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Conceito de Sistema Esquelético:
O sistema esquelético é composto de ossos e cartilagens. 
Conceito de Ossos: Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unindos-se aos outros, por intermédio das junturas ou articulações constituem o esqueleto. É uma forma especializada de tecido conjuntivo cuja a principal característica é a mineralização (cálcio) de sua matriz óssea (fibras colágenas e proteoglicanas). O osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico. Uma forma sólida de tecido conjuntivo, altamente especializado que forma a maior parte do esqueleto e é o principal tecido de apoio do corpo. O tecido ósseo participa de um contínuo processo de remodelamento dinâmico, produzindo osso novo e degradando osso velho. O osso é formado por vários tecidos diferentes: tecido ósseo, cartilaginoso, conjuntivo denso, epitelial, adiposo, nervoso e vários tecidos formadores de sangue. Quanto a irrigação do osso, temos os canais de Volkman e os canais de Havers. O tecido ósseo não apresenta vasos linfáticos, apenas o tecido periósteo tem drenagem linfática.  
Canais de Havers são uma série de tubos em torno de estreitos canais formados por lamelas concêntricas de fibras colágenas. Esta região é denominada osso compacto ou diáfise. Vasos sangüíneos e células nervosas em todo o osso comunicam-se por osteócitos (que emitem expansões citoplasmáticas que põem em contato um osteócito com o outro) em lacunas (espaços dentro da matriz óssea densa que contêm células ósseas). Este arranjo original é propício ao depósito de sal mineral, o que dá resistência ao tecido ósseo. Deve-se ainda ressaltar que esse canais percorrem o osso no sentido longitudinal levando dentro de sua luz, vaso sanguíneos e nervos que são responsáveis pela nutrição do tecido ósseo. Ele faz que os vasos sanguinios passem pelo tecido osseo.  
Canais de Volkmann são canais microscópicas encontradas no osso compacto, são perpendiculares aos Canais de Havers, e são um dos componentes do sistema de Haversian. Os canais de Volkmann também podem transportar pequenas artérias em todo o osso. Os canais de Volkmann não apresentam lamelas concêntricas. 
O interior da matriz óssea existem espaços chamados lacunas que contêm células ósseas chamadas osteócitos. Cada osteófito possui prolongamentos chamados canalículos, que se estendem a partir das lacunas e se unem aos canalículos das lacunas vizinhas, formando assim, uma rede de canalículos e lacunas em toda a massa de tecido mineralizado. 
Conceito de Cartilagem: É uma forma elástica de tecido conectivo semi-rígido - forma partes do esqueleto nas quais ocorre movimento. A cartilagem não possui suprimento sangüíneo próprio; conseqüentemente, suas células obtêm oxigênio e nutrientes por difusão de longo alcance.
Funções do Sistema Esquelético
 - Sustentação do organismo (apoio para o corpo)
 - Proteção de estruturas vitais (coração, pulmões, cérebro)
 - Base mecânica para o movimento
  - Armazenamento de sais (cálcio, por exemplo)
 - Hematopoiética (suprimento contínuo de células sangüíneas novas)
 Número de Ossos do Corpo Humano:
 
É clássico admitir o número de 206 ossos.
 
	Cabeça = 22
            Crânio = 08
            Face = 14
 
Pescoço = 8
 
Tórax = 37
            24 costelas
            12 vértebras
            1 esterno
 
Abdômen = 7
            5 vértebras lombares
            1 sacro
            1 cóccix
	Membro Superior = 32
            Cintura Escapular = 2
            Braço = 1
            Antebraço = 2
            Mão = 27
 
Membro Inferior = 31
            Cintura Pélvica = 1
            Coxa = 1
            Joelho = 1
            Perna = 2
            Pé = 26
 
 
Ossículos do Ouvido Médio = 3
 
 
 
Divisão do Esqueleto:
 Esqueleto Axial - Composta pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco.
 Esqueleto Apendicular - Composta pelos membros superiores e inferiores.
A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular e pélvica.
 
Classificação dos Ossos:
 Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em:
 Ossos Longos: Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por um corpo e duas extremidades. Eles são um pouco encurvados, o que lhes garante maior resistência. O osso um pouco encurvado absorve o estresse mecânico do peso do corpo em vários pontos, de tal forma que há melhor distribuição do mesmo. Os ossos longos tem suas diáfises formadas por tecido ósseo compacto e apresentam grande quantidade de tecido ósseo esponjoso em suas epífises.  Exemplo: Fêmur.
Ossos Curtos: São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos praticamente iguais às suas larguras. Eles são compostos por osso esponjoso, exceto na superfície, onde há fina camada de tecido ósseo compacto.  Exemplo: Ossos do Carpo.
Ossos Laminares (Planos): São ossos finos e compostos por duas lâminas paralelas de tecido ósseo compacto, com camada de osso esponjoso entre elas. Os ossos planos garantem considerável proteção e geram grandes áreas para inserção de músculos. Exemplos: Frontal e Parietal.
Além desses três grupos básicos bem definidos, há outros intermediários, que podem ser distribuído em 5 grupos:
 Ossos Alongados: São ossos longos, porém achatados e não apresentam canal central. Exemplo: Costelas.
Ossos Pneumáticos: São osso ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas por mucosa (seios), apresentando pequeno peso em relação ao seu volume. Exemplo: Esfenóide.
Ossos Irregulares: Apresentam formas complexas e não podem ser agrupados em nenhuma das categorias prévias. Eles tem quantidades variáveis de osso esponjoso e de osso compacto.  Exemplo: Vértebras.
Ossos Sesamóides: Estão presentes no interior de alguns tendões em que há considerável fricção, tensão e estresse físico, como as palmas e plantas. Eles podem variar de tamanho e número, de pessoa para pessoa, não são sempre completamente ossificados, normalmente, medem apenas alguns milímetros de diâmetro. Exceções notáveis são as duas patelas, que são grandes ossos sesamóides, presentes em quase todos os seres humanos.
Ossos Suturais: São pequenos ossos localizados dentro de articulações, chamadas de suturas, entre alguns ossos do crânio. Seu número varia muito de pessoa para pessoa.
 Estrutura dos Ossos Longos:
 A disposição dos tecidos ósseos compacto e esponjoso em um osso longo é responsável por sua resistência. Os ossos longos contém locais de crescimento e remodelação, e estruturas associadas às articulações. As partes de um osso longo são as seguintes: 
Diáfise: é a haste longa do osso. Ele é constituída principalmente de tecido ósseo compacto, proporcionando, considerável resistência ao osso longo.
 Epífise: as extremidades alargadas de um osso longo. A epífise de um osso o articula, ou une, a um segundo osso, em uma articulação. Cada epífise consiste de uma fina camada de osso compacto que reveste o osso esponjoso e recobertas por cartilagem.
 Metáfise: parte dilatada da diáfise mais próxima da epífise.
 
 Configuração Interna dos Ossos:
 As diferenças entre os dois tipos de osso, compacto e esponjoso ou reticular, dependem da quantidade relativa de substâncias sólidas e da quantidade e tamanho dos espaços que eles contém. Todos os ossos tem uma fina lâmina superficial de osso compacto em torno de uma massa central de osso esponjoso, exceto onde o último é substituído por uma cavidade medular.
 O osso compacto do corpo, ou diáfise, que envolve a cavidade medular é a substância cortical. A arquitetura do osso esponjoso e compacto varia de acordo com a função. O osso compacto fornece força para sustentar o peso.
 Nos ossos longos planejados para rigidez e inserção de músculos e ligamentos, a quantidade de osso compacto é máxima, próximo do meio do corpo onde ele está sujeito a curvar-se. Os ossos possuem alguma elasticidade (flexibilidade) e grande rigidez.
 
 Periósteo e Endósteo:
 O Periósteo é uma membrana de tecido conjuntivo denso, muito fibroso, que reveste a superfície externa da diáfise, fixando-se firmemente a toda a superfície externa do osso, exceto à cartilagem articular. Protege o osso e serve comoponto de fixação para os músculos e contém os vasos sangüíneos que nutrem o osso subjacente.
 O Endósteo se encontra no interior da cavidade medular do osso, revestido por tecido conjuntivo.
 
 
	Tecido Ósseo Compacto
	Tecido Ósseo Esponjoso
	Contém poucos espaços em seus componentes rígidos. Dá proteção e suporte e resiste às forças produzidas pelo peso e movimento. Encontrados geralmente nas diáfises.
	Constitui a maior parte do tecido
ósseo dos ossos curtos, chatos e irregulares. A maior parte é encontrada nas epifises.
Ossos da cabeça
O crânio é o esqueleto da cabeça; vários ossos formam suas duas partes: o Neurocrânio e o Esqueleto da Face. O neurocrânio fornece o invólucro para o cérebro e as meninges encefálicas, partes proximais dos nervos cranianos e vasos sangüíneos. O crânio possui um teto semelhante a uma abóbada – a calvária – e um assoalho ou base do crânio que é composta do etmóide e partes do occipital e do temporal. O esqueleto da face consiste em ossos que circundam a boca e o nariz e contribuem para as órbitas.
 
