receia encarar todo o seu “caminho percorrido”, levando-o a compreender o 
percurso das pessoas que o acompanharam durante sua vida, “livre do desejo de 
que eles fossem diferentes, e uma aceitação do fato de que a vida de cada um é de 
sua própria responsabilidade.” (ERIKSON, 1976, p. 140). O perigo desta etapa 
reside no desespero: “ a sorte não é aceita como estrutura de vida, a morte não 
como sua fronteira finita.” (1976, p. 140). Assim, o desespero manifesta o fato de o 
indivíduo sentir que o tempo é demasiado curto para voltar a recomeçar a sua vida 
com vista a encontrar rumos alternativos para a integridade. 
Assim, o desenvolvimento psicossocial do ser humano é resultante de seu 
“caminhar” por todas as etapas do ciclo da vida, pois o indivíduo carrega uma 
bagagem de experiências afetivas e emocionais que servirão de alicerce para os 
enfrentamentos nestas determinadas “crises”, referidas anteriormente. Aquilo que 
não ficou resolvido em alguma das fases, comprometerá sua atuação nas demais, 
se não for tomada a consciência do problema e construída uma solução, mesmo que 
seja terapêutica. 
 
 
FONTE: www.sxc.hu (imagem pública). 
 
 
 
 
 
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15.4 Inteligência Emocional 
 
 Uma das primeiras necessidades de todo ser humano é a de sentir-se 
aceito, querido, acolhido, pertencente a algo e a alguém, sentimentos estes em que 
se baseiam a auto-estima. A auto-estima consiste em perceber-se capaz, sentir-se 
útil, considerar-se digno. Estes são sentimentos que são mais bem observados na 
fase adulta da vida humana. 
 O papel das emoções e a forma como elas atuam são de grande 
importância na construção do comportamento humano e serão compreendidas de 
forma conjunta no termo que Daniel Goleman divulgou como inteligência emocional. 
 Inteligência emocional é um complexo de fatores que inclui motivação, auto-
estima, disposição de assumir riscos calculados, adaptabilidade às mudanças, 
habilidades interpessoais, capacidade de gerenciar conflitos, dedicação, 
persistência, controle emocional, etc. Goleman (1999) refere-se à capacidade de 
compreender e controlar as emoções, reconhecendo e aprendendo a lidar com 
nossos próprios sentimentos e com os dos outros. 
 O autor afirma que, por volta do final da adolescência, as estruturas 
emocionais3 (sistema límbico e amídalas localizadas na base do cérebro, atrás dos 
lobos pré-frontais) estão amadurecidas a ponto de executar a função de controle e 
regulação das emoções. Entretanto, o componente mais importante para que estas 
ações realmente se efetuem, chama-se autoconsciência; elemento que capacita a 
pessoa a lidar com a rejeição e o desencorajamento. Elemento este que junto à 
empatia e ao controle de impulsos são capacidades de grande importância no 
mundo profissional e no convívio em sociedade. 
 A inteligência emocional pode ser muito importante também para a 
aquisição de conhecimento tácito, já estudado anteriormente e, os dois juntos 
parecem ser de grande relevância para que o indivíduo tenha êxito na vida, tanto 
quanto as capacidades cognitivas. 
 Existem testes desenvolvidos por Goleman para a avaliação da Inteligência 
Emocional (QE, coeficiente emocional) que, como os testes de avaliação da 
 
3 Ver localização do sistema límbico e da amídala nas figuras sobre o Cérebro e Sistema Nervoso Central no 
módulo 1, pág. 28 da Apostila Didática sobre Psicomotricidade e Desenvolvimento Humano. 
 
 
 
 
 
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Inteligência Cognitiva (QI) não são confiáveis e se sabe, hoje, que a plasticidade 
cerebral não pode ser mensurável. 
 Além disso, as inteligências: cognitiva e emocional, entre as outras tantas 
existentes (figura A), são todas moralmente neutras sem um julgamento de valor. A 
orientação moral da pessoa deve guiar o uso de seus talentos e habilidades, do 
contrário, podem tornar-se um problema para si mesmo e para aqueles com quem 
se relaciona. Para muitos o julgamento moral se utiliza dos preceitos religiosos como 
guia de decisões morais, desenvolvendo-se ao longo da vida através do exercício da 
fé e da educação religiosa (desenvolvimento do corpo espiritual). Para outros 
podemos nos utilizar das teorias de Kohlberg, já citado neste módulo, cujos 
princípios baseiam-se na consciência cognitiva desenvolvida pela experiência de 
vida. Assim, o desenvolvimento moral será proporcional ao nível de experiência e 
cognição do indivíduo, ou seja, se ele ainda se comporta ao nível de pensamento 
egocêntrico, não terá capacidade de tomar decisões que respeitem e priorizem o 
bem-estar de um grupo, mas sim, que venha apenas em seu benefício. 
 Dando continuidade ao assunto veremos o que os aspectos educacionais 
da vida adulta nos trarão a compreender nesta temática. 
 FIGURA A 
 
FONTE: Goleman (1996). 
 
