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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA DE FENÔMENOS DOS TRANSPORTES WILLIAN SOUZA NUNES, 01656745 ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA DE FENÔMENOS DOS TRANSPORTES RELATÓRIO DATA: 04/05/2025 ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA DE FENÔMENOS DOS TRANSPORTES DADOS DO(A) ALUNO(A): NOME:WILLIAN SOUZA NUNES MATRÍCULA: 01656745 CURSO:ENG. ELÉTRICA POLO:VILA EDUARDO, UNINASSAU, PETROLINA-PE PROFESSOR(A) ORIENTADOR(A): Elabore um dimensionamento de um sistema de transferência de líquido. Considerar o projeto de uma tubulação que transporta água de um reservatório até um ponto de utilização, como um tanque elevado. Este dimensionamento envolve conceitos de fenômenos de transporte, como escoamento em tubulações, perda de carga, e a aplicação da equação de Bernoulli. Dados do Projeto: ● Fluido: Água (densidade 𝜌 = 1000 kg/m³, viscosidade dinâmica 𝜇 = 1 mPa.s ● Vazão necessária: 𝑄 = 15,625 l/s ● Altura entre os níveis dos reservatórios: Δ𝑧 =10 m ● Comprimento total da tubulação: 𝐿 = 50m ● Diâmetro inicial da tubulação: A ser dimensionado com a equação D = 1,2.Q0,5 (m) ● Perda de carga por atrito (fator de atrito 𝑓): Aproximadamente 0,02 ● Considere g = 9,81m/s² Determine qual o diâmetro da tubulação; Determine o número de Reynolds e qual regime do escoamento; Calcule a perda de carga pela equação de Darcy-Weisbach; Qual potência mínima da bomba para que seja possível vencer o desnível entre os reservatórios? Considere que a bomba trabalhe com um rendimento 84% 1. Determinação do Diâmetro da Tubulação: Usamos a equação de continuidade e a equação de Darcy-Weisbach para determinar o diâmetro da tubulação Vazão (Q): Q=15,6251/S = 0,015625 m3/s Área da seção transversal (A): A = π D² / 4 Assim, a velocidade v é: v = 4Q / (π D²) Diâmetro da Tubulação ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA DE FENÔMENOS DOS TRANSPORTES RELATÓRIO DATA: 04/05/2025 Substituindo a velocidade na equação de perda de carga e rearranjando para encontrar o diâmetro D: hL = f (L/D) (16Q² / (π² D⁴ 2g)) Rearranjando para D: D = [(16 f L Q²) / (π² 2g hL)]^(1/5) Substituindo os valores fornecidos: f = 0,02 L = 50 m Q = 15,625 l/s = 0,015625 m³/s g = 9,81 m/s² hL = Δz = 10 m Temos: D = [(16 * 0,02 * 50 * (0,015625)²) / (π² * 2 * 9,81 * 10)]^(1/5) D ≈ 0,152 m 2. Cálculo do Número de Reynolds O número de Reynolds (Re) é calculado pela fórmula Re = ρVD/µ, onde: • ρ é a massa específica do fluido • V é a velocidade média na seção transversal do duto • D é o diâmetro hidráulico • µ é a viscosidade dinâmica do fluido Fluido: Água (densidade 𝜌 = 1000 kg/m³, viscosidade dinâmica 𝜇 = 1 mPa.s Vazão necessária: 𝑄 = 15,625 = 0,015625 m³/s Re= 1000*0,015625*0,152/0,001 Re=20000 O número de Reynolds é um número adimensional usado em mecânica dos fluidos para calcular o regime de escoamento de um fluido. O escoamento é considerado laminar quando Re está entre 0 e 2000, e turbulento quando Re é maior que 4000. O fluxo laminar é caracterizado pelo domínio das forças viscosas, enquanto o regime turbulento é caracterizado pelo predomínio de forças inerciais. Neste caso, Re = 20000 indica que o escoamento e turbulento. 3. Cálculo da Perda de Carga pela Equação de Darcy-Weisbach A perda de carga (h_f) é d ada por: A perda de carga hL pode ser calculada pela equação de Darcy-Weisbach: Onde: f é o fator de atrito L é o comprimento da tubulação D é o diâmetro da tubulação v é a velocidade do fluido g é a gravidade ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA DE FENÔMENOS DOS TRANSPORTES RELATÓRIO DATA: 04/05/2025 hL = f (L/D) (v²/2g) hl=0,02(50/0,152)*( 0,0156252 /2*9,81) hl=20,3 m 4. Cálculo da Potência Mínima da Bomba A potência mínima necessária da bomba pode ser calculada pela fórmula: P=75*QH/10000 P=75*56*10,45/1000 P=4,38=5 CV Q=42,3*85% Q=35,955 Diâmetro da tubulação: (100 mm) Número de Reynolds: 20000 (regime turbulento) Perda de carga: 2,03 m Potência mínima da bomba: 5cv Conclusão: Os dados obtidos servem como uma base firme para projetar adequadamente o sistema de transferência de líquidos. O dimensionamento correto de sistemas como tubulações para condução de água é essencial para assegurar sua eficiência e funcionalidade. Determinar o diâmetro da tubulação é um passo crucial para garantir que a vazão pretendida seja atingida sem perdas excessivas causadas pelo atrito. A verificação do número de Reynolds permite identificar o tipo de escoamento, fator que influencia diretamente na escolha dos materiais e nas dimensões adequadas da tubulação. A perda de carga, estimada por meio da equação de Darcy-Weisbach, oferece uma avaliação clara da resistência encontrada pelo fluxo. Além disso, o cálculo da potência da bomba é indispensável para vencer os desníveis do sistema e assegurar que o líquido chegue de forma eficiente ao seu destino. Cada uma dessas etapas visa não apenas a eficiência operacional, mas também a economia de recursos e a sustentabilidade do sistema. No caso analisado, foram considerados elementos como a vazão requerida e as perdas de carga ao longo do percurso da tubulação, o que resultou na escolha de um diâmetro de aproximadamente 100 mm. Esse valor é apropriado para uma vazão de 15,625 litros por segundo, mantendo a velocidade do escoamento em torno de 2 metros por segundo, o que é considerado adequado. O número de Reynolds calculado apontou para um regime de escoamento turbulento, típico em sistemas de engenharia, favorecendo a uniformidade do fluxo. A perda de carga, estimada em 2,03 metros, indica que, mesmo com um desnível de 10 metros, a resistência do sistema é administrável. A bomba necessária deverá ter uma potência mínima de 5 cavalos-vapor, levando em conta uma eficiência de 84%, o que garante o funcionamento adequado do sistema ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA DE FENÔMENOS DOS TRANSPORTES RELATÓRIO DATA: 04/05/2025 sem comprometer sua operação. Esses valores são essenciais para assegurar que o projeto hidráulico seja eficiente, seguro e confiável.