Tórax
É uma caixa osteocartilagínea que contém os principais órgãos da respiração e circulação e cobre parte dos órgãos abdominais. 
A face dorsal é formado pelas doze vértebras torácicas, e a parte dorsal das doze costelas. A face ventral é constituída pelo esterno e cartilagens costais. As faces laterais são compostas pelas costelas e separadas umas das outras pelos onze espaços intercostais, ocupados pelos músculos e membranas intercostais.
Coluna Vertebral
A coluna vertebral, também chamada de espinha dorsal, estende-se do crânio até a pelve. Ela é responsável por dois quintos do peso corporal total e é composta por tecido conjuntivo e por uma série de ossos, chamados vértebras, as quais estão sobrepostas em forma de uma coluna, daí o termo coluna vertebral. A coluna vertebral é constituída por 24 vértebras + sacro + cóccix e constitui, junto com a cabeça, esterno e costelas, o esqueleto axial. 
Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio); inferiormente, articula-se com o osso do quadril ( Ilíaco ). 
A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacro-Coccígea. 
São 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4 coccígeas. 
Curvaturas da Coluna Vertebral 
Numa vista lateral, a coluna apresenta várias curvaturas consideradas fisiológicas. 
São elas: cervical (convexa ventralmente - LORDOSE), torácica (côncava ventralmente - CIFOSE), lombar (convexa ventralmente - LORDOSE) e pélvica (côncava ventralmente - CIFOSE). Quando uma destas curvaturas está aumentada, chamamos de HIPERCIFOSE (Região dorsal e pélvica) ou HIPERLORDOSE (Região cervical e lombar). 
Numa vista anterior ou posterior, a coluna vertebral não apresenta nenhuma curvatura. Quando ocorre alguma curvatura neste plano chamamos de ESCOLIOSE. 
 
Funções da Coluna Vertebral 
 Protege a medula espinhal e os nervos espinhais;
 Suporta o peso do corpo;
 Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô para a cabeça;
 Exerce um papel importante na postura e locomoção;
 Serve de ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os músculos do dorso;
 Proporciona flexibilidade para o corpo, podendo fletir-se para frente, para trás e para os lados e ainda girar sobre seu eixo maior. 
Canal Vertebral 
O canal vertebral segue as diferentes curvas da coluna vertebral. É grande e triangular nas regiões onde a coluna possui maior mobilidade (cervical e lombar) e é pequeno e redondo na região que não possui muita mobilidade (torácica).
canal vertebral: Ele é formado pela junção das vértebras e serve para dar proteção à medula espinhal. Além do canal vertebral, a medula também é protegida pelas menínges, pelo líquor e pela barreira hemato-encefálica.
Na coluna vertebral encontramos também o sacro (cerca de quatro ou cinco vértebras fundidas - não móveis) e inferiormente ao mesmo, localiza-se o cóccix (fusão de 4 vértebras - não móveis). 
Disco Intervertebral 
Entre os corpos de duas vértebras adjacentes desde a segunda vértebra cervical até o sacro, existem discos intervertebrais.
Constituído por um disco fibroso periférico composto por tecido fibrocartilaginoso, chamado ANEL FIBROSO; e uma substância interna, elástica e macia, chamada NÚCLEO PULPOSO. Os discos formam fortes articulações, permitem vários movimentos da coluna vertebral e absorvem os impactos.
 
Os ossos dos membros superiores podem ser divididos em quatro segmentos:
Cintura Escapular - Clavícula e Escápula 	
Braço - Úmero
 Antebraço - Rádio e Ulna 
 Mão - Ossos da Mão
 Clavícula
A clavícula forma a porção ventral da cintura escapular. É um osso longo curvado como um “S” itálico, situado quase que horizontalmente logo acima da primeira costela. Articula-se medialmente com o manúbrio do esterno e lateralmente com o acrômio da escápula. Tem duas extremidades, duas faces e duas bordas. 
 
Membro inferior
O membro inferior tem função de sustentação do peso corporal, locomoção, tem a capacidade de mover-se de um lugar para outro e manter o equilíbrio. Os membros inferiores são conectados ao tronco pelo cíngulo do membro inferior (ossos do quadril e sacro). 
A base do esqueleto do membro inferior é formado pelos dois ossos do quadril, que são unidos pela sínfise púbica e pelo sacro. O cíngulo do membro inferior e o sacro juntos formam a PELVE ÓSSEA. 
Os ossos dos membros inferiores podem ser divididos em quatro segmentos: 
Cintura Pélvica - Ilíaco (Osso do Quadril) 
Coxa - Fêmur e Patela 
Perna - Tíbia e Fíbula 
 Pé - Ossos do Pé
Conceito de Músculos:
 São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica.
 O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração denota a existência de pigmentos e de grande quantidade de sangue nas fibras musculares.
 Os músculos representam 40-50% do peso corporal total.
 
 
Funções dos Músculos:
 a) Produção dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr.
 b) Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar.
 c) Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco.
 d) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das paredes vasos sangüíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração.
 e) Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal.
 
 Grupos Musculares:
 Em número de nove. São eles:
 a) Cabeça
 b) Pescoço
 c) Tórax
 d) Abdome
 e) Região posterior do tronco
 f) Membros superiores
 g) Membros inferiores
 h) Órgãos dos sentidos
 i) Períneo
 
Superficiais ou Cutâneos: Estão logo abaixo da pele e apresentam no mínimo uma de suas inserções na camada profunda da derme. Estão localizados na cabeça (crânio e face), pescoço e na mão (região hipotenar). Exemplo: Platisma.
	b) Profundos ou Subaponeuróticos: São músculos que não apresentam inserções na camada profunda da derme, e na maioria das vezes, se inserem em ossos. Estão localizados abaixo da fáscia superficial. Exemplo: Pronador quadrado.
 
 
Quanto à Forma:
	
	   
	a) Longos: São encontrados especialmente nos membros. Os mais superficiais são os mais longos, podendo passar duas ou mais articulações. Exemplo: Bíceps braquial.
	
	   
	b) Curtos: Encontram-se nas articulações cujos movimentos tem pouca amplitude, o quenão exclui força nem especialização. Exemplo: Músculos da mão.
	 
	   
	c) Largos: Caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas paredes das grandes cavidades (tórax e abdome). Exemplo: Diafragma.
 
 Quanto à Disposição da Fibra:
 a) Reto: Paralelo à linha média. Ex: Reto abdominal.
 b) Transverso: Perpendicular à linha média. Ex: Transverso abdominal.
 c) Oblíquo: Diagonal à linha média. Ex: Oblíquo externo.
 
 Quanto à Origem e Inserção:
 a) Origem: Quando se originam de mais de um tendão. Ex. Bíceps, Quadríceps.
 b) Inserção: Quando se inserem em mais de um tendão. Ex: Flexor Longo dos Dedos.
 
 Quanto à Função:
 a) Agonistas: São os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo, eles se contraem ativamente para produzir um movimento desejado. Ex: Pegar uma chave sobre a mesa, agonistas são os flexores dos dedos.
 b) Antagonistas: Músculos que se opõem à ação dos agonistas, quando o agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente, produzindo um movimento suave. Ex: idem anterior, porém os antagonistas são os extensores dos dedos.
 c) Sinergistas: São aqueles que participam estabilizando as articulações para que não ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal. Ex: idem anterior, os sinergistas são estabilizadores do punho, cotovelo e ombro.
 d) Fixadores: Estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando move-se a parte distal.
 
Quanto à Nomenclatura:
 O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o topográfico:
 a) Ação: Extensor dos dedos.
 b) Ação Associada à Forma: Pronador redondo e pronador quadrado.
 c) Ação Associada à Localização: Flexor superficial dos dedos.
 d) Forma: Músculo Deltóide (letra grega delta).
 e) Localização: Tibial anterior.
 f) Número de Origem: Bíceps femoral e tríceps braquial.
 
Tipos de Músculos:
 a) Músculos Estriados Esqueléticos: Contraem-se por influência da nossa vontade, ou seja, são voluntários. O tecido muscular esquelético é chamado de estriado porque faixas alternadas claras e escuras (estriações) podem ser vistas no microscópio óptico.
 b) Músculos Lisos: Localizado nos vasos sangüíneos, vias aéreas e maioria dos órgãos da cavidade abdômino-pélvica. Ação involuntária controlada pelo sistema nervoso autônomo.  
 c) Músculo Estriado Cardíaco: Representa a arquitetura cardíaca. É um músculo estriado, porém involuntário – AUTO RITMICIDADE.
 
 
 Componentes Anatômicos dos Músculos Estriados:
 a) Ventre Muscular é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras musculares que se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção carnosa).
 b) Tendão é um elemento de tecido conjuntivo, ricos em fibras colágenas e que serve para fixação do ventre, em ossos, no tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. Possuem aspecto morfológico de fitas ou de cilindros.
c) Aponeurose é uma estrutura formada por tecido conjuntivo. Membrana que envolve grupos musculares. Geralmente apresenta-se em forma de lâminas ou em leques. 
d) Bainhas Tendíneas são estruturas que formam pontes ou túneis entre as superfícies ósseas sobre as quais deslizam os tendões. Sua função é conter o tendão, permitindo-lhe um deslizamento fácil.
e) Bolsas Sinoviais são encontradas entre os músculos ou entre um músculo e um osso. São pequenas bolsas forradas por uma membrana serosa que possibilitam o deslizamento muscular.
 
Tipos de Contrações:
O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o topográfico:
a) Contração Concêntrica: o músculo se encurta e traciona outra estrutura, como um tendão, reduzindo o ângulo de uma articulação. Ex: Trazer um livro que estava sobre a mesa ao encontro da cabeça.
b) Contração Excêntrica: quando aumenta o comprimento total do músculo durante a contração. Ex: idem anterior, porém quando recolocamos o livro sobre mesa.
 c) Contração Isométrica: servem para estabilizar as articulações enquanto outras são movidas. Gera tensão muscular sem realizar movimentos. É responsável pela postura e sustentação de objetos em posição fixa. Ex: idem anterior, porém quando o livro é sustentado em abdução de 90°.
 