 
 
 
 
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15.5 Aspectos Educacionais da Vida Adulta 
 
 Quanto à educação, tudo pode acontecer depois do Ensino Médio. Alguns 
optam por um curso técnico de um ou dois anos, almejando entrar no mercado de 
trabalho rapidamente, outros mais “bem nascidos” como popularmente chamam 
aquelas pessoas que possuem uma vida economicamente mais favorável, 
possibilitando que seus pais lhes proporcionem o acesso à faculdade e ao Ensino 
Superior. Contudo, existem indivíduos que por força moral e grande capacidade 
cognitiva e emocional, abarcam desafios maiores, como trabalhar para sustentar 
suas necessidades de sobrevivência e financiar seu próprio estudo. 
 Também encontramos entre a população indivíduos que, ao atingir a fase 
adulta, nem completaram o Ensino Fundamental, pois abandonaram os estudos 
básicosainda muito jovens para auxiliar a família na luta pela subsistência. São 
muitos os caminhos de vida que a humanidade trilha, em que cada um possui uma 
história e uma experiência ímpar. 
 O Brasil possui um número expressivo de analfabetos funcionais, sendo 
atualmente, 33 milhões de brasileiros (18%) que cursaram até a quarta série do 
Ensino Fundamental e 16 milhões de pessoas com quinze anos de idade que ainda 
não foram alfabetizadas (dados do IBGE/2006). Para tanto, o Ministério da 
Educação implantou recursos para que o EJA (Educação de Jovens e Adultos) 
intensifique seu trabalho de resgate educacional e cultural para população menos 
favorecida. 
 Capacitar o indivíduo na leitura e escrita é requisito fundamental e obrigação 
do país, para que a participação do cidadão seja efetiva e consciente na sociedade 
moderna. Na virada do século, considerava-se suficiente para ser alfabetizada a 
pessoa que apresentava um certificado de conclusão da quarta série; hoje, o 
certificado de conclusão do Ensino Médio quase não é suficiente (PAPALIA; OLDS; 
2000). 
 Mundialmente, o analfabetismo é maior entre mulheres do que homens, 
mesmo porque existem culturas que não permitem acesso escolar às mulheres. Na 
 
 
 
 
 
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África, mais de 55% dos adultos são analfabetos, em número menor, os asiáticos 
com 38% e os latino-americanos, possuem 18% de analfabetos (dados da UNESCO, 
2003). 
 Além da acessibilidade à leitura, escrita e aos cálculos lógico-matemáticos, 
a Escola de Jovens e Adultos, tem o compromisso de informar a população 
estudante sobre hábitos de saúde, higiene, ética e moral, sendo uma importante 
ponte de ligação entre o cidadão e a sociedade. 
 Nas universidades, o número de jovens calouros com idade entre 16 e 20 
anos vem aumentando, mostrando que o jovem ingressante na fase adulta está 
muito preocupado com a profissionalização e a busca de “um lugar ao sol” no mundo 
competitivo do mercado de trabalho. Contudo, isto não é garantia de emprego futuro, 
mas com o grande incentivo e programa de parceria entre universidades e 
empresas, os estágios “abrem portas” ao estudante que tem aí uma importante 
oportunidade de adquirir seu primeiro emprego. Em relação a gênero (sexo), o 
número de estudantes em curso superior é heterogêneo tanto nos Estados Unidos 
quanto no Brasil. Entretanto, existe uma diferença considerável quando nos 
referimos às escolhas vocacionais como: homens cursam, em maior número, as 
áreas exatas (medicina, engenharias, cursos da área científica) e as mulheres 
observa-se uma procura maior pela área de humanas (pedagogia, psicologia, 
licenciaturas em geral). Esta tendência é cultural, uma vez que, desde a infância, 
durante o brincar as crianças já demonstram preferências tipificadas e direcionadas 
pelos familiares. A mãe geralmente expressa: “João Pedro será advogado ou 
médico, talvez engenheiro; e Mariazinha será uma excelente professora, mas se 
desejar poderá ser psicóloga, por que é uma linda profissão!” 
 Dificilmente se ouve uma mãe ou pai referir que apoiará seu filho se ele 
desejar ser um artista plástico ou um professor de línguas estrangeiras, ou que 
almeja que sua filha estude engenharia mecânica. Dessa forma, desde a infância a 
criança vem construindo juízos e escolhas profissionais que, muitas vezes, não são 
suas. Por isso talvez se observe tanta indecisão no jovem calouro universitário que, 
às vezes, chega a trocar ou pedir transferência de curso três ou quatro vezes, até 
realmente encontrar aquele com o qual se identifica. 
 
 
 
 
 
193 
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 Hoje possuímos diversas leis de incentivo à educação que possibilitam uma 
acessibilidade ao estudo para todos, elas estão aí para serem cumpridas. Existem 
também as cotas raciais e para pessoas com necessidades especiais, promovendo 
oportunidades aos menos favorecidos e contra a desigualdade e diferença. Observa-
se ainda um grande preconceito social a cerca da mulher trabalhadora, do negro e 
do deficiente físico ou mental quanto ao valor remuneratório, entre outros aspectos, 
porém esta realidade está mudando em vista das grandes campanhas de 
conscientização social exercidas pelos governos, pelas ONGs, pelas escolas e 
comunidades. 
 Atualmente, as pessoas adultas de meia-idade (40 a 64 anos) procuram 
voltar aos estudos, sentindo necessidade física e profissional, pois a dificuldade de 
se manter ou conseguir um emprego após os quarenta anos tornou-se maior a cada 
ano. Tanto que já existe lei prevista para a existência de vagas nas empresas 
dirigidas às pessoas com mais de quarenta anos. 
 A educação está recebendo um olhar melhor dirigido de nossos 
governantes, mas ainda não o necessário, contudo já observamos o interesse em 
disponibilizar recursos para que todo o cidadão, não importando sua idade, possa 
estudar e se qualificar em benefício próprio e da sociedade. Veremos no próximo 
capítulo que esse olhar voltou-se inclusive para o idoso, uma vez que já existe a 
Universidade da Terceira Idade, devendo sim e urgentemente, ser de acesso a todos 
os idosos e não somente àqueles que possuem melhor poder aquisitivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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16 Desenvolvimento na Terceira Idade 
 
 O trabalho foi feito, o amor foi dado, a dor foi sofrida – e tudo 
continua ali, no rosto, nas mãos, nas atitudes, permanecendo vivo 
na voz do ancião. Essa foi uma realização que construiu a si própria, 
graças a uma aceitação constantemente renovada daquilo que não 
pode ser mudado; graças à bondade, que sabe que o outro também 
existe e procura tornar-lhe fáceis as coisas; ao entendimento de que 
mais vale o perdão do que a obstinação; e mais a paciência que a 
violência, e de que o mais profundo da vida se encontra no silêncio, 
não na palavra. 
 Romano Guardini (1990, p. 5). 
 
 
FONTE: arquivo pessoal (Dona Nena, avó da presente autora 
desta apostila, aos 103 anos completos em janeiro de 2008). 
 
 Este pensamento de Guardini (1990) expressa exatamente como foi e é a 
vida desta idosa na foto, ainda viva e lúcida, uma amante da poesia, gosta de 
exercitar a mente resolvendo problemas de “palavras cruzadas”, conta suas historias 
de parteira4 na zona rural, tecelã, mãe de treze filhos, muitos netos, bisnetos e 
tataranetos. Como já foi referido, temos atualmente no Brasil, mais de 24.500 
pessoas com idade igual ou superior a 100 anos de idade. Este não é mais o país 
dos jovens, pois os avanços da medicina, tecnologia e o fácil acesso à informação, 
possibilitam que o ser humano possua uma longevidade quase garantida. Outros 
fatores como modo de vida, alimentação, atividade física e mental, bons hábitos de 
 
4 Mulher que auxilia no parto e nascimento de um bebê. 
 
 
 
 
 
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higiene e comportamento social, além de fatores hereditários, também são 
importantes para que a pessoa garanta uma vida longa. 
 
16.1 Aspectos Físicos do Envelhecimento Humano 
 
 A possibilidade de viver aidade da velhice como convém e como é o dever, 
buscando a sabedoria, depende da circunstância do homem e da própria pessoa. De 
nada adiantam os avanços técnicos e os investimentos para a chamada terceira 
idade, se o próprio idoso não tiver consciência do sentido próprio da velhice. 
Envelhecer, como é devido, depende não só das circunstâncias materiais e culturais, 
além disso, da própria aceitação, de sua idade e de seus deveres (GUARDINI, 
1990). Isso implica, dentre outras coisas, saber superar o preconceito dos mais 
jovens e o ressentimento contra tudo que é moderno. Mas a aceitação de si na fase 
da velhice depende fundamentalmente de sentir-se e de saber-se cada vez mais 
perto do fim, pois, acima de todo e qualquer conceito: somos finitos. 
 Para isso, é indispensável que a pessoa tenha autoconsciência de que, com 
a chegada da fase chamada terceira idade (por volta dos 65 anos), seu corpo físico 
e mental já possui limitações fisiológicas e orgânicas. Porém, que não a impedirão 
de praticar atividade física e mental, ou até mesmo continuar trabalhando, embora 
nesta idade, a maioria dos indivíduos esteja se aposentando ou aposentados. 
 Como já havia referido anteriormente, o termo “terceira idade” é 
considerado, atualmente, atrasado em relação aos novos tempos, no que diz 
respeito à classificação dos ciclos da vida. Uma vez que iniciamos este tema 
referindo que o número de pessoas com 100 anos é crescente, como ficaria então 
classificado o período da velhice? Terceira idade (65 a 75 anos), quarta idade (76 a 
85 anos), quinta idade (86 em diante)? 
 Do ponto de vista cronológico, Duarte (1999) denomina de terceira idade a 
faixa etária que abrange os 65 anos; ancianidade é a etapa que vai dos 70 aos 75 
anos e senectude, a faixa dos 80 anos em diante. O Estatuto do Idoso classifica 
como idoso o indivíduo com idade igual ou superior a 60 anos, embora saibamos 
 
 
 
 
 
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que o inicio do período de velhice varia conforme condições locais de 
desenvolvimento humano. 
 Biologicamente, as modificações que ocorrem no organismo do idoso são 
grandes e podem ser observadas em todos os aparelhos e sistemas (muscular, 
endócrino, circulatório, pulmonar, ósseo e imunológico). O envelhecimento é um 
processo biológico, por isso, percebe-se o declínio das capacidades físicas, com 
grandes repercussões sociais e psicológicas. A velhice, assim, caracteriza-se pela 
perda das reservas funcionais, ainda que dependam também dos determinantes 
genéticos, do estilo de vida e das condições culturais do indivíduo (NAHAS, 2003). 
 Nahas (2003) ressalta que o processo de envelhecimento é irreversível, 
contudo pode sofrer aceleração ou desaceleração conforme os fatores ambientais e 
comportamentais, exercendo grande influência sobre ele a inatividade e as 
enfermidades. Neste ponto, é que se encontra a importância da atividade física para 
o idoso, pois a prática de atividade corporal moderada, regular e bem orientada, 
contribui para a preservação das estruturas orgânicas e do bem-estar físico e 
mental; pois em qualquer que seja a atividade, haverá uma maior exigência do 
sistema circulatório, que para o idoso é fundamental. 
 É incontestável a associação dos benefícios da atividade física com a 
melhora evidente nas habilidades funcionais e nas condições de saúde, tanto que 
hoje, os médicos de diferentes especialidades indicam aos seus pacientes a prática 
física regular, existindo aí também, uma melhora de memória, atenção, percepção 
auditiva, visual e sensória, como mostram as pesquisas em diferentes áreas 
(PASCOAL; SANTOS; BROEK, 2006). 
 Os resultados de pesquisas nesta área da gerontologia são de extrema 
importância, uma vez que na velhice ocorre um processo degenerativo global, 
iniciando pela perda progressiva da visão e o aparecimento de patologias como 
catarata, hipermetropia, miopia, glaucoma, entre outros. Também se agrava a 
redução gradativa do aparelho auditivo, onde os dispositivos auditivos podem 
auxiliar na melhoria da qualidade de vida. 
 A maioria dos idosos pode exercer as mesmas atividades que os mais 
jovens, contudo, em um ritmo menor e mais lento. Hoje, se sabe dos benefícios da 
 