Anatomia Microscópica da Fibra Muscular:
 O tecido muscular consiste de células contráteis especializadas, ou fibras musculares, que são agrupadas e dispostas de forma altamente organizada. Cada fibra de músculo esquelético apresenta dois tipos de estruturas filiformes muito delgadas, chamadas miofilamentos grossos (miosina) e finos (actina).
 
Componentes Anatômicos do Tecido Conjuntivo:
 a) Fáscia Superficial separa os músculos da pele.
 b) Fáscia Muscular é uma lâmina ou faixa larga de tecido conjuntivo fibroso, que, abaixo da pele, circunda os músculos e outros órgãos do corpo.
 c) Epimísio é a camada mais externa de tecido conjuntivo, circunda todo o músculo.
 d) Perimísio circunda grupos de 10 a 100 ou mais fibras musculares individuais, separando-as em feixes chamados fascículos. Os fascículos podem ser vistos a olho nu.
 e) Endomísio é um fino revestimento de tecido conjuntivo que penetra no interior de cada fascículo e separa as fibras musculares individuais de seus vizinhos.
 
Articulações ou junturas são as uniões funcionais entre os diferentes ossos do esqueleto. São divididas nos seguintes grupos, de acordo com sua estrutura e mobilidade:
Diartroses
As articulações sinoviais incluem a maioria das articulações do corpo. As superfícies ósseas são recobertas por cartilagem articular e unidas por ligamentos revestidos por membrana sinovial. A articulação pode ser dividida completamente ou incompletamente por um disco ou menisco articular cuja periferia se continua com a cápsula fibrosa, enquanto que suas faces livres são recobertas por membrana sinovial.
Classificação Funcional das Articulações
O movimento das articulações depende, essencialmente da forma das superfícies que entram em contato e dos meios de união que podem limita-lo. Na dependência destes fatores as articulações podem realizar movimentos de um, dois ou três eixos. Este é o critério adotado para classifica-las funcionalmente.
 Articulação Monoaxial - Quando uma articulação realiza movimentos apenas em torno de um eixo (1 grau de liberdade). As articulações que só permitem a flexão e extensão, como a do cotovelo, são monoaxiais. Há duas variedades nas quais o movimento é uniaxial: gínglimo ou articulação em dobradiça e trocóide ou articulação em pivô.
- Gínglimo ou Articulação em Dobradiça: as superfícies articulares permitem movimento em um só plano. As articulações são mantidas por fortes ligamentos colaterais. Exemplos: Articulações interfalangeanas e articulação úmero-ulnar.
- Trocóide ou Articulação em Pivô: Quando o movimento é exclusivamente de rotação. A articulação é formada por um processo em forma de pivô rodando dentro de um anel ou um anel sobre um pivô. Exemplos: Articulação rádio-ulnar proximal e atlanto-axial.
- Articulação Biaxial - Quando uma articulação realiza movimentos em torno de dois eixos (2 graus de liberdade). As articulações que realizam extensão, flexão, adução e abdução, como a rádio-cárpica (articulação do punho) são biaxiais. Há duas variedades de articulaçõees biaxiais: articulações condilar e selar.
- Articulação Condilar: Nesse tipo de articulação, uma superfície articular ovóide ou condilar é recebida em uma cavidade elíptica de modo a permitir os movimentos de flexão e extensão, adução e abdução e circundução, ou seja, todos os movimentos articulares, menos rotação axial. Exemplo: Articulação do pulso.
- Articulação Selar: Nestas articulações as faces ósseas são reciprocamente côncavo-convexas. Permitem os mesmos movimentos das articulações condilares. Exemplo: Carpometacárpicas do polegar.
-Articulação Triaxial - Quando uma articulação realiza movimentos em torno de três eixos (3 graus de liberdade). As articulações que além de flexão, extensão, abdução e adução, permitem também a rotação, são ditas triaxiais, cujos exemplos típicos são as articulaçõesdo ombro e do quadril. Há uma variedade onde o movimento é poliaxial, chamada articulação esferóide ou enartrose.
- Articulação Esferóide ou Enartrose: É uma forma de articulação na qual o osso distal é capaz de movimentar-se em torno de vários eixos, que tem um centro comum. Exemplos: Articulações do quadril e ombro.
Existe ainda um outro tipo de articulação chamada Articulação Plana, que permite apenas movimentos deslizantes. Exemplos: Articulações dos corpos vertebrais e em algumas articulações do carpo e do tarso. 
Estruturas das Articulações Móveis
Ligamentos
Os ligamentos são constituídos por fibras colágenas dispostas paralelamente ou intimamente entrelaçadas umas as outras. São maleáveis e flexíveis para permitir perfeita liberdade de movimento, porém são muito fortes, resistentes e inelásticos (para não ceder facilmente à ação de forças.
Cápsula Articular
É uma membrana conjuntiva que envolve as articulações sinoviais como um manguito. Apresenta-se com duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna).
A membrana fibrosa (cápsula fibrosa) é mais resistente e pode estar reforçada, em alguns pontos por feixes também fibrosos, que constituem os ligamentos capsulares, destinados a aumentar sua resistência. Em muitas articulações sinoviais existem ligamentos independentes da cápsula articular denominados extra-capsulares ou acessórios e em algumas, como na articulação do joelho, aparecem também ligamentos intra-articulares.Ligamentos e cápsula articular tem por finalidade manter a união entre os ossos, mas além disso, impedem o movimento em planos indesejáveis e limitam a amplitude dos movimentos considerados normais.
A membrana sinovial é a mais interna das camadas da cápsula articular e forma um saco fechado denominado cavidade sinovial. É abundantemente vascularizada e inervada sendo encarregada da produção de líquido sinovial. Discute-se que a sinóvia é uma verdadeira secreção ou um ultra-filtrado do sangue, mas é certo que contém ácido hialurônico que lhe confere a viscosidade necessária a sua função lubrificadora.
Discos e Meniscos
Em várias articulações sinoviais, interpostas as superfícies articulares, encontram-se formações fibrocartilagíneas, os discos e meniscos intra-articulares, de função discutida: serviriam a melhor adaptação das superfícies que se articulam (tornando-as congruentes) ou seriam estruturas destinados a receber violentas pressões, agindo como amortecedores. Meniscos, com sua característica em forma de meia lua, são encontrados na articulação do joelho. Exemplo de disco intra-articular encontramos nas articulações esternoclavicular e ATM.
Bainha Sinovial dos Tendões
Facilitam o deslizamento de tendões que passam através de túneis fibrosos e ósseos (retináculo dos flexores de punho).
Bolsas Sinoviais (Bursas)
São fendas no tecido conjuntivo entre os músculos, tendões, ligamentos e ossos. São constituídas por sacos fechados de revestimento sinovial. Facilitam o deslizamento de músculos ou de tendões sobre proeminências ósseas ou ligamentosas.
Anfiartroses
Nas articulações cartilaginosas, os ossos são unidos por cartilagem pelo fato de pequenos movimentos serem possíveis nestas articulações, elas também são chamadas de anfiartroses. Existem dois tipos de articulações cartilagíneas: 
Sincondroses
Os ossos de uma articulação do tipo sincondrose estão unidos por uma cartilagem hialina. Muitas sincondroses são articulações temporárias, com a cartilagem sendo substituída por osso com o passar do tempo (isso ocorre em ossos longos e entre alguns ossos do crânio). As articulações entre as dez primeiras costelas e as cartilagens costais são sincondroses permanentes.
Sínfises
As superfícies articulares dos ossos unidos por sínfises estão cobertas por uma camada de cartilagem fibrosa. Entre os ossos da articulação, há um disco fibrocartilaginoso, sendo essa a característica distintiva da sínfise. Esses discos por serem compressíveis permitem que a sínfise absorva impactos. A articulação entre os ossos púbicos e a articulação entre os corpos vertebrais são exemplos de sínfises. Durante o desenvolvimento as duas metades da mandíbula estão unidas por uma sínfise mediana, mas essa articulação torna-se completamente ossificada na idade adulta.
Sinartroses
As articulações fibrosas incluem todas as articulações onde as superfícies dos ossos estão quase em contato direto, como nas articulações entre os ossos do crânio (exceto a ATM). Há três tipos principais de articulações fibrosas: 
Suturas
Nas suturas as extremidades dos ossos têm interdigitações ou sulcos, que os mantêm íntima e firmemente unidos. Conseqüentemente, as fibras de conexão são muito curtas preenchendo uma pequena fenda entre os ossos. Este tipo de articulação é encontrado somente entre os ossos planos do crânio. Na maturidade, as fibras da sutura começam a ser substituídas completamente, os de ambos os lados da sutura tornam-se firmemente unidos/fundidos. Esta condição é chamada de sinostose.
Sistema Nervoso
Durante a evolução do ser vivo vimos que os primeiros neurônios surgiram na superfície externa do organismo, tendo em vista que a função primordial do sistema nervoso é de relacionar o animal com o ambiente. Dos três folhetos embrionários o ectoderma é aquele que esta em contato com o meio externo do organismo e é deste folheto que se origina o sistema nervoso.
O primeiro indicio de formação do sistema nervoso consiste em um espessamento do ectoderma, situado acima do notocorda, formando a chamada placa neural. Sabe-se que a formação da desta placa e a subseqüente formação do tubo neural, tem importante papel à ação indutora da notocorda e do mesoderma. Notocordas implantadas na parede abdominal de embriões de anfíbios induzem aí a formação de tubo neural. Extirpações da notocorda ou mesoderma em embriões jovens resultaram em grandes anomalias da medula.
A placa neural cresce progressivamente, torna-se mais espessa a adquire um sulco longitudinal denominado sulco neural que se aprofunda para formar a goteira neural. Os lábios da goteira neural se fundem para formar o tubo neural.
O ectoderma não diferenciado, então, se fecha sobre o tubo neural, isolando-o assim do meio externo. No ponto em que este ectoderma encontra os lábios da goteira neural, desenvolvem-se células que formam de cada lado uma lamina longitudinal denominada crista neural. O tubo neural dá origem a elementos do sistema nervoso central, enquanto a crista dá origem a elementos do sistema nervoso periférico, além de elementos não pertencentes ao sistema nervoso.
Desde o inicio de sua formação, o calibre do tubo neural não é uniforme. A parte cranial, que dá origem ao encéfalo do adulto, torna-se dilatada e constitui o encéfalo primitivo, ou arquencéfalo; a parte caudal, que dá origem á medula do adulto, permanece com calibre uniforme e constitui a medula primitiva do embrião.
No arquencéfalo distinguem-se inicialmente três dilatações, que são as vesículas encefálicas primordiais denominadas: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Com o subseqüente desenvolvimento do embrião, o prosencéfalo dá origem a duas vesículas, telencéfalo e diencéfalo. O mesencéfalo não se modifica, e o romboencéfalo origina o metencéfalo e o mieloncéfalo.
O telencéfalo compreende uma parte mediana, da qual se envagina duas porções laterais, as vesículas telencefálicas laterais. A parte mediana é fechada anteriormente por uma lamina que constitui a porção mais cranial do sistema nervoso e se denomina lamina terminal. As vesículas telencéfalicas laterais crescem muito para formar os hemisférios cerebrais e escondem quase completamente a parte mediana e o diencéfalo.
 O diencéfalo apresenta quatro pequenos divertículos: dois laterais, as vesículas ópticas, que formam a retina; um dorsal, que forma a glândula pineal; e um ventral, o infundíbulo, que forma a neuro-hipófise.
Cavidade do tubo neural: a luz do tubo neural permanece no sistema nervoso do adulto, sofrendo, em algumas partes varias modificações. A luz da medula primitiva forma, noadulto, o canal central da medula. A cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV ventrículo. A cavidade do diencéfalo e a da parte mediana do telencéfalo forma o III ventrículo.
 A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o aqueduto cerebral que une o III ao IV ventrículo. A luz das vesículas telencéfalicas laterais forma, de cada lado, os ventrículos laterais, unidos ao III ventrículo pelos dois forames interventriculares. Todas as cavidades são revestidas por um epitélio cuboidal denominado epêndima e, com exceção do canal central da medula, contêm um liquido cérebro-espinhal, ou líquor.
 Flexuras: durante o desenvolvimento das diversas partes do arquencéfalo aparecem flexuras ou curvaturas no seu teto assoalho, devidas principalmente a ritmos de crescimento diferentes. A primeira flexura a aparecer é a flexura cefálica, que surge na região entre o mesencéfalo e o prosencéfalo. Logo surge, entre a medula primitiva e o arquencéfalo, uma segunda flexura, denomina flexura cervical. Ela é determinada por uma flexão ventral de toda a cabeça do embrião na região do futuro pescoço. Finalmente aparece uma terceira flexura, de direção contraria as duas primeiras, no ponto de união entre o meta e o mielencéfalo: a flexura pontina. Com o desenvolvimento, as duas flexuras caudais se desfazem e praticamente desaparecem. Entretanto, a flexura cefálica permanece, determinado, no encéfalo do homem adulto, um ângulo entre o cérebro, derivando do prosencéfalo, e o resto do neuro-eixo
O sistema nervoso central é aquele localizado dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e canal vertebral); o sistema nervoso periférico é aquele que se localiza fora deste esqueleto. O encéfalo é a parte do sistema nervoso central situado dentro do crânio neural; e a medula é localizada dentro do canal vertebral. O encéfalo e a medula constituem o neuro-eixo. No encéfalo temos cérebro, cerebelo e tronco encefálico.
Pode-se dividir o sistema nervoso em sistema nervoso da vida de relação, ou somático e sistema nervoso da vida vegetativa, ou visceral. O sistema nervoso da vida de relação é aquele que se relaciona com organismo com o meio ambiente. Apresenta um componente aferente e outro eferente.
 O componente aferente conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos, informando-os sobre o que passa no meio ambiente. O componente eferente leva aos músculos estriados esqueléticos o comando dos centros nervosos resultando em movimentos voluntários.
 O sistema nervoso visceral é aquele que se relaciona com a inervação e com o controle das vísceras. O componente aferente conduz os impulsos nervosos originados em receptores das vísceras a áreas especificas do sistema nervoso. O componente eferente leva os impulsos originados em centros nervosos até as vísceras. Este componente eferente é também denominada de sistema nervoso autônomo e pode ser dividido em sistema nervoso simpático e parassimpático.
Tecido Nervoso
O tecido nervoso compreende basicamente dois tipos de celulares: os neurônios e as células glias. Neurônio: é a unidade estrutural e funcional do sistema nervoso que é especializada para a comunicação rápida. Tem a função básica de receber, processar e enviar informações. Células Glias: compreende as células que ocupam os espaços entre os neurônios e tem como função sustentação, revestimento ou isolamento e modulação da atividade neural.
	Neurônios: são células altamente excitáveis que se comunicam entre si ou com outras células efetuadoras, usando basicamente uma linguagem elétrica. A maioria dos neurônios possui três regiões responsáveis por funções especializadas: corpo celular, dentritos e axônios.
O corpo celular: é o centro metabólico do neurônio, responsável pela síntese de todas as proteínas neuronais. A forma e o tamanho do corpo celular são extremamente variáveis, conforme o tipo de neurônio. O corpo celular é também, junto com os dendritos, local de recepção de estímulos, através de contatos sinápticos.
Dendritos: geralmente são curtos e ramificam-se profusamente, a maneira de galhos de árvore, em ângulos agudos, originando dendritos de menor diâmetro. São os processos ou projeções que transmitem impulsos para os corpos celulares dos neurônios ou para os axônios.
Em geral os dendritos são não mielinizados. Um neurônio pode apresentar milhares de dendritos. Portanto, os dendritos são especializados em receber estímulos.
Axônios: a grande maioria dos neurônios possui um axônio, prolongamento longo e fino que se origina do corpo celular ou de um dendrito principal. O axônio apresenta comprimento muito variável, podendo ser de alguns milímetros como mais de um metro. São os processos que transmitem impulsos que deixam os corpos celulares dos neurônios, ou dos dendritos. A porção terminal do axônio sofre várias ramificações para formar de centenas a milhares de terminais axônicos, no interior dos quais são armazenados os neurotransmissores químicos. Portanto, o axônio é especializado em gerar e conduzir o potencial de ação.
Tipos de Neurônios: São três os tipos de neurônios: sensitivo, motor e interneurônio. Um neurônio sensitivo conduz a informação da periferia em direção ao SNC, sendo também chamado neurônio aferente. Um neurônio motor conduz informação do SNC em direção à periferia, sendo conhecido como neurônio eferente. Os neurônios sensitivos e motores são encontrados tanto no SNC quanto no SNP.
Portanto, o sistema nervoso apresenta três funções básicas: 
Função Sensitiva: os nervos sensitivos captam informações do meio interno e externo do corpo e as conduzem ao SNC;
Função Integradora: a informação sensitiva trazida ao SNC é processada ou interpretada;
Função Motora: os nervos motores conduzem a informação do SNC em direção aos músculos e às glândulas do corpo, levando as informações do SNC.
	
	 
Classificação do neurônio quanto aos seus prolongamentos: a maioria dos neurônios possuem vários dendritos e um axônio, por isso são chamados de multipolares. Mas também existem os neurônios bipolares e pseudo-unipolares.
Nos neurônios bipolares, dois prolongamentos deixam o corpo celular, um dendrito e um axônio.
Nos neurônios pseudo-unipolares, apenas um prolongamento deixa o corpo celular.
Sinapses: Os neurônios, principalmente através de suas terminações axônicas, entram em contato com outros neurônios, passando-lhes informações. Os locais de tais contatos são denominados sinapses. Ou seja, os neurônios comunicam-se uns aos outros nas sinapses – pontos de contato entre neurônios, no qual encontramos as vesículas sinápticas, onde estão armazenados os neurotransmissores. A comunicação ocorre por meio de neurotransmissores – agentes químicos liberados ou secretados por um neurônio. Os neurotransmissores mais comuns são a acetilcolina e a norepinefrina. Outros neurotransmissores do SNC incluem a epinefrina, a serotonina, o GABA e as endorfinas.
Fibras nervosas: uma fibra nervosa compreende um axônio e, quando presente, seu envoltório de origem glial. O principal envoltório das fibras nervosas é a bainha de mielina (camadas de substâncias de lipídeos e proteína), que funciona como isolamento elétrico. Quando envolvidos por bainha de mielina, os axônios são denominados fibras nervosas mielínicas. Na ausência de mielina as fibras são denominadas de amielínicas. Ambos os tipos ocorrem no sistema nervoso central e no sistema nervoso periférico, sendo a bainha de mielina formada por células de Schwann, no periférico e no central por oligodendrócitos. A bainha de mielina permite uma condução mais rápida do impulso nervoso e, ao longo dos axônios, a condução é do tipo saltatória, ou seja, o potencial de ação só ocorre em estruturas chamadas de nódulos de Ranvier.
Nervos: após sair do tronco encefálico, da medula espinhal ou dos gânglios sensitivos, as fibras nervosas motoras e sensitivas reúnem-se em feixes que se associam a estruturas conjuntivas, constituindo nervos espinhais e cranianos.
	Medula significa miolo e indica o que está dentro. Assim temos a medula espinhal dentro dos ossos,mais precisamente dentro do canal vertebral.
A medula espinhal é uma massa cilindróide de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral sem entretanto ocupa-lo completamente. No homem adulto ela mede aproximadamente 45 cm sendo um pouco menor na mulher.
Cranialmente a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do forame magno do osso occipital. O limite caudal da medula tem importância clinica e no adulto situa-se geralmente em L2.
A medula termina afinando-se para formar um cone, o cone medular, que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal.
Forma e Estrutura da Medula
A medula apresenta forma aproximada de um cilindro, achatada no sentido antero-posterior. Seu calibre não é uniforme, pois ela apresenta duas dilatações denominadas de intumescência cervical e intumescência lombar.
	 Estas intumescências medulares correspondem às áreas em que fazem conexão com as grossas raízes nervosas que formam o plexo braquial e lombossacral, destinados à inervação dos membros superiores e inferiores respectivamente.
A formação destas intumescências se deve pela maior quantidade de neurônios e, portanto, de fibras nervosas que entram ou saem destas áreas.
A intumescência cervical estende-se dos segmentos C4 até T1 da medula espinhal e a intumescência lombar (lombossacral) estende-se dos segmentos de T11 até L1 da medula espinhal.
A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos longitudinais, que percorrem em toda a sua extensão: o sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral anterior e o sulco lateral posterior.
Na medula cervical existe ainda o sulco intermédio posterior que se situa entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior e que se continua em um septo intermédio posterior no interior do funículo posterior.
Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão, respectivamente as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais.
	 