 
 
 
 
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musculação contra a osteoporose e os problemas articulares da velhice. O 
fortalecimento muscular, em dose adequada e carga leve, promovem uma melhora 
locomotora impressionantes, a ponto de muitos anciãos abandonarem a bengala e 
se desfazerem da cadeira de rodas. É imprescindível que a pessoa idosa seja bem 
orientada e assistida em suas atividades físicas, e que sejam regulares, adequando-
as às suas necessidades específicas. 
 A atividade sexual também se reduz com a chegada da velhice, contudo, é 
possível ter satisfação sexual mantendo um bom relacionamento afetivo com seu 
parceiro ou parceira de vida conjugal. O ímpeto sexual e o aumento do tono 
muscular ainda estão presentes, porém em menor grau do que na fase adulta. Todo 
desempenho irá depender das condições físicas e da saúde do indivíduo, se suas 
funções sexuais estão preservadas, se sua vida prévia foi de grande atividade 
sexual e se psicologicamente o idoso assume sua condição fisiológica e convive 
bem com seu corpo e com de seu cônjuge. 
 Dessa forma, os aspectos físicos sofrem, igualmente, influência dos 
aspectos psicológicos, que irão agir sobre os sociológicos na fase da terceira idade, 
sendo esta uma fase complexa em que o ser humano percebe finalmente o quão 
finito ele é, e que seu tempo físico está mais próximo do fim. 
 Veremos a seguir estes aspectos que podem trazer bem-estar ou mal estar 
à velhice. 
 
 FONTE: arquivo pedagógico (PINTO, 2002). 
 
 
 
 
 
 
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16.2 Aspectos Psicossociais na Velhice 
 
 Na perspectiva psicológica, pode-se dizer que, o modo como os idosos são 
vistos, ou tratados culturalmente, influencia significativamente em seu nível de 
iniciativa, motivação e auto-estima. As características do envelhecimento 
psicológico, segundo Meirelles (1997), perpassa pelo sentimento de recusa da 
condição de velho, à perda da vontade de exercer atividades habituais, a perda da 
memória, da capacidade auditiva, alguns distúrbios de caráter e afetividade, bem 
como a apresentação de conduta conservadora. 
 Toda essa mudança de comportamento, contudo, não acontece 
isoladamente, uma vez que recebe o reflexo de nosso mundo interior, construído a 
partir de nossas relações sociais e vivências ao longo da vida. Assim, o aspecto 
psicológico e o sociológico, decorrem dessas interações sociais e sua história na 
vida de cada indivíduo. O envelhecimento tem como principal característica o 
isolamento social e a redução das interações sociais, estes são explicados através 
de três teorias: a teoria do afastamento, da atividade e a de trocas sociais. 
 Segundo Néri (1995) a teoria do afastamento caracteriza-se pela redução 
do contato social a partir de um mecanismo adaptativo, pelo qual ocorre uma 
dissociação recíproca entre indivíduo e sociedade. Já a teoria da atividade traz 
oposição à primeira, uma vez que demonstra o interesse dos idosos em manter 
contatos sociais, embora se sintam prejudicados pelas barreiras impostaspela 
idade. Por último, a teoria das trocas sociais aponta que as restrições impostas pela 
velhice levam a uma diminuição da amplitude das relações sociais. 
 À medida que o idoso resolve conquistar seu espaço de informação e 
sociabilidade, sua auto-imagem e a representação que faz de si mesmo se 
modificam, passando da imagem de uma velhice monótona e inativa para uma 
imagem de ser humano capaz de continuar produtivo, contribuindo para seu próprio 
bem-estar e para a sociedade. Somente com a sabedoria da velhice é que pode 
existir a solidariedade das diversas formas em torno da vontade de que a vida tenha 
plenitude. Sem a sabedoria, ocorre a diminuição dessa plenitude e perdas de 
compreensão, refere Guardini (1990). 
 
 
 
 
 
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 A necessidade de continuar sentindo-se produtivo e ativo diante da 
consciência do crescimento de suas incapacidades acarreta outro sentimento, o de 
impotência e por trás deste, muitas vezes, vem a depressão psicológica. Este 
fenômeno é mais comum ao homem idoso do que à mulher idosa, uma vez que ela 
busca alternativas para uma nova sensação de produtividade, através de inúmeras 
atividades de origem ocupacional, artísticas, físicas disponibilizando a si mesma o 
prazer de realizar o que deseja finalmente. As obrigações familiares agora são 
menores, o tempo livre é maior e a vontade manifestada de realizar desejos contidos 
aflora e leva a mulher idosa a um novo caminho de descobertas. Algumas gostam de 
escrever, outras de dançar, fazer ioga, jogar baralho ou carta, pintar e desenvolver 
habilidades artísticas decorativas. Muitas descobrem um novo mercado de trabalho 
bastante atrativo e prazeroso. 
 Observando os grupos gerados pela terceira idade, percebe-se que a 
maioria é formada por um número bastante expressivo de mulheres idosas, sendo a 
participação masculina muito pequena e quase restrita aos bailes de terceira idade, 
promovida pelos grupos e associações. O maior problema para o público masculino 
da terceira idade parece-nos de cunho cultural. O homem idoso se pergunta: o que 
vou fazer agora que estou aposentado? Suas atividades parecem se resumir a um 
jogo de bocha, xadrez, baralho, um jogo de sinuca ou olhar televisão. O idoso deve 
abrir seu olhar ao universo de opções que poderia realizar, atividades prazerosas 
como praticar atividades físicas promotoras de fortalecimento e bem-estar, como os 
esportes aquáticos, a hidroginástica, o jogging dentro da água, o biribol (vôlei na 
água), fazer parte de clubes, associações e entidades filantrópicas, tomando 
consciência de que sua participação social, no uso de suas habilidades, poderia ser 
de muita importância e valor para o crescimento da instituição. O homem idoso 
necessita encontrar um novo ponto referência para sentir-se vivo e o resgate de sua 
experiência profissional, agora, vista com outro foco, o de orientação e contribuição 
social sem horário fixo e desenvolvido de forma tranqüila, pode lhe proporcionar o 
retorno à sensação de produtividade. 
 Outro problema de ordem psicossocial muito comum na velhice é referente 
à vida sexual, principalmente ao homem idoso. A sensação causada pela impotência 
 
 
 
 
 
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sexual parece para muitos homens, à própria impotência de vida. A perda do prazer 
orgânico acarreta a muitos, disfunções psicológicas que devem ser consideradas e 
tratadas por especialistas específicos como o médico urologista, junto ao auxílio de 
um psicólogo clínico. As mulheres idosas parecem conviver de forma mais pacífica 
com esses problemas de ordem sexual e relacional, pois costuma canalizar esta 
área da vida humana para o desenvolvimento de outros prazeres e realizações. 
 
 
 Prática de Atividade Física na Terceira Idade Relacionamento e Amor 
 
 
 
 Jogos da Terceira Idade (Olimpíadas) Baile da Terceira Idade 
 Porto Alegre/RS – Ginásio Tesourinha 
FONTE: arquivo de fotos do Projeto Terceira Idade (Prefeitura Municipal de Xangri-lá/RS) A autora foi 
Educadora Física do Grupo de Terceira Idade Nova Vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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16.3 Aspectos Cognitivos: Memória, Atenção e Motivação 
 
 A terceira idade é também chamada de “a idade da sabedoria”. Este título 
tem significado, uma vez que, com o acúmulo de experiências, o idoso continua 
ainda muito capaz para adquirir novas informações e habilidades, lembrando e 
utilizando juntamente àquelas que já conhecem. 
 O envelhecimento pode acarretar perdas cognitivas, entretanto nem todas 
trazem prejuízo às suas capacidades intelectivas. É dado científico que a velhice 
caracteriza-se pelo declínio das funções biológicas, da resiliência e da plasticidade 
cerebral. Ainda que ocorram de forma diferenciada entre pessoas, as perdas que 
caracterizam a velhice provocam o aumento da dependência dos indivíduos em 
relação aos elementos da cultura e da sociedade. Por outro lado, e ao contrário do 
que se pensa, é possível a preservação e ganhos evolutivos em determinados 
domínios do funcionamento, como o intelectual e o afetivo, sendo este último capaz 
de atuar de maneira compensatória sobre as limitações cognitivas. 
 Com relação às habilidades cognitivas, Bee (1997) salienta que dos 65 anos 
aos 75 anos algumas das mudanças cognitivas são sutis ou até inexistentes, como é 
o caso do conhecimento de vocabulário, entretanto, ocorrem declínios importantes 
nas medidas que envolvem velocidade ou habilidades não exercitadas. 
 No que se refere à saúde mental, Papalia e Olds (2000) referem que, o 
declínio nesta área não é típico na terceira idade e que a doença mental é mais 
comum no adulto jovem do que no adulto mais velho. Na velhice, as pessoas podem 
e efetivamente continuam a adquirir novas informações e habilidades, bem como 
ainda são capazes de lembrar e usar bem aquelas habilidades que já conhecem. As 
autoras destacam ainda que o início da senescência varie bastante e justificam 
através da teoria biológica do envelhecimento e da teoria de programação genética. 
A justificativa é de que, por um plano normal de desenvolvimento embutido nos 
genes, os corpos envelhecem, salientando, portanto que, cada espécie tem sua 
própria expectativa de vida e padrão de envelhecimento. Esses processos, segundo 
essas autoras, podem ser influenciados tanto por fatores internos quanto externos. 
Resumindo e utilizando estas duas teorias, pode-se dizer que a programação 
 
 
 
 
 