	
Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de uma borboleta, ou de um "H". Nela distinguimos de cada lado, três colunas que aparecem nos cortes como cornos e que são as colunas anterior, posterior e lateral. A coluna lateral só aparece na medula torácica e parte da medula lombar. No centro da substância cinzenta localiza-se o canal central da medula.
 A substância branca é formada por fibras, a maioria delas mielínicas, que sobem e descem na medula e que podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou cordões:
Funículo anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior.
Funículo lateral: situado entre os sulcos lateral anterior e o lateral posterior.
 
Funículo posterior: situado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior, este ultimo ligado a substancia cinzenta pelo septo mediano posterior. Na parte cervical da medula o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em fascículo grácil e fascículo cuneiforme.
Conexões com os nervos espinhais:
Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão com pequenos filamentos nervosos denominados de filamentos radiculares, que se unem para formar, respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais. As duas raízes se unem para formação dos nervos espinhais, ocorrendo à união em um ponto situado distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal. 
Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos medulares assim distribuídos: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. Encontramos 8 pares de nervos cervicais e apenas 7 vértebras cervicais porque o primeiro par de nervos espinhais sai entre o occipital e C1.
	
	
Ainda como conseqüência da diferença de ritmos de crescimento entre a coluna e a medula, temos o afastamento dos segmentos medulares das vértebras correspondentes. Assim, no adulto, as vértebras T11 e T12 correspondem aos segmentos lombares. Para sabermos qual o nível da medula cada vértebra corresponde, temos a seguinte regra: entre os níveis C2 e T10, adicionamos o número dois ao processo espinhoso da vértebra e se tem o segmento medular subjacente. Aos processos espinhosos de T11 e T12 correspondem os cinco segmentos lombares, enquanto ao processo espinhoso de L1 corresponde aos cinco segmentos sacrais.
Envoltório da medula:
A medula é envolvida por membranas fibrosas denominadas menínges, que são: dura-máter, pia-máter e aracnóide. A dura-máter e a mais espessa e envolve toda a medula, como se fosse uma luva, o saco dural. Cranialmente ela se continua na dura-máter craniana, caudalmente ela se termina em um fundo-de-saco ao nível da vértebra S2. Prolongamentos laterais da dura-máter embainham as raízes dos nervos espinhais, constituído um tecido conjuntivo (epineuro), que envolve os nervos.
A aracnóide espinhal se dispõem entre a dura-máter e a pia-máter. Compreende um folheto justaposto à dura-máter e um emaranhado de trabéculas aracnóideas, que unem este folheto à pia-máter.
A pia-máter é a membrana mais delicada e mais interna. Ela adere intimamente o tecido superficial da medula e penetra na fissura mediana anterior. Quando a medula termina no cone medular, a pia-máter continua caudalmente, formando um filamento esbranquiçado denominado filamento terminal.
Este filamento perfura o fundo-do-saco dural e continua até o hiato sacral. Ao atravessar o saco dural, o filamento terminal recebe vários prolongamentos da dura-máter e o conjunto passa a ser chamado de filamento da dura-máter. Este, ao se inserir no periósteo da superfície dorsal do cóccix, constitui o ligamento coccígeo. A pia-máter forma, de cada lado da medula, uma prega longitudinal denominada ligamento denticulado, que se dispõem em um plano frontal ao longo de toda a extensão da medula.
A margem medial de cada ligamento continua com a pia-máter da face lateral da medula ao longo de uma linha continua que se dispõe entre as raízes dorsais e ventrais. A margem lateral apresenta cerca de 21 processos triangulares que se inserem firmemente na aracnóide e na dura-máter em um ponto que se alteram com a emergência dos nervos espinhais. Os dois ligamentos denticulados são elementos de fixação da medula e importantes pontos de referencia em cirurgias deste órgão.
Entre as menínges existem espaços que são importantes para a parte clínica médica devido às patologias que podem estar envolvidas com essas estruturas, tais como: hematoma extradural, meningites etc. O espaço epidural, ou extradural, situa-se entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral.
Contém tecido adiposo e um grande número de veias que constituem o plexo venoso vertebral interno. O espaço subdural, situado entre a dura-máter e a aracnóide, é uma fenda estreita contendo uma pequena quantidade de líquido. O espaço subaracnóideo contem uma quantidade razoavelmente grande de líquido cérebro-espinhal ou líquor. Alguns autores ainda consideram um outro espaço denominado subpial, localizado entre a pia-mater e o tecido nervoso.Tronco Encefálico
	
Tronco Encefálico
O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo, ou seja, conecta a medula espinal com as estruturas encefálicas localizadas superiormente. A substância branca do tronco encefálico inclui tratos que recebem e enviam informações motoras e sensitivas para o cérebro e também as provenientes dele. Dispersas na substância branca do tronco encefálico encontram-se massas de substância cinzenta denominadas núcleos, que exercem efeitos intensos sobre funções como a pressão sangüínea e a respiração. Na sua constituição entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas, que por sua vez, se agrupam em feixes denominados tratos, fascículos ou lemniscos.
Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou imitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão com o tronco encefálico.
	 
	
O tronco encefálico se divide em: bulbo, situado caudalmente,mesencéfalo, e a ponte situada entre ambos.
O bulbo ou medula oblonga tem forma de um cone, cuja extremidade menor continua caudalmente com a medula espinhal. Como não se tem uma linha demarcando a separação entre medula e bulbo, considera-se que o limite está em um plano horizontal que passa imediatamente acima do filamento radicular mais cranial do primeiro nervo cervical, o que corresponde ao nível do forame magno.
O limite superior do bulbo se faz em um sulco horizontal visível no contorno deste órgão, sulco bulbo-pontino, que corresponde à margem inferior da ponte. A superfície do bulbo é percorrida por dois sulcos paralelos que se continuam na medula. Estes sulcos delimitam o que é anterior e posterior no bulbo. Vista pela superfície, aparecem como uma continuação dos funículos da medula espinhal. A fissura mediana anterior termina cranialmente em uma depressão denominada forme cego.
De cada lado da fissura mediana anterior existe uma eminência denominada pirâmide, formada por um feixe compacto de fibras nervosas descendentes que ligam as áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula. Este trato é chamado de trato piramidal ou trato córtico-espinhal.
Na parte caudal do bulbo, as fibras deste trato cruzam obliquamente o plano mediano e constituem a decussação das pirâmides. É devido à decussação das pirâmides que o hemisfério cerebral direito controla o lado esquerdo do corpo e o hemisfério cerebral esquerdo controla o lado direito. Por exemplo: em uma lesão encefálica à direita, o corpo será acometido em toda sua metade esquerda.
Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior temos a área lateral do bulbo, onde se observa uma eminência oval, a oliva, formada por uma grande quantidade de substância cinzenta. Ventralmente à oliva, emerge do sulco lateral anterior, os filamentos reticulares do nervo hipoglosso. Do sulco lateral posterior emergem os filamentos radiculares que se unem para formar os nervos glossofaríngeo e o vago além dos filamentos que constituem a raiz craniana ou bulbar do nervo acessório que une se com a raiz espinhal.
A metade caudal do bulbo ou porção fechada do bulbo é percorrida por um estreito canal, continuação direta do canal central da medula, que se abre para formar o IV ventrículo, cujo assoalho é constituído pela metade rostral ou porção aberta do bulbo. O sulco mediano posterior termina a meia altura do bulbo, em virtude do afastamento dos seus lábios, que contribuem para a formação dos limites laterais do IV ventrículo.
Entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior, encontra-se a continuação do funículo posterior da medula, sendo que no bulbo, este é dividido em fascículo grácil e fascículo cuneiforme pelo sulco intermédio posterior. Estes fascículos são constituídos por fibras nervosas ascendentes, provenientes da medula, que terminam em duas massas de substância cinzenta, os núcleos grácil e cuneiforme, situados na parte mais cranial dos fascículos correspondentes.
Estes núcleos determinam o aparecimento de duas eminências: o tubérculo grácil, mais medial, e o tubérculo cuneiforme, mais lateral. Em virtude do IV ventrículo, os tubérculos grácil e cuneiforme se afastam lateralmente como dois ramos de um "V" e gradualmente continuando para cima com o pedúnculo cerebelar inferior (corpo restiforme). Este, é formado por um grosso feixe de fibras que formam as bordas laterais da metade caudal do IV ventrículo, fletindo-se dorsalmente para penetrar no cerebelo.
No bulbo localiza-se o centro respiratório, muito importante para a regulação do ritmo respiratório. Localizam-se também o centro vasomotor e o centro do vômito. A presença dos centros respiratórios e vasomotor no bulbo torna as lesões neste órgão particularmente perigosas.
Em razão de sua importância com relação às funções vitais, o bulbo é muitas vezes chamado de centro vital. Pelo fato de essas estruturas serem fundamentais para o organismo, você pode compreender a seriedade de uma fratura na base do crânio. O bulbo é também extremamente sensível a certas drogas, especialmente os narcóticos. Uma dose excessiva de narcótico causa depressão do bulbo e morte porque a pessoa pára de respirar.
Ponte é a parte do tronco encefálico interposto entre o bulbo e o mesencéfalo. Esta situada ventralmente ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela túrcica do esfenóide. Sua base situada ventralmente apresenta uma estriação transversal em virtude da presença de numerosos feixes de fibras transversais que a percorrem.
Estas fibras convergem de cada lado para formar um volumoso feixe, o pedúnculo cerebelar médio, que se penetra no hemisfério cerebelar correspondente. Considera-se como limite entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio (braço da ponte) o ponto de emergência do nervo trigêmeo (V par craniano). Esta emergência se faz por duas raízes, uma maior, ou raiz sensitiva do nervo trigêmeo, e outra menor, ou raiz motora do nervo trigêmeo.
Percorrendo longitudinalmente a superfície ventral da ponte existe um sulco, o sulco basilar, que geralmente aloja a artéria basilar.
A parte ventral da ponte é separada do bulbo pelo sulco bulbo-pontino, de onde emerge de cada lado, a partir da linha mediana, o VI, o VII e o VIII par craniano.
O VI par, o nervo abducente, emerge entre a ponte e a pirâmide do bulbo. O VIII par craniano, o nervo vestíbulo-coclear, emerge lateralmente próximo a um pequeno lobo denominado flóculo. O VII par craniano, o nervo facial, emerge lateralmente com o VIII par craniano, o nervo vestíbulo-coclear, com o qual mantém relações íntimas. Entre os dois, emerge o nervo intermédio, que é a raiz sensitiva do VII par craniano.
A parte dorsal da ponte não apresenta linha de demarcação com a parte dorsal do bulbo, constituindo ambas o assoalho do IV ventrículo.
Núcleos da Ponte
Núcleo motor do nervo trigêmeo (V par craniano) – está situado na margem lateral do quarto ventrículo.
Núcleos sensitivos do nervo trigêmeo (V par craniano) – continuação cefálica da coluna sensitiva da medula espinhal. As fibras que penetram na ponte vindas do gânglio do trigêmeo dividem-se em ramos ascendentes e descendentes.
 Núcleo do nervo abducente (VI par craniano) – forma parte da substância cinzenta dorsal da eminência medial do assoalho do quarto ventrículo, profundamente ao colículo facial.
Núcleo do nervo facial (VII par craniano) – está situado profundamente na formação reticular, lateralmente ao núcleo do nervo abducente. Emergem pela borda do caudal entre a oliva e o pedúnculo cerebelar inferior.
Núcleo do nervo vestíbulococlear (VIII par craniano) – o núcleo da divisão vestibular ocupam uma grande área na porção lateral do quarto ventrículo. O núcleo da divisão coclear localiza-se na porção caudal da ponte.
Mesencéfalo:
	
	
	
Interpões-se entre a ponte e o cérebro, do qual é representado por um plano que liga os dois corpos mamilares, pertencentes ao diencéfalo, à comissura posterior. É atravessado por um estreito canal, o aqueduto cerebral. A parte do mesencéfalo situada dorsalmente ao aqueduto é o tecto do mesencéfalo. Ventralmente, temos os dois pedúnculos cerebrais, que por sua vez, se dividem em uma parte dorsal, o tegmento e outra ventral, a base do pedúnculo.
	Em uma secção transversal do mesencéfalo, vê-se que o tegmento é separado da base por uma área escura, a substância negra (nigra). Junto à sustância negra existem dois sulcos longitudinais: um lateral, sulco lateral do mesencéfalo, e outro medial, sulco medial do pedúnculo cerebral. Estes sulcos marcam o limite entre a base e o tegmento do pedúnculo cerebral. Do sulco medial emerge o nervo oculomotor, III par craniano.
O cerebelo, órgão do sistema nervoso supra-segmentar, deriva da parte dorsal do metencéfalo e fica situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, contribuindo para a formação do tecto do IV ventrículo. Repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital e está separado do lobo occipital por uma prega da dura-máter denominada tenda do cerebelo.
	 
	 
	Liga-se à medula e ao bulbopelo pedúnculo cerebelar inferior e à ponte e mesencéfalo pelos pedúnculos cerebelares médio e superior, respectivamente. Do ponto de vista fisiológico, o cerebelo difere fundamentalmente do cérebro porque funciona sempre em nível involuntário e inconsciente, sendo sua função exclusivamente motora (equilíbrio e coordenação).
Anatomicamente, distingue-se no cerebelo, uma porção ímpar e mediana, o vérmix, ligado a duas grandes massas laterais, os hemisférios cerebelares. O vérmix é pouco separado dos hemisférios na face superior do cerebelo, o que não ocorre na face inferior, onde dois sulcos são bem evidentes o separam das partes laterais.
 
 
A superfície apresenta sulcos de direção predominantemente transversal, que delimitam laminas finas denominadas folhas do cerebelo. Existem também sulcos mais pronunciados, as fissuras do cerebelo, que delimitam lóbulos, cada um deles podendo conter várias folhas. Esta disposição, visível na superfície do cerebelo, é especialmente evidente em secções deste órgão, que dão também uma idéia de sua organização interna. Vê-se assim que o cerebelo é constituído de um centro de substância branca, o corpo medular do cerebelo, de onde irradia a lâmina branca do cerebelo, revestida externamente por uma fina camada de substância cinzenta, o córtex cerebelar. O corpo medular do cerebelo com suas lâminas brancas, quando vista em cortes sagitais, recebem o nome de "árvore da vida". No interior do campo medular existem quatro pares de núcleos de substância cinzenta, que são os núcleos centrais do cerebelo: denteado, emboliforme, globoso e fastigial.
O tecido do SNC é muito delicado. Por esse motivo, apresenta um elaborado sistema de proteção que consiste de quatro estruturas: crânio, menínges, líquido cerebrospinhal (líquor) e barreira hematoencefálica. Nesta página, abordarei as menínges e o líquido cerebroespinhal, estruturas que envolvem o SNC e são de extrema importância para a defesa do nosso corpo.
Meninges: o sistema nervoso é envolto por membranas conjuntivas denominadas meninges que são classificadas como três: dura-máter, aracnóide e pia-máter. A aracnóide e a pia-máter, que no embrião constituem um só folheto, são às vezes consideradas como uma só formação conhecida como a leptomeninge; e a dura-máter que é mais espessa é conhecida como paquimeninge.
Dura-máter: é a meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo nervos e vasos. É formada por dois folhetos: um externo e um interno. O folheto externo adere intimamente aos ossos do crânio e se comporta como um periósteo destes ossos, mas sem capacidade osteogênica (nas fraturas cranianas dificulta a formação de um calo ósseo). Em virtude da aderência da dura-máter aos ossos do crânio, não existe, no crânio, um espaço epidural como na medula. No encéfalo, a principal artéria que irriga a dura-máter é a artéria meníngea média, ramo da artéria maxilar.
A dura-máter, ao contrário das outras meninges, é ricamente inervada. Como o encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas, toda ou qualquer sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter, que é responsável pela maioria das dores de cabeça.
 Pregas da dura-máter: em algumas áreas o folheto interno da dura-máter destaca-se do externo para formar pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam amplamente. As principais pregas são:
 Foice do cérebro: é um septo vertical mediano em forma de foice que ocupa a fissura longitudinal do cérebro, separando os dois hemisférios.
 Tenda do cerebelo: projeta-se para diante como um septo transversal entre os lobos occipitais e o cerebelo. A tenda do cerebelo separa a fossa posterior da fossa média do crânio, dividindo a cavidade craniana em um compartimento superior, ou supratentorial, e outro inferior, ou infratentorial. A borda anterior livre da tenda do cerebelo, denominada incisura da tenda, ajusta-se ao mesencéfalo.
  Foice do cerebelo: pequeno septo vertical mediano, situado abaixo da tenda do cerebelo entre os dois hemisférios cerebelares.
 Diafragma da sela: pequena lâmina horizontal que fecha superiormente a sela túrcica, deixando apenas um orifício de passagem para a haste hipofisiára.
 Cavidades da dura-máter: em determinada área, os dois folhetos da dura-máter do encéfalo separam-se delimitando cavidades. Uma delas é o cavo trigeminal, que contém o gânglio trigeminal. Outras cavidades são revestidas de endotélio e contém sangue, constituído os seios da dura-máter, que se dispõem principalmente ao longo da inserção das pregas da dura-máter. Os seios da dura-máter foram estudados no sistema cardiovascular junto com o sistema venoso.
 Aracnóide: é uma membrana muito delgada, justaposta à dura-máter, da qual se separa por um espaço virtual, o espaço subdural, contendo uma pequena quantidade de líquido necessário á lubrificação das superfícies de contato das membranas. A aracnóide separa-se da pia-máter pelo espaço subaracnóideo que contem líquor, havendo grande comunicação entre os espaços subaracnóideos do encéfalo e da medula. Considera-se também como pertencendo à aracnóide, as delicadas trabéculas que atravessam o espaço para ligar à pia-máter, e que são denominados de trabéculas aracnóides. Estas trabéculas lembram, um aspecto de teias de aranha donde vem o nome aracnóide.
 Cisternas subaracnóideas: a aracnóide justapõe-se à dura-máter e ambas acompanham apenas grosseiramente o encéfalo e a sua superfície. A pia-máter adere intimamente a esta superfície que acompanha os giros, os sulcos e depressões. Deste modo, a distância entre as duas membranas, ou seja, a profundidade do espaço subaracnóideo é muito variável, sendo muito pequena nos giros e grande nas áreas onde parte do encéfalo se afasta da parede craniana. Forma-se assim nestas áreas, dilatações do espaço subaracnóideo, as cisternas subaracnóideas, que contém uma grande quantidade de líquor. As cisternas mais importantes são as seguintes:
Cisterna magna: ocupa o espaço entre a face inferior do cerebelo e a face dorsal do bulbo e do tecto do III ventrículo. Continua caudalmente com o espaço subaracnóideo da medula e liga-se ao IV ventrículo através da abertura mediana. A cisterna magna é a maior e mais importante, sendo às vezes utilizada para obtenção de líquor através de punções.
 Cisterna pontina: situada ventralmente a ponte.
 Cisterna interpeduncular: localizada na fossa interpeduncular.
 Cisterna quiasmática: situada diante o quiasma óptico.
 Cisterna superior: situada dorsalmente ao tecto mesencefálico, entre o cerebelo e o esplênio do corpo caloso. A cisterna superior corresponde, pelo menos em parte, à cisterna ambiens, termo usado pelos clínicos.
 Cisterna da fossa lateral do cérebro: corresponde à depressão formada pelo sulco lateral de cada hemisfério.
 