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genética pode limitar a duração máxima da vida, mas, fatores ambientais e de estilo 
de vida, podem afetar o quanto uma pessoa se aproxima do máximo, e em que 
condições. Cada fase da vida é influenciada pela que a antecedeu e irá afetar a que 
virá a ocorrer. 
 Uma mente sã na velhice depende de hábitos saudáveis desde a juventude. 
Isso porque o processo de envelhecimento começa bem antes da chegada da 
terceira idade, ou seja, a partir dos 25 anos já está perdendo, a cada década de sua 
vida, 2% de suas células cerebrais. O principal causador deste processo é o 
acúmulo de ferro no tecidocerebral, este se combina com a água e forma hidroxila, 
o mais agressivo dos radicais livres. Para reduzir os efeitos dos radicais livres no 
organismo, é importante uma alimentação antioxidante, rica em vitaminas C e E e 
em licopeno (substância encontrada em alimentos como o tomate e a melancia) e a 
melatonina, hormônio produzido durante o sono noturno, é outro poderoso inimigo 
desses radicais (SÁ, 1990). Por isso, uma boa noite de sono pode ser um santo 
remédio para se prolongar a juventude biológica. 
 Através do estudo de dificuldades de memória resultantes de uma lesão 
cerebral, ocasionada, por exemplo, por um acidente de trânsito, ou por uma invalidez 
de guerra, a Neuropsicologia Cognitiva confirmou a existência de múltiplos sistemas 
de memória (FONSECA, 2007). Assim, atualmente acredita-se que a memória não é 
unidade, ela pode ser classificada por diferentes aspectos, como o aspecto temporal. 
Algumas lembranças fazem referência a conhecimentos recentemente adquiridos, o 
mecanismo de memória dessas lembranças chama-se memória de curto prazo. 
Outras lembranças, ao contrário, fazem referência a conhecimentos adquiridos há 
muito tempo, elas estão armazenadas na memória de longo prazo. Com relação a 
essa dicotomia, os idosos têm muito mais facilidade em buscar informações da 
memória de Longo Prazo do que da de Curto Prazo. 
 Um tipo de memória de Curto Prazo, muito afetada pelo avanço da idade, é 
aquela chamada memória de trabalho ou também memória procedural. É uma 
memória que torna uma pessoa capaz de fazer uma tarefa complexa que envolve 
duas ou mais atividades que precisam ser realizadas ao mesmo tempo. Por 
exemplo, ficar guardando um número de telefone enquanto procura-se um lápis e 
 
 
 
 
 
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um papel para anotá-lo. Esse tipo de memória envolve muita atenção, e com a 
idade, a atenção fica bastante prejudicada. Outro tipo de memória também bastante 
afetada no envelhecimento é uma memória que está dirigida para os fatos do futuro, 
vulgarmente chamada de "memória de agenda". Seu nome científico é memória 
prospectiva. 
 Alguns exemplos são: lembrar de tomar um medicamento a cada 4 horas; 
lembrar de ir ao médico em tal dia e etc. É uma memória direcionada ao que se 
passa no dia-a-dia de cada pessoa. Ela também exige muitos mecanismos de 
atenção, mas também outros mecanismos cognitivos importantes: planejamento, 
intenção e motivação. Para lembrar-se de tarefas futuras é preciso: 
 Fazer um bom planejamento das atividades do período até a ação que deve ser 
memorizada; 
 Ter uma intenção forte de lembrar-se de realizá-la para ser capaz de ativar a 
lembrança no momento certo; 
 Ter um alto grau de motivação, ou seja, querer realizar tal tarefa. Sem 
motivação, um planejamento adequado não é realizado e a intenção torna-se 
muito frágil para ativar uma lembrança que se faz necessária. 
 Assim, podemos observar que as falhas de memória podem ser decorrentes 
de outras dificuldades do que o guardar a lembrança e depois buscá-la. Como nos 
tipos de memória acima citados existe um envolvimento de motivação, atenção e 
intenção; é muito fácil entender que pessoas que não possuem um humor positivo 
(ou seja, aquelas que são depressivas ou ansiosas) apresentem dificuldades de 
memória bastante graves, não conseguindo organizar seu dia-a dia de forma 
adequada. Existe um alto índice de depressão e ansiedade no idoso, muitas vezes 
em função de certo isolamento causado pela perda ou distanciamento de familiares 
ou colegas de trabalho, pela mudança de um estilo de vida, etc. Entretanto, esses 
distúrbios emocionais são freqüentemente encontrados em adultos jovens, devido a 
problemas afetivos ou a uma grande exigência de seu meio social. Em 
conseqüência, adultos mais jovens buscam os serviços de neuropsicologia com 
 
 
 
 
 
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queixas de memória, preocupados por apresentar um declínio cognitivo, do tipo 
demencial. 
 Concluindo, já foi referido anteriormente que, não obstante a tudo que foi 
descrito até agora sobre cognição, memória e atenção do idoso, é necessário 
evidenciar que a atividade física e mental na terceira idade é primordial para que o 
indivíduo não sinta essas perdas como significativas e, mediante o exercício é 
possível reduzir o processo. A atividade física e mental, seja qual for, estimula o ser 
humano em seu contexto global, promovendo qualidade de vida e bem-estar para si 
mesmo, sua relação com os outros e com o meio. 
 
16.4 Educação na Terceira Idade 
 
 A educação na velhice é resultante de todas as inúmeras e infinitas 
experiências, nas quais o ser humano vivenciou e adquiriu ao longo de sua 
existência. Entretanto, como já foi dito nesta apostila didática, a educação é um 
processo de vida, porquanto, o indivíduo aprende e se educa até seu último dia de 
vida. 
 Na terceira idade, quando a pessoa continua sua busca pelo bem-estar 
pessoal e social, a necessidade de continuar a construir conhecimento e manter 
acesso à informação é visível atualmente, entre os idosos. Educar-se pressupõe 
vontade e desejo em se transformar diariamente. 
 Para tanto, é maravilhoso, viver em uma época em que a sociedade começa 
a despertar para a qualidade de vida do adulto velho, pois que, seremos até o ano 
de 2030, aproximadamente 33 milhões de idosos com mais de 70 anos no mundo 
(IBGE, 2000). Assim, a sociedade inicia sua preparação para um futuro de 
longevidade entre os seres humanos. 
 Atualmente já podemos contar com Universidades da Terceira Idade em 
diversos estados do Brasil, a exemplo do que já vêm acontecendo em outras partes 
do mundo. A universidade Aberta da Terceira Idade da PUC-Campinas (SP) é um 
exemplo deste novo modelo de atenção à velhice. Nesta universidade, são 
oferecidos cursos de atualização divididos em módulos que abordam temas de 
 