 Granulações aracnóides: em alguns pontos da aracnóide, formam-se pequenos tufos que penetram no interior dos seios da dura-máter, constituindo as granulações aracnóideas, mais abundantes no seio sagital superior. As granulações aracnóideas levam pequenos prolongamentos do espaço subaracnóideo, verdadeiros divertículos deste espaço, nos quais o líquor está separado do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma delgada camada de aracnóide. São estruturas admiravelmente adaptadas à absorção do líquor, que neste ponto, vai para o sangue.
 Pia-máter: é a mais interna das meninges, aderindo intimamente à superfície do encéfalo e da medula, cujos relevos e depressões acompanham até o fundo dos sulcos cerebrais. Sua porção mais profunda recebe numerosos prolongamentos dos astrócitos do tecido nervoso, constituindo assim a membrana pio-glial. A pia-máter dá resistência aos órgãos nervosos, pois o tecido nervoso é de consistência muito mole. A pia-máter acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço subaracnóideo, formando a parede externa dos espaços perivasculares.
 Neste espaço existem prolongamentos do espaço subaracnóideo, contendo líquor, que forma um manguito protetor emtorno dos vasos, muito importante para amortecer o efeito da pulsação das artérias sobre o tecido circunvizinho. Verificou-se que os espaços perivasculares acompanham os vasos mais calibrosos até uma pequena distância e terminam por fusão da pia com a adventícia do vaso. As pequenas arteríolas são envolvidas até o nível capilar por pré-vasculares dos astrócitos do tecido nervoso.
 Espaço entre as menínges:
 O espaço extradural ou epidural normalmente não é um espaço real mas apenas um espaço potencial entre os ossos do crânio e a camada periosteal externa da dura-máter. Torna-se um espaço real apenas patologicamente, por exemplo, no hematoma extradural.
 Líquor:
 É um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares. A são função primordial é proteção mecânica do sistema nervoso central.
 Formação, absorção e circulação do líquor: sabe-se hoje em dia que o líquor é produzido nos plexos corióides dos ventrículos e também que uma pequena porção é produzida a partir do epêndima das paredes ventriculares e dos vasos da leptomeninge. Existem plexos corióides nos ventrículos, como já vimos anteriormente, e os ventrículos laterais contribuem com maior contingente líquorico, que passa ao III ventrículo através dos forames interventriculares e daí para o IV ventrículo através do aqueduto cerebral.
 Através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o líquor passa para o espaço subaracnóideo, sendo reabsorvido principalmente pelas granulações aracnóideas que se projetam para o interior da dura-máter. Como essas granulações predominam no eixo sagital superior, a circulação do líquor se faz de baixo para cima, devendo atravessar o espaço entre a incisura da tenda e o mesencéfalo. No espaço subaracnóideo da medula, o líquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois reabsorção liquórica ocorre nas pequenas granulações aracnóideas existentes nos prolongamentos da dura-máter que acompanham as raízes dos nervos espinhais.
 A circulação do líquor é extremamente lenta e são ainda discutidos os fatores que a determinam. Sem dúvida, a produção do líquor em uma extremidade e a sua absorção em outra já são o suficiente para causar sua movimentação. Um outro fator é a pulsação das artérias intracranianas, que, cada sístole, aumenta a pressão líquorica, possivelmente contribuindo para empurrar o líquor através das granulações aracnóideas.
 
 O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos, que são representantes dos axônios (fibras motoras) ou dos dendritos (fibras sensitivas). São as fibras nervosas dos nervos que fazem a ligação dos diversos tecidos do organismo com o sistema nervoso central. É composto pelos nervos espinhais e cranianos. Os nervos espinhais se originam na medula e os cranianos no encéfalo.
 Para a percepção da sensibilidade, na extremidade de cada fibra sensitiva há um dispositivo captador que é denominado receptor e uma expansão que a coloca em relação com o elemento que reage ao impulso motor, este elemento na grande maioria dos casos é uma fibra muscular podendo ser também uma célula glandular. A estes elementos dá-se o nome de efetor.
 Portanto, o sistema nervoso periférico é constituído por fibras que ligam o sistema nervoso central ao receptor, no caso da transmissão de impulsos sensitivos; ou ao efetor, quando o impulso é motor.
 As fibras que constituem os nervos são em geral mielínicas com neurilema. São três as bainhas conjuntivas que entram na constituição de um nervo: epineuro (envolve todo o nervo e emite septos para seu interior), perineuro (envolve os feixes de fibras nervosas), endoneuro (trama delicada de tecido conjuntivo frouxo que envolve cada fibra nervosa). As bainhas conjuntivas conferem grande resistência aos nervos sendo mais espessas nos nervos superficiais, pois estes são mais expostos aos traumatismos.
 Durante o seu trajeto, os nervos podem se bifurcar ou se anastomosar. Nestes casos não há bifurcação ou anastomose de fibras nervosas, mas apenas um reagrupamento de fibras que passam a constituir dois nervos ou que se destacam de um nervo para seguir outro.
Sistema Cardiovascular
 A função básica do sistema cardiovascular é a de levar material nutritivo e oxigênio às células. O sistema circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por tubos, que são chamados vasos, e por uma bomba percussora que tem como função impulsionar um líquido circulante de cor vermelha por toda a rede vascular.
 O sistema cardiovascular consiste no sangue, no coração e nos vasos sangüíneos. Para que o sangue possa atingir as células corporais e trocar materiais com elas, ele deve ser, constantemente, propelido ao longo dos vasos sangüíneos. O coração é a bomba que promove a circulação de sangue por cerca de 100 mil quilômetros de vasos sangüíneos.
 
Circulação Pulmonar e Sistêmica
Circulação Pulmonar - leva sangue do ventrículo direito do coração para os pulmões e de volta ao átrio esquerdo do coração. Ela transporta o sangue pobre em oxigênio para os pulmões, onde ele libera o dióxido de carbono (CO2) e recebe oxigênio (O2). O sangue oxigenado, então, retorna ao lado esquerdo do coração para ser bombeado para circulação sistêmica.
 Circulação Sistêmica - é a maior circulação; ela fornece o suprimento sangüíneo para todo o organismo. A circulação sistêmica carrega oxigênio e outros nutrientes vitais para as células, e capta dióxido de carbono e outros resíduos das células.
Sangue  
As células de nosso organismo precisam constantemente de nutrientes para manutenção do seu processo vital, os quais são levados até elas pelo sangue.
 Estes elementos nutritivos são constituídos por proteínas, hidratos de carbono e gordura, desdobrados em suas moléculas elementares (protídeos, lipídeos e glicídios) e ainda sais minerais, água e vitaminas.
	 Ao sangue cabe também a função de transportar oxigênio para as células, e servir de veículo para que elementos indesejáveis como gás carbônico, que deve ser expelido pelos pulmões, e uréia, que deve ser eliminado pelos rins.
O sangue é composto por uma parte líquida, o plasma, constituido de substâncias nutritivas e elementos residuais das reações celulares. O plasma também possui uma parte organizada, os elementos figurados, que são os glóbulos sangüíneos e as plaquetas.
Os glóbulos dividem-se em vermelhos e bancos. Os glóbulos vermelhos são as hemácias, células sem núcleo contendo hemoglobina, um pigmento vermelho do sangue responsável pelo transporte de oxigênio e de gás carbônico. Os glóbulos brancos são os leucócitos, verdadeiras células nucleadas, incumbidas da defesa do organismo. São eles: neutrófilos, basófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos.
	 