 
 
 
 
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interesse dos alunos, como temas ligados à cultura, à vivência, aos aspectos sociais, 
econômicos, legais, etc. É aberta às pessoas com mais de 50 anos, sem exigência 
de vestibular ou qualquer outro tipo de avaliação, bem como diplomas de ensino 
fundamental ou médio. 
 Infelizmente as instituições educacionais que estão abrindo portas à terceira 
idade são pagas, não temos, ainda, um olhar do governo para uma Educação 
Universitária da Terceira Idade pública. Dessa forma, a procura pelas Universidades 
Abertas ao Idoso é, em sua maioria, pela classe média e média alta, sendo 
normalmente aposentados. 
 Pesquisas realizadas com grupos de idosos freqüentadores da Universidade 
Aberta nos trouxeram os seguintes resultados ao questioná-los sobre o que é boa 
qualidade de vida: boa qualidade de vida, em primeiro lugar, é estar com saúde, 
estar bem nos aspectos físico, mental e emocional; em segundo lugar, é poder se 
alimentar bem; em terceiro, ter bom relacionamento pessoal e amizades; em quarto, 
praticar atividades físicas, exercícios físicos e esportes; e em quinto, ter disposição, 
ânimo e estar em atividade (PASCOAL; SANTOS; BROEK, 2006). 
 Os idosos merecem e desejam outro olhar e outra atitude por parte da 
sociedade, mas a sociedade mais justa, mais solidária e mais humanista que 
desejamos para este novo século precisa também dos idosos, precisa da suaparticipação empenhada, da sua lição de vida e do testemunho da sua serena e 
sábia maturidade. As extraordinárias oportunidades de desenvolvimento abertas 
pelas novas tecnologias de nada servirão se sacrificarmos a lição que nos pode ser 
dada pela mão, pelo olhar, pelo gesto, pelo afeto e pela palavra de quem pode, 
pessoalmente, dar testemunho de uma vida, de uma experiência e de um 
conhecimento. 
 A participação social das pessoas de terceira idade pode ser potencializada 
nos próprios contextos e áreas de trabalho onde os adultos em questão 
desenvolveram a sua atividade profissional ou em contextos e áreas novas, dando 
expressão a outros desejos, impossíveis de realizar durante o chamado período de 
vida ativa. Contrariando assim a experiência de uma reforma vivida como imposição 
 
 
 
 
 
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impiedosa quando deveria ser encarada como um momento de liberdade, como 
mais um momento de liberdade neste nosso dever humano. 
 Gostaria, no entanto de evidenciar, de um modo particular, a contribuição 
preciosa que pode ser dada pelas pessoas da terceira idade nos territórios 
educativos, seja no âmbito de dinâmicas de formação escolar ou de formação extra-
escolar. Referindo Prado Coelho (1997), lembramos aqui que num universo 
dominado pela informação digital, é necessário recuperar o sentido da emoção e da 
experiência, que apenas as histórias nos são capazes de dar. Histórias para 
adormecer, histórias para comer a sopa até o fim, histórias para seduzir. E quem 
melhor para nos ensinar a ouvir e a contar histórias do que as pessoas da terceira 
idade, nossos avós, pessoas capazes de transmitir um conhecimento temperado 
pela memória do vivido, logo pela subjetividade e pela afetividade. Pode a educação 
dispensar estas duas dimensões tão próprias do humano? 
 
 
 
FONTE: arquivo pedagógico (PINTO, 2002). 
 
 
 
 
 
 
 
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 Neste último tópico, que dá fechamento ao estudo realizado ao longo dos 
quatro módulos da presente apostila sobre Psicomotricidade e Desenvolvimento 
Humano, é preciso lembrar o que foi mencionado ainda no primeiro módulo de nosso 
estudo. A educação é um processo de aprendizagem e desenvolvimento do ser 
humano, na qual cada vivência deve ser aproveitada em seu máximo e retirada o 
melhor que se pode assimilar, mas aprendido com o pior dos fatos também, pois 
toda experiência de vida ensina, tanto as ruins quanto as que consideramos boas. 
 Quando o indivíduo atinge a terceira idade, ele já vivenciou todas as fases 
das quais estudamos nesta apostila, superando as três subteorias do 
desenvolvimento psicomotor referidas no módulo 1 (p. 10 e 11). Ele vivenciou uma 
relação multicomponencial, desenvolvendo interação entre seu mundo interior 
(memória genética e ontogenética) e suas capacidades físicas, cognitivas e 
psíquicas, desenvolvidas ao longo de sua vida, desde seu nascimento; encarou os 
desafios relatados pela teoria multiexperencial de Fonseca (1989), ao referir a 
importância da pessoa se integrar e se familiarizar com as sensações de seu próprio 
corpo, conhecendo-o bem para então, construir uma auto-imagem saudável, sendo 
esta a base da auto-estima, da motivação e da segurança necessárias para o bom 
desenvolvimento físico, psíquico e social. 
 Em resumo, esta tríade teórica possui sua relevância, na medida em que ela 
explica a existência humana em todos os seus aspectos: o homem é concebido 
dotado de uma memória ontogenética, ou seja, a bagagem histórica de toda a sua 
evolução enquanto espécie (filogênese). E com base nesta memória e suas 
heranças genéticas, ele é formado; interagindo com seus primeiros contatos sociais 
(mãe e familiares) e absorvendo do meio, sua cultura (ontogênese). Ao desenvolver-
se fisiologicamente, psicologicamente e socialmente, o ser humano também inicia 
um processo de regressão da vitalidade em todo o seu sistema (a partir dos 20 
anos), readaptando-se, dia-a-dia, a cada novo desafio em relação às suas 
capacidades e potencialidades, processo que decorre ao longo de sua existência até 
o dia de sua morte (retrogênese). 
 Desta forma, finalizamos nossos estudos nesta apostila referindo Merleau-
Ponty (1999, p. 108) ao dizer que “a vida é a experiência de nós mesmos (...) 
 