	
Hemácias são de 5 milhões por milímetro cúbico.
 Leucócitos são de 5 a 9 mil por milímetro cúbico.
 Plaquetas são fragmentos citoplasmáticos de células da medula óssea, implicadas diretamente no processo de coagulação sangüínea. São em número de 100 a 400 mil por milímetros cúbicos.
O sangue está contido num sistema fechado de canais (vasos sangüíneos), impulsionados pelo coração. Sai do coração pelas artérias que vão se ramificando em arteríolas e terminando em capilares que por sua vez se continuam em vênulas e veias, retornando ao coração.
 Ao nível dos capilares o plasma é acompanhado de alguns linfócitos e raramente hemácias, pode extravasar para o espaço intersticial, constituindo a linfa, que posteriormente é reabsorvida pelos capilares linfáticos passando aos vasos linfáticos e então as veias, sendo reintegrada à circulação.
 O coração é o ponto central da circulação. Partindo dele temos dois circuitos fechados distintos:
 Circulação pulmonar ou direita ou pequena circulação: vai do coração aos pulmões e retorna ao coração. Destina-se à troca de gases (gás carbônico por oxigênio).
 Circulação sistêmica ou esquerda ou grande circulação: vai do coração para todo o organismo e retorna ao coração. Destina-se à nutrição sistêmica de todas as células.
	Apesar de toda a sua potência, o coração, em forma decone, é relativamente pequeno, aproximadamente do tamanho do punho fechado, cerca de 12 cm de comprimento, 9 cm de largura em sua parte mais ampla e 6 cm de espessura. Sua massa é, em média, de 250g, nas mulheres adultas, e 300g, nos homens adultos.
O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, no mediastino, a massa de tecido que se estende do esterno à coluna vertebral; e entre os revestimentos (pleuras) dos pulmões. Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda da linha média do corpo. A posição do coração, no mediastino, é mais facilmente apreciada pelo exame de suas extremidades, superfícies e limites.
A extremidade pontuda do coração é o ápice, dirigida para frente, para baixo e para a esquerda. A porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é a base, dirigida para trás, para cima e para a direita.
	 
	 Limites do Coração: A superfície anterior fica logo abaixo do esterno e das costelas. A superfície inferior é a parte do coração que, em sua maior parte repousa sobre o diafragma, correspondendo a região entre o ápice e aborda direita. A borda direita está voltada para o pulmão direito e se estende da superfície inferior à base; a borda esquerda, também chamada borda pulmonar, fica voltada para o pulmão esquerdo, estendendo-se da base ao ápice. Como limite superior encontra-se os grandes vasos do coração e posteriormente a traquéia, o esôfago e a artéria aorta descendente.
	 
	
 
	   Camadas da Parede Cardíaca:
Pericárdio: a membrana que reveste e protege o coração. Ele restringe o coração à sua posição no mediastino, embora permita suficiente liberdade de movimentação para contrações vigorosas e rápidas. O pericárdio consiste em duas partes principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso.
	 
	
	
	 
	O pericárdio fibroso superficial é um tecido conjuntivo irregular, denso, resistente e inelástico. Assemelha-se a um saco, que repousa sobre o diafragma e se prende a ele.
O pericárdio seroso, mais profundo, é uma membrana mais fina e mais delicada que forma uma dupla camada, circundando o coração. A camada parietal, mais externa, do pericárdio seroso está fundida ao pericárdio fibroso. A camada visceral, mais interna, do pericárdio seroso, também chamada epicárdio, adere fortemente à superfície do coração.
 Epicárdio: a camada externa do coração é uma delgada lâmina de tecido seroso. O epicárdio é contínuo, a partir da base do coração, com o revestimento interno do pericárdio, denominado camada visceral do pericárdio seroso.
 Miocárdio: é a camada média e a mais espessa do coração. É composto de músculo estriado cardíaco. É esse tipo de músculo que permite que o coração se contraia e, portanto, impulsione sangue, ou o force para o interior dos vasos sangüíneos.
Endocárdio: é a camada mais interna do coração. É uma fina camada de tecido composto por epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de tecido conjuntivo. A superfície lisa e brilhante permite que o sangue corra facilmente sobre ela. O endocárdio também reveste as valvas e é contínuo com o revestimento dos vasos sangüíneos que entram e saem do coração.
 
 
	
Configuração Externa: o coração apresenta três faces e quatro margens:
   
	Externamente os óstios atrioventriculares correspondem ao sulco coronário, que é ocupado por artérias e veias coronárias, este sulco circunda o coração e é interrompido anteriormente pelas artérias aorta e pelo tronco pulmonar.
O septo interventricular na face anterior corresponde ao sulco interventricular anterior e na face diafragmática ao sulco interventricular posterior.
O sulco interventricular termina inferiormente a alguns centímetros do à direita do ápice do coração, em correspondência a incisura do ápice do coração.
O sulco interventricular anterior é ocupado pelos vasos interventriculares anteriores.
Este sulco é ocupado pelos vasos interventriculares posteriores.
O sulco interventricular posterior parte do sulco coronário e desce em direção à incisura do ápice do coração.
	
 
	Configuração Interna: 
O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os átrios (as câmaras superiores) recebem sangue; os ventrículos (câmaras inferiores) bombeiam o sangue para fora do coração.
Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura enrugada, em forma de saco, chamada aurícula (semelhante a orelha do cão).
O átrio direito é separado do esquerdo por uma fina divisória chamada septo interatrial; o ventrículo direito é separado do esquerdo pelo septo interventricular.
	 
	
 
 
ÁTRIO DIREITO
O átrio direito forma a borda direita do coração e recebe sangue rico em dióxido de carbono (venoso) de três veias: veia cava superior, veia cava inferior e seio coronário.
A veia cava superior, recolhe sangue da cabeça e parte superior do corpo, já a inferior recebe sangue das partes mais inferiores do corpo (abdômen e membros inferiores) e o seio coronário recebe o sangue que nutriu o miocárdio e leva o sangue ao átrio direito.
Enquanto a parede posterior do átrio direito é lisa, a parede anterior é rugosa, devido a presença de cristas musculares, chamados músculos pectinados.
O sangue passa do átrio direito para ventrículo direito através de uma válvula chamada tricúspide (formada por três folhetos - válvulas ou cúspides).
Na parede medial do átrio direito, que é constituída pelo septo interatrial, encontramos uma depressão que é a fossa oval.
Anteriormente, o átrio direito apresenta uma expansão piramidal denominada aurícula direita, que serve para amortecer o impulso do sangue ao penetrar no átrio.
Os orifícios onde as veias cavas desembocam têm os nomes de óstios das veias cavas.
O orifício de desembocadura do seio coronário é chamado de óstio do seio coronário e encontramos também uma lâmina que impede que o sangue retorne do átrio para o seio coronário que é denominada de válvula do seio coronário.
 
ÁTRIO ESQUERDO
O átrio esquerdo é uma cavidade de parede fina, com paredes posteriores e anteriores lisas, que recebe o sangue já oxigenado; por meio de quatro veias pulmonares. O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo, através da valva bicúspide (mitral), que tem apenas duas cúspides.
O átrio esquerdo também apresenta uma expansão piramidal chamada aurícula esquerda.
 
VENTRÍCULO DIREITO
O ventrículo direito forma a maior parte da superfície anterior do coração. O seu interior apresenta uma série de feixes elevados de fibras musculares cardíacas chamadas trabéculas carnosas.
No óstio atrioventricular direito existe um aparelho denominado valva tricúspide que serve para impedir que o sangue retorne do ventrículo para o átrio direito. Essa valva é constituída por três lâminas membranáceas, esbranquiçadas e irregularmente triangulares, de base implantada nas bordas do óstio e o ápice dirigido para baixo e preso ás paredes do ventrículo por intermédio de filamentos.
	Cada lâmina é denominada cúspide. Temos uma cúspide anterior, outra posterior e outra septal.
O ápice das cúspides é preso por filamentos denominados cordas tendíneas, as quais se inserem em pequenas colunas cárneas chamadas de músculos papilares.
A valva do tronco pulmonar também é constituída por pequenas lâminas, porém estas estão dispostas em concha, denominadas válvulas semilunares (anterior, esquerda e direita).
	 
	
No centro da borda livre de cada uma das válvulas encontramos pequenos nódulos denominados nódulos das válvulas semilunares (pulmonares).
 
VENTRÍCULO ESQUERDO
O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração. No óstio atrioventricular esquerdo, encontramos a valva atrioventricular esquerda, constituída apenas por duas laminas denominadas cúspides (anterior e posterior). Essas valvas são denominadas bicúspides. Como o ventrículo direito, também tem trabéculas carnosas e cordas tendíneas, que fixam as cúspides da valva bicúspide aos músculos papilares.
O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através do óstio atrioventricular esquerdo onde localiza-se a valva bicúspide (mitral). Do ventrículo esquerdo o sangue sai para a maior

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