 
 
 
 
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considero meu corpo, que é meu ponto de vista sobre o mundo, como um dos 
objetos desse mundo.” O homem é seu próprio universo, um universo interior infinito 
em contato com o universo infindável que é o meio, onde ambos se complementam. 
A grande aventura está em viver, e a melhor fase da vida humana é a fase atual, o 
momento em que estamos experimentando todas as sensações. Estas devem ser 
bem-vindas e nós devemos estar sempre abertos para essa grande mágica de Deus. 
A vida é um sopro de luz e uma oportunidade que recebemos de aprender. E ao 
aprender, evoluímos para além do corpo físico, psíquico, mas espiritual, pois esta 
vida humana é material e finita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GLOSSÁRIO 
 
ACUIDADE VISUAL 
 
A nitidez da visão é denominada acuidade visual, a qual varia da visão completa à 
ausência de visão. À medida que a acuidade visual diminui, a visão torna-se 
progressivamente menos nítida. Normalmente, a acuidade visual é medida em uma 
escala que compara a visão da pessoa a 6 metros com a de alguém que possui uma 
acuidade visual máxima. 
FONTE: Manual Merck. 
 
ALIMENTAÇÃO VIVA 
 
 Alimentação viva é a mantenedora e geradora de vida. Os seres vivos precisam se 
alimentar desta energia para que a vida possa se manifestar em sua plenitude. A 
energia vital está presente na natureza, no ar que respiramos, no sol, na terra, na 
água. Ao interagirmos com estas energias da natureza estamos alimentando a vida 
que pulsa em nós. O alimento vivo, frutas, verduras cruas, sementes, brotos 
absorvem esta energia da natureza. A melhor alimentação para o corpo deve ser 
composta em sua maioria por alimentos: geradores de vida, que são as sementes 
germinadas (brotos) e os mantenedores de vida, que são as verduras cruas, frutas 
frescas, sementes e castanhas. Os seres vivos, que produzem esses alimentos, 
para serem desenvolvidos, retiram a energia vital da natureza, que vêm dos 4 
elementos que a compõem: fogo(sol), ar(gás carbônico e oxigênio), água(H2O), 
terra(sais minerais). 
FONTE: GRANG; JOICE, 1984. A COMBINAÇÃO DOS ALIMENTOS. 
 
 
ANALFABETISMO FUNCIONAL 
 
 
 
 
 
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É a categoria em que se encontra a pessoa que, mesmo tendo aprendido a 
decodificar minimamente a escrita, geralmente frases curtas, não desenvolve a 
habilidade de interpretação de textos. Também é considerado analfabeto funcional o 
indivíduo de quinze anos que cursou até o quarto ano do ensino fundamental. 
FONTE: http://www.reescrevendoaeducacao.com.br/2006/pages.php?recid=28 
 
ARTERIOSCLEROSE 
A arteriosclerose é uma doença sistêmica, acometendo simultaneamente diversas 
artérias do sistema circulatório humano. Um tipo de arteriosclerose é a 
aterosclerose, doença que atinge artérias de grande e médio calibre, como as 
artérias coronárias, as artérias carótidas e as artérias dos membros inferiores. É 
caracterizada pelo depósito de gordura, cálcio e outros elementos na parede das 
artérias, reduzindo seu calibre e trazendo um déficit sangüíneo aos tecidos irrigados 
por elas. Manifesta-se clinicamente em 10% da população acima de 50 anos, sendo 
o seu desenvolvimento lento e progressivo, e é necessário haver uma obstrução 
arterial significativa, aproximadamente de 75% do calibre de uma artéria, para que 
surjam os primeiros sintomas isquêmicos (sintomas derivados da falta de sangue). 
FONTE: SBACV-RJ (Associação Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular). 
DIABETES 
 
Distúrbio provocado pela deficiência de produção de insulina (hormônio secretado 
pelo pâncreas), levando a sintomas agudos e complicações crônicas. Envolve o 
metabolismo da glicose, gorduras e proteínas. É classificado em: diabetes Mellitus 
tipo I (destrói as células beta do pâncreas, em geral por decorrência de doença auto-
imune, provocando a deficiência de insulina) e o tipo II (provocado principalmente 
por um estado de resistência à ação da insulina, associado a uma relativa deficiência 
de insulina). 
FONTE: Manual Merck. 
 
 
 
 
 
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FILOGÊNESE 
 
História evolucionária das espécies. 
 
INSIGHT 
 
Essa expressão é traduzida para o português como compreensão interna, 
compreensão súbita, apreensão súbita, visão súbita, discernimento, perspicácia, etc. 
Em inglês é definido como

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